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14 de Junho de 2021
PALAVRAS
CHAVE: BEM-ESTAR-SOCIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS,
GLOBALIZAÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No
Brasil com a Constituição de 1988 a expressão seguridade social
transformou-se
um padrão de proteção social abrangente e
redistributivo, e se desenvolveu em
torno da Previdência.
As
políticas sociais se revestiram de um caráter salvacionista. As
políticas
públicas se resumem a insuficientes benefícios para os pobres,
enquanto ao
mercado cabe a oferta de proteção àquelas cujas situações
permitem a obtenção
de planos de saúde e seguros privados. Nas
escolas públicas, a péssima
qualidade de ensino empurra para a rede
particular de ensino os filhos dos
menos desfavorecidos.
Os
países periféricos como o Brasil são vulneráveis com as mudanças
do mercado
globalizado e fica cada vez mais difícil sustentar políticas
de bem-estar
social.
O novo contexto econômico (globalização) fere
a política social, mas
não necessariamente
a destrói. As maneiras diversas que os Estados
têm enfrentado as
dificuldades mostram que a necessidade reside,
antes, em encontrar
caminhos adequados às realidades singulares de
cada um, o que só pode ocorrer
na esfera da política, e mediante
acordos entre atores socias. A realização de
mudanças profundas nas
políticas de bem estar social como diminuir benefícios
ou eliminar
serviços públicos podem enfraquecer os governos que estão no poder
e
pode levar os mesmos a negação de votos e perda de poder e de força
política.
A prática dos lobbies (grupo dos que frequentam as
antecâmaras dos parlamentos
com o objetivo de influenciar os
deputados no sentido de votarem de acordo com
seus interesses)
ganhou notável visibilidade no período de atuação da
Assembleia
Constituinte e hoje está presente no cotidiano da política e no
interior
do Congresso Nacional. O lobismo se configura como um formato de
intermediação de interesses que acentua as divisões sociais e favorece
os
poderosos, num país de imensas lacunas entre as classes sociais
como o Brasil,
a prevalência dos lobbies reitera a exclusão das
minorias. O
modo lobista de influenciar decisões incide negativamente
sobre as
possibilidades de alargamento da proteção social promovida
pelo Estado, uma vez
que coíbe coalizões amplas e duradouras.
CONCLUSÃO:
O caráter redistributivo do Welfare State brasileiro foi
comprometido pela
elevada segmentação da sociedade resultante de
um modelo de desenvolvimento
concentrador, pela ausência de
coalizões entre trabalhadores industriais e não
industriais e por uma
burocracia com baixos níveis de autonomia em relação ao
governo. As
políticas sociais são estruturadas com base em princípios de
autofinanciamento; e distribuídas por critérios particularistas, o que
encarece
o custo das políticas sociais implantadas e as tonam ineficaz
acarretando em
serviços públicos de péssima qualidade.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
GOMES,
Fábio Guedes. Conflito social e welfare state: Estado e
desenvolvimento social
no Brasil. Rev. Adm. Pública, Rio de
Janeiro, v. 40, n.2,p. 201-234,Apr.2006.
Available.from<http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid
=S003476122006000200003&lng=en&nrm=iso>access.on27.Sept.01
6.http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122006000200003