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Universidade do Estado Rio de Janeiro

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

Suelen Silva Barilari

Disciplina Geologia Geral

Apresento à Prof. Wellington Francisco Sá dos Santos, resumo do texto Resumo do livro
Decifrando a Terra, como requisito parcial na Disciplina geologia geral.
Introdução

O presente trabalho visa compendiar os conceitos abordados em Decifrando a Terra, com


destaque ao que diz respeito a Origem do Universo, Meteoritos, Magnetismo Terrestre, Ondas
Sísmicas e Isostasia e tecer considerações sobre o tema.

1. A Origem do Universo
O Universo, visto por nossos antepassados como uma manifestação divina, obra de
perfeita estrutura, passou por diversas especulações sobre a sua origem. Desde 500 a.C. com
Pitágoras, passando por Copérnico, (1473-1543), contando ainda com as pesquisas da
dinâmica dos corpos celestes de Galileo (1564-1642) e a teoria da gravitação com Newton
(1643-1727), sem até então ter sido obtida nenhuma conclusão definitiva sobre sua origem.
Com a teoria da Relatividade de Einstein (1879-1955) e mais tarde evidenciado pelas
observações de Edwin Powell Hubble (1889-1953), demonstrando a existência de uma
relação entre a velocidade de recessão de uma galáxia e a sua distância, que o Universo teve
seu início em um volume incomparavelmente menor, em que nada existia fora deste volume
tempo era um conceito nulo e em condições físicas imensuráveis e que em um súbito
momento surgiu a grande expansão (pejorativamente chamado de Big Bang por Fred Hoyle) e
ele vem estando em expansão desde então, gerando as quatro forças fundamentais da natureza
(gravitacional, nuclear forte, nuclear fraca e eletromagnética) e que tal condição depende
essencialmente da persistência ou não de tal expansão e deixando a indefinição de que em
algum momento pode-se originar um processo recessivo e um novo colapso de estado denso,
um Big Crunch. No que diz respeito à matéria, estudar e aprender sobre os demais corpos do
nosso sistema solar é fundamental para que se aprenda sobre a própria Terra, uma vez que são
formados pelos mesmos materiais. Atualmente, as evidências apontam que o Universo possa
ser composto de aproximadamente 70% de energia escura, 25% de matéria escura e 5% de
matéria normal, e em constante expansão. A Ciência ainda não conta com elementos
necessários para caracterizar o período Planckiano (não há uma teoria que combine física
quântica e relatividade geral). O Sol é uma estrela-anã e compõe o nosso Sistema Solar, onde
os principais parâmetros físicos dos nossos planetas obedecem aproximadamente a uma
relação empírica (Lei de Titus-Bode).
2. Meteoritos
Outra parte integrante do nosso Sistema Solar é a Terra, que ao receber os Meteoritos
(fragmentos de matéria sólida provenientes do espaço, grande parte de tamanho reduzido) faz
com que eles sejam destruídos ou volatizados pelo atrito. A diferença entre meteoros e
meteoritos se dá basicamente por sua massa, uma vez que os primeiros são popularmente
conhecidos como estrelas cadentes (essas estrias luminosas que sulcam o céu são apenas os
efeitos visíveis de sua chegada. Já os meteoritos, apenas os maiores conseguem resistir
aniquilamento citado acima e atingir a superfície da Terra.

