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Autoria: Família Carielo

ATENÇÃO: Você deve assistir os vídeos de cada assunto.

Sumário
PROTOBOARD...................................................................................................................................... 4
MULTÍMETRO .................................................................................................................................... 12
TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL........................................................................................................ 17
TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL COM MULTÍMETRO ....................................................................... 18
EXAMINANDO TENSÃO CONTÍNUA ................................................................................................... 22
EXAMINANDO CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA .............................................................................. 24
MEDINDO RESISTÊNCIA..................................................................................................................... 26
POTENCIÔMETRO.............................................................................................................................. 34
NTC ou NTCR ..................................................................................................................................... 37
VARISTOR OU VDR............................................................................................................................. 40
TESTANDO O VARISTOR .................................................................................................................... 44
LÂMPADA INCANDESCENTE .............................................................................................................. 44
1ª LEI DE OHM ................................................................................................................................... 49
CIRCUITO MISTO ............................................................................................................................... 53
DETERMINANDO A TENSÃO ELÉTRICA EM UM CIRCUITO MISTO..................................................... 56
DETERMINANDO A CORRENTE ELÉTRICA EM UM CIRCUITO MISTO ................................................ 60
DETERMINANDO A POTÊNCIA EM UM CIRCUITO MISTO ................................................................. 62
LEI DE JOULE ...................................................................................................................................... 64
1ª LEI DE KIRCHHOFF ......................................................................................................................... 66
2ª LEI DE KIRCHHOFF ......................................................................................................................... 69
CHAVES/INTERRUPTORES ................................................................................................................. 72
CHAVE POWER DUPLA ...................................................................................................................... 74
FUSÍVEL.............................................................................................................................................. 76
CAPACÍMETRO................................................................................................................................... 77
CAPACITOR DE DISCO CERÂMICO ..................................................................................................... 83
CAPACITOR DE POLIÉSTER................................................................................................................. 85
CAPACITORES EM SÉRIE .................................................................................................................... 90

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EXAMINANDO CAPACITORES EM SÉRIE COM O CAPACÍMETRO ...................................................... 93
CAPACITORES EM PARALELO ............................................................................................................ 95
EXAMINANDO CAPACITORES EM PARALELO COM O CAPACÍMETRO............................................... 96
TRANSFORMADOR ............................................................................................................................ 98
DIODO LED....................................................................................................................................... 102
DIODO RETIFICADOR ....................................................................................................................... 105
PONTE RETIFICADORA ..................................................................................................................... 111
DIODO ZENER .................................................................................................................................. 129
DIODO SCHOTTKY (DUPLO) ............................................................................................................. 132
TRANSISTOR BIPOLAR ..................................................................................................................... 139
TRANSISTORES BIPOLARES DE POTÊNCIA ....................................................................................... 142
RELAÇÃO ENTRE TAMANHO DO TRANSISTOR E POTÊNCIA ............................................................ 148
DETERMINANDO AS CORRENTES DE UM TRANSISTOR BIPOLAR .................................................... 149
CIRCUITOS INTEGRADOS ESTABILIZADORES DE TENSÃO................................................................ 150
RELÉ ................................................................................................................................................. 153
ACOPLADOR ÓPTICO ....................................................................................................................... 156
TRANSFORMADORES E FONTES DE ALIMENTAÇÃO........................................................................ 159

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ELETRÔNICA BÁSICA

PROTOBOARD

Protoboard é uma placa que foi desenvolvida com centenas de orifícios, em que esses
orifícios se comunicam momento em colunas, momento em linhas, dependendo da região da placa
onde se encontram. Serão nesses orifícios onde introduziremos os componentes eletrônicos para
montar os circuitos eletrônicos. Através dessa placa, então, será possível examinar componentes,
medir tensão elétrica, corrente elétrica, etc.
Para examinar se os orifícios estão interligados, ou seja, se há continuidade, devemos
utilizar o multímetro na escala de continuidade. Nessa opção, o multímetro manda um nível de
tensão capaz de acender um LED, por exemplo.
Foi conectado de forma fixa no maior terminal do LED (Ânodo) a ponteira vermelha do
multímetro e posicionado esse terminal na placa protoboard, como apresentado a seguir. Além
disso, foi colocado um fio de cor preta para verificar se há havia continuidade ou não naquele ponto
(destacado em vermelho) em relação ao ponto onde se encontra o LED. Caso acenda o LED, indica
que há continuidade, ou seja, os orifícios da protoboard estão interligados. Vale ressaltar que a
ponteira preta do multímetro se encontra encostada na outra extremidade do fio preto.

Figura 1
Note que o LED acendeu, indicando que onde estava o fio preto havia continuidade com o
orifício onde encontrava-se o LED.
Em seguida, foi afastado o fio preto mais para esquerda para verificar se continuava
havendo continuidade. Note que o LED acendeu, indicando que onde estava o fio preto havia
continuidade com o orifício onde encontrava-se o LED.

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Figura 2

Em seguida, foi afastado o fio preto mais para esquerda para verificar se continuava
havendo continuidade. Note que o LED não acendeu, indicando que onde estava o fio preto não
havia continuidade com o orifício onde encontrava-se o LED. Em outras palavras, o orifício onde
encontrava-se o LED não era interligado com o do fio preto.

Figura 3
Dessa forma, foi preciso adicionar um fio “jumper” para interligar as duas seções da placa
e, assim, haver continuidade. Dessa forma, então, o LED acendeu.

Jumper para interligar seções da placa

Figura 4
Ao afastar o fio preto para a esquerda, ainda mais, mesmo com o jumper, percebe-se que
o LED não acendeu. Assim, foi preciso utilizar outro fio jumper para interligar as seções.

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Figura 5

DÚVIDAS DOS ALUNOS

1- Podemos usar no protboard tensão elétrica ACV ou DCV?

R- Sim, podemos.

2-Podemos usar tensão ACV ou DCV de 127v ,220v ou 380v no protboard?

R- Sim, podemos.

3- Podemos jampear os contatos no protboard com fios rígidos descoberto do seu material isolante?

R- Sim é possível.

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Note que ao adicionar o jumper para interligar a 2ª seção com a 3ª, houve continuidade e
o LED acendeu.

Jumper para interligar seções da placa

Figura 6

Ao afastar o fio preto mais ainda para a esquerda (último orifício da placa), continuou
havendo continuidade, isto é, o LED ficou aceso.

Figura 7
Utilizando os 2 fios jumper, então, as 3 seções destacadas em preto na figura a seguir
ficaram conectadas entre si.

Figura 8

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

4- Os contatos elétricos do protboard suportam até que valor de corrente elétrica AC ou DC?

R- Depende do modelo do protboard, mas é prudente alimentar circuitos de até 3A no máximo.

5- O que é continuidade?

R- Essa palavra (continuidade) em eletricidade, se refere a um material que conduz a corrente elétrica
facilmente ou seja, transfere energia de um ponto a outro facilmente.

6- Todos os multímetros ou multitestes possui a escala de continuidade? (

R- Não, só os digitais (e alguns analógicos).

OS MULTÍMETROS ANALÓGICOS POSSUEM A ESCALA ( X1 ).

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Perceba que na região central da placa, a condução se dá em coluna, e não em linha, como
nas extremidades. Em outras palavras, os orifícios que não estão localizados nas extremidades
superior e inferior, ou seja, os demais, estão conectados entre si na forma de coluna. Note que o
LED acendeu quando foi conectado o fio preto na mesma coluna do menor terminal do LED
(Cátodo).

Figura 9
De forma semelhante, em outra coluna da placa protoboard, foi posicionado o fio preto
fechando o circuito e o LED novamente acendeu.

Figura 10
Observe que a condução ocorre na forma de linha na extremidade superior. Observe o
destaque em preto. Na extremidade inferior, a condução também ocorre em forma de linha.
Observe o destaque em vermelho. Porém, nos demais orifícios, a condução ocorre na forma de
coluna. Observe o destaque em azul.

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Figura 11
Depois de saber como usar a placa protoboard, já é possível fazer os primeiros circuitos.
Note que o polo positivo da associação de pilhas foi ligado à extremidade inferior e, nela, foi
conectado o resistor. Perceba que houve continuidade do orifício do resistor para o fio vermelho
(polo positivo) da pilha devido aos dois jumpers, em destaque.

Jumper para interligar seções da placa

Figura 12
Note que mesmo deslocando o resistor mais para direita, o LED permaneceu aceso, mas isso
só ocorreu porque o Ânodo (terminal maior) do LED estava conectado ao resistor, isto é, na mesma
coluna.

Figura 13
Como você percebeu, o importante mesmo é entender como os orifícios internos da placa estão
conectados. Sabendo disso, ficará bem mais simples a montagem dos circuitos.

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PROTBOARD – vista superior frontal.

PROTBOARD – vista traseira.

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MULTÍMETRO

O multímetro, internamente, apresenta voltímetro, para medição de tensão elétrica,


ohmímetro, para examinar resistência elétrica e amperímetro para examinar corrente elétrica.

Na opção de Voltímetro, você poderá observar a sigla ACV ou VAC (tensão alternada) e DCV
ou VDC (tensão contínua). Um outro símbolo para tensão contínua é

Na opção de Amperímetro, você poderá observar a sigla (corrente elétrica contínua) ou


A~ (corrente elétrica alternada).

Também há as escalas que medem resistência elétrica ôhmica. O símbolo que representa o
setor de ohmímetro do multímetro é indicada por essa simblologia (Ω).

O cabo da ponteira de cor preta deve ser ligada no comum e o vermelho, desejando medir
tensão, resistência ou corrente na ordem de mA, no borne à direita.

Observe
esse borne

Figura 14
Você deve usá-lo, de modo a ficar como apresentado a seguir.

Figura 15

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ATENÇÃO: Caso você gire a chave seletora para 10A para examinar corrente elétrica maior do que
200mA até 10A, você deverá mudar também a conexão da ponteira vermelha para o borne
correspondente a 10A, ou seja, o da esquerda.

Para examinar correntes


elétricas superiores a 200 mA
até 10A você deverá esse borne.

Figura 16
Na escala de continuidade, apresentada na figura a seguir, o multímetro gera uma tensão
de saída (DC) e, com ela, podemos examinar componentes.

Figura 17
Observe na figura a seguir o exame do Diodo LED. Perceba que está sendo utilizada a opção
de continuidade no multímetro e a ponteira vermelha está encostada no maior terminal do LED
(mais positivo) e a preta no menos positivo (menor terminal). Nessa configuração, o Diodo LED
acende. Se não acender, pode ser que você esteja com as ponteiras invertidas. Preste atenção para
colocar a vermelha no Ânodo e a preta no Cátodo (há um chanfro identificando). Caso não acenda
com a ponteira vermelha no Ânodo e a preta no Cátodo, indica que o Diodo LED está queimado.

Figura 18
Note que o Diodo LED acendeu com a tensão proveniente do multímetro. A seguir,
alimentaremos o Diodo LED com as pilhas.

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Perceba na figura a seguir que o Diodo LED não acende quando o circuito encontra-se
aberto. É preciso conectar o resistor ao terminal Ânodo do Diodo LED, nesse caso.

Figura 19
Para verificar se o fio indica continuidade entre suas extremidades, basta utilizar a escala de
continuidade do multímetro e posicionar as ponteiras, como mostrado a seguir.

Figura 20
Note que o valor apresentado no multímetro foi 00, sendo assim, há continuidade do fio,
ou seja, não está rompido (ABERTO).

Figura 21

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Ao utilizar o fio, então, do resistor para o Diodo LED para fechar o circuito, percebe-se que
o LED acendeu.

Ainda com o multímetro também é possível verificar, por exemplo, se há continuidade do


terra do cabo de força para o terra da tomada. Nota-se que o resultado indicado foi (0,0) ohm,
indicando que há sim continuidade.

Figura 22
Da mesma forma, pode-se realizar o teste com o terminal à direita do terra tanto do cabo
de força quanto da tomada. Nota-se na figura a seguir que o resultado deu 0,0 ohm, como esperado.

Figura 23
Seguindo o mesmo procedimento, pode-se realizar o teste com o terminal à esquerda do
terra tanto do cabo de força quanto da tomada, como mostrado a seguir. Nota-se que o resultado
deu (0,0) ohm como esperado também.

Figura 24

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Entre os terminais da tomada, não pode indicar zero, pois indicaria, curto. Perceba que o
resultado deu como esperado, indicando que não há conexão entre os 3 terminais.

Figura 25

De forma semelhante, examinando entre fase e neutro da tomada macho, o resultado


encontrado também foi , isto é, não há, de fato, conexão interna entre a fase e o neutro, ou
seja, não há curto.

Figura 26

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TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL

Você vai aprender como examinar tensão alternada senoidal com multímetro digital que
está presente na rede elétrica. Tensão alternada é aquela que muda de valor e sentido ao longo do
tempo.

A tensão alternada não apresenta polaridade definida. Assim, você pode posicionar a
ponteira preta ou vermelha no terminal (seja fase ou neutro), quando desejar medir uma tensão
alternada.

a) Na tomada da rede elétrica;


b) Nas tomadas de saída de um nobreak;
c) Nas tomadas de saída do estabilizador;
d) Nas tomadas de saída do isolador;
e) Nas tomadas de uma extensão.

IMPORTANTE
O resistor é um componente que reduz a tensão elétrica (AC) ou (DC), que ele está conduzindo
uma corrente elétrica.

OBS: Veja, o resistor só irá provocar a queda de tensão, se existir corrente elétrica é claro em
um circuito fechado.

Lembre-se

O resistor só provoca queda de tensão para o circuito de "carga" se o circuito estiver fechado e
existir corrente elétrica.

Atenção- O resistor quando está trabalhando e reduzindo a tensão ele irá aquecer essa é uma
característica importante.

OBS: Esse aquecimento é chamado de efeito JOULE.

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TENSÃO ALTERNADA SENOIDAL COM MULTÍMETRO

Para utilizar o multímetro, você precisa ter noção do valor aproximado de tensão que você
irá examinar. Em seguida, deve selecionar uma escala através da chave seletora de valor superior
ao que você estima que seja a tensão. Em geral, os multímetros apresentam uma escala de 200V,
em que você pode examinar de 0V a 200V. Apresentam, ainda, uma escala de 600V, em que você
pode examinar de 0 a 600V.

Observe a análise da tensão alternada na saída de um cabo de força na figura a seguir. Não
importa se você colocar a ponteira vermelha na fase e a preta no neutro ou o contrário, o resultado
será o mesmo, isso porque estamos medindo uma tensão alternada.

Figura 27
Vamos agora examinar a tensão alternada da saída do transformador redutor de 12V+12V.
Note que o valor encontrado foi de 24,9V, isto é, um pouco superior aos 24V, devido a não existir
carga de consumo, ou seja, não existe nenhum circuito consumindo energia (corrente elétrica).

Figura 28

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

7- Existe muitos tipos de protboard?

R- Sim, existe muitos modelos, alguns pequenos e outros médios e grandes.

8- Poderei medir uma corrente elétrica de 150mA DC, com um multímetro digital na esc.de 10A,
mudando a posição da ponteira Vermelha para o conector de 10A?

R- Sim. Veja, você terá menor precisão na medida dessa corrente elétrica, usando essa escala tão
elevada, mas poderá sim medir.

9- Poderei medir todos os valores de corrente elétrica DC de ( 0A até 10A ),selecionando a escala de
10A do multímetro e mudando a posição da ponteira Vermelha para 10A?

R- Sim. Veja, caso queira medir com maior precisão uma corrente elétrica de valor baixo, use uma
escala de menor valor, mais próxima do valor que seja medir.

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Autoria: Família Carielo

O valor encontrado de 24,9V deve-se ao fato de o transformador apresentar 1800 de


defasagem entre os fios de saída do seu secundário nesse exemplo da figura 28.

Perceba que de um fio de saída do trafo para o fio preto central, o valor encontrado foi de
12,2V.

Figura 29
Note que mesmo invertendo as ponteiras, o valor apresentado foi o mesmo. Assim, não
precisa se preocupar com a polaridade das ponteiras, pois estamos examinando tensão (AC).

Figura 30
Como a tensão na carga, formada por dois resistores, é de 12V e eles são de mesmo valor,
a tensão em cada um é de 6V, ou seja, metade do valor da tensão de alimentação.

Figura 31
OBS.: A DDP em cada um dos resistores é de 6V, isso porque os resistores possuem os mesmos
valores ôhmicos.

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

10- As placas fotovoltaicas usadas para obter energia elétrica pelo processo da Luz solar, ela libera
para o circuito de (carga), tensão continua ou alternada?

R- Tensão contínua perfeita sem interferência ou picos de energia.

11- Como saber se meu multímetro digital, pode examinar uma corrente alternada senoidal?

R- Verifique no painel frontal do multímetro, se ele possui a letra com um (tio) acima, caso tenha
esse (tio), ele poderá examinar corrente alternada.

OBS: EM ALGUNS MULTIMETROS ENCONTRAMOS AS LETRAS (ACA), PARA PODER MEDIR A


CORRENTE ALTERNADA.

12- Quais as tensões da rede elétrica AC mais utilizadas no Brasil?

R- São as tensões de 127V e a tensão de 220 Volts.

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EXAMINANDO TENSÃO CONTÍNUA

Enquanto que a tensão alternada é encontrada na rede elétrica, na saída de módulos


isoladores, estabilizadores, no-breaks e extensões, a tensão contínua é encontrada, de modo geral,
em pilhas, baterias e nas saídas (DC) das fontes de alimentação.

Na figura a seguir, pode-se observar uma bateria com indicação de 6V/12AH, ou seja, a
bateria consegue suportar consumo de corrente de 12A durante 1 hora, mantendo a tensão de 6V,
depois desse tempo a tensão irá diminuindo gradativamente para 5,5V, 5V, 4,5V, 4V até (zero) Volts.

Figura 32

Utilizando a escala de 20V contínua e posicionando a ponteira vermelha no polo positivo da


bateria e a preta, no negativo, pode-se verificar o valor de 6,08V, como esperado, já que a bateria é
de 6V.

Figura 33

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Existem diferentes modelos de baterias. Na figura a seguir, há duas de 9V e uma de 6V.


Nota-se o exame através do multímetro de uma das baterias de 9V. Perceba que o valor indicado
na escala de 20V foi de 9,46V, como esperado, já que baterias boas devem apresentar tensão (DC)
superior ao valor nominal.

Figura 34
Ao examinar a outra bateria, pode-se verificar que o valor foi 8,95V, um pouco abaixo do
esperado.

Figura 35

Assim como as baterias, as pilhas também trabalham com tensão contínua. Observe a pilha
apresentada na figura a seguir. Note que o valor da tensão nominal é de 1,5V.

Figura 36

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Perceba que o valor encontrado foi de 1,61V, um pouco superior ao valor nominal de 1,5V,
como esperado, logo concluímos que essa pilha está boa.

