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Infraestrutura

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Serviços de Redes
Configurações de Serviços em Servidores de Redes de Computadores

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Vagner da Silva

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Configurações de Serviços em
Servidores de Redes de Computadores

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Permissão de Acesso.
• Acessando diretórios do Linux pelo Windows (samba);
• Servidor Apache instalado no Linux;

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Entender como é feito e aplicar configurações de permissões de acesso a diretórios e
arquivos usando linha de comando do sistema operacional Linux.
• Entender e aplicar configurações para acesso aos arquivos em sistemas operacio-
nais Linux.
• Compreender como são hospedadas as páginas web, além de configurar o servidor Apa-
che no sistema operacional Linux.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE

Contextualização
Os servidores Linux são muito utilizados no mundo, eles oferecem segurança e são
um sistema estável. Por estes motivos muitas empresas e até em Data Centers o Linux
tem uma boa aceitação. No Link abaixo você encontrará um texto que discorre sobre
este fantástico sistema operacional e porquê você deve aprender mais sobre ele.

Por que aprender Linux deveria ser a sua prioridade!, disponível em: https://goo.gl/UFj9cf

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Permissão de Acesso
Uma das funções dos sistemas operacionais, principalmente as versões servidores,
devem oferecer segurança em relação aos arquivos que neles são gravados. Os arquivos
e as pastas devem ser acessados somente por pessoas autorizadas e o sistema operacio-
nal deve oferecer recursos para que isso aconteça.

A Microsoft desenvolveu o Active Directory (AD), e segundo o próprio fornecedor, o


Active Directory fornece os métodos para armazenar dados de diretório e tornar estes
dados disponíveis para administradores e usuários de rede. Ele armazena informações
sobre contas de usuários como nome e senha, permitindo formar grupos de pessoas que
podem acessar as mesmas informações.

O sistema operacional Linux também oferece a possibilidade de criar grupos e usu-


ários dentro deste grupo. Ao configurar corretamente as permissões dos diretórios, é
possível restringir acessos não autorizados.

No servidor Linux, é possível fazer as configurações necessárias para que ele possa
oferecer os serviços de permissões para os usuários. Vamos começar a criar usuários
e grupos para acesso adequado aos arquivos, considerando o seguinte cenário para
uma empresa.

De acordo com o organograma ao lado,


vamos criar alguns usuários considerando al- Presidência
gumas restrições a diretórios e, consequente-
mente, a arquivos criados e mantidos neles.

Vamos criar os seguintes grupos: Presidên- Diretores Coordenadores


cia, Diretores, Coordenadores e Funcionários.
As seguintes especificações serão configuradas:
• Presidência poderá acessar, além dos Funcionários
seus, quaisquer outros grupos, arquivos
e diretórios. É composta por um usuá-
Figura 1 – Organograma
rio (Carlos);
• Quem pertencer ao grupo diretores poderá acessar os grupos, os diretórios e arqui-
vos dos grupos coordenadores e funcionários, além do seu próprio diretório. Não
poderá ter acesso ao grupo Presidência. É composto pelos diretores João e Silvia;
• Os usuários que pertencerem ao grupo Coordenadores poderá ter acesso ao gru-
po, diretórios e arquivos do grupo funcionário, além dos seus próprios diretórios.
É composto pelos coordenadores Cinthia, Amanda, Gustavo e Guilherme, que não
poderão acessar os diretórios da presidência e nem diretores.
• Aqueles que pertencerem ao grupo funcionários poderão ter acesso apenas ao
grupo, diretórios e arquivos deste grupo. Faz parte dos funcionários Reginaldo,
Evandro, Marcio e Janete, que não poderão acessar os diretórios da presidência,
diretores e coordenadores.

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UNIDADE

Primeiramente temos que criar os grupos conforme já pré-definido acima. Para a


criação dos grupos no sistema operacional Linux, usamos o comando groupadd nome_
do_grupo. A figura 2 apresenta a criação dos grupos.

Figura 2 – Criação dos grupos

Com os grupos criados, vamos criar os usuários. Para a criação de usuários


vamos usar o comando useradd, este comando não cria o diretório do usuário no
diretório home, já o comando adduser tem esta finalidade. Vejamos a criação de
usuários utilizando os dois exemplos. A figura 3 apresenta a criação do usuário
com o comando useradd.

