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Ministério da Educação

Instituto Federal de Minas Gerais


Campus Avançado Itabirito
Curso Técnico Integrado em Automação Industrial

AUTOMATIZAÇÃO DA LUMINOSIDADE AMBIENTE

por

ADRIANA MARINS FERRAZ

ANNA JÚLIA TOLEDO LOPES

Itabirito
2017
ADRIANA MARINS FERRAZ

ANNA JÚLIA TOLEDO LOPES

AUTOMATIZAÇÃO DA LUMINOSIDADE AMBIENTE:

Abertura e fechamento de cortinas

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Curso Técnico Integrado em Automação Industrial do
Instituto Federal de Minas Gerais, campus avançado
Itabirito, como requisito parcial à obtenção do título de
Técnico em Automação Industrial.

Orientação: Andrei Roger Silva de Oliveira


Coorientador: Adriana Luziê de Almeida

Itabirito
2017
Ficha Catalográfica
ADRIANA MARINS FERRAZ

ANNA JÚLIA TOLEDO LOPES

AUTOMATIZAÇÃO DA LUMINOSIDADE AMBIENTE:

Abertura e fechamento de cortinas

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Curso Técnico Integrado em Automação Industrial do
Instituto Federal de Minas Gerais, campus avançado
Itabirito, como requisito parcial à obtenção do título de
Técnico em Automação Industrial.

Banca Examinadora:
Prof. Andrei Roger Silva de Oliveira (IFMG/Itabirito) – Presidente
Prof. Ms. Nome do professor/técnico (IFMG/Itabirito) - Titular
Dra. Prof.ª Patrícia Elizabeth de Freitas (IFMG/Itabirito) - Suplente

Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em Itabirito, 11/12/2017.


AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos ter dado a oportunidade de nos


superar, mostrando a nossa capacidade, além de ser sustento nas dificuldades.
Aos amigos Matheus Teixeira e Luccas Djian pelo apoio e ensinamento no
desenvolvimento deste projeto.
Aos familiares, pela assistência incondicional que nos foi dada, pelos
conselhos, amor e incentivo.
E a todos que fizeram parte, direta ou indiretamente, da nossa formação, o
nosso muito obrigada!
RESUMO

O trabalho apresentado consiste em, através da automatização, fazer o


controle da luminosidade em diversos locais. O objetivo deste é facilitar a vida de
quem faz uso do sistema, evitando gasto de energia em fazer o trabalho de forma
manual, além de proteger móveis, animais, entre outros, da incidência solar
excessiva. Foram realizadas pesquisas em diversos âmbitos para que fosse possível
a construção de um circuito simulando a atuação das cortinas automatizadas. De
forma simples, o circuito demonstra a resposta das cortinas através de LED’s em
diferentes cores de acordo com a quantidade de luz percebida pelo sensor LDR.
Assim, a demonstração visual faz o papel da persiana e certifica o funcionamento
correto do projeto construído.

Palavras-chave: Automatização, luminosidade, cortinas automatizadas.


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – CRONOGRAMA DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO ............................... 20


FIGURA 2 – ARDUÍNO UNO .......................................................................... 21
FIGURA 3 – LDR ......................................................................................... 21
FIGURA 4 – PROTOBOARD ............................................................................ 22
FIGURA 5 – JUMPS ...................................................................................... 22
FIGURA 6 – LED’S ...................................................................................... 23
FIGURA 7 – PLACA DE FENOLITE ................................................................... 24
FIGURA 8 – MOTOR DE PASSOS .................................................................... 24
FIGURA 9 – TRANSFORMADOR ...................................................................... 25
FIGURA 10 – MÓDULO RELÉ DE DOIS CANAIS .................................................. 25
FIGURA 11 – CAPACITOR ELETROLÍTICO ......................................................... 26
FIGURA 12 – FLUXOGRAMA DE CONDIÇÕES LÓGICAS DO PROJETO ..................... 27
FIGURA 13 – CIRCUITO TESTE ...................................................................... 30
FIGURA 14 – COMPONENTES INSERIDOS APÓS O TESTE DESCRITO .................... 31
FIGURA 15 – DESENHO DA LIGAÇÃO DO SEGUNDO MOTOR ................................ 32
FIGURA 16 – COMPONENTES SOLDADOS NA PLACA DE FENOLITE ....................... 34
FIGURA 17 – INCLINAÇÃO DO LDR ................................................................ 34
FIGURA 18 – CIRCUITO FINAL PRONTO ........................................................... 35
FIGURA 19 – CIRCUITO RESPONDENDO À ALTA LUMINOSIDADE .......................... 36
FIGURA 20 – CIRCUITO RESPONDENDO À LUMINOSIDADE INTERMEDIÁRIA ........... 36
FIGURA 21 – CIRCUITO RESPONDENDO À BAIXA LUMINOSIDADE ......................... 37
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – LUMINOSIDADE RELACIONADA À RESISTÊNCIA .............................. 33