Figura 37

EXAMINANDO CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA

Ao utilizar o multímetro para examinar a corrente elétrica, dizemos que estamos usando o
amperímetro de linha. Esse nome deve-se ao fato de ser preciso abrir o circuito e posicionar as
ponteiras do multímetro no circuito de modo a fechá-lo para que seja medida a corrente. A maioria
dos multímetros do mercado mede corrente elétrica contínua apenas. Nos multímetros, em geral,
a simbologia para identificar corrente elétrica contínua é ou DCA.

OBS: Existem alguns multímetros profissionais que examinam a corrente alternada. A simbologia
usada nesse caso é

Note na figura a seguir que o circuito está aberto (apesar de haver pilhas para alimentação,
o resistor não está conectado ao LED) e, portanto, o LED não acende.

Figura 38

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Perceba na figura a seguir que foram colocadas as ponteiras do multímetro para fechar o
circuito ficando nesse caso em série com a carga ou seja, conectando o resistor ao Diodo LED. Note
que o circuito foi fechado e, assim, o LED acendeu. Observe que a corrente medida foi de 2,67 mA.

Figura 39

Em outro circuito, foi utilizada uma bateria para alimentar uma lâmpada. Perceba que o
valor de tensão da bateria medido foi de 6,1V.

Figura 40

Para medir corrente elétrica de até 10ADC, deve-se modificar a posição do conector da
ponteira. Além disso, girar a chave seletora para exame de corrente e posicionar as ponteiras em
série com o circuito, como mostrado a seguir. (Veja o vídeo)

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Figura 41

MEDINDO RESISTÊNCIA

MEDINDO RESISTÊNCIA SEM CÓDIGO DE COR

Alguns tipos de resistores, como os de fio, não apresentam faixa de cor. Nesse caso,
apresentam o valor de resistência escrito no corpo. (Veja o vídeo)

Figura 42

Pelo fato de o resistor ser de 390Ω, caso tentemos medir a resistência usando a escala de
200Ω, não será possível encontrar o resultado no visor do multímetro, como mostrado a seguir.

Figura 43

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Assim, deve-se modificar a escala para um valor ao do resistor que consiga ler 390Ω, ou seja,
poderá ser a de 2000Ω.

Figura 44

Note o valor no visor do multímetro. Perceba que 399Ω está dentro do esperado, pois é de
390Ω e ainda apresenta a tolerância.

Agora observe a figura a seguir e note que o resistor central é de 560Ω e o da esquerda, de
1kΩ = 1000Ω.

Figura 45

Note que o valor de resistência medido foi de 565Ω, isto é, dentro do esperado.

Figura 46

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Note que o valor de resistência medido foi de 1023Ω (dentro do esperado para o resistor de 1kΩ).

Figura 47

Observe o exame de outro resistor (3,3Ω). Note que o valor encontrado foi de 3,6Ω e que
foi usada a escala de 200Ω. (Veja o vídeo)

Figura 48

O resistor apresentado a seguir possui 4 cores: cinza, vermelho, preto e ouro. Assim, de
acordo com o código de cores, conforme figura 49, o valor nominal é de 82Ω, pois cinza representa
8, vermelho 2, preto “0”, mas na terceira cor, indica o número de zeros, ou seja, nenhum zero e
ouro é a tolerância de 5%.

TABELAS DE CORES E NUMERAÇÃO PARA OS RESISTORES, A


FIM DE DETERMINAR OS VALORES ÔHMICOS E A TOLERÂNCIA
DOS RESISTORES.

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Autoria: Família Carielo

Figura 49

Figura 50

EXEMPLO DE RESISTORES COM 4 CORES E 5% DE TOLERÂNCIA:

• 10 ohms – marrom, preto, preto, ouro


• 470 ohms – amarelo, roxo, marrom, ouro
• 1,0 ohms – marrom, preto, ouro, ouro
• 5,6K ohms – verde, azul, vermelho, ouro
• 3,2 ohms – laranja, vermelho, ouro, ouro
• 0,82 ohms – cinza, vermelho, prata, ouro
• 100K ohms – marrom, preto, amarelo, ouro
• 470k ohms- Amarelo,roxo,amarelo,ouro
• 820k ohms- Cinza,vermelho,amarelo,ouro
• 1,0M ohms- Marrom,preto,verde,ouro
• 2,7m ohms- Vermelho,roxo,verde,ouro
• 100 ohms- Marrom,preto,marrom,ouro
• 0,47 ohms- Amarelo,roxo,prata,ouro

Note que o valor encontrado com o multímetro foi de 82,3Ω. (Veja o vídeo)

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Figura 51

O resistor mostrado a seguir apresenta as cores vermelho, vermelho, marrom e ouro.


Assim, de acordo com o código de cores, o valor nominal é de 220Ω, pois vermelho vale 2 e são duas
faixas vermelhas. Além disso, marrom vale 1, porém como está na terceira faixa, então, indica um
zero e, por fim, ouro (tolerância de 5%). Veja as figuras 52 e 53.

Figura 52

Note que o valor encontrado com o multímetro foi de 216Ω, atendendo ao esperado

Figura 53

No caso do resistor de 4 cores (amarelo, violeta, marrom e ouro), o valor nominal é de 470Ω,
pois amarelo vale 4, violeta 7, marrom na terceira cor indica um zero e ouro, tolerância de 5%.

Figura 54

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No corpo do resistor a seguir, há a indicação 1R2, ou seja, 1,2Ω. Perceba que o valor medido
através da escala de 200Ω foi de 1,6Ω. (Veja o vídeo)

Figura 55

No entanto, note que o “erro” está relacionado com o fato de o multímetro não estar
indicando 0 Ω, mesmo que haja continuidade (quando conectamos as duas ponteiras).

Figura 56

ATENÇÃO: Ao analisar o resistor a seguir na escala de 2kΩ, o resultado apresentado foi . Assim,
conclui-se que o resistor ou está queimado (aberto) ou o valor nominal dele é maior do que 2kΩ
(valor da escala selecionada).

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Figura 57

Ao passar para a escala de 20kΩ, pode-se visualizar o valor 3,3kΩ. Note que o resultado
encontrado foi como esperado, já que as cores são laranja, laranja, vermelho e ouro. De acordo com
o código de cores, laranja = 3, laranja = 3, vermelho na 3ª cor = 2 zeros e ouro = tolerância de 5%.
Assim, 3300Ω = 3,3kΩ. (Veja o vídeo)

Figura 58

ATENÇÃO: Ao examinar o resistor de cores marrom, preto, laranja e ouro, o valor encontrado foi de
9,8kΩ, como esperado, já que marrom, preto, laranja e ouro indica 10kΩ, pois marrom vale 1, preto
0, laranja na terceira cor três zeros e ouro, tolerância de 5%.

Figura 59

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Ao examinar o último resistor, ainda na escala de 20kΩ, nota-se o símbolo no visor,


conforme figura a seguir. Isso poderá indicar que esse resistor está aberto ou é de um valor superior
a essa escala de 20K selecionada pelo multiteste.

Figura 60

OBS.: Vejam o que devemos fazer nesse caso.

• Você deve mudar para a escala de 200kΩ, observe que o valor encontrado foi 46,4kΩ, bastante
próximo do esperado (47kΩ), já que as cores são amarelo (4), roxo (7), laranja (três zeros ou,
dito de outra forma, x 1000) e ouro (tolerância de 5%). (Veja o vídeo)

Figura 61

A seguir, veja algumas dicas que são importantes sobre medições de resistências:

1. Em geral, ao medir resistências abaixo de 10Ω, o valor apresentado no visor do


multímetro (digital) será um pouco superior ao seu valor nominal.

2. Caso você meça um resistor e indique o traço de infinito , pode ser que o
componente esteja queimado ou você precise aumentar a escala do multímetro para
poder examinar corretamente.

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POTENCIÔMETRO

O potenciômetro é um resistor variável muito utilizado nos equipamentos. Ele pode ser do
tipo simples ou duplo. O simples possui 3 terminais, como o modelo apresentado na figura a seguir,
e o duplo com 6 ou 7 terminais, em geral.

Figura 62

No exemplo abaixo, pode-se notar que o potenciômetro possui um valor nominal de 10kΩ.
Deve-se deixar claro que potenciômetros como esse não devem ser usados para correntes elevadas,
ou seja, não tente controlar uma lâmpada ou um motor com potenciômetros desse tipo. Eles só
controlam correntes baixas de alguns miliampères. (Veja o vídeo)

Figura 63

O funcionamento desse componente é simples. Basicamente, à medida em que se gira o


eixo (cursor), o valor ôhmico é modificado. Além disso, é importante deixar claro que entre os
terminais de extremo a resistência é fixa em seu valor nominal. No caso do exemplo em questão, é
fixa em 10kΩ. Observe que o valor medido utilizando a escala de 20kΩ foi 9,9kΩ, como era de se
esperar.

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Figura 64

Já o valor de resistência entre uma das extremidades e a derivação central dependerá da


posição do cursor. Por exemplo, girando o eixo totalmente para um dos lados, entre centro e um
extremo, a resistência será de aproximadamente 10kΩ e entre o centro e o outro extremo, a
resistência será 0Ω, como apresentado nas duas figuras a seguir.

Figura 65

Figura 66

Caso você gire o eixo totalmente para o outro lado, o resultado será o inverso, ou seja, a
resistência será (0,0)Ω ohm entre centro e um extremo e 10kΩ entre o centro e o outro extremo,
como pode-se verificar nas duas próximas figuras. (Veja o vídeo)

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Figura 67

Figura 68

Através desse teste, você consegue verificar se o seu potenciômetro está funcionando
adequadamente ou não.

Para obter valor ôhmico intermediário entre 0 e 10kΩ basta ir girando o eixo parcialmente
e verificando com o multímetro na escala ôhmica o valor apresentado de resistência.

Observe o potenciômetro internamente. Perceba na figura os 3 terminais do


potenciômetro, além do cursor e da resistência.

Figura 69

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No caso do potenciômetro do tipo linear, ao girar o eixo gradativamente, a resistência
também mudará gradativamente. O potenciômetro linear é geralmente utilizado em controles de
tom (graves e agudos), controles de velocidades de motores e outras aplicações. O potenciômetro
do tipo logarítmico, por outro lado, que muda de resistência de acordo com a função logarítmica, é
usado normalmente em controles de intensidade sonora (conhecido como controle de volume),
pois nossos ouvidos não têm uma curva de sensibilidade linear, mas sim logarítmica. Na figura a
seguir, pode-se verificar as curvas características dos dois tipos de potenciômetros.

Figura 70

NTC ou NTCR
O NTC ou NTCR (Resistor de Coeficiente Negativo de Temperatura) é um outro tipo de
resistor. Este modifica seu valor de resistência de acordo com a temperatura. Quando a temperatura
aumenta, a resistência diminui. Normalmente é ligado a transistores, a circuitos integrados para
que, dependendo da temperatura, alterando sua resistência, polarize outros circuitos que possam
disparar alarme, por exemplo. (Veja o vídeo)

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Perceba que utilizando o multímetro na escala de 2kΩ, o valor encontrado foi de 915Ω.

Figura 71

Note que ao aproximar o ferro de solda estando ligado, e dissipando bastante calor, o valor
da resistência começa a abaixar rapidamente. Perceba o resultado depois de 45 segundos. O valor
apresentado no multímetro, como mostrado a seguir, foi de 697Ω.

Figura 72

IMPORTANTE

O potenciômetro é um resistor variável, mas ele só pode conduzir uma corrente


elétrica de poucos miliamperes.
Atenção- Alguns alunos ligam erradamente a rede elétrica um dos terminais do
potenciômetro e o terminal central em uma lâmpada incandescente ou em um motor,
pensando que irá controlar o funcionando desta "Carga", ao ligar e fechar esse circuito o
potenciômetro irá fumaçar e queimar.

*Nunca faça isso!

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Após afastar o ferro de solda, a temperatura foi reduzida e a resistência do NTC aumentou,
então, para 851Ω.

Figura 73

O NTC ou NTCR é bastante utilizado em circuitos para detectar variações de temperatura,


como circuitos de alarme, proteção de circuitos eletrônicos, circuitos de ajuste de temperatura,
equipamentos médicos que precisam de sensores de temperatura, etc. Também são encontrados
em amplificadores, nas fontes de alimentação, em circuitos dentro do computador próximo ao
processador, entre outros. Em resumo, em circuitos que precisam de ajuste de temperatura ou
sensor de temperatura, muitas vezes utiliza-se o NTC.

CONCLUSÃO: Quando a temperatura aumenta no NTC a sua resistência elétrica diminui.

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VARISTOR OU VDR

O varistor é um outro tipo de resistor que depende do nível da tensão e, nesse caso, altera
de valor resistivo bruscamente quando atinge determinado valor de tensão (DDP nesse varistor).

O varistor se comporta como um dispositivo de proteção. Pode ser utilizado tanto em


tensão alternada quanto contínua, mas normalmente é mais utilizado em tensão alternada. Observe
na figura a seguir a simbologia, assim como o aspecto físico desse componente.

Figura 74

Normalmente, os varistores (exemplo na figura a seguir) são ligados do ponto de fase para
o terra e, às vezes, entre fase e neutro ou entre o neutro e o terra.

Figura 75

Verificando a tabela de varistores mostrada a seguir figura 77, percebe-se que esse varistor
de 241K suporta DDP de 150 VAC ou 200 VDC. Com tensões inferiores a 150V, o varistor comporta-

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se como um circuito praticamente aberto. A partir de 150V, ele irá baixar sua resistência
bruscamente, até próximo de zero ohm, reduzindo ou eliminando picos e transientes.

DÚVIDAS DOS ALUNOS

13- Quando desejo medir uma corrente elétrica, com um multímetro digital na condição de
amperímetro de linha, ele deve ficar em série ou em paralelo com a “carga” de consumo?

R- O multímetro deve ser ligado em série com a “carga”.

14- Uma bateria possui uma tensão nominal impressa no seu corpo de 12V. O multímetro examina
essa tensão e encontra também 12 Volts. Por que essa bateira está deficiente (fraca)?

R- Veja, o multímetro praticamente não consome corrente elétrica da bateria quando está
examinando a sua tensão, logo ela devia fornecer os 12V + 5% = 12,5V, ou mais 12,6V, 12,7V para
está normal.

15- Quando desejo medir uma tensão elétrica (ACV) ou (DCV) com um multímetro ele ficará em série
ou em paralelo com a “carga” de consumo?

R- O multímetro ficará ligado em paralelo com a “carga”.

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Para ACV, o varistor da figura a seguir suporta tensão alternada de até 275V. Veja na figura
77. A partir desse valor de tensão, terá sua resistência reduzida bruscamente.

Figura 76

Em DC, trabalhará com 350V. Veja na figura 77. Logo, esse modelo 20-431 tem uma maior
capacidade de trabalhar com tensões mais elevadas de acordo com a tabela a seguir do que o
modelo citado anteriormente. VDR 20241 da figura 75.

Figura 77

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

16- O que é um multímetro ideal?

R- É o multímetro teórico, ou seja, ele não existe realmente. Veja esse multímetro que trabalhamos
na prática ele possui uma resistência elétrica que interfere um pouco no circuito, já o multímetro
dito (ideal), teria um valor de resistência elétrica tão elevado que não iria interferir no circuito que
está sendo examinado.

17- As tensões alternadas são todas do tipo senoidal?

R- Não. Existe tensão alternada de forma de onda diferente.

18- Indique algumas tensões alternadas que não são do tipo senoidal?

R- a) tensão alternada Quadrática

b) tensão alternada Dente de Serra

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TESTANDO O VARISTOR

Ao examinar o varistor, nas escalas ôhmicas, verifica-se que o valor deve ser
aproximadamente infinito , ou seja, aberto, como apresentado nos dois casos abaixo.

Figura 78

Figura 79

O varistor, sem dúvida, é muito importante para proteger transistores, circuitos integrados,
processadores, microprocessadores, etc. São muitos utilizados nas fontes chaveadas e
equipamentos eletrônicos.(Veja o vídeo)

LÂMPADA INCANDESCENTE
A lâmpada incandescente é aquela que apresenta filamento interno e resistência ôhmica
baixa. Além disso, consome alto nível de corrente, além de aquecer bastante. Observe na figura a
seguir a simbologia e seu aspecto físico.

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Figura 80

Além disso, sabe-se que as lâmpadas incandescentes são circuitos resistivos, ou seja, não
apresenta capacitância nem indutância. Então, o fator de potência é igual a 1.

Pesquisas indicam que a energia consumida por uma lâmpada incandescente, como a
mostrada a seguir, chega a aproximadamente 95% de calor quando está acesa, sendo apenas 5% de
iluminação.

Figura 81

Utilizando as duas ponteiras do multímetro na lâmpada de 15W, perceba o valor indicado


pelo multímetro na escala de continuidade na figura a seguir.

Figura 82
Diferentemente do modelo anterior, em que a lâmpada era de 15W, no exemplo a seguir
pode-se visualizar uma de 7W.

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Figura 83

DÚVIDAS DOS ALUNOS

19- Por que muitos técnicos usam multímetro analógico para medir alguns componentes
eletrônicos?

R- Veja, o multímetro analógico possui maior capacidade de fornecer tensão e corrente que o
multímetro digital, logo alguns componentes só conseguem ser examinados com o multímetro
analógico.

20- O que é um componente elétrico linear?

R- É o componente que a sua resistência elétrica muda de valor de acordo com a fórmula:

RΏ = ddp(V) ÷ i(A). Esse componente não muda de valor resistivo bruscamente, com mudanças de
tensão elétrica, calor, luz.

21- Qual a diferença de um circuito em (CURTO) para um circuito (FECHADO)?

R- Um circuito em (CURTO) a resistência é zero ohm e o circuito não funciona. Já um circuito


FECHADO, o circuito possui um valor de resistência diferente de zero ohm e pode funcionar.

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Utilizando as duas ponteiras do multímetro na lâmpada de 7W, perceba o valor apresentado


pelo multímetro na escala de continuidade.

Figura 84

A partir desse exame, notamos que quanto maior a potência da lâmpada, menor a sua
resistência. Preste atenção em relação à conexão da lâmpada ao soquete. A parte destacada em
vermelho na figura a seguir deve receber o fio de fase “viva” ou retorno.

Figura 85

CONCLUSÃO: Potência aumenta a resistência elétrica diminui  e a corrente elétrica no circuito


 aumenta.

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Já o neutro deverá ser ligado à parte destacada na figura.

Figura 86

Note que o valor mostrado pelo multímetro foi zero, indicando continuidade. Então, o ponto
onde está conectada a ponteira vermelha também será o neutro.

Figura 87

Ao girar a lâmpada para o outro lado e medir novamente, verifica-se valor de resistência,
como mostrado na figura abaixo. Então, onde está conectada agora a ponteira vermelha deverá ser
conectado o fio da fase “viva” ou o fio de onde vem o interruptor (fio de retorno).

