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A COVID-19, as vacinas e as ondas - ficaremos trancados para sempre?

Preprint · June 2021


DOI: 10.13140/RG.2.2.16051.96800

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Cicero Moraes
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A COVID-19, as vacinas e as ondas
- ficaremos trancados para
sempre?
Cicero Moraes (contato@ciceromoraes.com.br) 15 de junho de 2021

A morte do ditador Kim Jong-il em 2011 levou a Coréia do Norte para o noticiário de
um grande número de sites e TVs no mundo todo. Havia uma preocupação geral
com a passagem de poder e a instabilidade resultante do processo, mas ao mesmo
tempo via-se despertar uma grande curiosidade por parte dos espectadores sobre o
cotidiano das pessoas que viviam naquele rincão tão desconhecido.

Foi a partir de 2011 que passei a acompanhar as notícias e a informar-me acerca da


história daquele país. Basicamente o que me despertava interesse era como a
população se resignava a viver em constante controle sobre o que vestir, como
cortar o cabelo, como se comportar em público e com tantas restrições de
deslocamento? Se já era difícil sair de uma cidade para outra, imagine viajar para
fora do país!

No entanto, notava-se nos documentários que muitos habitantes acreditavam que


o governo fazia aquilo para o seu bem, pois havia um inimigo comum que estava
trabalhando para acabar com a vida tranquila que todos tinham, no seio da sua
querida e enaltecida nação.

Em 2019 comprei passagens para viajar à Europa com a minha esposa datadas para
maio de 2020. Comemoraríamos 11 anos de relacionamento e contávamos os dias,
radiantes pela possibilidade de ir até o outro lado do Atlântico, curtindo o prazer da
liberdade e do acesso aos bens e serviços que só o capitalismo poderia oferecer.

Poderia, porque a viagem não aconteceu. Em um primeiro momento pensei que


aquela situação seria resolvida em alguns meses, mas passou o primeiro semestre
de 2020 e nada. No final do ano até pareceu que as coisas melhorariam, mas foi
uma breve ilusão, em 2021 os óbitos acenderam e as portas se fecharam ainda mais.
Resumindo bem o ocorrido, passei a entender o que acontecia com o pessoal da
Coréia do Norte, pois estamos vivendo uma experiência restritiva semelhante a
deles em todo o mundo.

A pergunta é, por quanto tempo isso vai durar? E a resposta pode ser assustadora.
Assim como na Coréia do Norte, institucionalizou-se aqui um inimigo comum e
qualquer confrontação intelectual ou técnica, buscando uma melhor compreensão
do cenário é marcada pelo cancelamento ou até coisa pior. Todavia, em face de tudo
o que está acontecendo é importante perguntar, dialogar e aproveitar o pouco de
liberdade que resta, buscando a solução do problema, ou no mínimo algumas
respostas.

Ainda em 2020 procedi com um pequeno estudo projetando os óbitos que poderiam
ser efetivamente PELA COVID e não, COM COVID. Segundo as projeções, o número
de vítimas seria entre 37 e 66%1 dos óbitos registrados pela doença. É muita gente,
mas é menos do que os números oficiais pregavam. Curiosamente, sempre que
alguém aventava essa possibilidade, rapidamente era taxado de negacionista, ou
adjetivos menos dignos.

O problema ao lidar com grandes números, como os dados nacionais, é que não
termos uma ideia clara do que está acontecendo e pensando nisso, comecei a
tabular as informações relacionadas à COVID-19 da cidade na qual vivo, Sinop, bem
como a do estado onde ela está ubicada, Mato Grosso.

Em verde as compatibilidades e em vermelho as incompatibilidades.