GRÁFICO 2 – LUMINOSIDADE X RESISTÊNCIA AO DECORRER DO DIA .................. 33
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – RELAÇÃO ENTRE LUMINOSIDADE E POSIÇÃO DAS ALETAS ................. 29
TABELA 2 – RESULTADO DO MONITORAMENTO ................................................ 36
TABELA 3 – ORÇAMENTO FINAL ..................................................................... 37
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................... 14
2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................. 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................ 14
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 12
4 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 16
5 METODOLOGIA ..................................................................................... 19
6 RESULTADOS ....................................................................................... 36
7 DISCUSSÃO .......................................................................................... 36
8 CONCLUSÃO ........................................................................................ 38
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS/RECOMENDAÇÕES ................................... 40
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 41
APÊNDICE .................................................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO

Segundo L.Silevira e W.Lima (2003, p.2) uma boa definição para automação é
um conjunto de técnicas destinadas a tornar automática a realização de tarefas,
substituindo o gasto de bioenergia humana, com esforço muscular e mental, por
elementos eletromecânicos computáveis. Percebe-se, portanto, que este amplo
conceito se estende a diversos cenários, como, por exemplo, a máquina de lavar
roupa para a lavadeira, a impressora para o escrivão ou o robô para o operário
industrial. Os benefícios para qualquer processo automatizado são nítidos:
eficiência, segurança, menor custo, maior produção, entre outros.
Antigamente, automação residencial era considerada luxo para maioria das
pessoas. Somente as pessoas com alto poder aquisitivo que teriam a segurança, a
comodidade e o conforto que esse serviço oferece. Hoje esse conceito está diferente
e vem ganhando espaço em todas as classes sociais. O crescimento tecnológico
proporciona uma grande mudança na vida de quem possui acesso a esse tipo de
inovação, pois além de proporcionar mais conforto, oferece praticidade no dia-a-dia.
De acordo com GDS Automação (2009), empresa especializada em automação
residencial, este tipo de automação:
“trata da aplicação de sistemas de controle baseados na automação para todas as
funções encontradas no ambiente, integrando seus acionamentos e visando sempre a
praticidade, simplicidade e objetividade dos comandos. Todas estas funções sem se
desfazer da beleza, do conforto e valorizando o ambiente.”
Uma das novidades no mercado da automação residencial é a automatização de
cortinas, sendo uma implementação relativamente simples e bastante útil. A utilidade
desse tipo de sistema é variável, o que possibilita a customização de acordo com o
que o local precisa.
Automatizar a luminosidade ambiente através da abertura e fechamento de
cortinas consiste em controlar o quanto uma cortina irá ficar aberta, de acordo com a
necessidade do usuário. Sendo assim, a luminosidade que transpassa a janela deve
ser medida através de sensores, para que a gama de utilidades do circuito seja mais
abrangente, considerando também a economia e o meio ambiente. Existem diversas
aplicações do sistema, como, por exemplo, a promoção do conforto residencial e a
utilização em salas de multimeios ou laboratórios para proteger equipamentos e
mobiliários.
12
ALFARONE (2010) ressalta que a persiana automatizada visa minimizar os
problemas em residências, como a incidência do sol em móveis, objetos eletrônicos
(evitando o superaquecimento).
Além dos impasses citados, a radiância excessiva pode causar danos a
animais de estimação presentes no local, podendo até levar a morte do mesmo.
Caso haja necessidade, o usuário pode acionar a funcionalidade de fechar a
cortina quando a incidência solar for alta e, se a luminosidade elevada não for
apresentada como problema, é possível desativá-la através da programação do
circuito.
De acordo com SILVA (2011) o projeto é constituído de um sistema que,
automaticamente, capta os padrões de luminosidade dos ambientes interno e
externo e regula a passagem de luz. Trata-se, portanto, da simulação de uma
“persiana inteligente”.
O trabalho está subdividido em, geralmente, seis partes essenciais. Na
introdução buscou-se apresentar um breve panorama sobre automação e
automação residencial bem como mostrar a finalidade de uma “cortina
automatizada”. Na justificativa buscou-se apontar que o trabalho de pesquisa é
importante, oportuno e útil (em termos de disponibilidade de tempo e pessoas). O
referencial teórico embasa a análise a ser realizada com os resultados obtidos na
pesquisa. Em seguida, é apresentada a metodologia da pesquisa, desenvolvida para
atingir os objetivos apresentados. Após isto, são apresentados e analisados os
principais resultados obtidos e, finalmente, “no último tópico são efetuadas as
considerações finais, incluindo conclusões e sugestões de estudos futuros, seguidas
das referências” (JACOBSEN, 2016).