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Figura 88

Outra forma de medir a resistência é fora do soquete, como mostrado a seguir.

Figura 89

Já no exemplo abaixo, nota-se que essa outra lâmpada se encontra aberta, ou seja,
queimada. Perceba que na escala de continuidade, o valor apresentado foi , ou seja,
aproximadamente infinito, indicando circuito aberto.

Figura 90

1ª LEI DE OHM
George Ohm demonstrou que a corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença de
potencial aplicada. Foi assim que definiu a Primeira Lei de Ohm. De forma simples, a 1ª Lei de Ohm
é dada por DDP = R x I

Explicação: A diferença de potencial elétrica entre dois pontos de um resistor é igual ao produto da
resistência vezes a corrente que passa por esse resistor.

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A DDP poderá ser chamada de U. Sendo U a diferença de potencial entre dois pontos, R, a
resistência elétrica e I, a corrente elétrica. Manipulando a fórmula, temos suas variantes: I = U/R e
R = U/I.

OBS. Devemos lembrar que a resistência (R) é dada em ohm, a tensão (U) em volt e a corrente (I) em
ampère.

OBS. Para facilitar os cálculos, vamos encontrar a fórmula da 1ª lei de ohm (ddp= R x i), sendo
colocada da seguinte forma abaixo.

ATENÇÃO: A ddp = U (Volts)

DÚVIDAS DOS ALUNOS

22- As placas fotovotaicas tem sempre a mesma tensão (dcv), ou seja, o mesmo valor de tensão
contínua?

R- Não. Elas mudam de valor de tensão. Algumas são de 12V, outras de 24V ou mais.

23- Podemos ligar em série as placas fotovotaicas?

R- Sim, considere as placas fotovotaicas a sua ligação, como ligar baterias ou pilhas em série.

24- Podemos ligar em paralelo as placas fotovoltaicas?

R- Sim. Você deve tomar cuidado com a polaridade das tensões obtidas em cada placa. (Positivo com
positivo) e (negativo com negativo).

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• Note na figura a seguir que a fonte de alimentação envia 7,7V, mas a lâmpada é de 6V. Por
isso, precisamos usar um resistor para provocar queda na tensão. (Veja o vídeo)

Figura 91

• Note que utilizando a fonte de 7,7V, apresentada a seguir, o valor que chegou na lâmpada
foi um pouco superior aos 6V.

Figura 92

• Como essa fonte é regulável, pode-se ajustar o valor da DDP na lâmpada para ser 6V. Nesse
caso, então, o valor da alimentação da fonte foi ajustado para 7,5V, como pode-se ver abaixo.

Figura 93

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Note que a DDP medida no resistor foi de 1,39V, ou seja, o valor da DDP provocada pelo
resistor foi de aproximadamente 1,39V aproximadamente 1,4V.

Figura 94

Sabendo que a lâmpada é de 0,5A, pode-se aplicar a fórmula:

R = U/I = DDP/I = 1,4V/0,5A = 2,8Ω, valor bastante próximo da resistência nominal do resistor
escolhido na prática desse circuito abaixo (3,3Ω).

Figura 95

Deve-se ressaltar que na prática os valores algumas vezes não coincidem exatamente com
o calculado, devido a tolerâncias de componentes e imprecisões de equipamentos nas medições.

Então, para determinar a resistência de um circuito, pode-se usar a 1ª Lei de Ohm. Basta
saber qual valor de tensão que a fonte de alimentação fornece, qual valor de tensão da carga e a
corrente que a carga exige. Com essas três informações, pode-se descobrir o valor de resistência a
ser usado no circuito, pois basta subtrair da tensão da fonte da tensão presente na carga e dividir
esse valor obtido pela corrente elétrica que a carga exige.

OBS.: Os multímetros digitais geralmente apresentam um valor de tensão elétrica inferior a


existente, quando examinam tensões inferiores 2,5Volts.

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CIRCUITO MISTO

Para obter um circuito misto, podemos interligar as pilhas ou baterias formando um circuito
paralelo e também série, já que um circuito misto é composto por um circuito paralelo e por um
circuito série. Logo, o circuito misto terá características de tensão e corrente de ambos os circuitos
paralelo e série.
No exemplo abaixo, nota-se a medição de tensão de 3 pilhas de 1,5V associadas em série.
O valor encontrado no multímetro foi de 4,92V, atendendo ao esperado, pois em um circuito série,
as tensões dos elementos do circuito (nesse caso, pilhas) se somam.
OBS: Quando as pilhas ou baterias estão novas e totalmente carregadas indicam um valor de tensão
um pouco superior à sua tensão nominal. No exemplo a seguir era para indicar 4,5V, porém, indicou
4,92V por esse motivo.

Figura 96
Já no exemplo a seguir, nota-se a medição de tensão de 3 pilhas de 1,5V associadas em
paralelo. O valor encontrado no multímetro foi de 1,63V, atendendo ao esperado, pois em um
circuito paralelo, a tensão é a mesma para cada elemento do circuito.
OBS: Quando as pilhas ou baterias estão novas e totalmente carregadas indicam um valor de tensão
um pouco superior à sua tensão nominal. No exemplo anterior era para indicar 1,5V, porém, indicou
1,63V por esse motivo.

Figura 97

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OBS.: A tensão nominal é o valor da tensão elétrica, que vem impressa no corpo do dispositivo, seja
ele uma pilha, bateria, capacitor, motor, lâmpada e outros.

DÚVIDAS DOS ALUNOS

25- Quando ligamos as placas fotovoltaicas em paralelo corretamente, elas devem ter as mesmas
tensões DC de saidas?

R- Sim. Lembre-se das ligações em paralelo de baterias ou pilhas.

26- Ligando corretamente duas placas fotovoltaicas em paralelo iguais em tensão e corrente vamos
obter a mesma tensão (DC) de saída e a corrente será somada também quando exigida?

R- 1ª parte – a tensão será a mesma.

2ª parte – a corrente será disponível para a “carga” em dobro ou seja, se a “carga” consumir, as
placas poderão fornecer a corrente somada de cada uma dessas placas.

OBS.: É a mesma teoria da ligação de baterias ou pilhas em paralelo.

27- O varistor ou VDR, possui polaridade definida, para ser usado o circuito?

R- Não. Lembre-se o (VDR) é um resistor não linear, logo não possui polaridade.

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No exemplo a seguir, pode-se notar um circuito misto, já que é formado por duas
associações paralelas ligadas entre si em série. Ao medir o primeiro conjunto em paralelo, nota-se
a tensão de 1,62V e, ao medir o segundo conjunto, 1,64V, conforme as duas figuras abaixo.

Figura 98

Figura 99
Pelo fato de as associações estarem ligadas em série, o valor apresentado no multímetro é
a soma dos dois últimos resultados (3,27V), como pode-se notar na figura a seguir.

Figura 100
Já no caso a seguir, note que foram usadas apenas 2 pilhas de 1,5V associadas em série.
Perceba que o valor foi aproximadamente o mesmo do caso anterior.

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Figura 101

Então, as duas pilhas em série desse último caso poderiam alimentar a mesma carga que as
duas associações paralelas ligadas de forma série entre si poderiam. Veja as figuras (100) e (101).A
diferença seria que o tempo de alimentação no caso das 2 pilhas em série figura (101) seria três
vezes menor.

EXPLICAÇÃO: No caso dessas 2 pilhas em série alimentarem uma lâmpada de 3,0V leva o tempo de
1 hora acesa. Já usando o conjunto misto das 6 pilhas (paralelo/série) alimentando a mesma
lâmpada levará um tempo de 3 horas acesa. Veja, essa é uma das vantagens do circuito misto de
pilhas ou baterias.

DETERMINANDO A TENSÃO ELÉTRICA EM UM CIRCUITO MISTO

O circuito apresentado a seguir é formado por uma bateria de 9V, e 4 resistores mais um
DiodoLED. Note que a tensão da alimentação geral indicada pelo multímetro foi de 9,17V.

Figura 102

Ao examinar a tensão no ponto após a associação paralela, percebe-se que o valor


encontrado foi 5,16V. (Você deve assistir o vídeo para entender melhor)

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Figura 103

Ao examinar a tensão no ponto indicado a seguir, percebe-se que o valor encontrado foi
2,02V.

Figura 104

Ao examinar a DDP no LED, percebe-se que o valor encontrado foi 1,96V.

Figura 105

Em um circuito misto, percebemos que a tensão vai sendo reduzida em cada ponto, quando
comparado com o ponto anterior, e cada uma das resistências apresenta tensão própria (DDP
própria). No caso do circuito paralelo, as duas resistências apresentam a mesma tensão.

Caso somemos as DDPs em cada parte do circuito, teremos a DDP total. Observe que a DDP
no LED examinada, conforme figura abaixo, foi de 1,95V. (Veja o vídeo)

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Figura 106

Em seguida, percebe-se que a DDP examinada no resistor foi de 0,07V.

Figura 107

OBS.: A tensão total que alimenta um circuito, será a soma das (ddp) de cada componente dessa
malha, que forma o circuito.

Já no resistor seguinte, o valor encontrado da DDP foi de 3,12V. z

Figura 108

Ao examinar a DDP na associação paralela, o valor indicado pelo multímetro foi de 4V.

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Figura 109

Ao somar, então, 1,95V+0,07V+3,12V+4V, encontra-se 9,14V, que coincide com a tensão de


alimentação correspondente à bateria de tensão nominal 9V.

DÚVIDAS DOS ALUNOS

28- O varistor ou (VDR) possuem o mesmo valor de proteção, quando usado em tensão (AC) e em
tensão (DC)?

R- Não. Existe uma tabela do fabricante do varistor, indicando o valor para tensão (AC) e outro valor
de tensão (DC).

29- O resistor (NTC) ou (NTCR) é um resistor linear?

R- Não. Ele muda seu valor resistivo dependendo da temperatura sendo aplicada no seu corpo.

30- Comparando a medida de resistência elétrica entre duas lâmpadas incandescente de potências
diferentes, podemos afirmar que a lâmpada de menor potência elétrica em (Watts), possui maior
resistência sempre, sendo elas de mesma tensão de trabalho?

R- Sim. A lâmpada de potência (inferior) terá uma maior resistência.

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DETERMINANDO A CORRENTE ELÉTRICA EM UM CIRCUITO MISTO

Como se sabe, um circuito misto é aquele formado por associações série e um circuito
paralelo. (Você deve assistir ao vídeo, para entender melhor).

Para determinar a corrente elétrica do primeiro resistor em análise (apresentado na figura


a seguir), podemos primeiro medir a DDP e depois dividir o valor encontrado pela resistência que,
nesse caso, é de 1200Ω ou 1,2kΩ. Sendo assim, para medir a DDP do resistor em questão, deve-se
utilizar a escala de 20V DC no multímetro e posicionar as ponteiras nos terminais do resistor.

Figura 110

Note que o resultado apresentado pelo multímetro foi 4V, aproximadamente. Assim, para
determinar a corrente: I = DDP/R = 4V/1200Ω= 0,0033A = 3,3 mA.

Pelo fato de haver outro resistor em paralelo com o analisado anteriormente, concluímos
que também apresentará DDP = 4V. Além disso, como apresenta a mesma resistência, pode-se
concluir que a corrente que passa por ele também é igual a 3,3mA.

Sabe-se que a resistência equivalente de dois resistores de resistências iguais é a metade do


valor ôhmico de qualquer uma delas, ou seja, 1200Ω /2 = 600Ω. Assim, a resistência equivalente
total é 600Ω + 470Ω + 10Ω = 1080Ω, pois o terceiro resistor apresenta 470Ω de resistência e o
quarto, 10Ω, estando ambos em série com a associação paralela de resistores de 1200Ω.

Ao examinar a DDP no resistor de 470Ω, o valor encontrado foi 3,15V, como pode-se
verificar a seguir.

Figura 111

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Assim, utilizando a 1ª Lei de Ohm, temos: I = DDP/R = 3,15V/470Ω = 0,0067A=6,7mA.

Ao examinar a DDP no resistor de 10Ω, o valor encontrado foi 67,6mV.

Figura 112

Assim, I = DDP/R = 67,6mV/10Ω = 6,76mA. (Você de assistir o vídeo).

Pelo fato de haver um circuito série entre a associação paralela, o resistor de 470Ω, resistor
de 10Ω e o LED, a corrente que passa por eles é a mesma. Note que o valor encontrado ao examinar
a corrente (observe a escala de 20mA) foi de 6,67mA, atendendo ao esperado.

Figura 113

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DETERMINANDO A POTÊNCIA EM UM CIRCUITO MISTO

Potência é o trabalho realizado pelas cargas elétricas em um determinado tempo, cuja


unidade é dada em W em circuitos resistivos. Para calcular a potência elétrica, podemos usar as
seguintes fórmulas:

1. P = V x I
2. P = R x I²
3. P = V²/R

O circuito misto utilizado para estudo é constituído por uma bateria de 9V, 2 resistores
associados em paralelo de 1200Ω = 1,2kΩ, um resistor de 470Ω, outro de 10Ω e um LED, como pode-
se verificar abaixo. (Veja o vídeo)

Figura 114

Na escala de 20V DC, notamos que o valor de tensão foi de 3,14V ou, aproximadamente,
3,1V. Como havíamos encontrado anteriormente a corrente de aproximadamente 6,7mA nesse
resistor, então, a potência nesse resistor pode ser determinada por P = V x I = 3,1Vx6,7mA =
20,77mW.

Figura 115

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No caso abaixo, temos uma associação paralela, onde cada uma das resistências apresenta
DDP de 4V. Além disso, sabe-se que a corrente que passa pela associação é de 6,7mA. Sendo assim,
a corrente em cada uma delas é de 3,35mA. Para calcular a potência, então, deve-se fazer o cálculo
a seguir: P = Vx I = 4Vx3,35mA = 13,4mW. (Veja o vídeo).

Figura 116

No caso do resistor de 10Ω, a DDP encontrada foi de 67,9mV (conforme figura 117) e a
corrente foi de 6,7mA. Dessa forma, pode-se determinar a potência através do cálculo P = V x I =
67,9mV x 6,7mA = 0,45mW= 450µW.

Figura 117

OBS.: * Resistor de 10 (ohms)

* DDP de 67,9Mv

* A corrente é igual a divisão da ddp 67,9Mv pelo valor do resistor 10 ohms.

Resposta: A corrente será 6,7mA

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LEI DE JOULE

A Lei de Joule explica porque a corrente elétrica ao passar por um componente ou condutor
provoca aquecimento.

A corrente elétrica ao passar por um condutor ou por uma resistência provocará


aquecimento, ilustrado na figura a seguir. Esse fenômeno é o que chamamos de Efeito Joule.

Figura 118

Quando a corrente é muito alta, gerará bastante aquecimento no sistema que conduz
(condutor ou resistência).

A Lei de Joule está relacionada com uma das fórmulas de potência (P = R x I²). Assim, ao
aumentar a corrente, a potência também é elevada. (Veja o vídeo).

Perceba que ao abrir o circuito entre o resistor e o conjunto de LEDs e medir a corrente, o
valor encontrado foi de 29,5mA ou, aproximadamente, 30mA. Precisamos saber se essa resistência
é capaz de suportar essa corrente ou não, pois ao colocar o dedo sobre o resistor, percebeu que
estava bastante quente.

Figura 119

Fazendo o cálculo da potência: P = R X I² = 470Ω X (0,03A)² = 0,423W = 423mW. Note que


superou 1/4W = 0,25W = 250mW, que é a potência nominal desse resistor. Nesse caso, ele aquece

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bastante, chegando a mudar de cor e queimar. Assim, é preciso fazer a substituição por um de
potência igual ou superior a 0,423W, normalmente é colocado no circuito um resistor com potência
superior ao valor de 0,423W.

OBS: Na prática usaríamos para esse caso um resistor de 0,5W ou ½ Watt. Poderíamos também usar
um resistor de 1000 mW ou 1,0 Watt.

Na figura a seguir, percebe-se que o valor de DDP encontrado no conjunto formado pelos
LEDs foi de 1,85V. (Veja o vídeo).

Figura 120

Já a DDP no resistor foi de 13,36V (figura 119). Caso somemos 13,36V com 1,85V, teremos 15,21V,
valor consideravelmente próximo da alimentação da fonte de 15V (veja na figura acima).

Figura 121

OBS.: A DDP é o valor da tensão elétrica, entre dois pontos de um componente em funcionamento
ou de um circuito.

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1ª LEI DE KIRCHHOFF

Essa lei também é chamada Lei dos Nós. Ela explica como a corrente elétrica é distribuída
em um circuito elétrico. A soma das correntes dos componentes que saem de um nó (junção) será
igual à corrente de entrada desse mesmo nó, como ilustrado na figura a seguir.

Figura 122

Nas três figuras a seguir, serão apresentadas medições das correntes de saída do nó. Note
que no primeiro ramo, a corrente de saída do nó foi de 5,59mA.

Figura 123

No segundo ramo, a corrente de saída examinada foi de 5,44mA.

Figura 124

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

31- Temos um circuito eletrônico funcionando, podemos determinar a corrente que está existindo
em qualquer resistor desse circuito sem desligar (abrir o circuito)?

R- Sim. Você deve medir a (ddp) no resistor que deseja saber a sua corrente e dividir esse valor da
(ddp), pelo seu valor ôhmico.

32- Em um circuito possui (3) baterias iguais de 12V e a corrente impressa no corpo de cada uma
delas é de 2A. Eu poderei substituir essas (3) baterias, por uma bateria de 12V com 8A impresso no
seu corpo?

R- Sim. A bateria sendo com a mesma tensão e com corrente total, igual ou superior ao conjunto de
baterias é sim possível.

33- O chuveiro elétrico está baseado seu funcionamento na lei de Joule?

R- Sim.

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Por fim, a terceira corrente de saída do nó foi 1,06mA. (Veja o vídeo).

Figura 125

Logo, segundo a Lei dos Nós, a soma das correntes individuais medidas deverá ser igual à
corrente de entrada. Quando isso não ocorre é porque está havendo fuga de energia.

Ao somar as correntes encontradas: 5,6mA+5,4mA+1,06mA = 12,06mA.

Perceba, no entanto, que o valor da corrente de entrada (14,67mA, segundo figura a seguir)
foi maior do que o valor de saída. Então, significa que o circuito estava com fuga, ou seja, parte da
energia estava sendo consumida pela placa (protoboard).

Figura 126

Note que através da Lei dos Nós foi possível descobrir que a protoboard encontrava-se
com defeito.