Figura 3 – exemplo com o comando useradd

Como pode ser observado na figura 3, foi criado o usuário “paulo” e, logo após, foi
solicitada a lista de diretórios e arquivos dentro do diretório “/home”. Note que não
aparece um diretório “paulo” para armazenar arquivos e diretórios criados por ele. Este
comando apenas adiciona o usuário dentro do arquivo /etc/passwd.

O comando adduser aloca recursos como o diretório com o nome do usuário dentro
do diretório/home. A figura 4 apresenta a criação de um usuário pelo comando adduser.

Observe na figura 4 que, ao executar o comando adduser, é feita a criação do diretó-


rio “joana” dentro do diretório/home e dentre outras informações é solicitada de forma
obrigatória a senha e outros campos opcionais como: nome completo, número da sala,
telefone de trabalho, telefone residencial e outras informações.

Figura 4 – Exemplo de comando adduser

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Ao solicitar a lista de diretórios e arquivos que estão no diretório /home, note que um
diretório “joana” é apresentado. Nosso propósito é criar usuários sem criar diretórios
para eles, pois iremos criar diretórios em outro local, fora do diretório “/home”, para
que possamos configurar restrições conforme já especificado. Portanto, vamos usar o
comando useradd para criação de usuários conforme apresentado na figura 5.

Figura 5 – Criação dos usuários

Agora que já se tem os usuários e os grupos criados, vamos adicionar os usuários aos gru-
pos aos quais eles terão direito de acesso. Conforme especificado, o presidente identificado
com o usuário “carlos” poderá ter acesso a todos os grupos, todos os diretórios e arquivos.
Portanto, ele será inserido em todos os grupos executando o comando conforme figura 6.

Figura 6 – Exemplo de associação de usuários aos grupos

Como pode ser visto na figura 6, o comando usermod com a opção -G permite asso-
ciar um usuário a vários grupos de uma só vez. Para verificar quais os grupos e se a confi-
guração foi feita de forma correta, basta executar o comando groups nome_do_usuário.
A figura 7 apresenta os grupos associados ao usuário “carlos”.

Figura 7 – Exemplo de saída do comando groups

Vamos criar uma estrutura de diretórios para segregar os arquivos e diretórios de


cada grupo conforme já especificado, ou seja, criaremos um diretório para cada catego-
ria (presidente, diretores, coordenadores e funcionários). A criação de diretórios se faz
utilizando o comando mkdir nome_do_diretório).

Vamos fazer a criação destes diretórios dentro do diretório /mnt, a figura 8 apresenta
a criação destes diretórios. Como pode ser observado na figura 8, os diretórios foram
criados e estão prontos para uso. O diretório presidente, conforme já especificado, deve
ser acessado apenas por ele, os funcionários criados que pertencem a outras categorias

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UNIDADE

não podem acessar o diretório da presidência. No entanto, o presidente deve acessar


todos os outros diretórios.

Figura 8 – criação de diretórios

Antes de alterar as permissões que serão dadas aos usuários criados, vamos alterar,
para os donos dos grupos, cada diretório criado. A indicação a que grupo pertence é
dada pela informação de “root” ao executar o comando “ls -l”. Como pode ser observa-
do na figura 8, há dois “root” indicado em cada linha, a primeira indicação refere-se a
quem criou o diretório, a segunda indicação refere-se a que grupo pertence o diretório.

Para alterar o grupo ao qual pertence o diretório, o comando chgrp com a opção
-R deve ser usado. A opção -R altera todos os arquivos e diretórios que estão dentro do
diretório indicado para alteração. A figura 9 apresenta como fica a indicação do grupo
após executar o comando chgrp.

Figura 9 – Alteração do grupo dos diretórios

Agora que os grupos já foram alterados, vamos trabalhar a permissão destes diretórios.
Para dar permissão a determinados grupos para acessar um diretório, devemos alterar as
permissões destes diretórios. Conforme apresentado na figura 8, as primeiras informações
ao solicitar a listagem (ls -l) de diretórios e arquivos dentro do diretório/mnt são referentes
às permissões. A letra “d” indica um diretório, e o conjunto rwxr-xr-x indica a permissão.

