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Serviços de Redes
Cabeamento Estruturado e Normas ANSI/TIA/EIA-568, 569 e 606

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Vagner da Silva

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Cabeamento Estruturado e Normas
ANSI/TIA/EIA-568, 569 e 606

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Contextualização;
• Cabeamento Estruturado;
• Padronização;

Fonte: iStock/Getty Images


• Ambiente de Conexão;
• Área de Trabalho ;
• Caminhos de Cabeamento.

Objetivos
• Compreender e abordar os principais conceitos da utilização de infraestrutura de cabe-
amento estruturado aplicado em redes de comunicação, a importância da utilização de
padrões, ambientes de conexão e principais características de meios físicos de redes ba-
seadas em normas técnicas internacionais.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Cabeamento Estruturado e Normas ANSI/TIA/EIA-568, 569 e 606

Contextualização
Você sabe como funciona uma rede de computadores? Consegue definir a importân-
cia dos meios físicos de comunicação e dos ambientes que armazenam os vários siste-
mas de computação dentro de uma empresa? Existem uma infinidade de arquiteturas e
padrões de comunicação extremamente importantes para a conectorização de compu-
tadores e sistemas de redes.

Como existem diferentes padrões de conectorização, você deve estar se perguntando


como é possível entender melhor o seu funcionamento. Como você poderia fazer a me-
lhor escolha em relação ao meio físico a ser utilizado em seu ambiente?

Nesta unidade iremos conhecer um pouco sobre o sistema de cabeamento estruturado


e os vários padrões e normas técnicas que o suportam, também veremos alguns dos pa-
drões de cabos metálicos e ópticos mais utilizados em ambientes empresariais, bem como
os dispositivos passivos e ambientes de passagem e acomodação dessas infraestruturas.

Não se preocupe, nesta disciplina abordaremos alguns conceitos fundamentais para


que você possa entender como funciona uma infraestrutura de rede, para que possa
entender melhor algumas aplicações específicas em redes de comunicação de dados.

Vamos começar!

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Cabeamento Estruturado
Muitos administradores de rede acabam tendo problemas de quedas repentinas nas
conexões, pesquisas mais recentes indicam que a maioria desse problemas são relacio-
nados à camada física da rede, por não serem projetadas e montadas com organização
e qualidade e com a camada de aplicação, por estarem mais próximas aos usuários,
que muitas vezes não estão treinados corretamente para acessar os sistemas. Ou seja,
quando uma rede de comunicação é bem projetada, instalada e configurada e seus
usuários bem treinados para acessar os sistemas e manter procedimentos seguros para
esses acessos, é muito difícil termos problemas nessa infraestrutura de TIC.

Em instalação de sistemas de cabeamento estruturado seguimos padrões e normati-


zações que podem eliminar grande parte do tempo de inatividade de uma rede. Outro
fator muito importante que precisa ser levado em conta é que o sistema de cabeamen-
to estruturado, embora tenha um tempo de sobrevida superior a outros dispositivos
em um ambiente de rede, esses componentes físicos dessa infraestrutura representam
apenas menos de 10 por cento do investimento total aplicado em um projeto de rede
(MARIN, P. S., 2008).

O cabo estruturado é o único que precisa ser instalado para lidar com as necessida-
des de telefonia e comunicação de dados agora e no futuro. É um sistema que fornece
uma abordagem muito “estruturada” para o sistema de uma rede de mídia mista, ou
seja, o cabeamento que suporta todo o tráfego de informações transmitidas, como,
por exemplo, voz, dados, vídeo e até grandes e complexos tráfegos gerados por siste-
mas de banco de dados. Poderia ser descrito como um sistema que compreende um
conjunto de produtos de transmissão, aplicado com regras de projeto de engenharia
que permitem ao usuário colocar voz, dados e imagens de uma maneira que maximiza
as taxas de dados transmitidas.

Conheça um ambiente de Estrutura de Cabeamento, no endereço:


https://youtu.be/FY1XB0rrYes

O cabeamento estruturado divide toda a infraestrutura de rede em blocos gerenciáveis


e, em seguida, tenta integrar esses blocos para produzir as redes de alto desempenho,
para o cliente das redes, isso significa proteção do investimento. Além de proteção de
investimento, o cabeamento estruturado também fornece capacidades administrativas e de
gestão. Todos os cabos provenientes dos diferentes locais de trabalho são terminados em
uma conexão passiva centralizada na sala de rede, rotulagem e coloração, bem como me-
canismos simples de fácil e rápida identificação. Por isso, prevê um único ponto centraliza-
do para todos os requisitos administrativos e de gestão da rede (PINHEIRO, J.M., 2015).

Outro fator subjacente é a gestão da mudança; deve ser percebido que arquiteturas de
sistema podem mudar com frequência quando o sistema evolui. Por esse motivo, a arqui-
tetura de cabeamento deve ser capaz de mudar com mínima inconveniência. A disposi-
ção de um painel central proporciona administração e flexibilidade necessárias para fazer

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Cabeamento Estruturado e Normas ANSI/TIA/EIA-568, 569 e 606

adições, movimentos e alterações. As alterações podem ser facilitadas com um simples in-
terruptor posicionado ao longo do meio como remendo ou permitindo interconectividade.
As vantagens do Cabeamento Estruturado são:
• Consistência: Ter um sistema de cabeamento estruturado significa que se possuem
os mesmos sistemas de cabeamento tanto para dados, voz e vídeo;
• Suporte para equipamentos multi-vendor: Um sistema de cabo baseado em pa-
drões poderá suportar aplicações e hardware, mesmo com uma mistura de disposi-
tivos de outros fornecedores;
• Simplificar movimentos/adições/alterações: Sistemas de cabeamento estrutura-
do podem suportar quaisquer alterações nos sistemas;
• Simplificar a solução de problemas: Com sistemas de cabeamento estruturado,
os problemas são menos propensos e minimizam quedas de rede, mais fácil de
isolar e mais fácil de corrigir;
• Suporte para aplicações futuras: Sistema de cabeamento estruturado suporta
futuras aplicações como multimídia, videoconferência e outras, com pouca ou ne-
nhuma complicação.
Outra vantagem principal do uso de cabeamento estruturado é o isolamento de falhas.
Ao dividir toda a infraestrutura em blocos gerenciáveis simples, é fácil de testar e isolar os
pontos específicos de falhas e corrigi-los com o mínimo de perturbação para a rede. Uma
abordagem estruturada em cabeamento ajuda também a reduzir os custos de manuten-
ção. Os sistemas de cabeamento estruturado se tornaram rapidamente o padrão de utili-
zação dos meios físicos para pequenas, médias e grandes redes (PINHEIRO, J.M., 2015).