13
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Os objetivos do trabalho consistem em monitorar a abertura e fechamento de


cortinas, considerando a luminosidade ambiente, além de possibilitar maior conforto
através da automatização. Através de sensor de luz, promover a otimização de
energia de mão de obra gasta para abrir ou fechar as cortinas, e facilitar o uso das
mesmas nos locais desejados.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Este projeto possui como objetivos específicos demonstrar a resposta dos


motores utilizados de acordo com as informações fornecidas pelo sensor, sinalizada
por LED’S de cores diferentes, simulando assim, a cortina automatizada.

14
3 JUSTIFICATIVA
O projeto apresentado neste trabalho é de suma importância nos dias de hoje,
visto que as pessoas já não têm mais tempo de cuidar da casa e de pequenos
detalhes pois estão no trabalho, na escola, na academia, por exemplo. A incidência
solar, em lugares indevidos, ou a falta dela ocasiona grandes problemas, fazendo-se
necessário um sistema que atenda às peculiaridades do local em que será
implantado. Assim, a automação de cortinas é útil facilitando a vida do usuário,
aumentando a conservação dos móveis e aparelhos eletrônicos.

15
4 REVISÃO DE LITERATURA
Os trabalhos tomados como pesquisa inicial possuem técnicas que não são
triviais e que não foram estudadas durante o curso como, por exemplo, a utilização
do motor de passo. Diante deste fato, o desenvolvimento do TCC apresentou
componentes mais simplificados, como o Arduíno.
Segundo Thomsen (2014), o Arduíno é composto por um microcontrolador e
outros circuitos integrados, popular pela acessibilidade e facilidade de uso para
projetos que envolvem desenvolvimento didático ou amador.
Para embasar este estudo, iniciou-se uma pesquisa de termos comuns no
ramo da Automação de Persianas.
Persiana é um artigo utilizado na parte interna de janelas ou portas para vedar
a entrada de iluminação ou controlá-la parcialmente quando desejado. As persianas
podem ser também consideradas como um tipo de cortina. Também tem função
térmica: podem bloquear entrada indesejada de calor no verão e manter o calor em
clima frio. Em ambos os casos, reduzem a luz em grau variado, dependendo do
design.
Todos os tipos de persianas podem ser motorizadas e por isso,
automatizadas. Persianas automatizadas podem ser controladas por painel na
parede, controle remoto ou computador pessoal. Para a realização do projeto, foram
utilizados LED’S que indicassem os estados da persiana, simulando o seu
comportamento em resposta ao circuito implementado.
Segundo (BRITES, 2008), os motores de passo são os componentes
utilizados para motorizar as persianas. Tais motores são dispositivos
eletromecânicos que transformam pulsos elétricos em movimentos mecânicos,
gerando variações angulares discretas. Estes motores possuem aplicações em
sistemas que necessitam de movimentos precisos, podendo controlar vários fatores
(rotação, velocidade, posição, etc.). Devido a essas características, os motores de
passo assumem ampla aplicabilidade.
Segundo Cristiano Bertulucci Silveira (2016), sensores são dispositivos que
detectam variáveis do ambiente físico, como calor, luz, umidade, etc., emitindo um
sinal de saída que pode ser lido por outros dispositivos como um CLP (Controlador
Lógico Programável), por exemplo. Neste trabalho é utilizado como sensor de