Uma coisa que percebi muito rapidamente, é que haviam incompatibilidades entre
os dados da Secretaria de Saúde Municipal de Saúde e a Secretária Estadual de

1
https://www.researchgate.net/publication/344635328_COVID-19_100_MIL_OU_37_MIL_OBITOS
Saúde. Quando coloquei-os lado a lado2, houveram incoerências em 94,92% das
linhas.3 Para se ter uma ideia, dos 197 óbitos comparados em 02/03/2021 a
secretaria municipal indicava que 171 (86,8%) eram de indivíduos com
comorbidade, frente a 130 (65,99%) indicados pela secretaria estadual. As idades
não bateram em 177 ocorrências (89,85%), a data em 28 ocorrências (14,21%) e até
o sexo não foi compatível em 5 ocorrências (2,54%). Pode parecer que se tratam de
pequenas incompatibilidades, mas no caso da idade e da presença ou não de
comorbidades a situação pode resultar em políticas equivocadas efetuadas com o
nosso dinheiro.

Por que existem essas incompatibilidades? Será que o mesmo se passa em outras
cidades? Será que o mesmo se passa em outros estados? Se sim, não estariam os
dados apresentados pelo Ministério da Saúde incompatíveis com as secretarias
municipais? Imagine, caro leitor, a bola de neve de desinformação que isso pode
causar e o reflexo de tudo nas políticas públicas, já que os dados apresentados no
site do Ministério da Saúde vêm das secretarias estaduais (vide a legenda dos
gráficos no site COVID Brasil)4.

Outra situação que chamou a atenção foi a flutuação da oferta de leitos de UTIs para
COVID-19 oferecidos pelo estado.

O informe publicado na página oficial do Governo do Estado de Mato Grosso,


mostra que no dia 15 de junho de 2021 haviam 649 leitos de UTI utilizados e 44

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1-h7A8rY2gJztb4G-rPeE2g8-U2cBp36PKzHV0po-RxM/edit?f
bclid=IwAR1VHbr7D9jh48M-rxCmCrRtzVZPh-mGAljsYqQxvT7gAJCo1pmVNIcp1Jw#gid=695555005
3
https://www.facebook.com/groups/liberalismomt/permalink/989444374922337
4
https://covid.saude.gov.br/
disponíveis (de 532 públicos), ou seja, uma lotação de 91,73%. Em 10 de março de
2021, pouco tempo depois de decretar o toque de recolher no estado, o governador
informou que seriam criadas mais 160 vagas de UTI nos próximos dias de modo a
combater a alta de casos5.

Na ocasião haviam 729 vagas utilizadas e 28 disponíveis (de 489), uma lotação de
94,1%.

Se eram 489 leitos em 10 de março e 532 em 12 de julho, houve um acréscimo de 43


leitos públicos, um número bem abaixo dos 160 prometidos e pouco mais da
metade dos 80 que seriam geridos ou contratualizados pelo estado.

http://www.mt.gov.br/-/16661148-veja-em-quais-municipios-estarao-os-160-leitos-de-uti-anunciados-p
elo-governo
Observando o gráfico acima, é possível acompanhar os óbitos (em vermelho com
escala à direita) e as UTIs (com escala à esquerda), o montante de leitos usados (em
laranja) e leitos totais disponíveis (em azul). O pico de oferta se deu em 27/03/2021
com 936 leitos disponíveis. No último levantamento, em 15/06/2021, o total foi de
693, ou seja, uma retração de 243 leitos. Desde o início do ano a estrutura tem
operado “no vermelho”, mesmo em face do trancamento estatal e da promessa de
abertura de novas vagas. A impressão que se tem, ainda que possa não ser
compatível com a realidade e espero sinceramente que não seja, é que o governo
mantém a taxa alta e logo, um constante estado de alerta na população.

O toque de recolher em Mato Grosso foi estabelecido no dia 01/03/20216 e


aparentemente não resultou em melhorias, sendo que a queda nos óbitos começou
a acontecer apenas 35 dias depois do trancamento, acompanhando os números
nacionais.

