Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Relatorio Final Grupo 7 3redes
Relatorio Final Grupo 7 3redes
Projeto Integrador do terceiro ano de Redes de Computadores
Guilherme Lannes Rodrigues,
Heloiza Vieira de Souza,
Kaylan Sanciani Andrade Silva
Leticia Salesi Pereira
Millena Menezes Lins
A Inteligência Artificial
A democratização do acesso às suas informações
São Paulo
2021
Guilherme Lannes Rodrigues,
Heloiza Vieira de Souza,
Kaylan Sanciani Andrade Silva,
Leticia Salesi Pereira,
Millena Menezes Lins.
A Inteligência Artificial
A democratização do acesso às suas informações
São Paulo
2021
RESUMO
ABSTRACT
1.1 Objetivos.........................................................................................................4
1.2 Justificativa.....................................................................................................5
2. Revisão Literária...............................................................................................5
3. Materiais e Métodos.......................................................................................12
4. Resultados e Discussão.................................................................................14
5. Conclusão.......................................................................................................20
Referências Bibliográficas..................................................................................22
1. Introdução
O desenvolvimento de tecnologias inovadoras, em tempos de guerra, se
mostrou necessário para cumprimento de metas e a possível vitória do lado mais
desenvolvido (BRAGA, 2020). Na segunda Grande Guerra (1939-1945) os
avanços tecnológicos foram de extrema relevância para a época – em relação à
rede de comunicação militar, científica e acadêmica – e nos influenciam até o dia
de hoje (GOETHALS, 1999).
2
em utilizar esses meios para ter acesso a novas formas de poder, seja ele social
ou econômico. Tal capacidade informacional-comunicacional dentro das
sociedades dependeria de diversas condições sociais, culturais e institucionais
que dariam aos indivíduos o poder da conectividade (CASTELLS, 2006).
Com isso, as experiencias relacionadas as novas tecnologias se tornam
consequências do acesso a renda, riqueza e poder. No Brasil, cerca de 40
milhões de pessoas não usam as redes (IBGE, 2019), esse fato está diretamente
relacionado com as condições sociais e econômicas nas quais a população
brasileira se encontra.
Pensando na camada populacional que está conectada nas
redes, Hargittai cita que os aproveitamentos relacionados ao acesso à tecnologia
estão diretamente relacionados com o uso que se faz dela. Aproveitar mais e
melhores oportunidades oferecidas pela rede depende, é claro, do conhecimento
e competências do utilizador, o que, por sua vez, está relacionado com a posição
social dos indivíduos.
Nesse sentido, é imprescindível entender as oportunidades abertas e os
recursos proporcionados pelo acesso e uso adequado da rede. Segundo
especialistas, o eficiente uso das tecnologias seria capaz de aumentar o capital
humano, económico, cultural, social e político dos indivíduos (HARGITTAI, 2008,
KRUEGER, 1993 e DIMAGGIO et al., 2004).
Os seres humanos possuem a capacidade do raciocínio, e durante muito
tempo quis se compreender como o homem é capaz de manipular, modificar e
perceber um mundo muito maior que ele próprio. As inteligências artificiais agem
de maneira semelhante, são criadas por humanos, ou seja, com base no
raciocínio e ideário humano. São consideradas um campo universal, pois são
capazes de sistematizar e automatizar tarefas em qualquer esfera humana
(RUSSELL; NORVIG, 2004). De acordo com Kurzweil, Inteligência artificial é “a
arte de criar máquinas que executam funções que exigem inteligência quando
executadas por pessoas”. Logo, a inteligência artificial é um ramo da Ciência da
Computação que tem como objetivo fazer com que os computadores pensem ou
se comportem de forma inteligente (GOMES, 2010).
