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Cálculo Diferencial e Integral II

(CDI2001)

Volume de Sólido de Revolução


Segunda Tarefa Extra: TFC, Impróprias
Primeira Avaliação: 10 de novembro e Área em cartesianas
(quarta), entre 7h30min e 23h59min De 29/10 a 07/11
com 4 horas de duração (1 tentativa) com 6 horas de duração
(2 tentativas – nota mais alta)
Prof. Marnei Luis Mandler
Aula síncrona de 27 de outubro de 2021
Aplicação da Integral Definida
Volume de Sólido de Revolução
Seja : , → ℝ uma função contínua e considere a região delimitada por
, 0, e .
Quando a região é rotacionada em torno do eixo , é formado um sólido , situado
em ℝ , conforme indicado na figura:

Questão: Qual o volume do sólido obtido quando é rotacionada em torno do eixo ?


Volume de Sólido de Revolução
Para obter uma expressão para o volume desejado, seguiremos o método infinitesimal:
1º Passo: Dividimos em “pedaços”, tomando Δ &
.

Ao fazer isso, o sólido também fica “fatiado” em “pedaços”.


2º Passo: Somamos os volumes de todos os “pedaços”:

⋯ !
! ""
"#
"#
onde " representa o volume do “$-ésimo pedaço”.
Volume de Sólido de Revolução
3º Passo: Aproximamos o volume do “$ & é($ pedaço” por meio do volume de um
sólido conhecido.

) ⇒

Note que tal pedaço pode ser aproximado por um cilindro circular, obtido pela rotação de
um retângulo inscrito (ou circunscrito) ao gráfico de .
O raio do cilindro é dado por * * + +" ," , e a sua altura é dada por ℎℎ ∆∆ . Portanto:
" ) /"0" 123 44** ℎℎ 44 " " Δ Δ. .
Volume de Sólido de Revolução
Substituindo na expressão obtida anteriormente, obtemos que

! " )!
!44 + +" ," ,ΔΔ. .
"# "#"#
4º Passo: Melhoramos a aproximação, fazendo a quantidade de “pedaços” ficar cada maior,
ou seja, tomamos → ∞.
Com isso, obtemos:

lim ! 4 + ", Δ .
→89
"#
Portanto, obtemos que
< <<
: 4 + , ; 4: + , ; ,
= =
=
que é a expressão que permite calcular o volume de um sólido de revolução.
Rotação em torno de
Caso tenhamos uma função contínua ?: @, ; → ℝ e a região delimitada pelas curvas
? , 0, @ e ;
for rotacionada em torno do eixo , obtemos o sólido exibido abaixo:

O volume do sólido resultante é dado por: Aqui, o raio de


1 rotação é * ? ,

4 : ?+ , ; .
que novamente é a
distância da curva
/ ao eixo de rotação.
Exemplo
Exemplo 1) Calcule o volume do sólido obtido quando a região delimitada pela curva
16 25 400
é rotacionada em torno: a) do eixo . b) do eixo .
Solução: Representando geometricamente a curva obtemos
16 25 400
Isolando + ,:
16 25
1
400 400 25 400 & 16

1 U
OPPQ RS T
25 16
N
Uma elipse com V
semieixos 5 e 4.

a) Para a rotação em , usamos integração com ∈ &5, 5 .


Para achar o raio de revolução, basta calcular a distância da curva ao eixo de revolução :
400 & 16
U

* N .
5
Exemplo
ST XT YT
Quando é rotacionada em torno do eixo , o sólido é o elipsoide 1 cujo
V R R
volume é dado por
V V 400 & 16
16 16
V
V
400 & 16 400 & 16 V
U

4: N ; 4 :4 : 25 ; ; 4 : 416 : &16 & ; ;


QV 5 QV QV 25 QV QV 25 25
V
16 80 80 80 80 160 160 &160
&160
4 . 16 & [ 4 &80 & & 4 &&80
4 80 4 &80 4 &4 & 4 4
25.3 3 3 3 3 3 3 3 3
QV
320
4 $; ; ( ; ] .
3
b) Para a rotação em torno do eixo , usamos ∈ ∈ &4,
&4, 44 .. Para achar o raio de revolução,
basta calcular a distância da curva ao eixo de revolução, dada por + ,: Mudando o eixo de
16 25 400 400 &25
25
UU
400 &
** N ..
rotação, o sólido
16 400 & 25 N
16 400 & 25 4
4
também muda e,
ST XT YT
1 cujo volume é
portanto, o volume
O sólido agora é o elipsoide de equação é diferente!
V R V O
O
400 & 25
U
400
O
& 25
400
O
& 25 25 25 O
400 400
4: N ; 4 :4 : 4 . 25
; ; 4 . 25 & & [ [ 4. 4.
4 16 16 16.3
16.3 3 3
QO QO QO QO O
Exemplo
Exemplo 2) Calcule o volume do sólido obtido quando a menor região delimitada pelas
curvas
& 1 e 5
é rotacionada em torno: a) do eixo . b) do eixo .
Solução: A interseção entre as curvas é:
U NU 2
& 1 N 2 .
^ ⟹ 22 66 ⟹⟹ 33 ⟹⟹ ^ ^ U N U .3
5 N 3
Geometricamente, temos a região:

a) Para a rotação em , usamos ∈∈ && 22, , 22. .


U U U U

Veja que a região está “distante” do eixo de rotação.


Por isso, nesse caso, usamos uma diferença de volumes:
`Sa & " a
onde o volume externo é definido pela circunferência e
o volume interno é definido pela hipérbole.
Isolando na equação da circunferência:
5 ⇒⇒ 5&5& ⇒ ⇒ N 5
N&5 &.
U U
.
Fazendo o mesmo na equação da hipérbole:
& 1 ⇒⇒ 11 ⇒ ⇒ N N
1 1 . .
U U

*`Sa N 5& *" N 1


Denotaremos U U
a
Portanto, obtemos U U

4: +N 5 & , ; &4: +N 1 , ;
U U
U U
Q Q
U

4: +5 & ,& 1 ;
U
Q
U

4: 4&2 ;
U
Q
U
2 44 U 22 44 U 22 16162U 2
U U U

4 4 & b 44 44 22&& &&44 &4


&4 22 4.
U U U U

3 Q
U 33 33 3 3 4.
b) Quando rotacionamos em torno do eixo , devemos usar simetria em duas vezes
vezes,para
considerar as partes “separadas” do sólido.
Como a região é adjacente ao eixo de rotação, não é necessário
efetuar uma diferença de volumes.
3.
U
Veja que ocorre uma troca no raio externo em
Por isso, devemos usar uma soma de integrais:
Parte 1: Parte 2:
∈ 1, 3 ∈ 3, 5
U U U

*`Sa N &1 *`Sa N 5&


U U

Assim, por simetria, o volumeU do sólido obtido é U


V
24 : N &1 ; 24 : N 5& ;
U U
U
U U
V Exercício: resolver
24 : &1 ; 24 : 5& ; . as integrais!
U
Sólidos não maciços
Um sólido não maciço ocorre quando revolucionamos em torno do eixo uma região
situada entre duas curvas, dadas por
? , , e ,
com j ? . Geometricamente:

Como o sólido é
“vazado”,
fazemos uma
diferença de
volumes:
*`Sa ?
*" a .

O volume do sólido resultante é


<< << <<
`Sa & " a 44:
: ?+
?+ ,, ;; &
& 44:
: ++ ,, ;; 44::?+?+, , && ;;. .
== == ==

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