Diante da atual sociedade, consideramos que é de extrema importância,
tanto para as partes que irão compor a lide, bem como para um melhor desempenho do Poder Judiciário, o qual já encontra-se completamente assoberbado de tantos processos, que possíveis novos conflitos sejam resolvidos através de uma auto composição. Assim, entendemos que a auto composição é justamente a resolução do conflito, pondo fim a este, a partir de uma decisão consensual entre as partes envolvidas no conflito, pondo fim a este, a partir de uma decisão consensual entre as partem envolvidas no problema, sem necessariamente a imposição de um terceiro imparcial. Desta forma, temos:
Negociação
A negociação existe desde que o mundo é mundo e é associada às vezes
ao negócio da qual seria derivada. Em uma acepção extensiva, segundo a origem etimológica da palavra, dá-se a Negociação quando as próprias partes, ou pessoas contratadas por ela, “negociam” diretamente, sem a interferência de um terceiro.
Para que se verifique a negociação, não há necessidade da existência
prévia de um conflito, aparentemente insolúvel só pela boa vontade das partes. Basta que surjam pontos de vistas contrários, ou divergências de cálculos ou mesmo pelo simples fato de que uma das partes não sabe, sequer, se a outra está disposta a negociar.
Conciliação
Dá-se a conciliação pela interferência de um facilitador para solução de
um conflito. Nas Comissões de Conciliação Prévia, o conciliador se utiliza de alguns instrumentos de convencimento e de todas as técnicas de Negociação de que for capaz para facilitar a conciliação. Tal qual o mediador, o conciliador também funciona como um facilitador, para ajudar na solução do conflito estabelecido, possuindo, no entanto, um poder maior que o do mediador, podendo sugerir soluções para o referido conflito.
Arbitragem
As partes em comum acordo escolhem o árbitro, que não precisa ter
formação jurídica. Na divergência ligada a uma sonda de perfuração de poços de petróleo, por exemplo, o ideal é que as partes escolham um especialista no assunto. Trata-se de uma questão técnica. Somente o especialista terá condições de avaliar com propriedade todos os elementos relacionados à controvérsia. Poderá assim emitir com segurança a sentença arbitral que obrigará as partes ao cumprimento.
Mediação
Caracteriza-se a Mediação pela eleição de um terceiro, o mediador, para
ajudar na solução de um conflito, cuja função será apenas a de um facilitador, para que as partes cheguem a uma solução em face do impasse surgido.
O processo de Mediação é menos formal que o da Arbitragem. Nela, as
disputas são orientadas no sentido de se chegar a uma solução aceitável para ambas as partes, por acordo, ou mútuo consenso. Ao contrário, na Arbitragem é prolatada uma sentença – que não poderá mais ser questionada em juízo –, pondo-se, portanto, fim à questão.
Portanto, diante do estudo realizado sobre os meios de resolução de
conflitos extrajudiciais, entendemos que a negociação, a mediação, a conciliação e a arbitragem, apesar de serem formas extrajudiciais e consensuais de resolução de conflitos, são bem distintas ao solucionarem a lide, cabendo às pessoas envolvidas na lide decidir qual a técnica mais adequada para a resolução de seu conflito.