Padronização
No início da criação das redes de computadores, os sistemas operacionais e os siste-
mas físicos de interconexão eram proprietários, ou seja, se naquela época você tivesse
que montar um projeto de infraestrutura de rede, você deveria montá-lo baseando-se
em um fabricante apenas, que fornecia praticamente todo o ambiente necessário para
a sua infraestrutura de TI, porém caso algum componente da rede desse problema, a
única alternativa era adquirir desse mesmo fabricante e pelo valor que ele desejasse na
época, pois não se tinha concorrência. Com a evolução das tecnologias da informação
e a criação de novos dispositivos de outros fabricantes, era praticamente impossível
conectá-los nessas redes proprietárias. Nesse contexto surge a necessidade das defini-
ções de normas e padrões tanto em relação aos componentes físicos de interconexão,
como os componentes lógicos (sistemas operacionais e protocolos de comunicação)
que permitiam que dispositivos de vários fabricantes pudessem se comunicar entre si
(FILHO, E.C.L, 2015).

Veja um sistema de cabeamento estruturado devidamente identificado e organizado, no


endereço: https://youtu.be/egGiKsHS-CE

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A Importância das Normas de Padronização
Os Padrões são a plataforma de todas as redes de telecomunicações. Eles estabele-
cem diretrizes e recomendam as melhores práticas para cada aspecto do segmento de
sistemas de telecomunicações, design de rede e instalação e verificação do meio para um
bom desempenho. Normas estabelecem critérios técnicos para assegurar a uniformida-
de e compatibilidade dentro e entre as redes, possibilitando a conexão de dispositivos de
múltiplos fornecedores.
Em cabeamento de comunicações, normas definem tipos de cabeamento, distâncias,
conexões, arquiteturas de cabeamento, parâmetros de desempenho, requisitos de ensaio
e muito mais. Eles fornecem as melhores práticas recomendadas, normas podem reduzir
as despesas de inatividade e instalação. Eles simplificam saídas, adições e mudanças, a
fim de maximizar a disponibilidade do sistema e estender a vida útil de um sistema de
cabeamento. Padrões permitem construir sistemas de cabeamento estruturado que po-
dem facilmente acomodar tecnologias existentes, equipamentos e usuários, bem como
as futuras tecnologias que estão por vir (ANSI/TIA/EIA-568-C.0).
Hoje, existem duas organizações principais envolvidas no desenvolvimento de pa-
drões de cabeamento estruturado. Os padrões (TIA) Telecommunications Industry
Association são geralmente especificados na América do Norte. E a (ISO) International
Organization for Standardization

História de Padrões de Cabeamento


Como já foi dito, antes de 1985, não existiam normas de cabeamento estruturado.
Empresas de telefonia usavam seu próprio cabeamento e as outras empresas geral-
mente usavam um sistema proprietário de um fornecedor único. Eventualmente, a As-
sociação da Indústria de Computadores e Comunicação (CCIA) aproximou-se da (EIA)
Electronics Industries Alliance, anteriormente Electronics Industries Alliance, sobre
o desenvolvimento de padrões de cabeamento, o que fizeram com que as discussões se
centralizassem em torno do desenvolvimento de padrões para voz, dados para ambien-
tes comerciais e sistemas de cabeamento residenciais. (A TIA foi formada em abril de
1988 depois de uma fusão dos Fornecedores de Telecomunicações dos Estados Unidos
e do Grupo de Informação e Tecnologias de Telecomunicações da EIA).

Em 1991, o TIA publicou o padrão de seu Edifício Comercial de Telecomunicações,


conhecido como ANSI/TIA/EIA 568. Ele foi o primeiro padrão usado para definir um
sistema de telecomunicações genérico que iria apoiar um ambiente multivendor e multi-
produto. Permitiu que sistemas de cabeamento possam ser planejados e instalados sem
planos definidos para equipamentos de telecomunicações instalados posteriormente.
A última versão dessa norma é TIA-568-C, publicado em 2009.Porém os comitês de
padronização devem rever as normas frequentemente (ANSI/TIA/EIA-568-C.0).

Conheça a história da ANSI (em inglês) no endereço: https://youtu.be/kVMd87XZakI

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Organizações de Padronização
Hoje, há um número de organizações que desenvolvem normas relacionadas com o
cabeamento e sistemas de comunicações. Podemos citar, por exemplo:
• ANSI (American National Standards Institute): grupo que coordena e adota
normas nacionais nos EUA
• BICSI (Building Industry Consulting Service International): associação com-
patível com os sistemas de transporte de informação (ITS) da indústria com infor-
mação, educação e avaliação de conhecimentos.
• CSA (Canadian Standards Association): Produtos elétricos e eletrônicos no
Canadá deve ser CSA aprovado.
• TIA (Telecommunications Industry Association): Mais conhecido por desen-
volver padrões de cabeamento com o EIA. O TIA é a principal associação comercial
para obter informações, comunicações e indústria de tecnologia de entretenimento.
• ISO (International Organization for Standardization): Este grupo é a maior
desenvolvedora mundial de normas e inclui grupos de padrões de países membros
em todo o mundo.
• IEC (International Electrotechnical Commission): Esta organização interna-
cional de normalização prepara e publica padrões internacionais para todas as
tecnologias elétricas, eletrônicas e afins.
• IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers): O IEEE é uma orga-
nização internacional líder em desenvolvimento de padrões em uma ampla gama
de disciplinas, incluindo energia elétrica, tecnologia da informação, segurança da
informação e telecomunicações.
• NEC (National Electrical Code): A NEC é um documento produzido pela National
Fire Protection Association (NFPA). É um padrão regional adotável para a instalação
segura de cabos e equipamentos elétricos nos Estados Unidos.
• NEMA (National Association Manufacturing Elétrica): O NEMA é a voz do
Fórum para as indústrias de elétrica, imagem e médica.
• NFPA (National Fire Protection Association): Esta é a organização norte-ameri-
cana de prevenção de incêndios e uma fonte autorizada na segurança pública.
• ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): como o nome diz, é a orga-
nização de padronização técnica no Brasil.