EXPLICAÇÃO: UMA APLICAÇÃO PRÁTICA DA 1ª LEI DE KIRCHHOFF – Você poderá verificar a corrente
de entrada de uma casa e depois examinar as correntes consumidas pelos eletrodomésticos,
lâmpadas e motores no interior dessa casa. Conclusão: o valor total da corrente da entrada da casa
deverá ser igual à soma das correntes dos eletrodomésticos, lâmpadas e dos motores dessa casa.

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2ª LEI DE KIRCHHOFF

Também chamada de Lei das Malhas, essa lei explica como se comporta as tensões elétricas
são distribuídas no circuito elétrico. (Veja o vídeo).

A soma de cada uma das DDPs dos componentes ligados em uma malha subtraído da tensão
total é igual a zero. Em outras palavras, a soma de cada uma das DDPs dos componentes deve ser
igual à tensão de alimentação.

Nas 4 figuras a seguir, serão apresentadas medições das DDPs dos componentes da malha.
Note que a DDP no primeiro resistor foi 4,51V.

Figura 127

Em seguida, ao examinar a DDP no segundo resistor, o valor encontrado foi 0,81V e, no


terceiro, 0,15V.

Figura 128

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Figura 129

Ao medir a DDP no conjunto de LEDs, o valor encontrado foi 1,8V.

Figura 130

OBS.: Somando as DDPs: 1,8V+ 0,15V+0,81V+4,51V=7,27V. Assim, esse valor deve ser igual à
tensão de alimentação do circuito.

Note que a soma das DDPs coincidiu com o valor da tensão de alimentação do circuito
(7,27V), conforme figura a seguir.

Figura 131.A

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- Explicando a 2ª lei de Kirchhoff. Veja o esquema do circuito.

1º R 2º R 3º R

Fonte de
alimentação
ajustável em
7,2V

Figura 131.B

Explicando esse circuito acima:

Veja, esse circuito é forma por uma fonte de alimentação ajustável, onde ela está alimentando o
circuito com (7,2V) aproximadamente. Observe que o (1º resistor) possui uma ddp de (4,5V) como
está sendo indicado no multímetro (1), já o (2º resistor) está provocando uma ddp de (0,8V), como
está sendo indicado no multímetro (2), o (3º resistor) está em serie com os demais e está
apresentando uma ddp (0,15V), como indicado no multímetro (3), já no multímetro (4) está
indicado (1,8V); sendo essa a tensão que está alimentando os três led’s.

• Observe que pela segunda lei de Kirchhoff, a soma das tensões (ddp) de cada componente da
malha será igual a tensão total da alimentação dessa malha.

Veja: V(total) = 4,5V + 0,8V + 0,15V + 1,8V = 7,2V aproximadamente

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CHAVES/INTERRUPTORES

CHAVE POWER SIMPLES

Você aprenderá agora como funciona um interruptor simples, usado nos circuitos
eletrônicos, chamados de chave power. Na figura abaixo, pode-se verificar três diferentes modelos
de chave power e, em seguida, a simbologia da chave.

Figura 132 a) Figura 132 b)

A chave power simples apresenta dois terminais. Dessa forma, devemos ligar um deles na
fase “viva” e o outro no retorno, isto é, aquele fio que vai para o circuito eletrônico. Deve-se deixar
claro que a chave power deverá ser ligada no fio da fase viva porque quando desligar a chave, a
energia será totalmente cortada e mesmo que uma pessoa toque no circuito de carga, com a chave
desligada, não levará choque elétrico.

Figura 133

Observe abaixo um caso de ligação errada da chave power simples. Perceba que está sendo
ligada no fio do neutro.

Figura 134

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Nesse caso, o circuito ligaria e desligaria normalmente, mas ao ser desligado, ficaria
eletrizado, podendo causar choque elétrico. (Veja o vídeo)

Antes de inserir a chave power em um circuito, deve-se verificar se ela se encontra normal.
Para isso, deve-se utilizar o multímetro na escala de continuidade e colocar as ponteiras nos
terminais, como mostrado a seguir.

Figura 135

Note que no caso acima, nessa configuração, a chave encontrava-se aberta, já que o valor
indicado no multímetro na escala de continuidade foi de aproximadamente infinito, conforme o
símbolo| apresentado no multímetro.

Ao pressionar a chave, note que passou a apresentar o valor 0 no multímetro, indicando que
a chave se encontrava fechada.

Figura 136

Ao ligar o fio de fase em um dos terminais da chave e o de retorno no outro terminal e soldá-
los, a chave foi conectada ao circuito eletrônico. Na configuração abaixo, ela encontrava-se aberta,
assim, o circuito encontrava-se desligado.

Figura 137

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Ao pressionar a chave, note que o circuito de alarme passou a funcionar. Observe na figura a
seguir que o LED acendeu, indicando que o circuito foi ativado.

Figura 138

CHAVE POWER DUPLA

Esse tipo de chave possui duas chaves internas independentes que ligam e desligam ao
mesmo tempo a fase “viva” e o neutro. Com esse tipo de chave, há uma proteção total do circuito
de carga, já que corta tanto a fase “viva” quanto o neutro. (Veja o vídeo).

Caso a instalação elétrica seja bifásica, essa chave power dupla cortará as duas fases F1 e F2,
obtendo uma excelente proteção para a carga e para o usuário.

Note como deve ser feito o teste da chave power dupla na figura abaixo. Perceba que o
multímetro está indicando condução entre os dois terminais da chave examinados.

Figura 139

OBS.: Multímetro na escala de continuidade (➔ ) e chave power desligada da rede elétrica.

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De forma semelhante, observe a indicação de continuidade entre os outros dois terminais


da chave examinados. Veja a figura (140)

Figura 140

Vale ressaltar que ao pressionar a chave, o estado é alterado e, assim, entre os dois terminais
verificados, passa a não indicar condução de energia. A chave está aberta.

OBS.: Para inserir a chave power dupla a um circuito eletrônico, basta conectar os fios como
mostrado na figura, em que o fio inferior da direita representa a fase e o da esquerda, o neutro e os
outros dois fios (vermelho e preto) vão para o primário do transformador. Figura (141)

Figura 141

Deve-se deixar claro que esse exemplo foi no caso de uma rede elétrica monofásica. No caso
de uma rede elétrica bifásica, onde foi conectado o neutro no exemplo de rede monofásica, seria
conectada a segunda fase “viva”.

Note que ao ligar a chave power, o circuito foi acionado e o LED acendeu, conforme figura a
seguir.

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Figura 142

FUSÍVEL

O fusível, que pode ser visto na figura a seguir, é um componente utilizado para proteção
de circuitos elétricos ou eletrônicos. Uma das finalidades é proteger o circuito contra excesso de
corrente. Note que não é contra o aumento de corrente, mas sim contra o excesso, ou seja, quando
é ultrapassado o limite nominal de corrente por um determinado período de tempo. Quando isso
ocorre, o componente dispara. (Abre o circuito)

FUSÍVEL SIMBOLOGIA

Figura 143

Outra finalidade do fusível é proteger contra o excesso de carga que, nesse caso, faz menção
à potência. Assim, mesmo que a corrente seja baixa, mas se a tensão for alta, fazendo com que a
potência (P = V X I) seja também alta, pode acontecer de o fusível disparar rompendo o seu filamento
interno, a fim de proteger o circuito. (Veja o vídeo)

É importante destacar que no corpo do fusível, há uma numeração, indicando por exemplo
30mA,100mA, 150mA, 200mA, 2A,5A,10A, etc. Por exemplo, no interior dos multímetros, em geral,
como forma de proteção do sistema, há um fusível de 100mA. Quanto maior for o valor de corrente
nominal do fusível, de maior diâmetro será o filamento interno do fusível. Para examinar, devemos
trabalhar na escala de continuidade.

Nos dois exemplos a seguir, note que os fusíveis se encontravam normais pois em ambos
casos foi indicado no multímetro continuidade de uma extremidade para outra do filamento.

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Figura 144

Figura 145

No caso de o fusível estar queimado, nesse mesmo teste em continuidade com as ponteiras
nas extremidades do fusível seria apresentado no multímetro o símbolo de aberto
(aproximadamente infinito).

O fusível apresenta um filamento em seu interior, que é projetado para suportar


determinada corrente ou uma determinada potência elétrica. Caso haja excesso de corrente ou de
potência elétrica, o aquecimento levará ao seu rompimento.

CAPACÍMETRO

O capacímetro é o instrumento técnico adequado para ser examinada a capacitância do


capacitor, a fim de verificar se o componente está normal ou alterado.

Capacitores armazenam energia por um determinado período de tempo e se opõem à


variação de tensão e trabalham como filtros de energia.

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Nas duas figuras a seguir, pode-se verificar alguns modelos diferentes de capacitores e
algumas simbologias.

Figura 146 a) Figura 146 b)

DÚVIDAS DOS ALUNOS

34- Um resistor em um circuito elétrico funcionando, irá sempre provocar uma (ddp) entre os seus
terminais e irá aquecer conforme a lei de Joule?

R- Sim. Sempre que existir corrente elétrica sendo conduzida pelo resistor, ele irá provocar ddp e irá
aquecer.

35- Qual das três formas da potência elétrica é a mais usada para explicar a lei de Joule?

R- a) P = V2 / R b) P = R x I2 c) P = V x I

36- Quando um resistor está aquecendo além do normal em um circuito, o defeito poderá ser desse
resistor?

R- Não. O resistor só irá aquecer além do normal, quando o circuito alimentado por ele estiver com
defeito, porque aumentou muito a corrente de consumo.

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Deve-se deixar claro que a unidade de medida da capacitância é o F (farad). No entanto,
há capacitores com medidas em mF, µF, nF, Pf.

Figura 147

Para saber fazer as transformações, basta seguir o modelo abaixo.

Figura 148

Por exemplo, caso um capacitor apresente a capacitância de 0,06nF, podemos dizer que
apresenta 600pF. (Veja o vídeo)

Ao ser medida a capacitância do capacitor de tântalo, foi verificado o valor 0,598nF, como
mostra a figura.

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Figura 149

Ao ser medida a capacitância desse outro capacitor de poliéster, foi verificado o valor
47,4nF, como mostrado a seguir.

Figura 150

Perceba que o valor medido do capacitor de poliéster foi de 3,41µF.

Figura 151

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Note que o valor medido de capacitância do capacitor eletrolítico foi de 424µF.

Figura 152

E, por fim, perceba que o valor de capacitância do capacitor de partida apresentado pelo
capacímetro foi de 4,02 µF.

Figura 153

Em resumo, há diversos tipos de capacitores. Podemos citar, por exemplo, os de disco


cerâmico, poliéster, eletrolíticos polarizados e não polarizados.

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Pode-se verificar no circuito de amplificador da figura a seguir capacitores de disco (filtros
de alta frequência) e eletrolíticos (filtros de baixa frequência).

Figura 154

DÚVIDAS DOS ALUNOS

37- O fusível funciona no circuito elétrico de acordo com a lei de Joule?

R- Sim. Quando a corrente elétrica ultrapassa o valor crítico (corrente nominal) do fusível, ele aquece
a tal ponto que irá derreter o filamento (fundir o condutor no interior do fusível), nesse momento ele
queima e abre o circuito

38- Na primeira lei de Kirchhoff ou (lei dos nós), podemos dizer que a soma das correntes que sai do
nó menos a corrente de entrada de corrente desse nó é igual a zero?

R- Sim, está correto.

39- O que é um capacitor de acoplamento de sinal?

R- É o capacitor que irá bloquear a tensão DC como uma chave aberta, mas irá permitir a passagem
da (tensão AC sinal) de um circuito para outro.

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CAPACITOR DE DISCO CERÂMICO

Os capacitores de cerâmica normalmente são utilizados como filtro para alta frequência,
pois o material de cerâmica é muito bom para transmissão de frequências elevadas.

Observe no exemplo a seguir o valor nominal do capacitor de disco 561. O último algarismo
é o fator multiplicador ou, de forma mais simples, número de zeros. Assim, nesse exemplo,
apresenta apenas um zero. Dessa forma, a capacitância desse capacitor é de 560pF. Lembre-se que
a unidade de medida da capacitância é o Farad (F). No entanto, capacitores de disco apresentam
capacitância na ordem de pF.

Figura 155

São muito utilizados em circuitos eletrônicos, em celulares, placa-mãe, como capacitores de


filtro para alta frequência. Observe na figura a seguir a simbologia do capacitor de disco cerâmico e
seu aspecto físico.

Figura 156

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Ao utilizar um multímetro analógico na escala ôhmica de X10K e posicionar as ponteiras nos


terminais do capacitor, aplicando assim uma DDP, percebe-se que não houve deslocamento do
ponteiro. Então, conclui-se que não está em curto (pois se estivesse em curto, seria deslocado para
zero ohm) e nem está em fuga pois não se deslocou e nem ficou parado em algum ponto do painel.

Figura 157

Ao utilizar o capacímetro na escala de 2nF, ou seja, de 2000 pF para medir a capacitância


do capacitor à esquerda, encontrou-se o valor de 0,568nF ou 568pF. (Veja o vídeo).

Figura 158

De forma semelhante, em relação ao capacitor à direita, foi encontrado o valor 0,561nF ou


561pF.

Figura 159

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Em circuitos eletrônicos, quando desejamos transferir altas frequências para terra,
utilizamos esse tipo de capacitor conectado ao terra. (capacitor de cerâmica de disco).

CAPACITOR DE POLIÉSTER

Os capacitores de poliéster trabalham geralmente com frequências mais baixas que os


capacitores de disco cerâmicos e apresentam normalmente a função de acoplamento quando levam
sinal de um ponto a outro ou de desacoplamento, quando levam de um ponto do circuito ao terra.

Esses capacitores, que apresentam simbologia e aspecto físico como mostrado a seguir, são
bastante utilizados em sistemas de áudio. Assim, é muito comum encontrar em equipamentos de
som, mesas de som, amplificadores de áudio, televisões, transmissores e equipamentos em geral
que trabalham com baixas frequências.

Figura 160

No exemplo a seguir, será mostrado o teste de um capacitor de poliéster que apresenta a


numeração 473 no seu corpo. Para saber qual é o valor de capacitância, o procedimento é simples.
Como o terceiro algarismo é o 3, então o fator multiplicativo é 1000, ou seja, 3 zeros. Assim, 473
indica 47000pF ou 47nF.

Note que na escala de 2MΩ, o resultado encontrado foi . Isso porque a carga que
esse capacitor de 47nF armazena é baixa.

Figura 161

Com essa medição, podemos concluir que ele não está em curto, pois se estivesse em curto
apresentaria (0,0)Ω ohm e nem em fuga, pois se estivesse em fuga indicaria um valor ôhmico como

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100Ω, 200Ω, 300Ω, 1000Ω e ficaria fixo nesse valor. No entanto, para saber a capacitância,
precisamos usar um instrumento chamado capacímetro. Pelo fato de sabermos que a capacitância
nominal é de 47nF, no momento da prática, devemos selecionar alguma escala maior do que esse
valor. No caso do capacímetro a seguir, 200nF.

Perceba que o valor encontrado foi de 47,8nF, como esperado.

Figura 162

Nesse exemplo, temos ainda o capacitor de 335K, ou seja, de 3.300.000pF = 3300nF.


Dividindo por 1000 novamente, 3,3µF.

Para realizar o processo de carga do capacitor, basta deixar selecionada a opção de 2MΩ no
multímetro e posicionar as ponteiras nos terminais do capacitor. Note nas três figuras s seguir que
inicialmente, o valor apresentado foi negativo. Depois, ficou positivo e continuou aumentando até
indicar o símbolo (circuito aberto, ou seja, totalmente carregado).

Figura 163

Figura 164

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OBS.: O capacitor quando trabalhar com tensão (AC), funciona da seguinte maneira:
a) Quando está sem energia, se comporta como uma chave fechada.
b) Quando está totalmente carregado de energia, ele se comporta como uma chave aberta.

Figura 165

Ao inverter as ponteiras, como apresentado abaixo, o processo de descarga foi iniciado.

Figura 166

Vamos utilizar o capacímetro para medir a capacitância desse capacitor na escala de 20µF.

Figura 167

O valor encontrado (3,41µF) foi o esperado dentro da tolerância, já que em seu corpo há
escrito 335K= 3300000pF, ou seja, indicando 3,3µF.

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Observe agora nas duas figuras a seguir o processo de carga do capacitor de poliéster.

Figura 168

Figura 169

Em resumo, quando o capacitor está totalmente carregado ele se comporta como uma
chave aberta (figura 152). Quando está totalmente sem carga, ou seja, sem energia, ele se comporta
como uma chave fechada no momento inicial do processo de carga desse capacitor, como mostrado
na figura a seguir.

Figura 170

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• Veja a explicação:

C1= Capacitor 1000uF/25V


S1
R
9V No 1º momento “seco” o capacitor. (sem energia).
Bateria LED
2º momento – Ligamos a chave (S1) e o led acende,
isso deve-se ao capacitor se comportar como uma
chave fechada.

3º momento – vemos o brilho do Led reduzindo o brilho, isso deve-se ao capacitor que está
(carregando energia) e se comporta como um resistor variável que vai aumentando o seu valor até
ficar apagado o Led.

4º momento – O Led apagou porque o capacitor está totalmente carregado e agora se


comporta como um circuito aberto, ou seja, chave aberta (O Led não acenderá, ficará
apagado enquanto o capacitor (C1) estiver totalmente carregado).

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CAPACITORES EM SÉRIE

A capacitância equivalente entre capacitores em série de mesma capacitância será o valor


da capacitância de um deles dividido por dois. Assim, no caso de dois capacitores de 470µF
associados em série, a capacitância equivalente será de 235µF.

Observe na figura a seguir dois capacitores de 470µF associados em série.

SIMBOLOGIA

+ -+ -

C 1 e C2
Figura 171

As três figuras a seguir mostram o processo de carga dos capacitores de 470µF associados
em série ao usar a escala ôhmica do multímetro.

Figura 172

Figura 173

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Observe o símbolo indicando circuito aberto, ou seja, indicando que os capacitores


estão carregados.

Figura 174

De forma semelhante, as duas figuras a seguir mostram o processo de carga dos capacitores
de 22µF associados em série ao usar a escala ôhmica do multímetro.

Figura 175

Figura 176

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

40- Capacitor eletrolítico polarizado armazena tensão alternada?

R- Não. A tensão alternada varia de sentido o fluxo de corrente, logo esse tipo de capacitor não
poderá armazenar.

41- O capacitor eletrolítico polarizado recebendo uma ddp entre os seus terminais alternada, ele irá
ser danificado?

R- Sim. Ele irá aquecer rapidamente e poderá explodir.

42- Uma dúvida professor, todo capacitor eletrolítico é polarizado?

R- Não. Existe capacitor eletrolítico não polarizado que poderá trabalhar com tensão alternada.
Exemplo: alguns motores monofásicos utilizam esses capacitores como capacitores de partida.