O supracitado toque iniciava às 19h com o fechamento do comércio e às 21h todos


deveriam estar em casa e lá ficar até às 5h da manhã do outro dia7. O governo
trancou as pessoas em suas casas, não permitiu que muitos empresários tocassem
os seus negócios, mas não deixou de cobrar os impostos.

A população foi tratada como gado que pastaria em liberdade limitada durante o dia
e seria trancada pela noite. O dinheiro dos impostos que não sofreu redução
continuou patrocinando os políticos que se beneficiam dele e aparentemente são
parte dos poucos que podem viajar para cima e para baixo, em plena liberdade
como a elite do partido da Coréia do Norte. Estabeleceu-se claramente uma
estrutura parasitária, que colocava a culpa dos problemas no povo, taxando-o de
irresponsável, ao mesmo tempo que é suportado economicamente pelo mesmo, de
modo compulsório.

Uma notícia que ilustra bem esse comportamento por parte do governador do
estado o Sr. Mauro Mendes:

“...que estamos fazendo campanha, aquilo que a ciência recomenda correto, mas a
gente percebe que a maioria, a grande maioria não quer isso, então a gente vai

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/03/01/governo-de-mt-decreta-o-fechamento-do-co
mercio-e-toque-de-recolher-a-partir-de-21h-por-15-dias.ghtml
7

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/03/01/governo-de-mt-decreta-o-fechamento-do-co
mercio-e-toque-de-recolher-a-partir-de-21h-por-15-dias.ghtml
apertar o nível de restrição, porque se você manda um conjunto grande de pessoas
fazer, forçar ao que elas não querem fazer, é uma subordinação.”8

Curiosamente as medidas restritivas tiraram alguns cidadãos dos bares da cidade,


onde poderiam ser fiscalizados e os deslocou para "aglomerações clandestinas",
posto que não era difícil ouvir som alto em vários pontos da cidade e
principalmente na zona rural da mesma após as 21h. O Estado foi tão ineficiente na
aplicação das restrições que até para os seus padrões de controle acabou fazendo
tudo da forma errada.

Dalton Martini, vice-prefeito de Sinop-MT em foto durante a campanha política e


disponível na página do prefeito Roberto Dorner9

Aparentemente os mesmos políticos que foram responsáveis e/ou apoiaram os


trancamentos, não se incomodaram em aglomerar e promover a liberdade quando
a conveniência se fazia presente. Não raro encontramos fotos de aglomerações nas
campanhas dos candidatos a prefeito. Foi o caso de Sinop, onde logo após ser eleito,

https://radio93fm.com.br/mauro-mendes-faz-declaracoes-fortissimas/?fbclid=IwAR2BzA58j6QVGrmC
R4r1_O8KeVmKhZWq2jDB_l2FWJ3s2bDZXTjUIFFZGAQ
9
https://www.facebook.com/robertodornersinop/photos/3487933507926726
vemos o vice-prefeito acenando para um possível toque de recolher10 que
posteriormente foi implantado pela maioria dos vereadores da cidade11.

Dalton Martini criticando as festividades depois de participar da campanha política.

Depois de muita pressão local o toque caiu, com a mais estranha das desculpas:

“Passados 10 dias do início do decreto, percebemos que essa ação foi eficiente e
trará resultados positivos. Convoquei, neste domingo, uma reunião de urgência
com equipe do comitê de saúde e também os vereadores que nos apoiaram e juntos
tomamos uma nova decisão. A partir de quarta-feira, dia 17, o decreto do toque de
recolher será revogado”.12

No entanto, mal o povo conseguiu respirar, veio o governador e implementou um


toque mais rigoroso para todo o Estado.

Ficou claro que a batuta da liberdade está nas mãos dos políticos e, se a restrição
for bem sucedida será mérito deles, se não for, será culpa do povo que não sabe se
comportar.