Conheça os portais do TIA (em inglês), da ISO (em inglês) e da ABNT nos endereços:
https://sites.tiaonline.org | https://www.iso.org/home.html | http://www.abnt.org.br/

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Padrões Chave em Cabeamento Estruturado
ANSI/TIA-568-C.0: Cabeamento Genérico de Telecomunicações nas Instalações
do Cliente. Este documento é direcionado para usuários finais, designers e instaladores.
Este padrão é para o planejamento e instalação de cabeamento estruturado em todos os
tipos de instalações do cliente. Ele especifica os requisitos mínimos para cabos de tele-
comunicações genéricos em um ambiente multivendor dentro de um edifício comercial
e entre edifícios em um ambiente de campus (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Fala sobre os
seguintes temas:
• Estruturas do sistema de cabeamento de telecomunicações;
• Topologias e distâncias multitenant;
• Requisitos de instalação para o par trançado e fibras ópticas;
• Requisitos de desempenho de fibra e de teste.

Esta norma reconhece o Cat6a, e inclui teste de ligação de fibra e requisitos de de-
sempenho. Além disso, atualiza o raio de curvatura para UTP.

ANSI/TIA-568-C.1: Cabeamento Padrão de Telecomunicação para Edifícios Co-


merciais. Esta norma substitui a ANSI/TIA-568-B.1. Este padrão é para o planejamento
e instalação de cabeamento estruturado em todos os tipos de instalações. Ele especi-
fica os requisitos mínimos para os cabos de telecomunicações dentro de um edifício
comercial e entre os edifícios em um ambiente de campus com um alcance geográfico
de 3.000 metros quadrados até 1.000.000 metros quadrados. Ele define termos, espe-
cifica topologias de cabeamento, tipos de meios e distâncias, bem como configurações
de tomadas e de conectores. Ele suporta uma ampla gama de aplicações comerciais,
incluindo voz, dados, texto, vídeo e imagens. Fala sobre os seguintes temas:
• Instalações de Entrada;
• Cabeamento Horizontal;
• Salas de Equipamentos;
• Área de Trabalho;
• Salas de Telecomunicações e Gabinetes (Racks);
• Cabeamento Backbone;
• Pontos de Consolidação.

Esta norma destina-se aos usuários finais, designers e instaladores. Acrescenta o ca-
beamento CAT6 e CAT6a, caixas de telecomunicações. Cabos CAT5, 150 ohm STP, e
de 50 ohms UTP e cabo coaxial de 75 ohm.

ANSI/TIA-568-C.2: Componentes Padrão de Telecomunicações e Cabeamento de


Par Trançado Balanceado. Este padrão de nível de componente incorpora adendos à
norma ANSI/TIA-568-B.2 e é orientado para os fabricantes de sistemas de cabos de par
entrançado e componentes (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).

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Cabeamento Estruturado e Normas ANSI/TIA/EIA-568, 569 e 606

Especificação de ligação permanente, o desempenho do canal, e os procedimentos de


teste para os sistemas CAT3, CAT5e, CAT6 e CAT6a. Além disso, recomenda o CAT5e
para oferecer suporte a aplicativos de 100 MHz. Ele apresenta atenuação de acoplamen-
to e informações sobre configurações de modelagem. Um método de teste é especificado
para todas as categorias de hardware de conexão. Fala sobre os seguintes temas:
• Requisitos Mecânicos e de Transmissão para os Canais, Links Permanentes, Cabos
e Conectores;
• Confiabilidade Conector;
• Requisitos das Medições;
• Procedimentos de Teste de Cabeamento e Componentes;
• Método de Ensaio de Impedância e Limites de Perda NEXT;
• Dispositivos de Teste para Conector e outros.

O grupo TR-42.7 está atualmente desenvolvendo o ANSI/TIA-568-C.2-1 que define


especificações para Categoria 8 (100-Ohm Next Generation Cabling), uma nova cate-
goria de cabeamento para suportar futuras aplicações além 10GBASE-T.

ANSI/TIA-568-C.3: Componentes Padrão de Cabeamento de Fibras Ópticas. Esta


norma substitui a ANSI/TIA-568-B.3 que define os tipos de fibras multimodo e mo-
nomodo e seus níveis de desempenho. É escrito para os fabricantes de sistemas de ca-
bos de fibras ópticas e componentes. Acrescenta nomenclaturas ISO para OM1, OM2,
OM3, OS1, OS2 e tabela de fibras de alto rendimento. A largura de banda mínima do
OFL para fibra de 62,5 mícron foi aumentada de 160 MHz/km a 200 MHz/km a 850
nm. O padrão inclui:
• Tipos de Fibra, Especificação de Comprimento de Onda, Atenuação e Largura de Banda;
• Hardware e Adaptadores de Conexão de Fibra;
• Cordões de Fibra e Formas de Transição;
• Especificação de Desempenho.

ANSI/TIA-568-C.4: Componentes Padrão de Cabeamento Coaxial Broadband.