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Lembre-se que no primeiro exemplo foram usados 2 capacitores de 470µF associados em
série e no segundo exemplo, 2 de 22µF em série. Assim, a capacitância equivalente do primeiro caso
foi de 235µF e do segundo caso 11µF. No entanto, o processo de carga do segundo caso foi
consideravelmente mais rápido. Assim, através dessa prática, então foi possível notar que quanto
menor é a capacitância, menor é o tempo de carga do capacitor. De forma semelhante, menor é o
tempo de descarga.

EXAMINANDO CAPACITORES EM SÉRIE COM O CAPACÍMETRO

Observe a verificação da capacitância de um dos capacitores da associação série. Vale deixar


claro que no corpo do capacitor analisado havia escrito 220µF.

Perceba que o valor indicado pelo capacímetro foi de 228µF, atendendo ao esperado.
Perceba que foi usada a escala de 2000µF.

Figura 177

Ao associar 2 capacitores em série de mesma capacitância, a capacitância equivalente


deverá ser a metade do valor de uma das capacitâncias. Perceba na figura a seguir que o valor
indicado foi de 113µF, atendendo ao esperado.

Figura 178

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Sendo cada um deles de 25V, a tensão que o conjunto pode receber é de 25V+25V = 50V.
Vale ressaltar que a teoria de somar as tensões somente é válida quando as capacitâncias são iguais.
Dessa forma, poderia ser aplicado 48V na associação série que funcionaria normalmente, pois a
tensão se dividiria igualmente entre os capacitores de mesma capacitância.

No caso de capacitores diferentes em série, como os apresentados abaixo de 47µF e de 220


µF, para encontrar a capacitância equivalente, basta realizar o seguinte cálculo:
𝐶1𝑥𝐶2 47µ𝐹 𝑥 220µF
𝐶𝑒𝑞 = = = 38,73µF
𝐶1 + 𝐶2 47µF + 220µF

Figura 179

Perceba na figura a seguir que a capacitância equivalente medida pelo capacímetro foi de
39,4 µF, valor bastante próximo do calculado.

Figura 180

Então, precisando de um capacitor com valor de capacitância de 39µF e não possuindo, você
pode associar esses 2 capacitores em série, por exemplo.

Deve-se ressaltar que ao ser aplicada uma tensão no conjunto formado pelos dois
capacitores de capacitâncias diferentes, as tensões não se distribuem igualmente entre os

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capacitores, pois os valores de capacitância não são iguais, logo o capacitor com a menor
capacitância (47 µF) recebe a maior tensão e o de maior capacitância, a menor tensão. Deve-se
tomar cuidado para que a tensão no capacitor de menor capacitância não seja maior do que a sua
tensão nominal, caso isso ocorra irá danificar esse capacitor de menor capacitância.

OBS: Dois capacitores de mesma capacitância ligados em série e alimentados por uma tensão
elétrica, cada um desses capacitores ficará com a metade da tensão total que alimentou os dois.

CAPACITORES EM PARALELO

Ao associar capacitores em paralelo, a capacitância equivalente será o resultado da soma


das capacitâncias individuais, ou seja, usa-se capacitores em paralelo quando deseja-se aumentar a
capacitância. Por exemplo, a capacitância equivalente de dois capacitores de 470 µF associados em
paralelo será de 940 µF.

As duas figuras a seguir mostram o processo de carga dos capacitores de 470µF ao usar a
escala ôhmica do multímetro.
SIMBOLOGIA

+ -
C1

+ -
C2
Figura 181

O valor apresentado no visor do multímetro vai aumentando até chegar ao símbolo ,


como apresentado a seguir.

Figura 182

De forma semelhante, as duas figuras a seguir mostram o processo de carga do capacitor ao


usar a escala ôhmica do multímetro.

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Figura 183

Figura 184

Os capacitores do segundo caso carregaram rapidamente. Vale ressaltar que foram


utilizados 2 capacitores de 22µF, resultando em uma capacitância equivalente de 44µF. Assim,
percebemos que com capacitâncias equivalentes menores, o processo de carga é mais rápido.
Perceba que no primeiro caso a capacitância equivalente era de 940µF e no segundo caso 44µ. Da
mesma forma, o processo de descarga também é mais rápido com capacitâncias equivalentes
menores.

EXAMINANDO CAPACITORES EM PARALELO COM O CAPACÍMETRO

Na figura a seguir, pode-se verificar 2 capacitores ligados em série, sendo um de 470µF e o


outro de 1000µF. A capacitância equivalente calculada é de 1470µF, já que em um circuito paralelo,
a capacitância equivalente é dada pela soma das capacitâncias individuais. Percebe-se que o valor
medido foi de 1446µF, atendendo ao esperado.

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Figura 185

DÚVIDAS DOS ALUNOS

43- Temos uma tensão de 400Volt. Podemos usar dois capacitores em série de qualquer capacitância
tendo cada um deles isolação de 250 VDC para armazenar essa tensão de 400 Volts?

R- Não. Geralmente usamos capacitores com a mesma capacitância quando ligamos em série
capacitores, porque a tensão total de 400 Volts será dividida igualmente para cada um deles.

Exemplo: C1 = 50 mfd / 250V e C2 = 50 mfd / 250V

Veja cada um dos capacitores ficará, recebendo 200VDC.

Obs.: Caso C1 e C2 tivessem capacitância diferentes as tensões em cada um deles seria diferente e
poderia danificar algum dos dois capacitores.

44- Dois capacitores em série, recebendo um valor de tensão DC, qual dos dois capacitores ficará
coma maior ddp, o capacitor C1 = 10mfd/250V ou o capacitor C2 = 47mdf/250V?

R- Será o capacitor C1 de menor capacitância.

OBS.: Capacitores ligados em série a maior (ddp) ficará aplicada no capacitor de menor capacitância.

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TRANSFORMADOR

A grande maioria dos equipamentos eletrônicos utiliza transformador, seja como elevador
ou abaixador de tensão.

Os transformadores de tensão, chamados de transformadores são dispositivos que, de


modo geral, aumentam ou diminuem determinado valor de tensão. O transformador é constituído
por um núcleo e por bobinas, como apresentado abaixo.

Figura 186

O núcleo do transformador usado em baixas frequências é constituído, em geral, pelo


material magnético ferro-silício (liga) e em altas frequências, ferrite. As bobinas, por sua vez, são
compostas por um número diferentes de espiras, isoladas eletricamente entre si. A forma mais geral
do transformador é aquela que apresenta duas bobinas, sendo uma do primário e uma do
secundário.

A bobina do primário é aquela que recebe a tensão da rede e a do secundário é a bobina


em que sai a tensão transformada, ou seja, com um valor diferente.

Ao ser aplicada uma corrente alternada na bobina primária, é produzido um campo


magnético variável, que passará através do centro da bobina secundária e induzirá uma corrente
alternada nesta. Se o número de espiras da bobina secundária for maior do que a do primário,
teremos uma tensão no secundário maior do que no primário, caracterizando assim um
transformador elevador de tensão. Já, se o número de espiras da bobina secundária, for menor do
que o da primária, teremos valores menores de tensão e maiores de corrente da bobina secundária
em relação à primária, caracterizando assim um transformador abaixador de tensão.

O valor da tensão após sair do transformador está diretamente ligado ao número de espiras
que cada bobina possui. No caso de um transformador elevador de tensão, o número de espiras da
segunda bobina (secundário) é maior do que o número de espiras da primeira bobina (primário). No
caso do transformador abaixador, o número de espiras da segunda bobina (secundário) é menor do
que o número de espiras na primeira bobina (primário).

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É importante ressaltar que os transformadores redutores apresentam resistência do


primário superior à do secundário. Para medir a resistência do transformador, utilizamos as escalas
ôhmicas. (200, 2000, 2k, 20k)

Note que o valor da resistência de primário medida foi de 132Ω, conforme figura a seguir.
Perceba que a medição foi feita entre os dois fios extremos. Em cidades em que a tensão é de 220V,
aplica-se a tensão da rede elétrica entre esses dois fios. (verifique os valores antes de ligar na rede
elétrica).

Figura 187

Ao realizar a medição entre um fio extremo o central, a resistência é reduzida (menor), como
pode ser visto a seguir. No caso de cidades em que a rede elétrica é de 127V, deve-se aplicar a
tensão alternada entre um dos extremos e o fio central.

Figura 188

Já do centro para o outro fio da extremidade, o valor encontrado foi de 49Ω


aproximadamente. Também pode-se utilizar esses dois fios no caso da rede elétrica de 127V.

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Figura 189

Para verificar a tensão de saída do transformador, deve-se aplicar uma tensão no primário.
Note na figura a seguir que foram ligados à tomada os dois fios das extremidades do primário do
transformador devido ao fato de se estar em uma cidade onde a rede elétrica é de 220V.

Figura 190

Perceba que entre o fio do centro e um dos extremos da saída do transformador, a ddp
medida foi de 6,4V.

Figura 191

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RESUMO: Trafo Redutor: R(Pri) > R(Sec) Trafo Elevado: R(Pri) < R(Sec)
V(Pri) > V(Pri) V(Pri) < V(Pri)
i(Pri) < i(Pri) i(Pri) > i(Pri)

DÚVIDAS DOS ALUNOS

45- Em uma fonte de alimentação possui um capacito de 2000mfd/250VDC com defeito. Poderei
colocar para substituir, dois capacitores em paralelo, sendo C1 =1500mfd/250V e C2
=1000mfd/250V?

R- Sim. Veja como C1 e C2 serão ligados em paralelo, a capacitância total será de 1500mfd + 1000
mfd = 2500mfd.

46- Um transformador é um dispositivo que recebe energia elétrica, transforma em magnética e


depois transforma novamente em elétrica?

R- Sim. Esse é o processo de funcionamento do transformador ou trafo.

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Note que de extremo a extremo, o valor indicado foi 13,1V. Pelo fato de ser um
transformador de 6V+6V e estar sem carga, o valor encontrado foi um pouco superior aos 12V. Em
geral, quando o transformador está sem carga conectada, apresenta um valor de 5% a 10% superior
ao nominal.

Figura 192

DIODO LED

O diodo LED é um diodo emissor de luz. Existem diferentes modelos e cores. Na figura
abaixo, pode-se verificar a simbologia de um diodo LED, assim como seu aspecto físico. Nota-se que
os dois terminais são Ânodo e Cátodo, representados por A e K, respectivamente.

Figura 193

Os LEDs possuem um chanfro em um dos seus lados. Nesse lado, então, é onde está o
Cátodo do LED, como pode ser visto na figura a seguir.

Figura 194

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O diodo LED apresenta dois terminais, sendo, em geral, o maior deles o Ânodo e o menor,
o Cátodo. Então, na polarização direta, coloca-se maior tensão no Ânodo.

Figura 195

Geralmente, trabalham com tensão inicial de 1,6V. Em geral, funcionam desde 1,6V a 2,0V.
Alguns LEDs especiais de alto brilho trabalham com tensões DC até 3,0V. Deve-se ressaltar que o
consumo de corrente elétrica está relacionado à DDP aplicada nos seus terminais. Normalmente,
trabalham de 6mA a 20mA, dependendo do tipo do LED.

Note que na polarização direta (ponteira vermelha no Ânodo e preta no Cátodo no caso do
multímetro digital), o LED acende, conforme figura a seguir. (utilizando o multímetro digital)

Figura 196

Enquanto que na polarização direta (ponteira vermelha no Ânodo e preta no Cátodo no


caso do multímetro digital), o LED acende, na polarização inversa, não acende, ou seja, ponteira
preta no Ânodo e ponteira vermelha no Cátodo. (utilizando o multímetro digital)

Observe que na figura a seguir, o LED acendeu, devido à polarização direta.

Figura 197

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

47- O diodo led de 5,0mm branco de alto luminosidade, consome mais corrente que o led comum
vermelho de 5,0mm?

R- Sim.

48- Professor, o led azul funciona normalmente com 3V e com a corrente aproximadamente 20A?

R- Sim. A corrente máxima do led azul é de 30mA.

49- Professor, os led’s vermelho, amarelo e verde de 5mm funcionam com a tensão de 2Volts e a
corrente de até 20mA?

R- Sim. Eles podem funcionar com a tensão entre 1,6V e 2,0V, podendo trabalhar com corrente
inferior a 20mA.

50- Professor, o led branco de alto brilho funciona normalmente com 3,0V e com uma corrente de
aproximadamente de 20mA?

R- Sim. A sua corrente máxima é de 30mA.

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Observe que nessa outra figura, o LED não acendeu, devido à polarização inversa.

Figura 198

Existem diferentes tipos de diodos LEDs que trabalham com diferentes valores de tensão e
de corrente, como apresentado na figura a seguir.

Figura 199

DIODO RETIFICADOR

Através de componentes chamados diodos retificadores, é possível obter tensão contínua


positiva e negativa através do processo de retificação da tensão alternada em contínua pulsante. Os
diodos são componentes que conduzem a corrente elétrica em um único sentido, como uma rua de
mão única.

Circuitos retificadores são usados para transformar corrente alternada em contínua. Esses
circuitos são muito usados em fontes de aparelhos que são ligados na tomada rede elétrica, como
por exemplo, fontes de notebook, pois circuitos eletrônicos no geral precisam de corrente contínua
para funcionar adequadamente.

Usando apenas um diodo, pode-se desenvolver o circuito retificador de meia onda. Por
outro lado, com dois diodos, podemos desenvolver um circuito retificador de onda completa.

O retificador de meia onda pode ser visto na figura a seguir. É a forma mais simples de
convertermos uma tensão alternada em contínua, positiva ou negativa.

+ +

Figura 200

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Utiliza apenas um diodo e isso faz o circuito ter baixa eficiência. A disposição desse tipo de
circuito pode ser apresentada abaixo. Compare na figura a seguir o sinal de entrada (em vermelho)
e o de saída (em azul). Perceba que foi obtido um sinal que possui a mesma frequência do sinal de
entrada, porém somente com o semiciclo positivo. Em outras palavras, só é aproveitado um dos
semiciclos do sinal de entrada.

Ao acrescentar um capacitor ao circuito, conforme a figura a seguir, a tensão de saída ficará


um pouco mais constante (porém ainda não constante completamente). Observe a etapa 3 do
circuito abaixo e perceba a forma de onda. A onda apresenta essa forma pois o capacitor armazena
energia durante o tempo que o circuito está alimentando e a devolve durante o tempo em que o
diodo não conduz.

Figura 201

Com o acréscimo de mais um diodo, podemos transformá-lo em um retificador de onda


completa, que aproveita os dois semiciclos do sinal (AC) de entrada. Em outras palavras, é capaz de
retificar tanto semiciclos positivos que estão sendo aplicados tanto no ânodo do diodo D1 quanto
no ânodo do diodo D2 em tempos diferentes (essas tensões alternadas estão sendo aplicadas no
ânodo do diodo D1 e do diodo D2 que estão defasadas em 1800.

Existem dois circuitos gerais possíveis para o retificador de onda completa. O primeiro deles
precisa que o transformador de alimentação tenha uma derivação central, ou seja, que utilize o seu
CT (terminal central), como mostrado a seguir.

220V ou 127V
60Hz

Figura 202

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

51- O diodo retificador em curto ou com fuga na fonte de alimentação de baixa frequência, o que
provoca no circuito?

R- Ele irá transferir tensão e corrente (AC) para o capacitor eletrolítico principal da fonte, gerando
uma altíssima corrente. Geralmente provoca a queima do fusível.

52- Por que alguns circuitos utilizam uma retificação de meia onda e outros utilizam uma retificação
de onda completa?

R- Atenção. Os circuitos que consomem baixa corrente, geralmente podem ser alimentados com
uma retificação de meia onda e os circuitos que consomem corrente elevada utilizam uma retificação
em onda completa.

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Basicamente, quando a tensão de entrada alternada senoidal está no semiciclo positivo,
apenas o diodo D1 conduz e passa esse semiciclo para a carga. Já o diodo D2 fica aberto e não
permite que passe corrente. Quando o sinal de entrada se inverte, a corrente circula pelo diodo D2
e a carga recebe a corrente. Como você pode notar, independentemente do sentido que a corrente
estiver, ela vai passar por um dos diodos e o outro ao mesmo tempo vai bloquear sua passagem,
fazendo com que a corrente tenha somente um caminho para seguir.

Em resumo, diferentemente da retificação de meia onda, em que em um dos semiciclos não


há fluxo de corrente (o semiciclo negativo), no retificador de onda completa, ambos os semiciclos
positivos são aproveitados isso de acordo com o esquema da figura 192. É fácil de entender isso ao
comparar a forma de onda que chega à carga na figura da retificação de onda completa e na
retificação de meia onda.

Um outro circuito possível para o retificador de onda completa é o sem derivação central
ou, também chamado, retificador de onda completa em ponte retificadora. Nesse caso, é necessário
usar 4 diodos, como mostrado na figura a seguir. Ele é uma boa solução para obter uma tensão (DC),
com um novo terra para um circuito (DC).

Os diodos se encarregam de fazer o chaveamento nos ciclos positivos e negativos para


garantir que a carga receba apenas um sentido de corrente.

220V ou 127V
60Hz

Figura 203

A marcação vermelha na figura a seguir mostra o sinal de saída com o filtro capacitivo e o
pontilhado sem o capacitor.

Figura 204

Quando for construir seus projetos, se possível, opte pelo retificador em ponte combinado
com o capacitor como filtro em suas fontes. Ele é, sem dúvida, a melhor opção.

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No exemplo a seguir, pode-se verificar a tensão de 12,9V obtida em um dos fios de saída do
transformador de um circuito retificador de meia onda.

Figura 205

Perceba na figura a seguir uma tensão negativa do tipo pulsante na saída do diodo
retificador de meia onda. Após esse ponto do circuito, foi utilizado um resistor para que fosse
provocada uma queda na tensão e o LED acendesse.

Figura 206

Foi usado um capacitor de armazenamento para que a tensão pulsante fosse transformada
em tensão contínua “pura”.

Figura 207

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Para trabalhar com retificação de onda completa, foi adicionado mais um diodo retificador.
Perceba na figura que os cátodos estavam recebendo a alimentação da saída do transformador e os
ânodos estão conectados entre si.

Figura 208

OBS: O secundário desse transformador possui uma tensão alternada de 12V (eficaz), quando
retificamos usando um ou dois diodos retificadores e aplicamos no capacitor de armazenamento da
tensão contínua obtida por esses diodos, o valor será aproximadamente de 17V DC. Veja o cálculo
abaixo.

VDC(saída) = Vpico da retificação de meia onda ou de onda completa.


Note que a tensão DC com um diodo retificador + capacitor será igual a 17V DC. Como
também com dois diodos retificadores + capacitor também será igual a 17V DC, o que irá modificar
com a retificação de onda completa será a capacidade que a fonte terá de fornecer uma maior
corrente elétrica caso o circuito de carga necessite.