10
https://radio93fm.com.br/dalton-martini-afirma-toque-de-recolher/
11
https://radio93fm.com.br/dorner-decreta-toque-de-recolher-em-sinop/
12

https://www.sinop.mt.gov.br/Noticias/Decreto-que-instituiu-toque-de-recolher-sera-revogado-nesta-qu
arta-feira-8738/
Aqui cabe mais um gráfico. Durante o período de queda de óbitos e uso de leitos de
UTI, os candidatos iniciaram a campanha presencial. Logo após o primeiro turno
das eleições os óbitos e uso dos leitos de UTI apresentaram alta, o segundo com alta
bem expressiva. Em seguida vieram as festas do final de ano e curiosamente a culpa
recaiu sobre esse evento, as eleições passaram ilesas, mesmo diante das evidências,
as mesmas evidências utilizadas para criticar as festividades.

É necessário deixar uma situação bem clara, quem participou das campanhas
eleitorais presenciais o fez porque quis, são indivíduos gozando de suas
liberdades para tal, o cúmulo neste exemplo são os mesmos políticos que
implementaram as aglomerações, de um momento para outro se tornarem
ditadores e suprimirem as liberdades alheias com o argumento de que provocam
aglomerações.

Mas, virando a página, já que o trancamento não tem se mostrado tão eficaz como
esperado, poderiam as vacinas resolverem o problema? Vamos analisar os dados e
os fatos.
O Reino Unido é um exemplo de vacinação no mundo, além de ser também um
produtor de vacinas. Mais de 61% da população recebeu ao menos uma dose e o
número de óbitos tem despencado desde o início do processo de vacinação. Mesmo
com todos esses bons números e um clima de celebração na mídia, o governo adiou
o fim das restrições em face da variante indiana que aparentemente fez o número
de contaminados subir. 13

O Chile, nosso vizinho no continente, tem se destacado no número de indivíduos


vacinados, coincidentemente com quase a mesma porcentagem do Reino Unido
(em 15/06/2021), mas com diferentes configurações de vacinas. Lá o maior número
de doses são da CoronaVac e os óbitos não sofreram a mesma queda do Reino
Unido. Além disso o número de contaminados tem crescido e há poucos dias um
novo lockdown foi implementado na região de sua capital, Santiago.14

Um fato em relação ao Chile que pode preocupar os brasileiros é que a vacina mais
usada lá é a mesma daqui e diferentemente do que pregou o Butantan15, as
aplicações não têm garantido 100% de eficácia na proteção de casos moderados,
graves e nem mesmo de óbitos.

13

https://brasil.elpais.com/internacional/2021-06-14/mesmo-com-vacinacao-avancada-reino-unido-adia-
fim-das-restricoes-para-barrar-variante-da-india.html
14

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/06/13/apos-aumento-de-casos-de-covid-19-capital-d
o-chile-volta-a-decretar-lockdown
15

https://butantan.gov.br/noticias/vacina-do-butantan-atinge-100-de-eficacia-para-casos-moderados-e-g
raves
Segundo o último relatório de 17 de maio, baseado na aplicação de duas doses em
4,2 milhões de pessoas16:

- A vacina preveniu 87% de hospitalizações (frente a 100% apregoado pelo


Butantan);
- 90,3% de prevenção contra internação em UTI (frente a 100% apregoado
pelo Butantan);
- 86% de prevenção contra óbitos, ou seja, de cada 100 pessoas que faleceriam
sem tomar a vacina, ao tomá-la faleceram 14 indivíduos, pouco, mas
preocupantemente distante de 100% de eficácia.