16
luminosidade o LDR (Light Dependent Resistor),“que é um resistor que varia de
acordo com a luminosidade que incide sobre ele” [ARDUÍNO E CIA]. Este, atrelado
ao microcontrolador (Arduíno), rotaciona o motor de acordo com a incidência solar -
luz - captada. E para alcançar o objetivo, utilizamos um motor de passo para fazer
com que os LED’S acendam simulando a persiana que poderá abrir ou fechar de
acordo com a luminosidade que atua no LDR.
De acordo com Denardin:
“Um microcontrolador é um sistema computacional completo, no qual estão
incluídos uma CPU (Central Processor Unit), memória de dados e programa, um
sistema de clock, portas de I/O (Input/Output), além de outros possíveis periféricos,
tais como, módulos de temporização e conversores A/D entre outros, integrados em
um mesmo componente. ”
O módulo relé é de fácil integração a um arduíno, sendo totalmente preparado
com os componentes necessários para que ocorra a conexão, precisando apenas da
ligação correta dos cabos. Este módulo é formado por uma parte elétrica e outra
mecânica, sendo, portanto, um componente eletromecânico. Uma de suas
aplicações mais utilizadas é o acionamento de cargas maiores que a tensão do
microcontrolador ao qual está ligado. (AutoCore, 2016)
Para implementar um circuito impresso, se utiliza uma placa composta por
materiais plásticos e fibrosos, como o fenolite, sendo ainda atribuída finas películas
de alguma substância constituída de algum metal (cobre, prata, ouro ou níquel).
Com essas películas se formam “caminhos” que conduzem a corrente por uma trilha
para que ela chegue aos componentes do circuito, sendo responsáveis pelo
funcionamento destes. (Website TecMundo, 2012).
Um transformador é um dispositivo responsável por transformar tensão, a
intensidade ou ainda, a forma de uma corrente elétrica. “Um transformador é
constituído por um núcleo [...] e duas bobinas com número diferente de espiras
isoladas entre si [...]” (Website SÓ FÍSICA). Na primeira bobina, chamada primária, é
recebida a tensão que provém da rede, e na segunda, chamada secundária, a
tensão se saída transformada.
Os capacitores eletrolíticos são componentes que possuem como função
principal o armazenamento de energia. Este tipo de capacitor possui polaridade,
portanto não funciona corretamente e de forma perigosa no caso de se utilizar

17
invertido, podendo chegar a explosão. É composto por duas folhas de alumínio,
sendo uma delas banhada em óxido de alumínio, separadas pelo papel fêltro,
embebidas por um eletrólito líquido (LIMA, 2011). Este dispositivo também pode ser
usado para auxiliar a partida de motores, ajustando a corrente para que isto
aconteça.
As pesquisas e componentes citados foram utilizados para entendimento e
construção do projeto, sendo de extrema importância. A base teórica foi estabelecida
ao longo do processo de feitura do trabalho, sendo acrescida de informações
sempre que necessário.

18
5 METODOLOGIA
O trabalho foi iniciado com uma pesquisa bibliográfica. Foram consultados
artigos publicados em sites e monografias de temas parecidos ou iguais ao proposto
neste TCC. Basicamente, este projeto consistiu em contínua revisão bibliográfica e
testes dos circuitos e programações do microcontrolador.
Quanto à sua finalidade, a pesquisa realizada se enquadra na classificação
de Pesquisa Aplicada ou Tecnológica, que, de acordo com Fontelles et al. (2009), é
o estudo realizado a fim de promover conhecimentos científicos voltados para a
prática, de modo a solucionar problemas concretos e específicos da modernidade.
Além disso, gera processos e produtos de fácil reprodução e atuantes na melhoria
da qualidade de vida.
Segundo Fontelles et al. (2009) em relação à sua natureza, a pesquisa toma
cunho experimental em que o pesquisador é ativo na construção do projeto descrito,
controlando as variáveis estudadas, modificando a condução do processo, avaliando
as mudanças causadas no desfecho, etc. É considerada o melhor tipo de pesquisa,
pois, com esta forma de controle praticamente se extingue a probabilidade de erros,
proporcionando maior fidedignidade em seus resultados.
Os estudos realizados permitiram o conhecimento sobre o assunto, além de
nos proporcionar maior direcionamento na organização do trabalho. Após as
pesquisas sobre o tema, os componentes necessários e práticas parecidas, definiu-
se o tempo estimado para a realização do trabalho, de acordo com esse
cronograma:

19
Figura 1. Cronograma da construção do projeto.
Fonte: Autoria própria.

A metodologia do trabalho foi dividida em pesquisas (de conhecimento e de


orçamento de materiais), testes, montagem do circuito e do software.
Os materiais utilizados para a realização deste são:
 Arduíno UNO - Utilizado para controlar todo o circuito, viabilizando a interação
entre os componentes;

20
Figura 2. Arduíno UNO.
Fonte: Google Imagens.

 LDR - Sensor utilizado para se estabelecer relação entre luminosidade


ambiente e circuito, proporcionando diálogo entre informação analógica e
digital. O LDR estabelece a relação entre luminosidade e o sinal elétrico
enviado ao microcontrolador. Essa relação é feita através da variação de sua
resistência em função da luminosidade ambiente;

Figura 3. LDR
Fonte: Google Imagens.

 Protoboard - Placa que estabelece conexões entre os componentes sem


necessidade de soldar os mesmos;

21
Figura 4. Protoboard.
Fonte: Google Imagens.

 Jumps - Fios que permitem a conexão no protoboard, interligando os


componentes e a alimentação do circuito (Terra, fase, neutro);

Figura 5. Jumps.
Fonte: Google Imagens.

22
 LED’S - Sigla para Light Emitting Diode, que significa “diodo emissor de luz”.
Consiste numa tecnologia de condução de luz, a partir energia elétrica.

Figura 6. LED’S
Fonte: Google Imagens.

 PLACA DE FENOLITE – Esta componente do projeto agrega valores ao


mesmo de modo que os profissionais e estudantes produzam suas próprias
placas de circuito impresso, tanto para protótipos quanto de forma definitiva. É
constituída por uma camada de cobre em sua superfície, proporcionando
altas propriedades condutivas, além de auxiliar na segurança e praticidade do
circuito;.

23
Figura 7. Placa de fenolite.
Fonte: Google Imagens.

 Motores de passo - Componente que possui um rotor (parte giratória do


motor), sendo que estes possuem um ângulo de rotação que é , geralmente
1,8º. No trabalho serão utilizados dois motores, o primeiro da marca Rohs
modelo 28BYJ-48 e o segundo Mitsumi M42SP-6K;

Figura 8. Motor de passos.


Fonte: Montagem de autoria própria feita com imagens do Google Imagens.
24
 Transformador - Os transformadores de tensão, chamados normalmente de
transformadores, são dispositivos capazes de aumentar ou reduzir valores de
tensão.

Figura 9. Transformador.
Fonte: Google Imagens.

 Módulo relé - Este módulo é utilizado para acionamento de cargas de 200V


AC, como lâmpadas, equipamentos eletrônicos, motores, ou usá-lo para fazer
um isolamento entre um circuito e outro. Ele é constituído por transistores,
conectores, LED’s, diodos e relés de alta qualidade. O módulo é utilizado no
trabalho para alternar o sentido da rotação do motor;

Figura 10. Módulo Relé de dois canais.


Fonte: Google Imagens.

25
 Capacitor: Capazes de armazenar cargas elétricas, os capacitores podem ser
utilizados na hora de dar partida nos motores, como é o caso da utilização
para o projeto. O capacitor atua como uma espécie de driver para o motor,
criando uma diferença de potencial que auxilia no torque de partida, que
dessa maneira adianta a corrente de determinada tensão em 90º (conjugado
de partida);

Figura 11. Capacitor eletrolítico.


Fonte: Google imagens.
Com os materiais necessários para o projeto, foi feito um fluxograma,
apresentado abaixo, ilustrando toda a problematização que este trabalho tem, por
finalidade, resolver.