Figura 209

Deve-se deixar claro, ainda, que em uma fonte de onda completa seja positiva ou negativa
com dois diodos, obtemos uma maior capacidade de fornecer energia para o capacitor.

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PONTE RETIFICADORA

O diodo retificador apresenta a propriedade de retificar tensão alternada em contínua. São


bastante utilizados nas fontes de alimentação na etapa de retificação. Pode-se usar apenas um
diodo em um circuito que chamamos de retificador de meia onda, ou ainda dois de modo a obter
uma retificação de onda completa, assim como quatro em uma configuração que chamamos de
ponte retificadora, como apresentado a seguir.

Figura 210

Em muitos circuitos, os técnicos e engenheiros criam a própria ponte retificadora usando 4


diodos. No entanto, existe um componente que já apresenta internamente com dimensões
reduzidas 4 diodos e, assim, cumpre o mesmo papel. É a chamada ponte retificadora integrada,
como pode-se verificar na figura a seguir.

Figura 211

Através dos 4 diodos externos ou da ponte retificadora integrada, como apresentado


abaixo, pode-se obter tensão positiva para um determinado circuito e tensão negativa para outra
parte do circuito ou, em alguns casos, é possível obter apenas a tensão positiva, sendo o terminal
negativo dessa ponte ligado ao novo terra.

Figura 212

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No caso da ponte retificadora integrada apresentada a seguir, percebe-se 4 terminais. O da


esquerda (símbolo “-“) é onde sai a tensão DC pulsante negativa (retificação de onda completa
120Hz). Os dois centrais correspondem aos pinos de AC de entrada e, por fim, o da direita (símbolo
“+”) é o de saída de tensão DC retificada contínua pulsante de frequência 120Hz.

Figura 213

Desejando utilizar uma ponte integrada como essa em questão de 6A em seu circuito, mas
por algum problema ela vier a queimar e você não tiver uma similar para substituir, você poderá
montar a sua própria ponte retificadora com 4 diodos retificadores, no entanto, eles deverão ser de
6A cada.

Já no caso de uma ponte como essa, sendo de 2A, por exemplo, você poderia substituí-la
por 4 diodos, mas precisariam ser de 2A cada diodo retificador.

Figura 214

Nota-se que ao utilizar um transformador 12V+12V, a tensão em uma de suas saídas foi de
12,7V, conforme figura a seguir.

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Figura 215

De forma semelhante, a tensão medida na outra saída foi de 12,8V, segundo figura abaixo.

Figura 216

Note que o valor encontrado foi um pouco acima dos 12V de saída esperado. Isso ocorreu
porque a carga é formada por LEDs, que consomem baixa corrente.

Note que entre os dois enrolamentos do secundário as tensões são (defasagem) de 1800,
nesse caso o valor encontrado foi de 26V.

Figura 217

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Através dos quatro diodos, com a retificação de onda completa em ponte, pode-se obter a
tensão positiva e a negativa.

O valor encontrado de tensão foi um pouco abaixo, conforme figura a seguir, por não ter
sido colocado o capacitor no circuito até então.

Figura 218

Ao adicionar o capacitor de 470µF/25V, a tensão aumentou para 17,32V, conforme figura a


seguir, pois o capacitor armazenou todo o pico da tensão.

Figura 219

Perceba que o valor de tensão subiu de 11,3V para 17,3V ao adicionar o capacitor.

De forma semelhante, ao adicionar o capacitor após os diodos que conduzem no semiciclo


negativo, o valor encontrado de tensão entre o positivo do capacitor e o terra foi de -17,18V
(observe o sinal negativo).

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Figura 220

Então, basicamente, para montar ponte retificadora basta utilizar 4 diodos com um deles
recebendo no ânodo um dos fios de saída do transformador e o outro diodo recebendo também no
ânodo o outro fio de saída do transformador. Além disso, os cátodos desses dois diodos precisam
estar conectados entre si. Dessa forma, gera-se tensão positiva.

Para gerar tensão negativa, é preciso dois diodos polarizados inversamente. Assim, utiliza-
se o cátodo de um terceiro diodo ligado a um dos fios de saída do transformador e o cátodo de um
quarto diodo no outro fio de saída. Deve-se acrescentar que os ânodos, neste caso, precisam estar
conectados entre si.

DÚVIDAS DOS ALUNOS

53- O diodo retificador pode ser usado como redutor de tensão (DC)?

R- Sim. O diodo retificador de silício de baixa frequência, pode trabalhar como redutor de tensão de
0,7Volts.

54- Podemos ligar diodo retificador em paralelo, para obter maior capacidade de conduzir uma
corrente elétrica mais elevada para o circuito consumidor?

R- Não devemos fazer esse procedimento, isso se deve ao fato que os diodos retificadores não serem
construídos de forma idêntica, logo uma conduzirá mais corrente que o outro.

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Essa forma de configuração da ponte retificadora pode ser visualizada na figura a seguir.

Figura 221

Observe mais esse exemplo de ponte retificadora com diodos individuais e independentes
na figura a seguir. Perceba que foram usados capacitores para armazenar energia. Da mesma forma
que na situação anterior, após os diodos que recebem tensão alternada no ânodo, foi conectado
um capacitor com seu terminal positivo ligado ao cátodo dos diodos e o negativo ao terra.

De forma semelhante, após os diodos que recebem tensão alternada no cátodo, foi
conectado um capacitor com seu terminal negativo conectado ao ânodo dos diodos e o positivo ao
terra. Os resistores foram usados para provocar queda na tensão e, posteriormente, acender os
LEDs. No entanto, devemos ressaltar que da forma que se encontram na figura a seguir, não estão
atuando pois o circuito encontra-se aberto.

Figura 222

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Observe que o valor de tensão medido no capacitor foi de 18,25V.

Figura 223

Após adicionar a carga conectada ao resistor, fechando o circuito, o valor da tensão


retificada positiva medido foi de 17,47V.

Figura 224

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Perceba que o LED estava atuando com 1,9V.

Figura 225

De forma semelhante, os diodos D3 e D4 recebem tensão alternada deixando passar apenas


os semiciclos negativos e, assim, o capacitor eletrolítico armazena a energia. Deve-se lembrar que
o capacitor, nesse caso, deve ser ligado da seguinte forma: terminal negativo nos cátodos dos diodos
D3 e D4 e o positivo no terra do circuito. Essa foi a forma em que ele foi ligado, como mostrado na
figura abaixo.

O valor da tensão medida no ânodo dos diodos D3 e D4 pode ser visualizada abaixo.

Figura 226

Observe que apesar de ter sido colocado o resistor para provocar queda na tensão, pelo
fato de o circuito estar aberto, ele não estava provocando queda na tensão nessa situação e, por
isso, a tensão é a mesma do caso anterior.

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Figura 227

Ao ser conectado o LED ao resistor e ao terra, o circuito foi fechado e, assim, passou a
circular corrente elétrica.

Figura 228

Note na figura abaixo que nesse caso foi deixado o terra do transformador desligado.
Considera-se vantajoso tomar essa medida, pois nos equipamentos garante isolamento, fazendo
com que o terra não vaze energia.

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Figura 229

DÚVIDAS DOS ALUNOS

55- Professor, sempre que existe uma ponte retificadora de tensão (AC) em (DC) vamos ter
alimentação para o circuito, tensão (DC) positiva e negativa?

R- Não. Algumas fontes usam pontes retificadoras e só possui tensão positiva (DC) para alimentar
os circuitos de carga.

56- Professor, o que é o efeito ripple na tensão continua filtrada e armazenada, na saída de uma
fonte de alimentação DC positiva ou negativa?

R- O efeito ripple na saída (DC) de uma fonte de alimentação é a variação ou seja, a ondulação da
tensão (DC) filtrada. Devemos saber que o ideal é uma tensão (DC) sem ondulação ou seja, com
efeito ripple igual a zero.

OBS.: a tensão (DC) de uma bateria tem efeito ripple igual a zero.

57- Professor, o que é a tensão ripple?

R- É o valor da tensão de ondulação existente na tensão (DC). Uma tensão ripple elevada poderá
gerar muitos sintomas de defeitos nos equipamentos eletrônicos.

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Autoria: Família Carielo
Observe que o valor medido entre os dois fios do secundário do transformador foi 25,6V,
como era de se esperar. É importante afirmar que não poderia indicar valor inferior a 24V, pois ou
o circuito estaria com defeito ou o transformador.

Figura 230

Perceba na figura a seguir que no encapsulamento, há 2 marcas de “ ~ ”, indicando que a


tensão alternada deve ser aplicada nesses dois terminais.

Figura 231

Seguindo a informação presente no corpo do componente, deve-se conectar cada um dos


terminais ( “ ~ ”)AC , a um dos fios de saída do transformador. Além disso, o ( “-“ ) negativo da ponte
retificadora pode ser ligado ao terra ou ao polo negativo do capacitor eletrolítico dessa fonte (DC)
e o (“+“) SAÍDA DC, pode ser conectado por exemplo, a dois resistores em série ligado a 2 LEDs,
como no exemplo a seguir.

Figura 232

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Na escala de 200V DC, percebe-se 22,3V de tensão retificada onda completa, obtida através
da ponte retificadora integrada.

Figura 233

Deve-se ressaltar que ao adicionar o capacitor ao circuito, a forma de onda deixará de ser
pulsativa DC e ficará mais próxima de uma reta, pois o capacitor armazenará os picos da tensão. O
valor de tensão não será mais 22,3V, mas sim 22,3x√2 ou, aproximadamente, 22,3x1,41  31,44V.

Veja acrescentar que é preciso prestar atenção nas características do capacitor para
adicionar ao circuito, um que suporte o nível de tensão. Em outras palavras, não poderíamos colocar
um de 470µF/25V, pois como a tensão é de 25V não suportaria os 31V quando ele armazenasse o
pico de tensão, fazendo com que esquentasse e queimasse.

Dessa forma, optou-se por utilizar 2 de 470µF/25V para que o conjunto fosse capaz de
suportar até 50V.

Figura 234

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Perceba que a DDP medida no capacitor foi de 34,1V.

Figura 235

Observe o esquema de um circuito abaixo com transformador, fusível e ponte retificadora.

Figura 236

Observe no esquema acima que o CT não está ligado na terra. Perceba ainda que a DDP
entre os enrolamentos do secundário é de 24V, conforme apresentado no multímetro da figura
abaixo. Perceba que, através da retificação em ponte, no ponto 3K é obtida a tensão retificada DC
pulsante positiva. Observe no osciloscópio a tensão pulsante positiva.

• CT ligado ao terra.
Figura 237

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Os diodos D1 e D2 que retificam tensão AC em DC pulsante positiva de onda completa e os
diodos D3 e D4, por outro lado, retificam AC em DC pulsante negativa de onda completa.

• CT ligado ao terra.

Figura 238

Para saber qual a DDP entre os pontos 3K e 4A no esquema abaixo, devemos primeiro
lembrar que entre os fios de saída do trafo a DDP é de 24V. Após isso, devemos calcular a tensão de
pico correspondente a 24V. Para isso, basta multiplicar 24V por √2 ou, aproximadamente, 1,41.
Assim, Vp = 24x1,41 = 33,9V.

Para determinar a tensão contínua Vcc obtida pela ponte retificadora sem o CT entre os
pontos 3K e 4ª no esquema abaixo, devemos realizar o seguinte cálculo:
2𝑉𝑝 − 1,4𝑉 2𝑥33,9 − 1,4𝑉
𝑉𝑐𝑐 = = = 21,1𝑉
𝜋 3,14
Esse valor 1,4V, deve-se ao fato que a cada momento 2 diodos simultaneamente estão
conduzindo com o semiciclo positivo e os outros 2 diodos conduzindo com semiciclo negativo.

Perceba na figura a seguir, que o valor indicado pelo multímetro entre 3K e 4A foi 21V.

Figura 239

OBS.: CT está livre, ou seja, sem ser ligada ao terra do circuito.

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Ao inserir o capacitor, como mostrado na figura a seguir, com a chave S4 aberta, a DDP
entre os pontos 3K e 4A passa a ser dada por:

1ª parte Vcc = Vp – 1,4V

2ª parte Vcc = 33,9V-1,4V = 32,5V.

Novamente, vale ressaltar que o 1,4V representa a DDP das conduções dos diodos
retificadores da ponte.

Perceba que, semelhantemente ao calculado, a DDP no capacitor apresentada no


multímetro foi de 32,5V.

Figura 240

Analisando o esquema do circuito acima, conclui-se que ao ser fechada a chave S4, a
lâmpada acende, provocando uma corrente de consumo e uma diminuição na tensão para
aproximadamente 24V. Esse valor de tensão depende do consumo de corrente do circuito de carga.
Quanto maior a corrente de carga, menor a DDP entre os pontos 3K e 4A.

O transformador recebe a tensão do enrolamento primário, através do fusível, que gera


uma corrente variável nesse primário devido à tensão AC variável senoidal, provocando um campo
magnético variável a bobina do primário. Assim, é a bobina do secundário cortada pelas linhas desse
mesmo campo magnético variável, gerando uma DDP nos seus terminais.

Como pode-se verificar na figura a seguir, entre os pontos 1 e T, a DDP é de 12V. Da mesma
forma, entre 2 e T, também é de 12V. Já entre 1 e 2, como era de se esperar, é de 24V, já que as
tensões entre os pontos 1 e 2 estão defasadas entre si em 180 graus ou seja, enquanto o semiciclo
no FIO PONTO(1) está positivo, o do outro FIO está negativo no PONTO(2), como mostrado nos
osciloscópios da figura – 241 abaixo.

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Figura 241

O circuito apresentado na figura a abaixo, representa retificação AC em DC pulsante


negativa de onda completa.

Figura 242

Segundo a figura acima, a tensão no ponto B deve ser de aproximadamente -10,6V em


relação ao terra sem o uso do capacitor eletrolítico que armazena a tensão dc proveniente dos
ânodos dos diodos retificadores. Para encontrar esse valor, o seguinte cálculo foi feito:

1ª parte Vp = Vef x 1,41V = -12Vx 1,41V = -17V.


2𝑉𝑝−0,7𝑉 2𝑥(−17𝑉)+0,7𝑉
2ª parte 𝑉𝑐𝑐 = 𝜋
= 3,14
= −10,6𝑉

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

58- Professor, o equipamento está com a ponte retificadora em curto, procurei aqui na cidade e não
tem para vender, eu posso construir uma ponte retificadora com diodos, para substituir a ponte
integrada original?

R- Sim. Você deve saber a capacidade de corrente dessa ponte integrada, para poder fazer a sua
ponte retificadora com diodos que suporte a corrente da ponte retificadora original.

59- Professor, como funciona a fonte de alimentação de alguns equipamentos sem o terra do
secundário (CT)?

R- É possível não usar o terra (CT) do secundário do transformador, nesse caso é utilizado a ligação
de dois ânodos dos diodos da ponte retificadora ao terra. Veja, agora esse será o novo ponto de
terra do secundário para o circuito. Observe a figura 203.

60- Professor, gostaria de saber por que um transformador que possui no seu secundário indicado
12V + 12V, quando medimos a tensão (ddp) entre os dois fios obtemos 24Volts?

R- O motivo é a defasagem de 180º graus entre essas duas tensões (AC). Veja, em um determinado
momento um dos fios do secundário possui semiciclo positivo e nesse mesmo momento o outro fio
do secundário possui o semiciclo negativo, desta forma o multiteste irá somar essas tensões
defasadas de 180º graus.

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É possível obter simultaneamente tensão contínua positiva e negativa usando ponte
retificadora. Para isso, deve-se ligar o CT do secundário do trafo no terra, como mostrado a seguir.

• CT ligado ao terra.

Figura 243

Observe que os diodos D1 e D2 recebem tensão AC do secundário do Trafo. Quando D1


recebe o semiciclo positivo, conduz, transferindo para o capacitor C1 a tensão contínua positiva (+)
que será armazenada.

No momento em que D2 receber tensão AC do secundário do Trafo, com o semiciclo


positivo, ele irá conduzir transferindo tensão contínua positiva para ser armazenada no capacitor
C1.

Quando o D3 receber o semiciclo negativo no seu cátodo, ele irá conduzir a tensão contínua
retificada negativa para o capacitor C2 armazenar. Da mesma forma, quando o diodo D4 receber o
semiciclo negativo no seu cátodo, conduzirá a tensão contínua retificada negativa para o capacitor
C2 armazenar.

Note que o valor de tensão apresentado no multímetro 1 foi de 12V e no multímetro 2,


-12V. Deve-se ressaltar que a tensão DC no capacitor de armazenamento da fonte não poderá ter
valor inferior ao valor da tensão eficaz do secundário do trafo em relação ao CT. Caso isso aconteça,
pode ser que haja problema com capacitor, diodo ou transformador.

V = +12V

V = -12V

Figura 244

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DIODO ZENER

O diodo Zener é um componente semicondutor que apresenta a capacidade de estabilizar


tensão e regular a corrente. No entanto, para que possa estabilizar tensão e regular corrente,
necessita ser polarizado inversamente. Em outras palavras, a maior tensão precisa ser aplicada ao
Cátodo e a menor, ao Ânodo. Na figura a seguir, pode-se verificar a simbologia e o aspecto físico
desse componente.

Figura 245

O diodo zener apresenta um código no seu corpo. Assim, para saber a tensão de trabalho,
pode-se consultar na tabela do fabricante em sites de busca, por exemplo.

É bastante comum encontrar o diodo zener em equipamentos eletrônicos, principalmente,


nas fontes de alimentação.

Para fazer o teste do diodo zener, devemos utilizar a escala de continuidade. Além disso,
utilizar a ponteira preta no Cátodo e a vermelha no Ânodo (polarização direta), como apresentado
abaixo. Nota-se que indicou o valor 590.

Figura 246

Ao inverter as ponteiras (polarização inversa), percebe-se que indicou circuito aberto, pois
o diodo na polarização inversa não conduz, com a DDP do multímetro digital.

Figura 247

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O diodo zener testado foi de 7,2V, mas caso fosse utilizado um de pequena tensão de
trabalho, como 1,2V, poderia apresentar na polarização inversa uma pequena fuga e seria
considerado normal. Em geral, diodos zener de tensão maior ou igual a 7,2V, não apresenta fuga
com o multímetro digital na polarização inversa.

O multímetro analógico apresenta maior capacidade de fornecer tensão e corrente nas


escalas ôhmicas do que o digital. Sabe-se, ainda, que na ponteira preta do multímetro analógico sai
tensão positiva e na ponteira vermelha teremos zero volt. Assim, na polarização inversa, devemos
colocar a ponteira preta no Cátodo e a vermelha no Ânodo.

Ao selecionar a escala de X1 e posicionar a ponteira vermelha no Cátodo e a preta no Ânodo,


percebe-se a resistência de 7Ω na polarização direta.

Figura 248

Já na polarização inversa, usando o multímetro analógico, deve-se inverter as ponteiras, isto


é, posicionar a vermelha no Ânodo e a preta no Cátodo.