Outro país que se destacou frente a percentagem de vacinados (70%) é Seychelles,


uma pequena ilha africana com 99.000 habitantes. O histórico pré-vacina
relacionado à contaminados e óbitos era praticamente nulo, mas logo após o
começo do ano, coincidentemente no mesmo período do início da vacinação houve
um estouro duplo de casos e óbitos de COVID-19 na localidade.17

16

https://www.latercera.com/que-pasa/noticia/minsal-actualiza-resultados-sobre-vacuna-de-sinovac-en-
chile-aumenta-a-86-de-efectividad-para-prevenir-muerte-por-covid-19/7HLEXSQHOJB4NLPKEFN4J
TXT5I/
17
https://www.worldometers.info/coronavirus/country/seychelles/
O país que representava um símbolo e que chegou a ser reaberto sem exigência de
vacina aos turistas18, amargou novas restrições e um novo lockdown para conter a
alta de casos e óbitos19.

Voltando um pouco à questão dos óbitos POR e COM COVID, um caso de óbito
ilustra bem a mudança de mentalidade frente ao peso da realidade no tocante às
vacinas. O músico Nelson Sargento faleceu de COVID-19 após receber as duas doses
da vacina CoronaVac.20 Em depoimento o próprio Dimas Covas aparentemente
admitiu que as comorbidades podem influenciar na deterioração do quadro geral de
saúde.21

Seguindo essa linha e analisando os dados de Sinop, aos quais tenho mais acesso,
pude verificar que dos últimos 17 óbitos ao menos 11 (64,7%) foram de indivíduos

18

https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/seychelles-abre-para-brasileiros-sem-exigencia-de-vacin
a/
19

https://www.dw.com/pt-br/por-que-a-covid-19-avan%C3%A7a-no-chile-apesar-da-alta-vacina%C3%A
7%C3%A3o/a-57889254
20

https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/2021/05/27/aos-96-anos-morre-o-sambista-nelson-sarge
nto-vitima-da-covid-19
21

https://www.otempo.com.br/diversao/entenda-porque-nelson-sargento-morreu-de-covid-mesmo-ja-ten
do-sido-imunizado-1.2491042
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que deveriam estar vacinados. Desses 11, ao menos 8 (72,72%) já teriam recebido as
duas doses e passado o período de tolerância.

É muito difícil saber o que aconteceu, se eles foram acometidos pela doença antes
de se vacinarem ou mesmo durante os primeiros 14 dias da primeira dose. Se
optaram por não vacinar-se e foram acometidos pela doença, se foram
efetivamente vacinados e mesmo assim não resistiram ao vírus ou ainda, se as
comorbidades foram o principal motivo da morte.

A conclusão que se tem frente aos dados e exemplos apresentados neste material é
que não temos garantia de liberdade em nenhuma abordagem pregada como
eficiente pelos governantes ao redor do globo a curto ou médio prazo. Além do
mais, as soluções parecem mais políticas e psicológicas do que científicas e
técnicas. Até as vacinas que foram apresentadas como uma bala de prata parecem
ter sucumbido a aleatoriedade do vírus e a conveniência dos políticos.

O mundo se tornou uma grande Coréia do Norte, onde quase todos ficam limitados
a trafegar em suas cidades, com horários definidos e sem a possibilidade de viver
ao menos por um breve período, a realidade de outros países, outras culturas e
experiências distantes a menos claro, que você seja da elite do partido, aí sim o
mundo é todo seu como o é agora para grande parte dos políticos e autoridades que
vem se beneficiando da pandemia e do medo que ela causa em parte considerável
dos humanos.

Eu pensei em terminar esse material com uma palavra de força e esperança, mas
em face do que está acontecendo, não vejo uma saída mais coerente do que as
pessoas lutarem pela sua liberdade individual. Os poĺíticos não são deuses, não são
nossos pais, não são um norte que devemos seguir piamente sem contestar. A
Ciência não é composta de consensos, muito pelo contrário, o que mais se vê é
discussão e debate constante, mas isso parece ter mudado na pandemia.
Curiosamente, parece que estamos na já citada Coréia do Norte, onde lá sim, a
ciência tem lado, tem consenso e ai daquele que falar contra isso, mais ou menos o
que está acontecendo por aqui hoje em dia.

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