Segundo o raciocínio de Morais e Araújo (2018, p. 2), o objetivo das
Inteligências artificiais é aplicar na tecnologia um tipo de inteligência baseado no
3
principal modelo de inteligência que se conhece, a inteligência humana. De
acordo com Elaine Rich, conforme citado por Moraes e Araújo (2018, p. 2), são
realizados cada vez mais estudos dentro da área da IA (inteligência artificial) para
que sistemas possam realizar tarefas melhor do que os seres humanos.
O uso das IA’s está se tornando cada vez mais presente nas sociedades
contemporâneas, seja em redes sociais, como o Facebook, em assistentes
virtuais, como a Siri e o Google Assistente, ou utilizando-as como produto, como
a Alexa da Amazon. Por conta disso, as suas influências têm aumentado cada
vez mais, de uma maneira sutil, sem questionamento ou mesmo sem
conhecimento de sua existência por parte da sociedade. A banalização de sua
grande influência é algo que precisa ser questionado, bem como exposta a forma
de seu funcionamento, para que não haja persuasão e/ou indução de pensamento
para consumo de determinados produtos, exibidos principalmente através de
anúncios em redes sociais.
Como as Inteligências Artificiais funcionam? Como aprendem tanto sobre o
perfil de cada usuário e oferecem um conteúdo personalizado? Quanto a
população sabe sobre as inteligências artificiais? Essas são algumas questões
que a pesquisa buscará explorar durante sua realização.
O presente estudo tem como finalidade entender o funcionamento das
inteligências artificiais e tornar esse conhecimento acessível ao público. O seu
propósito é pesquisar sobre informações relevantes acerca de algo que se torna
cada vez mais presente na sociedade, mas que não é ampla e popularmente
discutido, e expor a investigação realizada. Baseando-se na pesquisa, será
desenvolvido um site como meio de divulgação das informações encontradas, de
modo que seja fácil compreender como as IA’s funcionam.
1.1 Objetivos
1.2 Justificativa
O principal motivo para a realização de um projeto integrador focado nas
inteligências artificiais e sua relação com a sociedade se dá pela atualidade do
tema. Sua relação com a população, que interage com a inteligência artificial sem
o conhecimento fundamental sobre o funcionamento dessa ramificação
tecnológica, é popularmente pouco dialogada.
Apesar de extremamente presente nas sociedades do século 21, o entendimento
sobre a tecnologia ainda é algo distante das camadas populares.
Transformar o conhecimento tecnológico em algo que promova
acessibilidade à todas as camadas populacionais têm extrema importância, uma
vez que possibilitará o entendimento sobre as inteligências artificiais e suas
características no cotidiano.
A acessibilidade a temas como Inteligência artificial seria capaz de
promover mais busca acadêmica e aumento na procura de formação e empregos
na área. O que se faz necessário, tendo em vista que, segundo o Banco Nacional
de Empregos (BNE), a demanda por profissionais de TI cresceu 63% em 2020.
Além disso, a Brasscom ressalta que a falta de mão de obra qualificada na área
tecnológica é um problema atual e muito presente.
Em momentos de crescente desigualdade social, a busca por uma maior
veiculação de conhecimento pode ser vista como uma fomentação por
transformações na sociedade.
5
2. Revisão Literária
A inclusão digital como política pública significa que ela seja assumida
ativamente pela sociedade para proporcionar o acesso aos equipamentos,
linguagens, tecnologias e habilidades necessárias para usufruir das tecnologias
de informação e comunicação. Essas iniciativas podem ser desenvolvidas por
indivíduos, empresas, governos, organizações não-governamentais, coletivos,
movimentos sociais, grupos informais, mas principalmente de maneira
coparticipativa.
7
Desde o início o ser humano quer alguém que possa fazer seu trabalho de
maneira mais rápida e dinâmica, e por conta disso sempre tentou usar a IA ao seu
favor, mesmo quando este termo nem existia.
Depois de um período negro, o estudo sobre redes neurais volta à tona nos
anos 1980, mas é nos anos de 1990 que ela tem um grande impulso,
consolidando-a verdadeiramente como a base dos estudos da IA.