Figura 249

Utilizando a escala de X10K, pode-se perceber 250Ω de fuga.

É interessante mencionar, ainda, que acima de 7,2V, quanto maior for o valor da tensão
nominal do Zener, maior será a fuga na polarização inversa.

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

61- Professor, tenho dois transformadores iguais. As suas tensões de saída no secundário estão
indicadas em cada um deles sendo de 15V e a corrente de 1A. Quando ligo os dois trafos sem
“carga”, o Trafo (A) indica 15,85V e o Trafo (B) indica 15V. Qual o Trafo que está com defeito?

R- O Trafo (B) está com defeito. EXPLICAÇÃO: um Trafo sem “carga” deve indicar ou seja, fornecer
uma tensão (AC) do seu secundário superior a sua tensão nominal, em pelo menos em 5% acima.

62- Professor, um Trafo redutor que possui um enrolamento primário e outro secundário, em qual
dos dois o fio do enrolamento das bobinas é o mais grosso ou seja, de maior área de seção
transversal?

R- É o fio do enrolamento secundário, porque ele terá que fornecer maior corrente para o circuito
de “carga”.

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DIODO SCHOTTKY (DUPLO)

São diodos de alta velocidade de chaveamento. Usados normalmente em fontes chaveadas.


Utilizaremos o multímetro para examinar a polarização direta e inversa. Na figura a seguir, pode-se
verificar a sua simbologia e seu aspecto físico.

Figura 250

São bastante utilizados em circuitos especiais onde é necessário retificar tensão alternada
de frequência mais elevada. Nas fontes chaveadas, trabalham com frequências variando-se entre
20kHz a 100khz.

Na figura a seguir, pode-se verificar um diodo duplo do tipo cátodo comum.

Figura 251

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Na figura a seguir, pode-se verificar um diodo duplo do tipo ânodo comum.

Figura 252

Apesar de haver também o Ânodo Comum, o modelo de diodo duplo Cátodo Comum é mais
conhecido e utilizado.

Diodos comuns e pontes retificadoras, como mostrados a seguir, não têm condição de
retificar alta frequência adequadamente, logo, não substitua por diodos comuns os diodos especiais
de alta velocidade porque os diodos comuns irão funcionar e depois queimar.

Figura 253

Observe o teste que foi feito para verificar se o diodo Schottky em questão era do tipo
Ânodo Comum ou Cátodo Comum. Observe a opção de continuidade no multímetro selecionada. A
ponteira preta no terminal central e a vermelha no terminal à direita.

Figura 254

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Note que nessa situação, houve condução. Em seguida, foi posicionada a ponteira preta no
terminal central e a vermelha no terminal à esquerda.

Figura 255

Note que nessa situação também houve condução com valor aproximadamente igual ao
caso anterior.

Perceba que em ambos casos a condução ocorreu com a ponteira preta do multímetro
digital no terminal central (Cátodo). Assim, concluiu-se que o diodo era do tipo Cátodo Comum.

Através das duas figuras a seguir, nota-se que ao posicionar a ponteira preta no terminal
central e a vermelha em um terminal extremo e depois no outro terminal extremo do transistor
(veja a figura abaixo), em ambos casos, houve condução (192), logo chamamos de polarização direta
do diodo. Então, conclui-se que é Cátodo Comum e está normal a polarização direta.

Figura 256 - a) Figura 256 - b)

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

63- O aluno pergunta. O diodo zener só é capaz de estabilizar uma tensão continua, se estiver
polarizado inversamente?

R- Sim. O diodo zener para poder estabilizar um valor de tensão (DC) deverá possuir maior tensão
no cátodo em relação ao seu ânodo.

64- O aluno pergunta. Qual a potência dissipada por um diodo zener, quando ele está em
funcionamento em um circuito?

R- Para você determinar o valor da potência dissipada em Watts pelo diodo zener, você deve
examinar a corrente do zener no circuito funcionando e multiplicar esse valor pela sua (ddp) em
volts.

FÓRMULA: PW = ddp (zener)V x i (zener)A =

65- O aluno pergunta. Como devo comprar um diodo zener em uma loja de eletrônica?

R- Você deve pedir um diodo zener pela tensão nominal em Volts e pela sua potência em Watts ou
miliwatts. Exemplo: Quero comprar um diodo zener de 5,1V de 500mW.

66- Professor estou com uma dúvida. Os diodos Schottky de potência, apresentam uma pequena
fuga na polarização inversa quando examinamos com o multímetro analógico na escala (X10K)?

R- Só apresenta fuga os diodos Schottky de alta potência com o multímetro analógico.

67- Professor estou com uma dúvida. Os diodos de Schottky quando estão em funcionamento normal
em um circuito eles provocam uma ddp entre seus ânodos e Cátodo entre (0,1V e até 0,15V)?

R- Correto.

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No caso do diodo duplo mostrado nas duas figuras a seguir, perceba que na escala de
continuidade o valor indicado foi zero. Assim, concluiu-se que o diodo duplo está em curto, e deve
ser substituído do circuito.

Figura 257

Figura 258

Também foi realizada a análise do diodo duplo na polarização inversa. Nesse caso, foi usada
a ponteira vermelha no cátodo e a preta no ânodo com o multímetro digital, como mostrado a
seguir.

Figura 259

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Perceba que com o multímetro digital o valor indicado foi ou seja, o diodo nessa
condição não está conduzindo corrente elétrica (considere o circuito aberto) e também não
indicando fuga de corrente elétrica.

Para analisar o diodo em polarização inversa, deve-se utilizar o multímetro analógico ao


invés do digital, isso se deve ao fato que o multímetro analógico possui uma DDP mais elevada entre
as ponteiras vermelha e preta quando selecionadas as escalas ôhmicas em comparação com o
multímetro digital.

OBS: O multímetro analógico quando selecionadas as escalas ôhmicas (X1, X10, X100, X1K, X10K ou
X100K, a sua ponteira preta possui tensão positiva e a ponteira vermelha será 0V).

Ao examinar o diodo duplo na polarização inversa com o multímetro analógico na escala de


X10k, como mostrado nas duas figuras a seguir, percebe-se que não houve condução.

Figura 260

Figura 261

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Autoria: Família Carielo
Ao analisar o diodo duplo da esquerda, por outro lado, o ponteiro deslocou, apresentando
uma fuga, indicando defeito. Perceba nas duas figuras a seguir que foi usada a ponteira preta do
multímetro analógico no Cátodo e a vermelha no Ânodo.

Figura 262

Figura 263

OBS: Diodos duplos de pequeno porte físico como esses testados anteriormente não apresentam
fuga na polarização inversa com o multímetro analógico quando estão em funcionamento
adequado. No entanto, existem outros diodos duplos maiores e de maior potência que apresentam
uma pequena fuga, mas é considerado normal.(ATENÇÃO PARA ESSE DETALHE IMPORTANTE).

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Autoria: Família Carielo

TRANSISTOR BIPOLAR (TJB)

Já na região saturada (corrente de Base com valor alto), o transistor irá trabalhar como uma
chave eletrônica fechada, ou seja, passará corrente facilmente entre o coletor e o emissor, ligando
o circuito de “carga”. Fig. 264 (B)

Observe que o transistor com uma (corrente de Base igual a zero ou seja, que não polarize
o transistor) esse transistor irá trabalhar como uma chave eletrônica aberta, sendo assim, não
passará corrente entre o coletor e o emissor, logo o circuito de “carga” estará desligado. Fig.264 (c).

Obs.: A lâmpada nesse exemplo é o circuito de “carga”.

Figura 264

Figura 264

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Autoria: Família Carielo

Observe o circuito com transistor bipolar NPN abaixo. Pode-se notar uma chave que, ao
fechar o circuito, faz com que a fonte de alimentação +Vcc alimente um resistor RB, que transfere a
energia para o transistor na junção base-emissor.

Figura 265

Na situação da chave de fechar o circuito, isto é, conectada ao ponto 1, a carga (LED nesse
caso) acende. Já no caso da chave ser conectada ao ponto 2, o LED apaga, pois é interrompida a
transferência de energia da fonte para o resistor de base e, consequentemente, para o transistor.

Analisando a primeira malha do circuito, percebe-se que Vcc = VRB + VBE. Assim, VRB = Vcc - VBE.
Utilizando V = RxI, temos então: RB.IB = Vcc - VBE. Isolando RB, temos:

RB = (Vcc - VBE)/IB = (12V- 0,7V)/IB. (I)

Falta determinar quanto vale a corrente de base (IB). Para determinar, podemos utilizar a
equação IC = IB x β (saturado). Como o transistor está atuando como chave nesse caso, o β usado
não será o de amplificação, mas sim um valor correspondente à saturação. Podemos usar como 20,
por exemplo. Assim, isolando IB e determinando IC (que também é a corrente que passa pelo LED,
nesse caso) como sendo 10mA = 0,01A, temos:

IB = IC /β = 0,01A/20 = 0,0005A. (II)

Ao utilizar, então, o valor de IB na primeira equação:

RB = (12V- 0,7V)/0,0005A = 22600Ω

Perceba que o resultado foi de aproximadamente 22kΩ, sendo este o resistor escolhido
para ser usado na prática.

Para determinar a potência dissipada pelo resistor RB, basta utilizar a equação P = R x I².
Assim, P = 22000 x 0,0005² = 0,0055W = 5,5 mW.

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

68- Por que não devemos substituir um diodo de Schottky danificado, por um (diodo comum) com a
mesma capacidade de tensão e corrente?

R- O diodo de Schottky é um diodo especialmente desenvolvido para trabalhar com frequências


elevadas, variando entre (Khz e em Mhz). Os diodos comuns retificadores foram projetados e
fabricados para trabalhar em frequência baixa em (hz).

69- Professor, por que os técnicos usam o multímetro analógico para examinar “fuga” nos diodos
Schottky e não usam o multímetro digital?

R- O multímetro analógico fornece maior valor de tensão e corrente, que o multímetro digital, dessa
forma é mais fácil verificar uma “fuga” com o multímetro analógico.

70- O aluno pergunta. Por que as fontes chaveadas são mais eficientes alimentando uma “carga”
que as fontes lineares?

R- As fontes chaveadas consomem menos energia e pode fornecer uma melhor tensão (DC) filtrada
e com menor interferência para carga. Veja, os vários motivos vou indicar alguns.

1º - A fonte chaveada não utiliza transformador de força ligado a rede elétrica (AC), gerando elevado
campo magnético e peso elevado.

2º Possui duas retificações e filtragem.

3º Possui um circuito (PWM) que controla com mais eficiência o consumo de energia.

4º Possui uma retificação secundária em alta frequência, sendo assim podemos obter uma
tensão (DC) com menor tensão ripple, logo uma tensão contínua mais eficiente

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Ao invés desse LED, poderia ser colocado como carga nesse circuito uma lâmpada, um motor
ou até mesmo um relé para ativar determinado circuito de carga. Então, agora você já sabe como
dimensionar o circuito para que o transistor atue como uma chave eletrônica.

TRANSISTORES BIPOLARES DE POTÊNCIA

De forma geral, fixa-se a parte superior de metal desses transistores de potência a um


dissipador, por conta do calor gerado por motivo de alta corrente de trabalho. Observa-se na figura
abaixo a simbologia do transistor, tanto NPN, quanto PNP, além do aspecto físico. Perceba o orifício.
É nele onde é fixado um parafuso juntamente com uma chapa de alumínio para dissipação de calor.

Figura 266

Com o multímetro digital, fez-se teste para verificar se os transistores de média potência a
seguir eram do tipo NPN ou PNP. Para isso, foi selecionada a escala de continuidade e posicionada
a ponteira vermelha no terminal à esquerda e a ponteira preta no terminal central (coletor).
Observe que foi indicado o valor 481.

Figura 267

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Modificando a ponteira preta para o terminal da direita e mantendo fixa a ponteira
vermelha, como apresentado na figura a seguir, observa-se que também houve condução.

Figura 268

Assim, conclui-se que o terminal da esquerda (onde estava a ponteira vermelha) era a base.
Além disso, percebe-se que o transistor em estudo era NPN, pois conduziu com a ponteira vermelha
na base com o multímetro digital.

A figura a seguir mostra a simbologia de um transistor NPN TIP 41.

Figura 269

Ao inverter as ponteiras, isto é, na polarização inversa, com a ponteira preta fixa na base e
a vermelha no coletor indicou |, isto é, circuito aberto. Observe a figura abaixo.

Figura 270

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Semelhantemente ao caso anterior, com a ponteira preta fixa na base e a vermelha no


emissor, também foi indicado , isto é, circuito aberto.

Figura 271

Vale ressaltar que com a ponteira vermelha fixa no terminal à esquerda e a preta no central,
não indicou condução, segundo figura a seguir.

Figura 272

De forma semelhante, com a ponteira vermelha fixa no terminal à esquerda e a preta no


terminal da direita, não indicou condução, segundo figura a seguir. Assim, conclui-se que ou ele está
queimado ou não é NPN, mas sim PNP.

Figura 273

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Modificando, então, a posição das ponteiras, colocando a preta fixa no terminal de base e a
vermelha no terminal central (coletor), indicou condução, segundo figura a seguir.

Figura 274

Posicionando a ponteira preta no terminal de base e a vermelha no terminal à direita


(emissor), novamente indicou condução, como pode-se verificar abaixo.

Figura 275

Através dos testes, então, pode-se concluir que o transistor em análise era do tipo PNP, pois
conduziu com a ponteira preta na base com o multímetro digital.

Abaixo, pode-se verificar a simbologia de um transistor PNP TIP 32. Note que há diferença
em relação ao TIP 41, que é NPN. Perceba que a seta está apontando para dentro do transistor,
enquanto que no NPN, a seta aponta para fora.

Figura 276

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Na polarização inversa (ponteira vermelha no terminal de base e preta no coletor), o


transistor PNP não conduziu e também não indicou fuga, como apresentado abaixo.

Figura 277

Note que mantendo a ponteira vermelha na base e posicionando a ponteira preta no


terminal da direita (emissor), conforme figura abaixo, também não houve condução.

Figura 278

Ao deslocar a ponteira vermelha para o coletor e a preta no emissor, também não houve
condução.

Figura 279

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DÚVIDAS DOS ALUNOS

71- Professor, o que é a tensão VCE?

R- É a (ddp = tensão), que irá existir entre os terminais (coletor e emissor) do transistor em
funcionamento, seja na região corte, linear ou saturado.

72- Por que o transistor estando na região saturada, aquece menos?

R- Quando o transistor está trabalhando na região saturada, a resistividade entre o coletor e o


emissor é pequena, logo provocará uma menor (ddp) entre o (coletor e o emissor), mas continuará
conduzindo a corrente elétrica.

OBS.: O transistor saturado a tensão VCE varia entre (0,3V a 0.8V) geralmente.

A fórmula da potência elétrica dissipada em Watts utilizada para indicar a potência de um transistor
é PW = VCE x iA , com uma (VCE) baixa entre (0,3V a 0,8V).

73- Professor, qual a diferença de um transistor saturado, para um transistor em corte?

R- Um transistor funcionando na condição saturado, ele está conduzindo energia elétrica entre o
(coletor e o emissor), como uma chave fechada alimentando uma “carga”. Já o transistor
funcionando na condição de corte, ele não está conduzindo energia entre (coletor e o emissor) e
dessa forma, está trabalhando como uma chave aberta.

CONCLUSÃO: Um transistor poderá (ligar) e (desligar) uma “carga”, usando essa condição de um
(transistor saturado – liga a “carga”) e um (transistor em corte – desliga a “carga”).

74- Professor, quando é usado o transistor na região linear?

R- O transistor irá trabalhar na região linear quando desejamos amplificar sinais, amplificar
corrente, como casador de impedância ou como regulador de corrente elétrica.

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Ao inverter as ponteiras, posicionando a ponteira vermelha no emissor e a preta no coletor,
também não houve condução.

Figura 280

RELAÇÃO ENTRE TAMANHO DO TRANSISTOR E POTÊNCIA

De modo geral, quanto maior é o transistor, mais corrente elétrica é capaz de conduzir,
assim como, pode dissipar maior quantidade de calor.

Os pequenos transistores não apresentam parafuso ou local para dissipar calor. Isso
acontece porque trabalham com corrente baixa. Então, a potência V x I também é baixa e não
precisa, em geral, de uma chapa de alumínio para ajudar a dissipar calor. No entanto, os transistores
de média e alta potência apresentam em sua grande maioria orifício para colocar parafuso e fixar
em uma placa de alumínio, protegendo o transistor do superaquecimento. Além disso,
normalmente, se utiliza uma pasta térmica no transistor para que possa haver uma melhor
dissipação de calor. De forma geral, quanto maior o porte físico, maior a corrente do transistor.

Nas duas figuras a seguir, pode-se observar alguns modelos de transistores de baixa, média e alta
potência.

Figura 281

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Figura 282

Vale lembrar que a potência elétrica é dada por P = VxI e, no caso do transistor bipolar, esse
V é a tensão entre coletor e emissor, ou seja, VCE e I é a corrente elétrica que passa pelo coletor ou
seja Ic.

DETERMINANDO AS CORRENTES DE UM TRANSISTOR BIPOLAR

Para medir corrente, basta abrir o circuito e posicionar as ponteiras do multímetro em série
com o circuito fechando-o. Na figura abaixo, nota-se que o valor encontrado da corrente de emissor
foi 5,30mA.

Figura 283

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Sabe-se que IE = IC+IB , ou seja, a corrente de emissor é a soma da corrente de coletor e de


.

base. Como a corrente de emissor medida foi 5,30mA e a de coletor 5,29mA, conforme figura a
seguir. Conclui-se que a corrente de base foi de aproximadamente 0,01mA.

Figura 284

CIRCUITOS INTEGRADOS ESTABILIZADORES DE TENSÃO

Os Circuitos Integrados, chamados comumente por CIs, de modo geral, bastante se


assemelham aos transistores no aspecto físico.

Vejamos a simbologia e o aspecto físico do CI-7812.

SIMBOLOGIA ASPECTO FÍSICO CÓDIGO

V(in) V(out)
7812 78XX
1 3
2 V(in)
V(in) 1 3 V(out) V(out)
TERRA = COMUM 2

Explicando a simbologia.

V(in) = tensão (DC) no terminal de entrada do CI.

V(out) = tensão (DC) no terminal de saída do CI.

Terra = comum – terminal de terra ou terminal de ajuste da tensão da saída do CI

A linha de CI-78XX é positiva. O código (XX) determina a tensão de saída do CI. Exemplo
(CI-7812) significa que a sua tensão é positiva e com valor de 12V na saída estabilizada. Um outro
exemplo, (CI-7805) significa que a sua tensão de saída é positiva de 5V.