Esta norma consolida informações das normas Residencial (RG-6 & RG-59) e Padrões
de Data Center (Tipo 734 & 735). Esta norma define:
• Topologia de Conexão Coaxial Broadband;
• Subsistemas de Cabeamento 1, 2, e 3;
• Série 6 e Série 11 Performance de Ligação;
• Hardware e Cabo de Conexão Coaxial;
• Requerimentos de Instalação;
• Requisitos de Teste de Campo.

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ANSI/TIA-569-C: Caminhos e Espaços de Telecomunicações. Substitui a norma
TIA-569-B dirigida a edifícios comerciais. Esta última versão inclui a adição de requisitos
de climatização baseado em HVAC, práticas recomendadas de temperatura e umida-
de relativa do ar, diretrizes de alimentação em ambientes e requisitos de iluminação.
O padrão inclui:
• Compatibilidade Ambiental;
• Instalações de Telecomunicações;
• Espaços de Construção;
• Provedor de Acesso e Espaços do Provedor de Acesso.

ANSI/TIA-606-B: Padrão de Administração para Infraestrutura de Telecomunica-


ções. A administração de uma planta de cabeamento é cada vez mais importante em um
edifício que pode ter muitos usuários e aplicações de redes ao longo do seu tempo de
vida útil. Este padrão especifica quatro classes de administração com base na complexi-
dade da planta de cabeamento a ser administrada. Ele também inclui um adendo para
instalações em Data Center e informações técnicas adicionais.

ANSI/TIA-607-B: Telecommunications Grounding - Ligação de Aterramento de


Instalações de Telecomunicações. Este padrão especifica a ligação à terra e a ligação de
telecomunicações uniforme para edifícios comerciais.

ANSI/TIA-942-A: Padrão de Infraestrutura de Telecomunicações para Data Centers.


Esta norma fornece requisitos e orientações para a concepção e instalação de centros
de dados simples. A versão mais recente recomenda cobre Cat6a e fibra OM4 como o
mínimo para cabeamento de data center. Também aprova o conector MPO para fibra
multifilar e o conector LC como o preferido para fibra de duas cadeias. Ele também re-
move CAT3 e CAT5 do cabeamento horizontal (somente backbone de voz). As diretrizes
também incorporaram mais especificações de cabos coaxiais, protocolo de iluminação de
3 níveis e limites de temperatura/humidade revistos. Este padrão especifica:
• Design de Centro de Dados;
• Sistemas de Cabeamento e infraestrutura;
• Espaços e Topologias relacionados;
• Caminhos do Cabeamento;
• Redundância Física.

Os anexos incluem: considerações de projeto de cabeamento, informações do prove-


dor de acesso, coordenação de planos de equipamento com outros engenheiros, seleção
do local do centro de dados e considerações de projeto de construção, bem como exem-
plos de construção em data centers.

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Ambiente de Conexão
A estrutura do sistema de cabeamento de telecomunicações, como foi dito anterior-
mente, se baseia na norma ANSI/TIAS/EIA-568-C.0 e ANSI/TIA/EIA-568-C.1, que for-
nece uma representação dos elementos funcionais que compreendem um sistema de cabe-
amento genérico. Na próxima figura são apresentados os elementos funcionais descritos
em um sistema de construção de cabeamento comercial. Como os seguintes ambientes:
• Instalações de Entrada;
• Salas de Equipamento;
• Quarto de Telecomunicações ou em algumas implementações, recintos
de telecomunicações;
• Cabeamento de Backbone;
• Cabeamento Horizontal;
• Área de Trabalho.

Figura 1 – Subsistemas de Cabeamento Estruturado


Fonte: ANSI/TIA/EIA-568-C.1

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A instalação de entrada (EF) consiste nos cabos, hardware de conexão, dispositivos
de proteção e outros equipamentos que se conectam ao cabeamento do provedor de
acesso (AP). Ou seja, a instalação de entrada seria o ponto de consolidação do cabo que
vem do ISP para o edifício comercial.

As salas de equipamentos (ERs) são consideradas distintas das salas de telecomunica-


ções (TRs) e dos gabinetes de telecomunicações (TEs) devido à natureza ou complexida-
de dos equipamentos que elas contêm. Um ER pode fornecer uma ou todas as funções
de um TR ou de um TE. A principal conexão cruzada (MC) de um edifício comercial
está localizada em um ER. Interconexões intermediárias (ICs), interconexões horizontais
(HCs), ou ambos, de um edifício comercial também podem estar localizadas em um ER.
É muito importante observar que em uma infraestrutura de cabeamento, podemos ter
apenas um MC que age como o concentrador principal do meio físico na rede. Podemos
ter vários ICs, que agem como uma espécie de concentrador em edifícios ligados ao
MC e vários HCs, que seriam os pontos de ligação com a conectividade horizontal, ou
seja, ela geralmente cobre o andar no qual está posicionada e tem como função fazer a
ligação dos usuários daquele ambiente (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).

A Salas de telecomunicações (TRs) e gabinetes de telecomunicações (TEs) fornecem


um ponto de acesso comum para backbones e vias de construção. Os TRs e TEs tam-
bém podem conter o cabeamento usado para conexão cruzada. A conexão horizontal
cruzada (HC) de um edifício comercial está localizada em um TR ou TE. A conexão
cruzada principal (MC) e as conexões cruzadas intermediárias (IC) de um edifício co-
mercial também podem estar localizadas em um TR. O TR e qualquer TE devem estar
localizados no mesmo andar das áreas de trabalho atendidas, com a finalidade de ligação
de seus usuários.

As conexões cruzadas e interconexões horizontais e de backbone (espinha dorsal da


rede) devem ser terminados em um hardware de conexão que atenda aos requisitos das
normas ANSI/TIA/EIA-568-C.2 (para cabo de par trançado) ou ANSI/TIA-568-C.3
(para cabo de fibra óptica). Essas terminações de cabo não devem ser realocadas para
implementar movimentações, adições e alterações no sistema de cabeamento (ANSI/
TIA/EIA-568-C.1).

