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Probabilidades e Heredogramas

Probabilidade

É a chance que um evento tem de ocorrer, entre


dois ou mais eventos possíveis.

Por exemplo, ao lançarmos uma moeda, qual a chance


dela cair com a face “cara” voltada para cima?

E em um baralho de 52 cartas, qual a chance de ser


sorteada uma carta do naipe ouros?
Eventos aleatórios

Eventos como obter “cara” ao lançar uma moeda, sortear


um “ás” de ouros do baralho, ou obter “face 6” ao jogar um
dado são denominados eventos aleatórios (do latim alea,
sorte) porque cada um deles tem a mesma chance de
ocorrer em relação a seus respectivos eventos alternativos.

A probabilidade de A probabilidade de A probabilidade de


sortear uma carta de sortear um rei qualquer sortear o rei de espadas
espadas de um baralho de um baralho de 52 de um baralho de 52
de 52 cartas é de ¼ cartas é de 1/13. cartas é de 1/52.
Eventos aleatórios

A formação de um determinado tipo de gameta, com um


outro alelo de um par de genes, também é um evento
aleatório.

Um indivíduo heterozigoto Aa tem


Um indivíduo homozigoto aa tem
a mesma probabilidade (50%) de Um indivíduo homozigoto AA tem
100% de probabilidade ou 1/1 de
formar gametas portadores do 100% de probabilidade ou 1/1 de
gerar gametas a.
alelo A do que de formar gametas gerar gametas A.
com o alelo a (1/2 A: 1/2 a).
Eventos independentes

Por exemplo, ao lançar várias moedas ao mesmo tempo, ou


uma mesma moeda várias vezes consecutivas, um resultado não
interfere nos outros. Por isso, cada resultado é um evento
independente do outro.

Quando a ocorrência de um
evento não afeta a Da mesma maneira, o nascimento de uma criança com um
determinado fenótipo é um evento independente em relação
probabilidade de ocorrência ao nascimento de outros filhos do mesmo casal. Por exemplo,
de um outro, fala-se em imagine uma casal que já teve dois filhos homens; qual a
probabilidade que uma terceira criança seja do sexo feminino?
eventos independentes. Uma vez que a formação de cada filho é um evento
independente, a chance de nascer uma menina, supondo que
homens e mulheres nasçam com a mesma frequência, é 1/2
ou 50%, como em qualquer nascimento.
Regra do “e”

A teoria das probabilidades diz que a probabilidade de dois ou


mais eventos independentes ocorrerem conjuntamente é igual
ao produto das probabilidades de ocorrerem separadamente.

Esse princípio é conhecido popularmente como regra do “e”, pois


corresponde a pergunta: qual a probabilidade de ocorrer um
evento E outro, simultaneamente?
Regra do “e”

Suponha que você jogue uma


moeda duas vezes. Qual a
probabilidade de obter duas
“caras”, ou seja, “cara” no
primeiro lançamento e “cara” no
segundo?

A chance de ocorrer “cara” na


Assim a probabilidade desses dois
primeira jogada é, como já vimos,
eventos ocorrer conjuntamente é
igual a ½; a chance de ocorrer
1/2 X 1/2 = 1/4.
“cara” na segunda jogada
também é igual a1/2.
Regra do “e”

No lançamento simultâneo
de três dados, qual a
probabilidade de sortear
“face 6” em todos?

Isso quer dizer que a


Portanto a probabilidade
A chance de ocorrer “face obtenção de três “faces 6”
de ocorrer “face 6” nos
6” em cada dado é igual a simultâneas se repetirá,
três dados é 1/6 X 1/6 X
1/6. em média, 1 a cada 216
1/6 = 1/216.
jogadas.
Regra do “e”

Admitindo que a probabilidade


Um casal quer ter dois filhos e de ser homem ou mulher é igual
deseja saber a probabilidade de a ½, a probabilidade de o casal
que ambos sejam do sexo ter dois meninos é 1/2 X 1/2, ou
masculino. seja, ¼.
Regra do “ou”

Outro princípio de probabilidade diz que a


ocorrência de dois eventos que se excluem
mutuamente é igual à soma das probabilidades
com que cada evento ocorre.
Esse princípio é conhecido popularmente como
regra do “ou”, pois corresponde à pergunta: qual
é a probabilidade de ocorrer um evento OU
outro?
Regra do “ou”

Por exemplo, a probabilidade de obter Para calcular a probabilidade de obter


“cara” ou “coroa”, ao lançarmos uma “face 1” ou “face 6” no lançamento de
moeda, é igual a 1, porque representa um dado, basta somar as
a probabilidade de ocorrer “cara” probabilidades de cada evento: 1/6 +
somada à probabilidade de ocorrer 1/6 = 2/6.
“coroa” (1/2 + 1/2 =1).
Regra do “e” x “ou”

Em certos casos precisamos Por exemplo, no lançamento


aplicar tanto a regra do “e” de duas moedas, qual a
como a regra do “ou” em probabilidade de se obter
nossos cálculos de “cara” em uma delas e
probabilidade. “coroa” na outra?