São três conjuntos rwx, sendo que o “r” significa leitura, o “w” significa escrita e o “x”
significa execução. O Linux considera três tipos de usuários para acesso aos arquivos ou
diretórios, são eles: o proprietário, os usuários pertencentes ao grupo e os usuários que
não pertencem ao grupo.

O primeiro rwx indica o que o proprietário pode fazer com o arquivo, o segundo
conjunto rwx indica o que os usuários que estão no mesmo grupo podem fazer com os
arquivos ou diretórios e, por último, o terceiro rwx indica o que outros que não perten-
cem ao grupo podem fazer com os arquivos ou diretórios. Caso um traço substitua uma

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das letras, a letra substituída não estará disponível como ação para o usuário, exemplo
“r-x”, a letra “w” de escrita não aparece; portanto, o usuário não poderá esacrever.
Observando a figura 8, conclui-se que, para cada diretório criado, o proprietário po-
derá ler, escrever e executar (rwx), os usuários que estão no grupo podem ler e executar
(r-x) e outros usuários que não pertencem ao grupo podem ler e executar (r-x).
Sabendo identificar as permissões, agora podemos alterá-las para cada diretório para não
permitir acesso indevido, pois ao diretório presidência somente será permitido o acesso pelo
usuário “carlos” e ele poderá acessar qualquer outro diretório conforme especificado. Para
fazer as alterações, devemos usar o comando chmod, conforme apresentado na figura 10.

Figura 10 – Alterando permissão


O comando chmod 770 altera a permissão da seguinte forma: o proprietário poderá
ler, escrever e executar. Os usuários pertencentes ao grupo poderão ler, escrever e exe-
cutar e aqueles que não pertencem ao grupo não poderão ler, escrever e nem executar.
O valor digitado após o comando chmod define a permissão e está definida da seguinte
maneira. A leitura “r” tem valor 4, a escrita “w” tem valor 2 e a execução “x” em valor 1.
Portanto, se tivermos que definir a permissão ao proprietário para ler, escrever e execu-
tar, somamos os valores associados a “rwx” e teremos o valor 7; o segundo grupo “rwx”,
vinculado a quem pertence ao grupo, também foi dado acesso total (valor 7); e quem não
pertence ao grupo, vinculado ao último conjunto “rwx”, não terá permissão (valor 0).
A figura 10 apresenta, após executar o comando “ls -l”, a permissão para cada dire-
tório. Portanto, o proprietário tem acesso total, os que pertencem ao grupo têm acesso
total e aqueles que não pertencem ao grupo não terão permissão.
De acordo com as configurações feitas até agora, quem for o presidente (carlos)
conseguirá ter acesso a todos os diretórios, em contrapartida, quem for funcionário
(reginaldo) não conseguirá entrar em outros diretórios, somente terá acesso ao diretório
funcionários. A figura 11 apresenta o que acontece ao se tentar entrar no diretório para
o qual não se tem permissão.

Figura 11 – Teste de permissão

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UNIDADE

Como pode ser observado na figura 11, o comando “su reginaldo” troca a sessão
para o usuário “reginaldo”. O usuário “reginaldo” é um funcionário e não pode ter aces-
so a outros diretórios. Isto pode ser observado ao executar o comando “cd presidencia”,
este comando tenta entrar no diretório “presidencia” e recebe uma mensagem que não
pode alterar para este diretório. Conforme pode ser visto ainda na figura 11, o usuário
“reginaldo” não consegue alterar para os diretórios diretores e coordenadores.

Somente quando é executado o comando para entrar no diretório “funcionários” ele


obtém sucesso, pois não é apresentado erro e, ao executar o comando “pwd”, que tem
como função retornar o caminho onde o usuário se encontra, é retornado que ele está
dentro do diretório “funcionários”.

Todos os outros usuários, pela configuração feita, terão acesso aos seus respectivos
diretórios e arquivos, tornando o sistema mais seguro pelas permissões que foram de-
finidas. Para qualquer outro usuário a ser criado deverá ser configurado o seu grupo
adequadamente, assim ele entrará nas regras preestabelecidas.