8
Hoje em dia a inteligência artificial é usada em praticamente tudo e está
mais presente no nosso dia a dia do que imaginamos, até no
mundo cinematográfico este assunto é abordado de forma espetacular.
1
Uma sequência finita de ações executáveis que visam obter uma solução para um determinado tipo de problema.
9
tipos e as agrupam em grupos de saída. Esse método é mais usado para análises
de padrões e de tendências (PACHECO; PEREIRA, 2018).
2
Células do sistema nervoso que estão relacionadas com a propagação do impulso nervoso, sendo consideradas as unidades
básicas desse sistema.
3
Região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios.
4
Prolongamentos do neurônio que garantem a recepção dos estímulos, levando o impulso nervoso em direção ao corpo
celular.
5
Uma entrada de valor "1" associada a um peso "b" em cada neurônio.
6
Prolongamento único de uma célula nervosa, por onde se transmite o influxo nervoso.
10
aprendizado supervisionado é chamado de Multilayer Perceptron, ou perceptron7
multicamadas, e sua arquitetura se forma por entradas, pesos e uma única saída.
7
Rede neural de camada única.
8
Um sistema que utiliza apenas dois valores para representar suas quantias, sendo o 0 e 1.
9
O menor ponto que forma uma imagem digital.
10
Representação matemática de como um sistema linear opera sobre um sinal.
11
(PONTI; PARANHOS DA COSTA, 2017)
12
Fonte:(PONTI; PARANHOS DA COSTA, 2017)
3. Materiais e Métodos
Artigos e documentos acadêmicos para pesquisa e produção do documento,
através, principalmente, do Google Acadêmico;
Uma máquina virtual utilizada para hospedagem do servidor web para a
criação do site.
14
4. Resultados e Discussão
Foi composto um formulário para questionar o que a população sabe sobre
Inteligência Artificial. Compartilhado majoritariamente em redes sociais, foram
obtidas 161 respostas. As perguntas realizadas foram:
Qual a sua idade?
Você possui acesso à internet?
Como é feito esse acesso?
Qual é seu conhecimento sobre inteligência artificial?
Já ouviu falar de desigualdade tecnológica?
Acha importante o processo de democratização de conhecimento
tecnológico?
16
Fonte: Acervo dos próprios autores (2021)
Tabela 3 – Tipos de conexão dos entrevistados
18
Quando questionados sobre desigualdade tecnológica, a maioria (52,2%)
alegou não saber do que se trata o termo. Os 47,6% que afirmaram saber o
significado de desigualdade tecnológica definiram, em sua maioria, como falta de
acesso a internet e equipamentos.
Ainda que a pesquisa não tenha sido realizada com uma quantidade
expressiva de pessoas, as respostas coletadas são de diversas regiões do Brasil,
o que manifesta uma questão nacional de conhecimento que não é distribuído
adequadamente para todos os brasileiros, independentemente da idade, tendo
em vista que de acordo com o gráfico 1, a maioria dos participantes são
adolescentes e jovens.
19
Fonte: Acervo dos próprios autores (2021)
Como pergunta final, questionamos se existe a necessidade da
democratização de assuntos tecnológicos num geral e, como foco do trabalho, da
inteligência artificial. 83,2%, ou, 133 pessoas responderam que Sim.
20
Fonte: Acervo dos próprios autores (2021)
5. Conclusão
Tendo em vista o crescente avanço tecnológico atualmente no mundo, com
o aprimoramento das inteligências artificiais, juntamente com a desigualdade
tecnológica presente na nossa sociedade e a infoexclusão das camadas
populares, o presente trabalho visa explicar, de forma didática e compreensível, o
que são as inteligências artificiais e como elas estão presentes em nosso
cotidiano.