26
27
Figura 12. Fluxograma de condições lógicas do projeto.
Fonte: Autoria própria.
28
Dados todos esses avanços no projeto, foi iniciada a sua elaboração. A
seguir, o passo a passo exemplifica cada procedimento realizado para a obtenção
do produto final. Antes de montar a parte física, foram testadas as condições
necessárias para que o projeto atendesse as necessidades impostas. Sendo assim
foram estabelecidas as condições de acordo com a tabela:
Tabela 1. Relação entre luminosidade e posição das aletas.
Fonte: Autoria própria.

Luminosidade Aletas Ação a ser realizada


Completamente abertas Permanecer
(recolhidas)
Baixa Fechadas rotacionadas em 90º Recolher completamente

Completamente fechadas Rotacionar 90º e recolher


completamente

Completamente abertas Fechar completamente


(recolhidas)

Intermediária Fechadas rotacionadas em 90º Permanecer


Completamente fechadas Rotacionar 90º
Completamente abertas Fechar completamente e
(recolhidas) rotacionar 90º

Alta Fechadas rotacionadas em 90º Rotacionar 90º


Completamente fechadas Permanecer

Inicialmente, utilizou-se o Arduíno IDE, software do Arduíno para realizar a


programação apresentada no Anexo 1, com a finalidade de testar as condições
apresentadas na tabela 1, com a simulação do relé, ainda não implantado no
circuito. Ademais, o teste ocorreu sem a utilização do segundo motor de passos,
este que foi utilizado apenas para movimentar a aleta em vai e vem, fazendo
necessário o uso de um transformador.
29
Figura 13. Circuito teste.
Autor: Autoria própria.

A figura 13 representa o circuito teste com círculos que podem ser explicados
da seguinte forma:

1. Simulação do módulo em que cada vez que este precisava ser acionado, um
LED acendia representando suas comutações;

2. LED’s indicadores dos valores medidos pelo sensor LDR, sendo o vermelho
nível de luminosidade alto, amarelo intermediário e verde baixo;

3. Resistores utilizados para que os componentes não queimem com a


alimentação inserida no circuito, que apresenta valores maiores que o
suportado pelos mesmos. O resistor próximo ao LDR divide tensão com o
mesmo;

4. LDR, responsável por medir e fornecer valores de resistência relacionada a


incidência de luz, para a comparação que é feita na programação para ligar os
LED’s indicadores do nível de luminosidade;

30
5. Driver ULN2003 que através de pequenas correntes, permite controlar
correntes maiores na sua saída, possibilitando o acionamento do motor;

6. Plataforma Arduíno UNO, que faz interconexão entre hardware e software;

7. Motor de passos 28BYJ-48 acionado pelo driver, que através da programação


feita rotacional o rotor de acordo com o nível de luminosidade e como as
aletas estariam posicionadas;

Após os testes e a inserção do segundo motor, do transformador para


acionamento deste e do módulo relé, mostrados na figura 14, foram feitas as
alterações necessárias até se obter a programação final, fixada como Anexo 2. Entre
os componentes dos círculos 3 e 4, que são resistores, por estarem ligados em série
e em uma única tensão de alimentação, estes dividem esta tensão entre si. As
mudanças na luminosidade incidida sobre o LDR variam sua resistência e, portanto,
por estar associado à outro resistor, altera-se também a queda de tensão gerada por
esta associação. A oscilação nos valores de tensão dá ao circuito características de
um circuito divisor de tensão, a variação de tensão pode ser utilizada para controlar
outros dispositivos ou para medição de intensidade luminosa, como é o caso do
circuito apresentado.

Figura 14. Componentes inseridos após o teste descrito.


Fonte: Autoria própria.

31
Sendo:
8. Módulo relé, que comuta os canais para trocar o sentido da rotação do
segundo motor a ser utilizado, quando a condição das aletas precisarem
dessa ação;
9. Transformador, que é interligado ao relé devido a utilização do motor de passo
para acionamento deste, ou seja, ele adequa a tensão recebida
transformando-a na necessária para que o motor funcione;
10. Motor de passo Mitsumi utilizado para fazer o movimento vai e vem,
desconsiderando sua angulação, sendo utilizado apenas para girar em
sentidos horário e anti-horário;
Para se entender melhor o funcionamento dos dispositivos apresentados pela
numeração 8, 9 e 10 temos a imagem 15, representando a ligação feita entre eles.