Acessando diretórios do Linux


pelo Windows (samba)
O sistema operacional mais usado pelos usuários é o Windows, tanto residencial-
mente quanto em empresas, é o sistema preferido. No entanto, em muitas empresas
os servidores usam o sistema operacional Linux para oferecer os serviços que a em-
presa necessita.

É possível utilizar o Linux para armazenamento de todos os arquivos da empresa e


torná-lo acessível por clientes com sistema operacional Windows. Para isto, deve-se con-
figurar um software denominado «samba», ele permite o compartilhamento de arquivos,
impressoras e diretórios com máquinas que executam o sistema operacional Windows.
Além disto, ainda faz controle de acesso e privilégios e resolução de nomes (DNS).

O samba surgiu da necessidade de comunicação entre os sistemas operacionais Linux


e Windows e é comum hoje em dia utilizar este recurso pela segurança que o Linux
oferece pelo custo-benefício conseguido com a distribuição Linux.

Para instalar o samba deve-se utilizar o comando “sudo apt-get update” para atuali-
zação do Linux. Logo após, o comando apresentado na figura 12 poderá ser executado.

Figura 12 – Comando para instalação do samba

Após executar este comando, será solicitado que se aprove o download dos pacotes
para instalação do “samba” e, no caso de resposta positiva, serão baixados os pacotes.
Ao término deste processo, você poderá verificar que os arquivos do samba foram bai-
xados. A figura 13 apresenta o comando e os arquivos baixados.

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Figura 13 – Listando os arquivos do samba

É uma prática comum manter um backup do arquivo de configuração, identificado


como smb.conf, pois caso ocorra algum problema na edição deste arquivo, haverá
como recuperá-lo. A figura 14 apresenta como fazer uma cópia deste arquivo.

Figura 14 – Backup do arquivo smb.conf

Agora podemos abrir o arquivo smb.conf e configurá-lo, neste arquivo são definidos
os parâmetros de configuração para permitir acesso ao sistema operacional Linux pelo
Windows. Vamos editar o arquivo smb.conf utilizando o editor “nano”; a figura 15
apresenta como o comando deve ser digitado.

Figura 15 – Editando o arquivo smb.conf

Ao encontrar a seção “[profiles]”, conforme apresentado na figura 16, iremos alterá-


-la com as informações de acesso.

Figura 16 – Seção [profiles]

Vamos alterar a seção [profiles] conforme figura 17. Ao fazer as alterações, certifi-
que-se de que as palavras foram digitadas corretamente e que retirou o ponto e vírgula
do início de cada linha que foi alterada. O sinal de ponto e vírgula define a linha como
um comentário.

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Figura 17 – Arquivo smb.conf configurado

Os comandos configurados na figura 17 são descritos abaixo.


• Comment - usado para informar a descrição do compartilhamento. Um comentá-
rio é útil para futuras consultas sobre este compartilhamento.
• path - indica o caminho do diretório do Linux que será compartilhado.
• guest ok - usado para permitir que usuários não autenticados possam acessar os
compartilhamentos.
• browseable - se o compartilhamento for visível, este parâmetro deverá ser confi-
gurado com “yes”.
• valid user - controla quem poderá ou acessará o compartilhamento.

Para saber mais sobre outros parâmetros de configuração do samba, acesse o site
https://goo.gl/nKr8Gz

Após a configuração, utilize as teclas “crtl + o” e enter para gravar e depois “ctrl +
x” para sair. Agora temos que adicionar o usuário ao samba, fazemos isto pela aplicação
do comando apresentado na figura 18 e digitando uma senha que será usada para au-
tenticar o usuário ao tentar acesso pelo sistema operacional Windows.

Figura 18: Adicionar usuário ao samba

Para que estas configurações feitas no arquivo smb.conf reflitam no serviço samba,
devemos reiniciar o serviço para que este arquivo seja lido pelo sistema e considere as con-
figurações efetuadas. Os comandos da figura 19 são usados para reiniciar o serviço samba.

Figura 19 – Reiniciando o samba

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Conforme pode ser visto na figura 19, foram usados dois comandos, um contendo
o “restart” e o outros contendo o “enable”. Não deixe de aplicar os dois para que o
serviço realmente fique ativado.