Topologia Física de Rede


Uma topologia de rede é o meio pelo qual os dispositivos de rede estão interconectados
aos equipamentos de intermediários de consolidação de uma infraestrutura de TIC. As to-
pologias podem ser descritas fisicamente ou logicamente. Como estamos tratando do as-
sunto de cabeamento estruturado nessa unidade, vamos tratar de topologia física de rede.
A topologia física de uma rede é a verdadeira forma como podemos observar como
a rede foi construída (layout físico). Nela conseguimos verificar como os meios físicos de
rede (cabos metálicos e fibras ópticas) estão realmente conectados, o que facilita para o
administrador de rede saber os locais e até mesmo identificar pontos necessários para a
escalabilidade da rede e/ou resolução de problemas.

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Topologia Física em Estrela


O cabeamento de backbone deve atender aos requisitos de topologia em estrela
hierárquica do ANSI/TIA-568-C.0. Não haverá mais de dois níveis hierárquicos de co-
nexões cruzadas no cabeamento de backbone. A partir da conexão cruzada horizontal
(HC), não mais do que uma conexão cruzada deve ser passada para alcançar o MC.
Portanto, as conexões entre quaisquer dois HCs devem passar por três ou menos insta-
lações de conexão cruzadas (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
A topologia requerida por esta norma foi selecionada devido a sua aceitação e fle-
xibilidade em atender a uma variedade de requisitos de aplicação. A limitação a dois
níveis de conexões cruzadas é imposta para limitar a degradação de sinal para sistemas
passivos e para simplificar movimentação, acréscimos e mudanças dos meios físicos.
Esta limitação pode não ser adequada para instalações que tenham um grande número
de edifícios ou que cubram uma grande área geográfica. O cabeamento de fibra óptica
centralizado foi projetado como uma alternativa para a conexão cruzada localizada em
um TR ou TE. Podemos entender melhor observando a próxima figura:

Figura 2 – Topologia de Estrela Hierárquica


Fonte: ANSI/TIA/EIA-568-C.1

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Cabos de Backbone e Cabeamento Horizontal
Os termos cabos horizontais e de backbone (às vezes chamados de cabo vertical) não
têm nada a ver com a orientação física do cabo em direção ao horizonte ou verticalmen-
te. Os cabos horizontais passam entre um painel de conexão cruzada em um armário
de fiação (rack) e uma tomada de telecomunicações de parede que tem por objetivo a
ligação de clientes da rede. Cabos de backbone correm entre os armários de fiação e
o ponto principal de conexão cruzada de um edifício (geralmente chamado de sala de
equipamentos). É muito importante lembrar que como os cabos de backbone, geralmen-
te interligam os racks horizontais e intermediários à sala de equipamentos principal, ele
se torna a espinha dorsal da rede, que geralmente é o meio pelo qual os dados precisam
passar por maiores velocidade e geralmente possuem sistemas de redundância, para
evitar eventuais problemas de conectividade, pois se um backbone der problema, certa-
mente um pedaço da rede ou a rede toda será comprometida. Os componentes típicos
encontrados em um ambiente de cabeamento estruturado, incluindo o cabo horizontal, o
cabo de backbone, as tomadas de telecomunicação e os cabos de conexão (PINHEIRO,
J.M., 2015). Podemos verificar isso na próxima figura:
• Cabos Horizontais: Os trechos horizontais são implementados com mais frequên-
cia com cabos de condutores sólidos de 100 ohms, quatro pares e de par trançado
não blindado (UTP), conforme especificado no padrão ANSI/TIA/EIA-568 para
edifícios comerciais. O Padrão também prevê o cabeamento horizontal a ser imple-
mentado usando fibra óptica multimodo de 62,5/125-mícron ou 50/125-mícron.
O padrão reconhece o cabo de par trançado blindado 150 ohm (STP), mas não o
recomenda para novas instalações, e espera-se que seja removido da próxima revi-
são do padrão. Se desejar utilizar um cabo com blindagem recomendada, orienta-
-se a utilização do cabo do tipo ScTP. Já cabo coaxial não é mais um tipo de cabo
horizontal reconhecido para instalações de voz ou dados.

Figura 3 – Cabeamento Horizontal e Conexão de Área de Trabalho


Fonte: DUKDA, S. 2000

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• Cabos de Backbone: Os cabos de backbone podem ser implementados usan-


do UTP de 100 ohms, Fibra Óptica Multimodo de 62,5/125-micron ou 50/125
microns ou Cabo Óptico Singlemode de 8,3/125 micron. Nem 150 ohm STP
nem cabo coaxial são mais permitidos para o backbone. A fibra óptica é o meio
de instalação preferido pelos administradores de rede por causa das limitações de
distância associadas à fiação de cobre (as fibras alcançam distâncias muito maiores).
Outra vantagem de se usar em um backbone as fibras ópticas é que o vidro não
conduz eletricidade e, portanto, não está sujeito à interferência eletromagnética
(EMI), como nos cabos de cobre.

Figura 4 – Conexão entre Salas de Equipamentos e Backbone


Fonte: DUKDA, S. 2000

Subsistema de Cabeamento de Backbone


O cabeamento de backbone é a parte do sistema de cabeamento de telecomunica-
ções do edifício comercial que fornece interconexões entre instalações de entrada (EFs),
espaços de provedores de acesso (AP), espaços de provedores de serviços (SP), salas de
equipamentos comuns (CERs), salas de telecomunicações comuns (CTRs), salas de equi-
pamentos (ERs), salas de telecomunicações (TRs) e gabinetes de telecomunicações (TEs).
É considerada a espinha dorsal de uma rede que interliga todos os outros subsistemas
em uma infraestrutura física. O cabeamento de backbone deve atender aos requisitos da
norma ANSI/TIA-568 e consiste nos cabos de backbone, cross-connects intermediários
e principais (ICs e MCs), terminações mecânicas e patch cables ou jumpers utilizados

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para conexão dos vários ambientes dentro da rede. Em algumas literaturas podemos
encontrar o termo backbone como conexão vertical, por geralmente ser instalado inter-
ligando verticalmente vários andares em um edifício (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).