Com a realização do formulário feito no Google Forms e a disponibilização
para as pessoas próximas do grupo, aproximadamente 160 pessoas, pode-se
concluir que boa parte destas não possuem conhecimento detalhado ou básico
sobre as inteligências artificiais, bem como cerca de metade dos entrevistados
não conhecem o termo desigualdade tecnológica e, portanto, não sabem o que
significa. Isso reforça a importância da realização desse trabalho, para uma
comunicação educativa com a sociedade sobre a tecnologia que está
constantemente mudando ao seu redor.
A montagem do protótipo do site possibilitou a simulação da montagem de um
website autêntico que demonstra o desenvolvimento do projeto e da
transformação de assuntos complexos em textos simples e instrutivos para a
sociedade, mais precisamente sobre inteligência artificial e a democratização ao
acesso de seu conhecimento e sobre a desigualdade tecnológica.
O presente trabalho contribuiria com a sociedade de forma geral, informando
e educando sobre a relevância das inteligências artificiais, pois atinge desde
21
pessoas com maior acessibilidade de dados e informações até pessoas com
menos acessibilidade, seja de camadas populares ou pessoas que não possuem
acesso à internet.
Embora esperado a criação de um meio de comunicação acessível à
sociedade sobre uma temática complexa e atual, não foi possível a criação de um
website autêntico e, portanto, não foi possível concretizar tal meio de comunicação.
Além disso, o website iria se limitar apenas a pessoas que possuem acesso à
internet, não sendo possível a comunicação com as pessoas que não a possuem.
A partir do que foi estudando podemos considerar que estes resultados não
são o final de toda essa discussão, e sim a porta para novos conhecimentos e
avanços, de modo que se possa cada dia mais integrar a sociedade com a
tecnologia para que essa desigualdade diminua. Os próximos passos devem ser
pensados com cautela e dedicação a fim de promover para a sociedade um maior
conhecimento sobre o que é a inteligência artificial e como elas impactam em
nossas vidas. Possibilitando assim que os números abordados neste projeto,
possam mudar para melhor futuramente, tornando as pessoas mais integradas com
a tecnologia, que só vem crescendo dia após dia.
Devido ao fim deste estudo, é evidente que vem ocorrendo um grande
aumento na área da inteligência artificial, que vem crescendo nos últimos anos em
disparada. Infelizmente ainda ocorre desigualdade tecnológica de forma global,
trazendo assim um país estar mais desenvolvido do que outro em relação a esses
recursos, com a disponibilidade de mais acesso a essas informações, podemos ter a
oportunidade igualitária de desenvolver níveis de habilidade que vão desde o básico
até o conhecimento mais complexo, levando assim conhecimento para todos e
possibilitando um melhor avanço em questão da Inteligência Artificial.
22
Referências Bibliográficas
A HISTÓRIA da inteligência artificial. Instituto de engenharia.org.br, 29 set. 2018.
Disponível em: A história da inteligência artificial. Acesso em: 2 set. 2021.
CASTELLS, M. (1999), A Sociedade em Rede, vol. I. São Paulo, Paz e Terra, 1999.
Acesso em: 28/05/2021.
CASTELLS, M. (ed.) (2006), La Sociedad Red: uma Visión Global, Madrid. Acesso
em: 28/05/2021.
23
DIAMAGGIO, P., et al. (2004), “Digital inequality: From unequal access to
differentiated use”. In K. Neckerman (ed.), Social Inequality, Nova Iorque, Russell
Sage Foundation, pp. 355-400.
KRUEGER, A. (1993), “How computers have changed the wage structure: evidence
from microdata, 1948-1989”. Quarterly Journal of Economics, 108, pp. 33-60.
25
TELLAROLI, Taís Marina. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA COMUNICAÇÃO:
Para onde estamos caminhando. Universidade Metodista de São Paulo, 2009.
Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/201104-bocc-tais-tecnologias.pdf. Acesso
em: 29/05/2021.
26