Pelas configurações efetuadas até agora, podemos já ter acesso ao diretório que foi
configurado no arquivo “smb.conf”. Para isto basta entrar no explorer (gerenciador de
pastas) do sistema operacional Windows e digitar no caminho o endereço IP do servidor
Linux. A figura 19 apresenta a janela com o endereço digitado.

Figura 20 – Explorer do Windows

Para ter acesso ao diretório “carlos”, as premissas utilizadas nas permissões deve-
rão estar compatíveis para o usuário definido no Windows para efetivamente conse-
guir o acesso.

Para fins de testes vamos alterar a permissão do diretório no Linux, para isto execute
o comando da figura 21.

Figura 21 – Alterar permissão

Ao executar o comando, você poderá ter acesso ao diretório “presidencia”. A figura


22 apresenta o acesso feito pelo Explorer.

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Figura 22 – Acesso ao Linux pelo Windows utilizando o samba

Como pode ser observado na figura 22, o acesso ao diretório “presidencia” que
pertence ao usuário “carlos” foi possível. A pasta está vazia, no entanto, ao criar arqui-
vos e diretórios, eles serão apresentados e poderão ser abertos no sistema operacional
Windows e, após alterações, serem gravados no Linux.

Vimos duas formas consistentes de acesso ao sistema operacional Linux, uma usan-
do ssh para acesso remoto em que é possível estabelecer configurações e a outra confi-
gurando o samba, que permite acesso do sistema operacional Windows a arquivos que
estão em um determinado diretório do sistema operacional Linux.

Servidor Apache instalado no Linux


A instalação do servidor apache em sistema operacional Linux pode ser feita por
comandos digitados em um terminal. Vamos instalar e configurar o servidor web apache
e alguns outros aplicativos vinculados a ele. A primeira tarefa que iremos fazer é aplicar
o comando update para atualizar o sistema operacional Ubuntu, para isto execute o
comando apresentado na figura 23.

Para instalação de um servidor de páginas web foi usado o Apache versão 2.4.34 em um
sistema operacional Linux, distribuição Ubuntu 18.04.

Figura 23 – Atualização do Ubuntu

Logo após a atualização, podemos iniciar a instalação do apache que será o servidor de
página web que usaremos. Para isto, basta digitar o comando apresentado na figura 24.

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Figura 24 – Instalação do Apache

Para verificar se a instalação do apache foi feita de forma correta, uma das formas é
acessar o servidor utilizando o seu endereço IP pela URL de um browser. A figura 25
apresenta a resposta do servidor feita com sucesso, note que a página enviada fornece
várias informações em relação ao apache, inclusive que ele está ativo (It´s Works!).

Figura 25 – Informações do Apache pelo acesso ao servidor

Um servidor deve armazenar páginas web de vários clientes, ou seja, deve oferecer
condições para armazenar mais que um domínio. Isto pode ser alcançado pelas configu-
rações que são feitas em algumas diretivas do apache. Ao instalar o apache no Linux,
são criados automaticamente alguns diretórios e arquivos para configuração. Vamos
configurar o servidor apache para hospedar duas páginas web de domínios diferentes,
para acrescentar mais páginas de clientes, com outros domínios, é só seguir o que será
feito a seguir.

O primeiro passo que devemos dar é criar diretórios diferentes, um para cada domí-
nio. Criaremos um diretório chamado “rengav” e outro diretório chamado de “avlis”.
Estes diretórios deverão ser criados conforme apresentado na figura 26.

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UNIDADE

Figura 26 – Criando diretórios para armazenar clientes

Observe, pela figura 26, que o comando “cd” nos leva para o diretório “/var/www/
html” em que serão criados os outros diretórios para armazenar as páginas. O comando
“mkdir” é usado para criar os diretórios.

Vamos criar uma página web para cada domínio, assim poderemos distingui-la ao
chamar cada uma delas pela URL do browser. Primeiro devemos entrar em um dos dire-
tórios criados para criar o arquivo “html”. Para criar estes arquivos usaremos o editor de
texto “nano”. A figura 27 mostra os comandos para, primeiramente, entrar no diretório
“rengav”, depois a chamada ao editor de texto nano.