Subsistema Central de Fibra Óptica


O cabeamento de fibra óptica centralizado deve atender aos requisitos da norma
ANSI/TIA-568-C.0 e é projetado como uma alternativa para a conexão cruzada, loca-
lizado no TR ou TE. Apesar do sistema de cabeamento de fibra Óptica ser usado com
mais frequência no backbone da rede, por causa das suas características e maior alcance
ele também pode fornecer conexões de áreas de trabalho (WAs) que tem como função
acomodar e interligar os usuários da rede. A distância máxima permitida para um cabo
de passagem (também conhecido como canal, que interliga em uma conexão horizontal
a área de trabalho) é de 90 m (295 pés). Já as distâncias de interligação do backbone
dentro de um ambiente local podem variar entre 2.000 m a 3.000 m, isso depende de
qual tipo de fibra utilizado no projeto de infraestrutura. Podemos ver o layout desse tipo
de conexão na próxima figura:

Figura 5 – Subsistema Central de Fibra Óptica


Fonte: ANSI/TIA/EIA-568-C.1

Distâncias de Fibra em Backbone (MC para HC) em ambientes locais:


• Fibra Monomodo (8/125): 3000m (9.840 pés);
• Fibra Multimodo (62,5/125): 2000m (6560 pés).

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Cabeamento Horizontal
O cabeamento horizontal inclui cabo horizontal, tomadas/conectores de telecomuni-
cações na área de trabalho (WA), terminações mecânicas (path panels) e patch cables
ou jumpers localizados em uma sala de telecomunicações (TR) ou gabinete de telecomu-
nicações (TE) e pode incorporar conjuntos de tomadas de telecomunicações do usuário
(MUTOAs) e pontos de consolidação (CPs).

O cabeamento deve ser planejado para acomodar futuras necessidades de equipa-


mentos, diversas aplicações do usuário, manutenção contínua, mudanças de relocação
e serviço. O tempo, o esforço e as habilidades necessárias para mudanças são muito
significativas e tornam a escolha e o layout do design do cabeamento horizontal muito
importantes para os ocupantes do prédio e para a manutenção da infraestrutura de
telecomunicações. Portanto, cabe ao projetista acomodar as necessidades do usuário
e reduzir ou eliminar a probabilidade de exigir alterações no cabeamento horizontal à
medida que os requisitos do usuário evoluem (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).

Cada cabo metálico de 4 pares (UTP) na tomada do equipamento deve ser terminado
em um conector modular de oito vias (conector fêmea) ou em caso de conexão de fibras
ópticas, devem ser terminadas em uma tomada de fibra duplex (geralmente uma fibra
multimodo que é muito usada em ambientes locais) e que atendam aos requisitos das
normas para este fim.

Figura 6 – Cabeamento horizontal e Conexão de Área de Trabalho


Fonte: ANSI/TIA/EIA-568-C.1

As distâncias definidas por norma aplicadas em cabeamento estruturado definem o


canal de rede (que seria o maio que interliga um TC a uma WA) utilizando o cabeamento
metálico de 4 pares (UTP) como sendo no máximo de 90 metros. O excedente de 10
metros para os patch cords que tem como função fazer a ligação entre o patch panel

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que interliga os dispositivos intermediários de rede ativos (como por exemplo um switch)
e o patch cord que tem como função interligar a tomada de telecomunicações da WA ao
computador do cliente da rede (usuários). A soma total do tamanho máximo do canal e
dos patches cords não pode ser superior a 100 metros, que é o tamanho máximo que
um cabo de par trançado pode suportar sem dispositivo de repetição de sinal (ANSI/
TIA/EIA-568-C.1).

Área de Trabalho
Como já foi dito, os componentes da área de trabalho (WA) estendem-se desde a
saída de telecomunicações/extremidade do conector do sistema de cabeamento hori-
zontal até a tomada posicionada em WA, que geralmente é uma conexão metálica do
tipo UTP e/ou uma conexão óptica do tipo multimodo. É possível também utilizar um
dispositivo passivo de rede conhecido como MUTOA (Multi-user Telecommunications
Outlet Assembly), que age como um ponto múltiplo de conexão física (por exemplo,
pode interligar 5 dispositivos), como podemos verificar na próxima figura:

Figura 7 – Cabeamento horizontal e MUTOA


Fonte: ANSI/TIA/EIA-568-C.1

As normas de cabeamento estruturado especificam o mínimo de 2 pontos de cone-


xão de rede na tomada de telecomunicações. Sendo que um dos pontos deve ser metáli-
co do tipo UTP e o outro pode ser outro ponto UTP, um STP (ScTP) ou de fibra Óptica
do tipo multimodo (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).

Resumo de Estrutura de Cabeamento Padrão (ANSI/EIA 568) em Inglês, no endereço:


https://youtu.be/NRE6O_mvFus

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Data Centers
Em um passado não muito distante, os computadores eram centralizados em grandes
salas e às vezes até mesmo tomavam espaço de um edifício inteiro. Esses ambientes
eram conhecidos como CPDs – Centros de Processamento de Dados e continham todos
os equipamentos de computação da empresa onde estavam instalados, para isso, tais
salas eram controladas e continham sistemas de ar condicionado, sistemas elétricos de
alimentação e controle de acesso restrito aos profissionais de informática, que tinham
acesso a este ambiente. Com a descentralização dos equipamentos de computação e o
surgimento de computadores servidores, essas salas diminuíram de tamanho e alguns
desses servidores foram departamentalizados. Porém o computador de grande porta
(mainframe) ainda continuava existindo, principalmente para realizar a grande carga de
processamento e armazenamento de dados na infraestrutura da época.