Figura 15. Desenho da ligação do segundo motor.


Fonte: Autor Matheus Teixeira.
O motor Mitsumi foi utilizado apenas como motor elétrico comum,
desconsiderando os seus passos, e como ele trabalha com 18V, se fez fundamental
a utilização do transformador. Os fios vermelho e cinza acima deste dispositivo são
os que transportam a tensão de 127V presente nas tomadas comuns para o interior
deste. Ao passar pelas bobinas do transformador, a tensão é recebida na primária e
na secundária, com número de espiras menor, é transmitida. De qualquer um dos
fios verdes ao preto têm-se 18V, e de um fio verde a outro verde, 36V.

32
O monitoramento nesta etapa foi feito através da observação das respostas do
circuito ao longo das mudanças ocorridas na luminosidade ambiente. Este
apresentou variação na sinalização dos LED’s conforme o passar do dia. A medição
de luminosidade do LDR pode ser apresentada pelo gráfico abaixo:

Gráfico 1. Luminosidade relacionada à resistência.


Fonte: Autor Luís Fernando Patsko.
Contabilizando um dia, este gráfico é espelhado, sendo formada uma parábola.
Isto significa que o dia começa com um uma baixa luminosidade deixando a
resistência do LDR alta, ao passar do tempo chega-se ao pico de luminosidade do
dia, em que a resistência do dispositivo é mínima e ao entardecer, a luminosidade
volta a reduzir e a resistência a aumentar. Utilizando um Software editor de fotos de
computador chamado Photoscape e o mesmo gráfico, é possível gerar uma nova
imagem e ilustrar a relação ao longo do dia:

Gráfico 2. Luminosidade x Resistência ao decorrer do dia.


Fonte: Edição de autoria própria, utilizando o gráfico 1 de autoria de Luís Fernando Patsko.

33
Após a construção do circuito no protoboard, testes e últimos ajustes na lógica da
programação e da parte de hardware foram feita a transferência da placa de
protoboard para a placa de fenolite, sob a supervisão do Professor Orientador. Para
esta etapa foram utilizados equipamentos como caneta permanente, perfurador e
solda, além de Hipoclorito de Ferro misturado com água para corrosão do cobre que
não fazia parte do desenho do circuito na placa feito com a caneta. A figura 15
ilustra os componentes que foram soldados na placa.

Figura 16. Componentes soldados na placa de fenolite.


Fonte: Autoria própria.
Para que não ocorressem interferências na medição do LDR em relação ao
brilho emitido pelos LED’s, ele foi posicionado com uma certa inclinação, como
mostra circulado na figura 16.

Figura 17. Inclinação do LDR.


Fonte: Autoria própria.

34
Após este procedimento, todos os outros componentes foram conectados na
placa através de bornes e assim chegou-se ao circuito final exposto na figura 16
abaixo, finalizando, assim, a parte prática do trabalho.

Figura 18. Circuito final pronto.


Fonte: Autoria própria.

35
6 RESULTADOS

Os resultados observados no monitoramento da simulação foram obtidos


durante o dia 24/11/17, em que foi possível observar os três níveis diferentes de
luminosidade. A posição inicial das aletas foi previamente estabelecida
completamente fechada:
Tabela 2. Resultado do monitoramento.
Fonte: Autoria própria.

Luminosidade Ação dos motores Por volta de


Alta Permaneceu 13hrs
Intermediária Motor 1: Rotacionou 90º 18hrs 30min
Baixa Motor 2: Girou em sentido anti-horário 21hrs

Figura 19. Circuito respondendo à alta luminosidade.


Fonte: Autoria própria.

Figura 20. Circuito respondendo à luminosidade intermediária.


Fonte: Autoria própria.

36
Figura 21. Circuito respondendo à baixa luminosidade.
Fonte: Autoria própria.
Como resultado, também, obtivemos os gastos do trabalho, apresentados na
tabela a seguir.
Tabela 3. Orçamento totalizado.
Fonte: Autoria própria.