Figura 27 – Alterar diretório e chamar editor nano

Ao abrir o editor de texto, vamos digitar algumas tags para desenvolver uma página
simples, apenas para teste. A figura 30 apresenta o código da página web para a em-
presa Rengav.

Figura 28 – Exemplo de página Web

Vamos aproveitar este mesmo arquivo para a empresa “avlis” e fazer algumas alte-
rações para que possa se diferenciar da empresa “rengav”. Portanto, vamos copiar este

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arquivo para o diretório “avlis”. A figura 29 apresenta o comando para copiar e reno-
mear o arquivo, além de alterar para o diretório “avlis”.

Figura 29 – Copiar arquivo html para outro diretório

O comando “cp” copia o arquivo “rengav.html” para o caminho “/var/html/avlis/”


já o renomeando para “avlis.html”. Vamos editar o arquivo “avlis.html” para alterar o
conteúdo. A figura 30 apresenta as modificações que serão feitas.

Figura 30 – Arquivo avlis.html

A partir das alterações feitas, temos dois arquivos diferentes, um para a empresa
Rengav e outro para a empresa Avlis. Vamos alterar o usuário e os grupos dos diretórios
e arquivos criados. Estes diretórios e arquivos devem pertencer ao grupo definido no
apache. No entanto, conforme pode ser visto na figura 33, tanto o diretório “rengav”
como o “avlis” pertencem ao root. Vamos alterar.

Figura 31 – Usuário e grupo dos diretórios rengav e avlis

O arquivo “envvars” armazenado no diretório “/etc/apache2” tem especificado


como deve ser chamado o usuário e o grupo. Na figura 32, de forma destacada, são
apresentados o usuário e o grupo que devem ser configurados, os diretórios e arquivos,
ou seja, usuário e grupo devem ser alterados de “root” para “www-data”

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UNIDADE

Figura 32 – Valor de usuário e grupo do apache

Vamos fazer as alterações executando o comando apresentado na figura 33.

Figura 33 – Alteração de grupo e usuário dos diretórios e arquivos

O comando “chown” altera o grupo e proprietário de diretórios e arquivos, a opção


“-R” altera, de forma recursiva, todos os diretórios e arquivos que se encontram dentro
dos diretórios “rengav” e “avlis”. Ao solicitar a listagem dos arquivos e diretórios (ls -l),
figura 33, verifica-se que o grupo e proprietário dos diretórios “rengav” e “avlis” foram
alterados para “www-data”..

Definidas as alterações de proprietários e grupos, já é possível configurar os domínios


(sites) para serem acessados no mesmo servidor, esta configuração deve ser feita em um
arquivo que será criado dentro do diretório “/etc/apache2/sites-available”. Conforme
pode ser visto na figura 34, serão criados dois diretórios, cada um contendo informações
relacionadas ao site da empresa. O cliente, ao solicitar por um domínio, este deve ser
direcionado de forma correta dentro do servidor. A figura 34 apresenta o mecanismo
para acessar a página da empresa “Rengav”.

Figura 34 – Acesso a páginas web

Para ir para o diretório “sites-available” deve-se utilizar o comando “cd /etc/apa-


che2/sites-available” e criar o arquivo com o editor nano. A figura 35 apresenta os
comandos para alterar o diretório e criar o arquivo para inserir as informações do site
da empresa Rengav.

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Figura 35 – Criação do arquivo dentro do diretório sites-available

Ao executar o comando para criação do arquivo “rengav”, devemos configurá-lo


inserindo as informações conforme apresentado na figura 36.

Figura 36 – Configuração do host virtual


Abaixo há a descrição dos comandos utilizados no arquivo que será usado como
host virtual.
• VirtualHost *: 80 - define que os hosts especificados rodam em qualquer endere-
ço IP acessados via porta 80;
• ServerAdmin - deve ser inserido um e-mail para contato, geralmente é inserido
o e-mail do webmaster. Caso o servidor Apache apresente algum problema, um
e-mail automático será enviado para o e-mail informado neste parâmetro;
• DocumentRoot - indica o caminho onde estarão as páginas web da empresa. Este
diretório deverá conter o arquivo index.html que será apresentado ao cliente após
digitar o endereço na URL;
• DirectoryIndexed - Este parâmetro indica o nome da página principal para aces-
sar o site da empresa;
• Options Indexes - usado para retornar uma listagem formatada caso o endereço
digitado na URL não tenha um (index.html) no DiretoryIndex;
• ServerName - Define o formato que deve ser digitado na URL para solicitação da
página do cliente.