Com a evolução dos computadores, redes de comunicação e as novas tecnologias,


estas salas controladas ainda continuam existindo, porém com formatos e tecnologias
mais modernas. O nome CPD não é mais utilizado hoje em dia, pois os dados não são
mais calculados centralizadamente como no passado. Hoje conhecemos esses grandes
ambientes de equipamentos como Data Centers (Centros de Dados) que possuem além
de mainframes, servidores e redes de comunicação, as tecnologias de armazenamento
de dados de alta capacidade.

Então todas as vezes que falamos de Data Centers, estamos falando de um ambiente
sensível e monitorado a fim de concentrar computadores de grande porte, minicompu-
tadores, servidores, armazenadores de dados (storages), sistemas de ativos de redes,
como por exemplo o cabeamento que geralmente são equipamentos passivos de rede e
os dispositivos ativos de redes, como os switches, roteadores e outros.

Figura 8 – Data Center


Fonte: iStock/Getty Images

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Esses equipamentos de computação e redes são geralmente armazenados ou insta-
lados em racks ou armários metálicos dentro de salas apropriadas para esta finalidade.
Como nos antigos CPDs, estas salas devem ser refrigeradas, monitoradas com sistemas
de segurança de acesso e sistemas de combate a incêndios, precisam ter pisos elevados
para acomodar a passagem de cabeamento e sistema de alimentação de energia que vão
alimentar e conectar estes diversos sistemas computacionais.

Data Center do Google, em inglês com tradução no endereço:


https://youtu.be/XZmGGAbHqa0

Vamos nessa parte do material conhecer alguns desses ambientes, principalmente


como foco na estrutura de cabeamento de rede.

Ambientes de Fiação
Quando falamos de sistemas de cabeamento estruturado, precisamos entender que
para que possam ser instalados e implementados com organização e segurança, vários
componentes de acomodação dos dispositivos de rede devem ser implementados em
sala de equipamentos, de telecomunicação ou até mesmo em ambientes físicos de Data
Center. Os ambientes de fiação é o ponto onde sua rede começa e onde geralmente
estão os dispositivos de rede ativos (energizados). Esse ponto central de rede fornece
componentes necessários para levar seus usuários finais a utilizarem seus recursos e
aplicações, montando a base do sistema nervoso da rede.
Existem dois tipos de ambientes de fiação: salas de telecomunicações e salas de equi-
pamentos. Dependendo do tamanho da sua organização e do tamanho do seu prédio,
você pode ter uma ou mais salas de telecomunicações concentradas em uma sala de
equipamentos. As salas de telecomunicações estão estrategicamente posicionadas em
todo o edifício para fornecer um único ponto de terminação de suas áreas de trabalho.
Em um prédio de múltiplos andares, você deve ter pelo menos uma sala de telecomu-
nicações por andar. À medida que as distâncias entre seus dispositivos finais e a sala de
telecomunicações se aproximam dos limites máximos recomendados (90 metros), você
deve considerar a implementação de salas de telecomunicações adicionais. Idealmente,
estes são incluídos durante a fase de planejamento antes da construção ou remodelagem
de uma infraestrutura física de rede. As salas de telecomunicações são conectadas à sala
de equipamentos em uma configuração em estrela por cabos de backbone de fibra ou
cobre (PINHEIRO, J.M., 2015).
Como já mencionado, no cabeamento de backbone é dada a preferência de uso de
fibra ópticas, a fibra é preferida nesses casos, porque as distâncias da sala de equipamen-
tos até a última sala de telecomunicações podem totalizar 2.000 metros para multimodo
e 3.000 metros para modo único (singlemode). Ao se conectar com o cobre UTP, os
comprimentos de execução do backbone devem totalizar 800 metros ou menos para
sistemas de telefonia e 90 metros ou menos para sistemas de dados. Por uma concepção
de redes convergentes, atualmente os administradores de rede seguem a metragem para
conexão de dados como um todo, que seria a distância máxima de 90 metros para cabos
metálicos (FILHO, E.C.L. 2015).

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Racks de Cabeamento
Os racks são as peças de hardware que ajudam a organizar a infraestrutura de cabea-
mento. Eles variam em altura de 39 a 84 polegadas e vêm em duas larguras, de 19 e 23
polegadas. As larguras de dezenove polegadas são muito mais comuns e estão em uso há
quase 60 anos. Esses racks são comumente chamados de racks de 19 polegadas ou, às
vezes, racks EIA. Os orifícios de montagem estão espaçados entre 5/8 e dois centímetros
de distância, para que você possa ter certeza de que, independentemente do fornecedor
do equipamento, o equipamento de rede ativo (como um switch por exemplo) caberá no
rack. Em geral, três tipos de racks estão disponíveis para compra: suportes de parede,
estruturas esqueléticas e gabinetes de equipamentos completos (PINHEIRO, J.M., 2015).
• Suportes de Parede: Para pequenas instalações e áreas onde a economia de es-
paço é uma consideração importante, os suportes de parede podem fornecer a
melhor solução. Prateleiras montadas na parede, como o suporte de parede têm
uma armação que oscila 90 graus para fornecer acesso aos painéis traseiros e inclui
guias de arame para ajudar no gerenciamento de cabos.

Figura 9 – Rack/Suporte de Parede


Fonte: Divulgação

• Estruturas Esqueléticas: Estruturas ou Quadros Esquelé-


ticos, frequentemente chamados de racks de 19 polega-
das ou racks EIA, são provavelmente o tipo mais comum
de rack utilizado em infraestrutura de rede. Esses racks
são projetados e construídos com base nos padrões EIA-
-310C. Esses esqueletos vêm em tamanhos que variam de
39 a 84 polegadas de altura com uma placa de base de 22
polegadas para fornecer estabilidade e que são presos no
piso por parafusos de fixação. Seu design aberto facilita
o trabalho nas partes frontal e traseira do equipamento
montado. Essas estruturas esqueléticas também são cha-
madas de racks abertos ou racks de treinamento, por cau-
sa do seu acesso fácil e rápido.