Para ocorrer “cara” na A probabilidade de ocorrer


primeira moeda E “coroa” Assim nesse caso se aplica a “cara” E “coroa” (1/2 X 1/2 =
na segunda, OU “coroa” na regra do “e” combinada a 1/4) OU “coroa” e “cara”
primeira e “cara” na regra do “ou”. (1/2 X 1/2 = 1/4) é igual
segunda. a 1/2 (1/4 + 1/4).
Regra do “e” x “ou”

• Como já vimos, a probabilidade de uma criança ser do sexo


masculino é ½ e de ser do sexo feminino também é de ½.
• Há duas maneiras de uma casal ter um menino e uma
menina:
O mesmo raciocínio se aplica aos • O primeiro filho ser menino E o segundo filho ser menina
problemas da genética. (1/2 X 1/2 = 1/4) OU o primeiro ser menina e o segundo
ser menino (1/2 X 1/2 = 1/4).
Por exemplo, qual a probabilidade
• A probabilidade final é 1/4 + 1/4 = 2/4, ou 1/2.
de uma casal ter dois filhos, um do
sexo masculino e outro do sexo
feminino?
Construindo um heredograma

No caso da espécie humana, em que não se


pode realizar experiências com cruzamentos Esse levantamento é feito na forma de
dirigidos, a determinação do padrão de uma representação gráfica
herança das características depende de um denominada heredograma (do
levantamento do histórico das famílias em latim heredium, herança), também
que certas características aparecem. conhecida como genealogia ou árvore
Isso permite ao geneticista saber se uma dada genealógica.
característica é ou não hereditária e de que
modo ela é herdada.
Construindo um heredograma

Construir um heredograma consiste em representar, usando símbolos, as


relações de parentesco entre os indivíduos de uma família.
Cada indivíduo é representado por um símbolo que indica as suas
características particulares e sua relação de parentesco com os demais.
Principais símbolos
Regras

Cada geração que se Outra possibilidade é


sucede é indicada por se indicar todos os
Em cada casal, o algarismos romanos (I, indivíduos de um
homem deve ser Os filhos devem ser II, III, etc.). heredograma por
colocado à esquerda, e colocados em ordem
Dentro de cada algarismos arábicos,
a mulher à direita, de nascimento, da
geração, os indivíduos começando-se pelo
sempre que for esquerda para a direita.
são indicados por primeiro da esquerda,
possível.
algarismos arábicos, da da primeira geração.
esquerda para a direita.
Interpretação dos heredogramas

Quando um dos membros de uma


genealogia manifesta um fenótipo
dominante, e não conseguimos
determinar se ele é homozigoto
dominante ou heterozigoto,
habitualmente o seu genótipo é indicado
como A_, B_ou C_, por exemplo.
Interpretação dos heredogramas

A primeira informação que se procura obter, na análise de um


heredograma, é se o caráter em questão é condicionado por
um gene dominante ou recessivo.
Para isso, devemos procurar, no heredograma, casais que são
fenotipicamente iguais e tiveram um ou mais filhos diferentes
deles.
Interpretação dos heredogramas

Se a característica permaneceu
oculta no casal, e se manifestou no
filho, só pode ser determinada por
um gene recessivo.
Pais fenotipicamente iguais, com um
filho diferente deles, indicam que o
caráter presente no filho é recessivo!
Interpretação dos heredogramas

Uma vez que se descobriu qual é o gene


dominante e qual é o recessivo, vamos agora
localizar os homozigotos recessivos, porque todos
eles manifestam o caráter recessivo.
Depois disso, podemos começar a descobrir os
genótipos das outras pessoas!
Interpretação dos heredogramas

Se um indivíduo é homozigoto recessivo,


ele envia o gene recessivo para todos os
Em um par de genes alelos, um veio do seus filhos.
pai e o outro veio da mãe. Se um
indivíduo é homozigoto recessivo, ele Dessa forma, como em um “quebra-
deve ter recebido um gene recessivo de cabeças”, os outros genótipos vão sendo
cada ancestral. descobertos. Todos os genótipos devem
ser indicados, mesmo que na sua forma
parcial (A_, por exemplo).
Interpretação de heredogramas

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