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OBS.: Para essa linha de (CI-78XX) estabilizar a tensão de saída corretamente, necessita receber no
terminal de entrada uma tensão (DC) ≥ 2,5V a mais que a tensão nominal do CI. Exemplo (CI7812)
a sua tensão (DC) de entrada V(in) deverá ser de 2,5V +12V = 14,5V no mínimo.

O CI da figura a seguir é da linha 78. Perceba a numeração 7812 no seu corpo.

Figura 285

A linha 78 é positiva. Basicamente, funciona da seguinte forma: ao ser aplicada uma tensão
no terminal à esquerda (terminal de entrada), encontra-se no terminal de saída uma tensão
estabilizada no valor que depende da especificação do CI. Por exemplo, na saída do CI 7806,
encontra-se 6V. Na saída do 7805, 5V e, seguindo a mesma lógica, na saída do 7809, 9V. O terminal
central é aquele em que deve ser conectado ao terra ou pode atuar como pino de ajuste.

Note no CI 7806 abaixo que há um orifício. Assim, pode-se utilizar dissipador nesse CI.

Figura 286

Perceba na figura a seguir que ao ser aplicada uma DDP de 10V na entrada do CI, na saída,
obteve-se 5,99V ou, aproximadamente, 6V, pois esse CI (7806) estabiliza a tensão em 6V.

Figura 287

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Note que mesmo aumentando a tensão de entrada para 12,4V, a tensão de saída permaneceu nos
5,99V ou, aproximadamente, 6V, devido ao CI estabilizador de tensão 7806.

Figura 288

Observe agora o CI da linha 79, que é uma linha negativa. Observe que os terminais da linha
79 são diferentes dos da linha 78. Enquanto que a tensão de entrada do 78, deve ser aplicada ao
terminal da esquerda, no 79, deve ser no central. No caso do CI da linha 79, no terminal da esquerda
deve ser o terra ou uma tensão de ajuste.

Figura 289

Deve-se ressaltar que o CI da linha 79 deve receber no seu terminal central uma tensão de
entrada de 2 a 2,5V, em módulo, acima do valor de tensão de estabilização. Por exemplo, caso seja
um 7912, deve receber na entrada -14V a -14,5V para transferir no terminal de saída -12V.

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Caso não disponha de uma fonte negativa, pode-se aplicar a tensão de entrada positiva
mesmo, porém, deve ser aplicada no terminal da esquerda e no centro, deve ser conectado o terra.
No exemplo, foi obtido 11,99V na saída, aplicando-se 15,2V na entrada.

Figura 290

RELÉ

O relé é um dispositivo eletromecânico, ou seja, apresenta uma parte magnética (bobina) e


uma parte mecânica. Esse dispositivo é muito utilizado para isolar sistemas elétricos em
equipamentos elétricos e eletrônicos.

Podemos trabalhar com o relé em AC ou DC. Abaixo, pode-se observar a simbologia e o


aspecto físico de um relé.

Figura 291

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No exemplo do relé a seguir, percebe-se que é de 12VDC, ou seja, a sua bobina trabalha
com 12V. Além disso, nota-se que ele fechará contatos até 10A em 120VAC e 7A ou 5A em 240V.

Figura 292

Em resumo, o relé é uma espécie de interruptor que, em seu interior, apresenta uma bobina
onde será aplicada uma DDP. Deve-se ressaltar que há tanto relés que trabalham com tensão DC
quanto relés que trabalham com tensão AC.

Ao ser aplicada uma DDP na bobina, gerará campo magnético, fazendo com que os contatos
se fechem ou abram dependendo do modelo do relé.

Na figura a seguir, percebe-se que de um terminal para outro da bobina um valor (417)
Ohms que foi indicado no visor do multímetro na escala de continuidade.

Figura 293

No entanto, a bobina não pode dar continuidade com nenhum outro terminal. Ao verificar
com os outros terminais, o valor apresentado pelo multímetro foi circuito (ABERTO), como
mostrado a seguir.

Figura 294

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Do pino central para o contato superior da direita, foi examinado com a escala de
continuidade e pode-se verificar que, sem haver nenhuma DDP aplicada na bobina do relé, esses
dois contatos estão conectados entre si, ou seja, são normalmente fechados (NF), ou seja chave
fechada.

Figura 295

No entanto, ao ser aplicada uma DDP entre os dois pontos da bobina, o contato (NF) abrirá
e os dois terminais da chave (NA) fecharão.

É interessante mencionar que há relés com 4 contatos, 6 contatos, etc. No entanto, todos
apresentam o princípio da bobina, ou seja, quando houver uma DDP aplica na bobina, o contato
(NA) fechará e o (NF) abrirá. Outro ponto importante a ser ressaltado é não alimentar a bobina
com valor de tensão superior ao seu valor nominal.

DÚVIDAS DOS ALUNOS

75- Professor, tenho uma dúvida, podemos ligar o chaveamento do relé, para ligar uma carga com
tensão (AC) ou com tensão (DC)?

R- Sim. Veja o chaveamento ele é como um interruptor, pode ligar ou desligar um circuito de “carga”
com tensão contínua ou alternada.

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ACOPLADOR ÓPTICO

Utiliza-se o acoplador óptico para isolar sistemas eletrônicos, ou seja, para que não passe
interferências, picos de energia de um circuito para outro.

Os acopladores ópticos são bastante utilizados nos equipamentos eletrônicos, como


televisões, nobreaks, celulares, equipamentos médicos, fontes chaveadas de modo geral.

O acoplador óptico internamente é composto basicamente de um diodo LED e um fotodiodo


ou fototransistor.

O acoplador óptico analisado apresenta um fototransistor, isto é, um transistor sensível à


luz. Em outras palavras, seu funcionamento depende da luz.

Observa-se na figura a seguir um exemplo de acoplador óptico com fototransistor


internamente.

Figura 296

O diodo LED interno funciona com uma tensão mais baixa (em torno de 1,2V) do que os
diodos LEDs em geral (1,6 a 2V).

Estando o LED interno desligado, isto é, não havendo iluminação, o fototransistor atua em
corte. Assim, não haverá condução de corrente elétrica. Já no caso de o LED estar aceso, mas ainda
com brilho baixo, o fototransistor captará essa luminosidade e passará a trabalhar na região linear.
O fototransistor atuará conduzindo corrente do coletor para emissor no transistor NPN e de emissor
para coletor se o transistor for PNP.

OBS.: Dependendo da luminosidade emitida pelo led interno, o fototransistor poderá trabalhar
amplificando sinal ou como chave eletrônica, ligando ou desligando circuitos.

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O multímetro da figura 297 foi utilizado para examinar o diodo interno do acoplador óptico.

Ao posicionar as ponteiras do multímetro nos terminais do acoplador, como mostrado


abaixo, foi apresentado no visor o símbolo , perceba que não houve condução do diodo ou isso
quer dizer que ele está queimado.

Figura 297

Em seguida, as ponteiras foram invertidas, como mostrado a seguir. P(V) no anodo e P(P) no
cátodo

Figura 298

Perceba que nesse último caso o multímetro na escala de continuidade indicou condução.

CONCLUSÃO: Diodo led do acoplador óptico bom.

Figura 299

Isso indica, então, que o LED interno do acoplador óptico está aceso.

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Observe na figura abaixo a simbologia do acoplador óptico analisado.

Figura 300

Na figura abaixo, nota-se o valor zero no multímetro 2 (multímetro da esquerda), indicando


que está havendo condução entre o coletor e emissor do fototransistor.

OBS.: Quando o led interno acoplador óptico está aceso, provoca a condução de corrente elétrica
entre o coletor e emissor do fototransistor interno do acoplador óptico.

Figura 301

Ao retirar o fio preto conectado ao LED, ele foi desligado e, assim, foi interrompida a
condução entre coletor e emissor do fototransistor. Note que o valor indicado nos dois multímetros
foi .

Figura 302

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TRANSFORMADORES E FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Observe que no esquema da figura a seguir há uma fonte de alimentação com


transformador e tomada recebendo 220V. Sabendo que esse transformador possui uma relação de
espiras de 5:1, fica fácil de determinar qual a tensão no ponto A (secundário do transformador). Já
que a tensão no primário é de 220V, basta dividir esse valor por 5 e encontraremos 44V eficaz no
secundário, como mostrado no multímetro da figura a seguir.

Figura 303

Desejando saber a tensão de pico no ponto A, basta multiplicar o valor de tensão eficaz
encontrado por √2 ou 1,41, resultando em 62V, aproximadamente. Na saída do transformador
(ponto A), a tensão de pico a pico será igual a duas vezes a tensão de pico. Assim, 2x62V = 124V.

Figura 304

Sabemos que o diodo retificador possui a capacidade de conduzir em um único sentido a


corrente elétrica e, assim, nesse caso, deixará passar apenas os pulsos positivos. Então, no ponto B,
a tensão CC será (Vp-0,7)/π = 19,5V. Essa é a tensão que você encontrará com o multímetro caso
realize a medição.

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Quanto à frequência da tensão contínua retificada CC positiva de meia onda no ponto B, pode-se
dizer que será a mesma da rede elétrica, ou seja, 60Hz. Desejando saber o período, basta realizar a
operação inversa da frequência, ou seja, 1/f. Ao determinar 1/60Hz, encontraremos 16,7ms.

Observe a figura a seguir. Nela, mostra o capacitor que foi inserido ao circuito. O capacitor
irá armazenar toda a energia presente na tensão de pico positiva, proveniente da retificação do
diodo retificador. Sem o resistor de carga, o valor armazenado pelo capacitor no ponto C será de
62V. Já com o resistor de carga, a tensão diminui e será de 44V, como pode-se verificar na figura a
seguir.

Figura 305

Além disso, a forma de onda devido ao capacitor deixará de ser pulsativa e será uma linha
reta acima do eixo X, como pode-se notar no osciloscópio a seguir.

Figura 306

Quando o diodo retificador da fonte entra em curto, perde a propriedade de retificar AC em


DC, ou seja, de conduzir corrente elétrica em um único sentido e passa a trabalhar como um fio.
Assim, transferirá a tensão alternada para o polo positivo do capacitor eletrolítico causando uma
corrente tão alta no circuito, provocando queima do fusível. No caso de não haver o fusível no
primário, irá queimar o enrolamento primário desse transformador.
Caso o capacitor eletrolítico na saída da fonte CC entre em curto, fechará a saída de tensão
CC com o terra, aumentando muito a corrente elétrica, provocando a queima do fusível do primário
desse Trafo. Caso não apresente fusível no primário, o enrolamento do primário desse trafo irá
queimar, ou seja, abrir.

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76‐ Professor, por que alguns transistores possuem um diodo interno, interligando o coletor ao
emissor?

R‐ Esse diodo interno presente no interior do transistor entre o coletor e emissor, tem a função
de proteger o transistor da força contra eletromotriz (F.C.E.M.), que poderá danificar esse
transistor.

77‐ Professor, indique um exemplo de um circuito que utiliza um transistor bipolar


trabalhando na região saturada?

R‐ O transistor saturado é utilizado no circuito, que desejamos que esse transistor funcione
como uma chave, ligando a alimentação de uma “carga” consumidora, como por exemplo:

1º ‐ O transistor alimentando um motor em

funcionamento. 2º ‐ Um transistor alimentando a

bobina de um relé ativado.

76‐ Qual a tensão DC para o funcionamento do diodo led no interior do acoplador

óptico? R‐ Tensão entre 1,1V e 1,5V

77) O aluno pergunta. Quais são os outros circuitos integrados estabilizadores de tensão (DC) que
são utilizados nas fontes de alimentação? Obs: Cite 4 circuitos integrados.
R- 1 CI - LM 317 - Tensão positiva - (+1,2v até +37v) pr 1,0A(max)
2 CI - LM 338 - Tensão positiva - (+1,2v até +25v) pr 5,0A(max)
3 CI - LM 350 - Tensão positiva - (+1,2v até +3,3v) pr 3,0A(max)
4 CI - LM 337 - Tensão negativa - (-1,2v até – 37v) pr 1,5A(max)

78) Tenho uma dúvida professor. Qual a diferença de um relé magnético, para um relé sólido?R-
O relé magnético possui uma (Bobina=indutor) no seu interior, a qual recebendo (ddp) correta, irá
provocar um campo magnético, afim de acionar as chaves mecânicas internas desse relé. Já o
relé de estado sólido não possui (bobina=indutor), ele possui um semicondutor (triac, scr,
aclopador óptico) que irá acionar ou desligar a “carga”, sem gerar campo magnético.

79) Tenho uma dúvida professor. Por que um transistor na região linear aquece mais que
um transistor na região saturada?
R- Veja, na região linear a junção coletor, emissor interna do transistor, trabalha como um resistor
conduzindo uma corrente elétrica, logo irá aquecer. Já no tr. Saturado, essa junção (coletor,
emissor) do transistor, irá trabalhar como praticamente uma chave (liga/desliga) sendo assim,
não aquece.

80) O que é a tensão (Vec) em um transistor?


R- É a (ddp) tensão examinada pelo multímetro, entre os terminais de emissor e coletor do
transistor (Pnp).

161
81) O que é a tensão (veb) em um transistor?
R – É a (dpp), tensão examinada pelo multímetro, entre os terminais de emissor e base do
transistor (Pnp).

82) Os CI- estabilizadores de tensão (DC) da linha (78xx) e (79xx) possuem circuitos internos de
proteção contra curto circuito?
R- Sim. Caso exista um curto circuito na (“carga”) que está sendo alimentado pelo CI estabilizador,
ele não irá queimar.

83) Os circuitos integrados estabilizadores de tensão (DC) ajudam a reduzir a tensão ripple na saída
de uma fonte de alimentação?
R- Sim (melhora muito). Observe que os circuitos estabilizadores de tensão possuem internamente
circuitos de filtros muito eficientes.

84) Os capacitores de tântalo podem substituir os capacitores eletrolíticos nos circuitos


eletrônicos?
R- Sim. Eles são menores fisicamente, mas são de excelente qualidade e possuem uma menor
(“fuga”) de energia que os eletrolíticos.

85) professor tenho uma dúvida sobre a lei do eletromagnetismo de Faraday, o senhor poderia me
explicar?
R- Observe que, quando existir uma variação do fluxo magnético por meio de um circuito elétrico,
irá ser gerado uma força eletromotriz induzida.
Exemplos são vários, um deles é o transformador.

86) Professor eu verifiquei que existem fusíveis com o nome (Sitor) e (silized) nos circuitos
eletrônicos, como eles funcionam?
R- Os fusíveis (sitor) e (silized), são fusíveis especiais ultra rápidos específicos para a proteção dos
circuitos eletrônicos.

87) Professor, o que é a reatância capacitiva de um capacitor?


R- Quando um capacitor é percorrido por uma corrente elétrica (alternada), oferece uma oposição
a passagem da mesma, imposta por um campo elétrico, denominada reatância capacitiva. Essa
reatância capacitiva é inversamente proporcional a frequência da corrente.
Obs: É como se o capacitor funcionasse como um resistor para a corrente elétrica alternada e ao
mesmo tempo como um filtro para determinar os valores de frequência dessa corrente
alternada.

88) Professor, qual a fórmula mais usada na explicação do efeito joule?


R- Pw = R x i 2

89) Professor, as Bobinas internas dos relés, possuem todas a mesma resistência elétrica em ohms,
ou seja, o mesmo valor ôhmico?
R- Não. O relé de maior potência no seu chaveamento possui resistência da sua bobina com
menor valor ôhmico

162
90) Professor estou com uma dúvida. Quanto maior a capacitância de um capacitor maior será a
sua (“fuga”) interna?
R- Sim, isso é verdade.

91) Professor estou com uma dúvida.


Uma fonte de alimentação (DC) poderá ter capacitores de filtro do tipo poliéster, substituindo os
capacitores eletrolíticos?
R- Sim é possível. Geralmente essa fonte deverá ser de pequena potência de alimentação para a
(“carga” consumidora), por isso geralmente não é usado capacitor de poliéster nas fontes como
filtro (DC) geral.

92) Professor estou com uma dúvida.


Tenho um amplificador de áudio, com um capacitor da fonte da fonte de 1500MFD/50V, posso
substituir por um capacitor de 5500MFD/50V?
R- Atenção- Você pode substituir por valores no máximo de (3 vezes) o valor original projetado
pelo fabricante. Veja os diodos da fonte (retificadores) são calculados para suportar uma i (Pico)
do capacitor original, quando colocamos acima de (3 vezes) o valor original, você deve colocar
diodos de maior capacidade de corrente elétrica.

93) Professor tenho uma dúvida.


Eu posso substituir um potenciômetro do tipo logarítmico do controle de volume amplificador, por
um outro do mesmo valor, sendo linear?
R- Sim. Você perderá o ajuste da curva correta da audição humana, que só é possível ser obtida
com o potenciômetro do tipo logarítmico, porque nossa audição também é logarítmica.

94) Professor tenho uma dúvida.


Veja, tenho dois transformadores de 220V no primário e secundário de 6v + 6v/500mA. Eu posso
ligar em série esses fios do secundário dos dois transformadores para obter uma tensão(AC) total
de 24Vac?
R- Sim é possível. Ligue em série os secundários dos transformadores. Você obteve os (24v ac)
quando ligar os fios do secundário corretamente com os seus ciclos de tensão (AC)

95) Professor, qual a fórmula que relaciona as tensões e correntes de um transformador?


R- Vpri x ipri = Vsec x isec

96) Professor tenho uma dúvida.


Estou com um transformador e desmontei para verificar os enrolamentos primário e secundário.
Como poderei saber olhando os fios, qual o enrolamento primário e secundário?

R- O Trafo sendo redutor, os fios de maior área serão do enrolamento secundário.


O Trafo sendo elevador de tensão, os fios de maior área serão de enrolamento primário.

97) Professor tenho uma dúvida.


Estou com dois transformadores iguais, poderei ligar em paralelo, para obter maior potência ou
seja, dobrar a corrente disponível para a “carga”?
R- Sim. Verifique os fios corretos do secundário com respeito aos ciclos da tensão alternada.

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98) Professor tenho uma dúvida. É necessário substituir a pasta térmica dos transistores de
potência, que estão fixos nas placas dissipadoras de calor depois de alguns anos de trabalho.
R- Sim. Essa pasta é muito importante, para transferir o calor do transistor de potência para a
placa dissipadora, a fim de proteger o transistor de ser danificado pelo calor, não transferido pela
placa.

99) Professor tenho uma dúvida.


Como posso determinar a potência dissipada por um transistor em funcionamento em um circuito?
R- Você deve medir a (DDP) entre o coletor e o emissor desse transistor e multiplicar esse valor
pela corrente de coletor.
Pw = vce x ic

100) Professor tenho uma dúvida.


É verdade que os transistores de potência possuem (baixo) valor de amplificação de sinal no seu
hfe?
R- Sim é verdade,com exceção dos transistores Darlington.

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