Rack Esquelético da Panduit (em inglês), no endereço:


https://youtu.be/ngiVgRiWxSU
Comparação de Rack Panduit (em inglês), no endereço:
https://youtu.be/ngiVgRiWxSU
Figura 9 – Rack Esquelético
Fonte: iStock/Getty Images

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• Armários de Equipamentos Completos (Fe-
chado): A opção de rack mais cara são os ar-
mários de equipamentos completos, esses ofe-
recem os benefícios de segurança das portas
de armário de trava. Os gabinetes completos
podem ser tão simples quanto os esqueléticos
e/ou bastante elaborados, com portas de acrí-
lico e sistemas de refrigeração autocontidos,
muito utilizados em ambientes de Data Cen-
ter ou em salas de usuários que não podem
acessá-los facilmente, por estarem geralmente
trancados e protegidos por porta. Esses racks
oferecem melhor segurança física, resfriamen-
to e proteção contra interferência eletromag-
Figura 11 – Rack Completo/Fechado nética do que os quadros padrão de rack de
Fonte: Divulgação 19 polegadas.

Infraestrutura Física da Panduit (em inglês), no endereço:


https://youtu.be/prZFpVLpQHc

Caminhos de Cabeamento
Os componentes do sistema de cabeamento descritos no Padrão de Caminhos e Vias
de Telecomunicações de Edifícios Comerciais dado pelo ANSI/TIA/EIA 569-A para
ocultar, proteger e rotear sua planta de cabos, em particular, descreve os componentes
utilizados nas áreas de trabalho e nos armários de cabeamento e nos trechos de cabos
horizontais e de backbone. Esses caminhos como todos os dispositivos de conexão de
rede, precisam estar aterrados conforme a norma de Requisitos de Ligação e Aterra-
mento do Edifício Comercial dado pelo ANSI/TIA/EIA-607.

Conduit ou Eletroduto
O eletroduto ou conduit é um tipo de cano, que pode ser metálico ou não metálico,
rígido ou flexível (conforme permitido pelo código elétrico aplicável) e interliga uma
área de trabalho a um armário de fiação (rack). Uma vantagem de usar o conduíte para
prender seus cabos é que ele já pode existir na instalação de um prédio comercial. Uma
desvantagem do conduíte é que ele fornece uma quantidade finita de espaço para aco-
modar os cabos. Ao esboçar especificações para conduítes, recomendamos que você
exija a instalação de um conduíte suficiente para que fique apenas 40% cheio de acordo
com as necessidades atuais de cabos; em uma instalação inicial só se deve preenchê-lo
até num máximo de 60%, para que se tenha uma margem de espaço para crescimento
futuro. De acordo com o Padrão ANSI/TIA/EIA-569-A, o conduíte pode ser usado

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para rotear cabos horizontais e de backbone. O conduíte contrafogo também pode ser
usado para conectar armários de cabeamento em edifícios de vários andares. Alguns
códigos de construção locais exigem o uso de conduítes para todos os cabos, tanto de
telecomunicações quanto elétricos. Em nenhum caso os cabos de comunicação devem
ser instalados no mesmo conduíte como cabos elétricos sem uma barreira física entre
eles. Além de (e por causa) do perigo potencial óbvio, não é permitido pelo NEC que
define normas relacionadas à segurança física e a incêndios (SHIMONSKI, R.J., 2010).

Figura 12 – Eletroduto
Fonte: iStock/Getty Images

Bandejas de Cabos, Eletrocalhas ou Escada de Passagem


Como alternativa ao conduíte, as bandejas de cabos podem ser instaladas para rotear
o cabo de rede. As Bandejas de Cabos, Escadas de Passagem ou Eletrocalhas normal-
mente são prateleiras de arame especialmente projetadas para suportar o peso de uma
infraestrutura de cabos. Eles fornecem uma maneira ideal de gerenciar um grande núme-
ro de execuções horizontais. Os cabos simplesmente ficam dentro da bandeja, por isso
são muito acessíveis quando se trata de manutenção e solução de problemas.

Esteira de Telecomunicações da Valemam, no endereço:


https://youtu.be/KiSxY-NFkqo

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A norma ANSI/TIA/EIA-569-A prevê a utilização de bandejas para cabos horizontais
e de backbone. Esse tipo de pista parece uma escada que é montada horizontalmente
dentro do espaço do teto ou por cima dos racks de equipamentos em uma sala de tele-
comunicações ou equipamentos. No espaço do teto, esse tipo de pista impede que os
cabos sejam colocados sobre as luzes fluorescentes, o equipamento HVAC ou as telhas
do teto. Podemos ver algumas figuras desses componentes (PINHEIRO, J.M., 2015):

Figura 13 – Eletrocalha
Fonte: Divulgação

Eletrocalhas de Rede da Niedax, no endereço URL:


https://youtu.be/jUQex83DNDs

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Introduction to Structured Cabling
DUKDA, S. Introduction to Structured Cabling. 1ª ed. EUA: Division IT Ministry
of Communication, 2000.

Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à Instalação


MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à
Instalação, v. 1. São Paulo: Erica, 2008.

Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises


ANSI/TIA/EIA-568-C.0 - Generic Telecommunications Cabling for Customer
Premises. EUA: Telecommunications Industry Association, 2009.

Commercial Building Telecommunications Cabling Standard


ANSI/TIA/EIA-568-C.1 - Commercial Building Telecommunications Cabling
Standard. EUA: Telecommunications Industry Association, 2009.

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Referências
COELHO, P. E. Projetos de Redes Locais Com Cabeamento Estruturado. Belo Ho-
rizonte: Instituto Online, 2003.

FILHO, E.C.L Fundamentos de Redes e Cabeamento Estruturado, São Paulo: Pe-


arson, 2015.

PINHEIRO, J.M. Guia Completo de Cabeamento de Redes. 2ª ed. São Paulo: Edito-
ra Elsevier, 2015.

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