2.1 Os meteoritos possuem classes e subclasses de acordo com as suas estruturas


internas, composições químicas e mineralógicas.
2.1.1 Meteoritos Rochosos:
a) Condritos: Temos os Ordinários (81%) e os Carbonáceos (5%), que têm
como característica serem primitivos e não diferenciados, tendo entre 4,5 e
4,6 bilhões de anos e abundância solar dos elementos pesados. À exceção
dos condritos carbonáceostipo C1, possuem côndrulos. São formados por
minerais silicáticos de fases refratárias e material metálico e sua provável
proveniência é um cinturão de asteróides.
b) Acondritos: Com idades entre 4,4 e 4,6 bilhões de anos, exceto os do tipo
SNC, com aproximadamente 1 bilhão de anos. São heterogêneos, similares
aos basaltos terrestres e os principais minerais são olivina, piroxigêio e
plagioclácio. Possível proveniência: cinturão de asteroídes, superfície da
lua, superfície de Marte (tipo SNC).
2.1.2Meteoritos Ferro-pétreos (siderólitos0 (1%):mistura de minerais silicáticos
e material metálico. Proveniência: interior de corpos diferenciados do
cinturão de asteroides.
2.1.3 Meteoritos Metálicos (sideritos) (4%): mineral metálico. Proveniência:
interior de corpos diferenciados do cinturão de asteroides.
3. Magnetismo Terrestre
A descoberta do magnetismo natural da terra é atribuída aos chineses, que por volta de
1100ª.C. já utilizavam bússolas. Mas a pergunta é: “a Terra é um imã?” Primeiro será
esclarecido que por convenção o extremo da barra onde as linhas de força do campo
magnético de uma bússola ou imã são direcionadas para fora, o que é denominado Polo
“Norte” e o outro extremo polo “sul” e isto difere dos polos magnéticos geográficos.
Entretanto a forma do campo geomagnético é muito mais complexa.
4. O Interior da Terra (Ondas Sísmicas)
Quando ocorre uma ruptura no interior da Terra, são geradas vibrações sísmicas que se
propagam em todas as direções em formas de ondas, semelhante a detonação de explosivos
em uma pedreira, cujas vibrações podem ser sentidas tanto no terreno como no ar (ondas
sonoras). Tais ondas podem causar danos perto do epicentro e podem ser registradas por
sismógrafos em todo o mundo. Em 23 de janeiro de 1997 ocorreu um terremoto na fronteira
entre a Argentina e Bolívia, com profundidade total de 280 km e magnitude de 6,4. As ondas
desse sismo tiveram amplitude suficiente para serem sentidas na cidade de São Paulo, fazendo
alguns prédios entrar em ressonância. Há dois tipos de vibrações sísmicas em um meio sólido
que se propagam em todas as direções: longitudinais e transversais. O que permite obtermos
informações sobre a composição de grandes profundidades é o cálculo das ondas sísmicas. O
método sísmico é de grande importância prática, por exemplo, na exploração de petróleo e na
busca subterrânea. A análise as ondas sísmicas, registradas na superfície, permite ao geofísico
conhecer as características físicas e químicas das regiões percorridas pelas ondas.
A camada mais superficial é a crosta, com espessura variando de 25 km a pelo menos
50 km nos continentes e de 5 km a 10 km bis oceanos. As características das velocidades
sísmicas baixas e densidades altas indicam que o núcleo é composto predominantemente de
ferro.
A grande diferença entre as velocidades sísmicas da crosta e do manto superior indica
uma mudança de composição química nas rochas. A descontinuidade crosta/manto é chamada
de Maho. Abaixo da crosta, estudos mais detalhados em muitas regiões mostram que há uma
ligeira diminuição nas velocidades sísmicas do manto ao redor de 100 km de profundidade
devido ao fato de as rochas conterem uma pequena quantidade de material fundido, resultado
do processo de fusão parcial, especialmente sob os oceanos. Contudo, a composição química
das rochas do manto acima desta “zona de baixa velocidade” varia pouco se comparada com
as da crosta. Assim, a crosta, com uma parte do manto superior acima da zona de baixa
velocidade, forma uma camada íntegra mais dura e rígida, chamada litosfera. Abaixo da zona
de baixa velocidade, chamada astenosfera, as rochas do manto são mais maleáveis. Enquanto
a descontinuidade Moho é abrupta, indicando mudança de composição química, o limite
litosfera/ astenosfera é mais gradual e indica mudança de propriedades físicas. A verdadeira
casca da Terra, portanto, é a litosfera. As placas litosféricas são fragmentos que se
movimentam sobre a astenosfera.
5. Isostasia (pág 15)
Entre 1735 e 1975 foi realizada uma expedição francesa para o Peru, liderada por P.
Bouguer. Nessa viagem, Bouguer notou que a Cordilheira do Andes exercia uma força de
atração gravitacional menor do que a esperada para o respectivo volume das massas
topográficas. Após um século, G. Evereste fez a mesma observação nos Himalaias, durante
uma expedição à Índia.
A explicação viria em 1855, quando J. H. Pratt e G. Airy, dois geodesistas ingleses,
propuseram, independentemente, hipóteses para explicar essas observações. Em 1889, o
termo isostasia foi utilizado como o mecanismo para explica-las. De acordo com o conceito
de isostatia, há uma deficiência de massa abaixo das rochas da cordilheira, que é
aproximadamente igual à massa das montanhas. O conceito baseia-se no princípio de
equilíbrio hidrostático de Arquimedes, no qual um corpo, ao flutuar, desloca uma massa de
água equivalente à sua. Nesse caso, uma cadeia de montanhas poderia comportar-se como
uma rolha de menor densidade flutuando na água de maior densidade.

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