Além destas diretivas que usamos, há outras que podem ser inseridas no arquivo para
definir algumas características para a página, dentre ela temos:
• Timeout - Define o tempo máximo em segundos que o servidor ficará em estado
de espera com a conexão aberta com um cliente. Ao exceder o tempo de espera,
o cliente deverá estabelecer uma nova conexão;
• ErrorLog - Indica o arquivo em que serão armazenados os erros caso aconteça
algum problema no Apache;

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UNIDADE

Estas mesmas configurações deverão estar em outro arquivo para a empresa Avlis.
Portanto, vamos fazer uma cópia do arquivo “rengav” para “avlis” e fazer as altera-
ções para a empresa Avlis. A figura 37 apresenta o comando para criar o arquivo da
empresa avlis.

Figura 37 – Copiando arquivo rengav para avlis

Vamos entrar no arquivo “avlis” e fazer as alterações necessárias. A figura 38 mostra


como ficará o arquivo “avlis”.

Figura 38 – Arquivo avlis

Para permitir um novo arquivo de host virtual, devemos executar o comando “a2ensite”.
A figura 39 apresenta os comandos aplicados para “avlis” e “rengav”.

Figura 39 – Ativando os hosts virtuais

Para ativar a configuração, devemos executar outro comando para reiniciar o apache.

Figura 40 – Comando para reiniciar o apache

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Para verificar se está funcionando vamos fazer um teste, mas antes vamos configurar
o endereço IP (127.0.0.1) referente ao próprio servidor em que foi instalado e configu-
rado o apache. A figura 41 apresenta os comandos para editar o arquivo hosts.

Figura 41 – comando para editar o arquivo hosts

Agora acrescente as linhas destacadas na figura 42 para vincular o endereço IP ao


domínio das páginas.

Figura 42 – Arquivo hosts

Para verificar se está tudo correto, basta abrir um browser na própria máquina e
digitar, na URL, o endereço de cada domínio. A figura 43 apresenta a página referente
a “www.rengav.com”.

Ao digitar na URL do browser o endereço “www.avlis.com”, a página da empresa


Avlis será apresentada.

Figura 43 – Chamada a página da empresa Rengav

Há outras versões de servidores de páginas Web, uma delas é o IIS fornecido


pela Microsoft, no entanto o servidor Apache pode ser instalado em sistema ope-
racional Windows.

Há outros serviços que podem ser instalados em servidores, portanto, é importante


que esta máquina tenha poder computacional diferenciado para responder adequada-
mente às requisições feitas pelos clientes.

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UNIDADE

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Manual Completo do Linux Guia do Administrador
NEMETH E. SNYDER G. HEIN T. R. Manual Completo do Linux Guia do Administra-
dor. Pearson, Pretice Hall. São Paulo, 2007.

Vídeos
Gerenciamento de Usuários e Grupos 01 - Arquivo /etc/passwd
O vídeo apresenta mais detalhes sobre criação de usuários e grupos.
https://youtu.be/MSwley5dGMQ

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Referências
ClusterWeb. Configuração definitiva do samba. Disponível em https://blog.clus-
terweb.com.br/?p=732. Acessado em 13.08.2018

Hill, B.M.; Bacon, J. O livro oficial do Ubuntu. 2. Porto Alegre Bookman 2008.

NEMETH E. SNYDER G. HEIN T. R. Manual Completo do Linux Guia do Adminis-


trador. Pearson, Pretice Hall. São Paulo, 2007.

SILVA, Bruno Rohr da. Linux: configuração e administração. 2013. Disponível em:
<http://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/3303/4/BRSilva.pdf>

STATO FILHO, André. Linux-Controle de redes. Florianópolis: Visual Book, 2009.


Disponível em http://www.visualbooks.com.br/shop/sumarios/01173.pdf

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Você também pode gostar