Material Preço (R$) Frete (R$)


Kit Arduíno Intermediate 171,21 14,44
Placa de fenolite 9,29 15,71
Motor Mitsumi 0 (emprestado) 0 (emprestado)
Módulo Relé 10,90 12,35
Kit para montagem de 0 (emprestado) 0 (emprestado)
placa de fenolite

TOTAL 191,40 + 42,50 = 233,39

37
7 DISCUSSÃO
O trabalho de conclusão de curso aqui descrito possui os mesmos princípios
norteadores de condições relacionando a luminosidade com atuação de motores
interligados nas cortinas, como também elementos básicos – motores de passo,
microcontroladores, dentre outros-, da maioria dos projetos já construídos.
A vantagem é o seu tamanho reduzido, proporcionado pela utilização da placa
de fenolite. A limitação em relação aos trabalhos anteriores é o custo da construção,
motivo pelo qual não realizamos um protótipo de cortina.

38
8 CONCLUSÃO
O projeto final se mostra com grande potencial no mercado e está contido
dentro de uma área que cresce muito a cada ano. Apesar de se tratar de uma
simulação de controle de cortinas partindo da luminosidade ambiente, este se
apresentou viável, técnica e economicamente, além de estar condizente para com os
objetivos estabelecidos.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS/RECOMENDAÇÕES
Durante a realização do projeto foram encontradas algumas dificuldades
como o surgimento da necessidade de novos componentes e do estudo deles, por
exemplo, o módulo relé de dois canais. Para sugestão, o trabalho proposto poderia
conter, também, a opção de ajuste da persiana de forma manual, em que através de
um botão o usuário pudesse abrir e fechar a cortina quando quisesse, assim como
aplicativos interligados à persiana.
Este trabalho tem potencial para uma possível continuação dos estudos, visto
que os custos de tecnologias semelhantes tendem a reduzir ao longo do tempo e
também o considerável surgimento de materiais mais acessíveis e de fácil
entendimento.

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REFERÊNCIAS
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automação industrial e redes para automação industrial”. 3F. Programa de
pós-graduação em engenharia elétrica - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, 2003.
2. PATSKO, Luís Fernando. “Aplicações, funcionamento e utilização de
sensores”. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAc9QAB/tutorial-eletronica-
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3. “O que é arduíno”. Disponível em: <https://www.filipeflop.com/blog/o-que-e-
arduino/>. Acesso em: 21 jun. 2017.
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7. DA SILVA, Rafael Carlos. “Controle automatizado de persianas verticais”.
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Federal do Paraná, Paraná, 2011.
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9. JACOBSEN, Alessandra de Linhares. “METODOLOGIA CIENTÍFICA
(ORIENTAÇÃO AO TCC)”. 77F. Curso De Gestão e Liderança Metodologia
Científica - Universidade Federal De Santa Catarina, 2016.
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Engenharia de Telecomunicações - Universidade Federal Fluminense Centro
Tecnológico escola de engenharia, 2008.

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Acesso em: 29 jul. 2017.
12. DENARDIN, Gustavo Weber. "Microcontroladores". Disponível em:
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postila_micro_do_Gustavo_Weber.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2014. 39 11.
13. "Módulo Relé 2 canais". Disponível em:
<https://www.autocorerobotica.com.br/modulo-rele-2-canais-optoacoplado-
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14. "Como as placas de circuito impresso são produzidas". Disponível em: <
https://m.tecmundo.com.br/como-e-feito/18501-como-as-placas-de-
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17. "Motor de passo - tudo que você precisa saber". Disponível em:
<http://www.kalatec.com.br/motoresdepasso/motor-de-passo/>. Acesso em:
20 out. 2017.
18. VERTULO, Rodrigo. "Entendendo os divisores de tensão". Disponível em:
<http://labdeeletronica.com.br/entendendo-os-divisores-de-tensao/>. Acesso
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19. FONTELLES, Mauro José et.al. "Metodologia da pesquisa científica: Diretrizes
para elaboração de um protocolo de pesquisa". 8f. Trabalho de iniciação
científica - Núcleo de bioestatística aplicado à pesquisa da universidade da
Amazônia, 2009.

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APÊNDICE
1. Programação teste com simulação através de LED’s do módulo relé.

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2. Programação final com todos os componentes inseridos no circuito.

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