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RELATÓRIO – PRÁTICA
TURMA QC – 04/11/2019
RECIFE, 2019
INTRODUÇÃO
Reatores de leito fixo são equipamentos utilizados em diversos processos, tais como: reações
com catalisadores, adsorção de um soluto, absorção, leito de filtração, etc. Tal reator tem
como objetivo promover o contato intimo entre as fases envolvidas no processo, favorecendo
a transferência de massa.
O primeiro trabalho experimental em leitos porosos foi feito por Darcy em 1830, no qual
constatou que para escoamentos laminares a taxa de fluxo é proporcional à queda de pressão e
inversamente proporcional a viscosidade e ao comprimento, equação (1)
k∆P (1)
v=
μ∆L
Onde:
2 2
∆ P 150 (1−ε) v G μG 1,75(1−ε) ρG v G (2)
= 3 2
+ 3
L ε dp ε dp
Onde:
V T −V C
ε= (3)
VT
Em que V T é o volume total da coluna, equação (4) e V C é o volume ocupado pela partícula
equação (5)
π D2 (4)
V T= L
4
mL (5)
V C=
ρap
Onde:
D é o diâmetro do tubo, em m
L é o comprimento do tubo, em m
m L é a massa da partícula no leito, em kg
ρap é a massa especifica aparente da partícula, em kg/m3
mc (6)
ρap =
V f −V i
Onde:
mc é a massa da partícula, em kg
V f −V i é o volume deslocado pela partícula, em m3
OBJETIVOS
- Medir a perda de carga nas restrições do sistema de escoamento apresentado com fluido
compressível;
- Calcular os parâmetros relativos aos três tipos de partículas de recheio utilizadas na prática ;
- Calcular a perda de carga segundo a equação de Ergun e compará-las com os valores obtidos
experimentalmente.
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais
Reagente gasoso (Ar)
Reagentes sólidos (Carvão, bolinhas de vidro)
Fluxímetros
Cronômetro
Solução de detergente diluída
Válvulas de passagem
Tubos e conexões metálicas
Manômetro diferencial em U
Procedimento
- Preencheu a coluna com o recheio;
- Escolheu-se uma vazão no fluxímetro (50 L/h; 75 L/h; 100 L/h; 130 L/h e 150
L/h);
- Mediu a vazão com auxilio do fluxímetro na saída;
- Mediu as pressões na entrada e saida do tubo com recheio para as 5 vazões;
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com os dados obtidos e utilizando a equação (6), a tabela 1 mostra as densidades aparentes
para os 3 tipos de recheios utilizados:
A partir das densidades aparentes foi possível calcular o Vc e a porosidade para cada recheio,
resultados mostrados na tabela 2.
Tabela 2: Porosidades
Vc (cm3) ε porosidade
carvão 40,67221 0,499034
3
gordinho 42,45403 0,477087
1
bolinha 64,18197 0,20946
Sabendo as medidas da coluna, D = 1,06 cm e L = 92 cm, foi possível calcular o Volume total
= 81,187551 cm3 e a Área transversal = 0,8824734 cm2. Sabendo que para o Ar na
temperatura de 300 K a viscosidade é igual a 1,85E-05 Ns/m e a densidade específica 1,1614
kg/m3 (INCROPERA, 2008)
Feito o tratamento de dados foi possível calcular a perda de carga a partir da equação de
Ergun (2), a tabela 6 mostra os resultados obtidos.
Como o sistema estava conectado ao manômetro em U, a perda de carga também pode ser
calculada diretamente pela diferença causada na coluna de água presente no manômetro, a
tabela 7 mostra os valores obtidos a partir do manômetro.
A partir dos dados é possível plotar os gráficos de perda de carga para cada material em
função da vazão, as figuras 1, 2 e 3 mostras as curvas para os recheios de carvão, gordinho e
bolinha.
Carvão
6.00
5.00
4.00
∆P/∆L kPa/m
3.00
2.00
1.00
0.00
40 60 80 100 120 140 160
Rotação L/h
Ergun Power (Ergun)
Manômetro Power (Manômetro)
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
40 60 80 100 120 140 160
Rotação L/h
Ergun
Polynomial (Ergun)
Bolinha
45.00
40.00
35.00
30.00
∆P/∆L kPa/m
25.00
20.00
15.00
10.00
5.00
0.00
40 60 80 100 120 140 160
Rotação L/h
Ergun
Polynomial (Ergun)
As discrepâncias vistas nas figuras das curvas de perda de carga estão possivelmente ligadas a
erros experimentais, tais como instrumentador, medição da temperatura ambiente, utilização
de vidraria como baixa precisão, etc.
CONCLUSÕES
Com a realização da prática foi possível analisar o comportamento de um sistema com relação
a perda de carga com fluidos compressíveis devido à presença de recheio com diferentes
tamanhos de partícula e natureza, além do efeito da variação da velocidade do fluido em
escoamento. Verificou-se que os resultados tiveram discrepância, relacionados aos erros em
laboratório. No geral, o comportamento foi previsto pela equação de Ergun, sendo a mesma
válida, mesmo com a distancias dos valores encontrados.
REFERÊNCIAS