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ADMINISTRATIVO

MÓDULO I - AULA 5 – REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS V

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:

Continuidade dos serviços públicos: prestado de forma contínua e sem interrupções, sem
paralisações.

Art. 37, inc VII CF, diz: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica (NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA LIMITADA). É uma lei que vai
disciplinar. Esta lei não foi feita ainda. Ocorre um fenômeno da síndrome da inefetividade das
normas constitucionais. Tem direito previsto, mas falta lei e não consigo exercer. Aí, entra em
ação o remédio constitucional do art. 5º, inc LXXI, que é mandado de injunção (sempre que
houver falta de norma regulamentadora). O MI que vai cuidar disso. Diversos MI foram
propostos (670, 708 e 712). O SFT decidiu ao julgar os MI que enquanto não vier a lei que
regulamenta o art 37, inc VII da CF, aplica-se no que couber, a lei que regulamenta a greve no
setor privado. Lei 7783/99.

Então pode fazer greve, mas essa greve vai ser regulamentada pela lei do setor privado.

Ainda sobre a greve, na reclamação 17358 cuidando especificamente da greve dos policiais
federais, Polícia federal (braços armados da nação os policiais em geral) pode ou não fazer
greve? Não, eles não podem porque o trabalho desempenhado pelos federais é análogo aos
dos militares (marinha, aeronáutica e exército). Ministro Gilmar Mendes. Se militar não pode
porque atividade é essencial. Polícia federal na CF (art 144 CF) tem uma lista dos órgãos de
segurança.

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 1º - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira,
destina-se a:

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:                                        (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o


descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
áreas de competência;

III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;

III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de


fronteiras;                                          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se,


na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais.                                                  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na


forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais.                                               (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada


a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos


corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.

§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do


Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.

§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela


segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus


bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste


artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39.                                               (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade


das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:                                                     (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
e                                         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei.                                              (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

PRINCÍPIO DA IGUALDADE:

A) Igualdade formal: homens e mulheres são iguais

B) Igualdade material: aquela que vem de Aristóteles, tratar os iguais de forma igual e os
desiguais de forma desigual nas medidas de suas desigualdades. É a verdadeira igualdade.
Identifico o fator de desigualdade e coloco algo para igualar. Ex: presidiária, vc quer ficar com
seu filho? não, pode, mas se for no período de amamentação vc pode. Prazo de licença
maternidade e paternidade são prazos diferentes. Cláusula dos deficientes que é a lei
13146/2015 (instituiu inclusão pessoa com deficiência). Esta lei veio dar proteção para os
deficientes. Percentual de 20% de vagas reservadas para negros (Lei 12990). Lei Maria da
Penha (protege mulher, cria medidas protetivas porque estatisticamente a maioria agressões
homens em mulheres).

MÓDULO I - AULA 6 – ATOS ADMINISTRATIVOS I

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: Este aparece não só no DA, mas


também em âmbito judiciário. Tenho que dar outra parte o direito de exercer o contraditório e
ampla defesa. Para aplicar sanção é necessário dar oportunidade de exercer esse direito. Se for
processo administrativo disciplinar entra em ação o enunciado da súmula vinculante 5. A
presença do advogado no processo administrativo disciplinar é opcional, facultativa.

Súmula Vinculante 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.

PRINCÍPIO DA VERDADE SABIDA: Servidor cometendo infração, pego em flagrante no


momento da infração, a penalidade não pode ser aplicada de imediato. Não é possível a
punição com base no princípio da verdade sabida. Primeiro tem que instaurar processo
administrativo.

ATOS ADMINISTRATIVOS I
Atos administrativos: é toda manifestação unilateral de vontade da administração púbica que,
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato, adquirir, resguardar, transferir, modificar,
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si próprio.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS QUANTO A FORMAÇÃO:

ATO COMPOSTO X ATO COMPLEXO X ATO SIMPLES

Simples = 1 só pessoa fez o ato.

ATO COMPOSTO ATO COMPLEXO


+ de 1 manifestação de vontade + de 1 manifestação de vontade

Esta manifestação ocorre no mesmo órgão, Esta manifestação ocorre em órgão


dentro do mesmo órgão. diferentes.
Ex: autoridade do órgão “A” quer Ex: autoridade do órgão “A” quer
autorização que depende de autoridade autorização que depende de autoridade de
superior, porém do mesmo órgão. outro órgão (“B”). Não há hierarquia entre
Hierarquia. os agentes, estão na mesma posição.
Ex: Nomeação de dirigente de agência
reguladora o presidente nomeia, mas o
senado aprova.
Enquanto segunda vontade não vem, o ato Enquanto segunda vontade não vem, o ato
não conclui seu ciclo de formação gerando não conclui seu ciclo de formação gerando
efeito prodrômico. O efeito prodrômico do efeito prodrômico. O efeito prodrômico do
ato se dá, por exemplo, quando a primeira ato se dá, por exemplo, quando a primeira
autoridade se manifesta e surge a obrigação autoridade se manifesta e surge a obrigação
de um segundo também fazê-lo, constatado de um segundo também fazê-lo, constatado
neste meio tempo; o efeito prodrômico neste meio tempo; o efeito prodrômico
independe da vontade do administrador e independe da vontade do administrador e
não pode ser suprimido. Surge antes do ato não pode ser suprimido. Surge antes do ato
concluir seu ciclo de formação,  concluir seu ciclo de formação, 

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS QUANTO AO REGRAMENTO:

VINCULADOS X DISCRICIONÁRIOS

VINCULADO (REGRADO): É aquele que a DISCRICIONÁRIOS: são aqueles que há


administração não tem liberdade e deve liberdade para o agente que deverá escolher
seguir fielmente os requisitos previstos em uma das opções previstas em lei. Ex: pena de
lei. suspensão de 15 a 30 dias. Posso escolher
Ex: Aposentadoria compulsória aos 75 anos entre essa variação.
ou aos 70 anos.

VINCULADO (REGRADO): É aquele que a administração não tem liberdade e deve seguir
fielmente os requisitos previstos em lei.

Ex: Aposentadoria compulsória aos 75 anos ou aos 70 anos.

DISCRICIONÁRIOS: são aqueles que há liberdade para o agente que deverá escolher uma das
opções previstas em lei. Ex: pena de suspensão de 15 a 30 dias. Posso escolher entre essa
variação.

MÓDULO I - AULA 7 – ATOS ADMINISTRATIVOS II

Atributos do Ato Administrativo (PATI):

P = PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

A = AUTO EXECUTORIEDADE

T = TIPICIDADE

I = IMPERATIVIDADE

P = PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: é o atributo do ato que significa que, pelo simples fato de
ter emanado e ter sido praticado por agente público integrante da estrutura estatal presume-
se que foi praticado em conformidade com a lei, e que os atos e fatos alegados pelo
administrador são verdadeiros e morais, tendo aptidão para gerar efeito vinculantes e erga
omnes. Marsal. O que a administração falou presume-se ser verdadeiro e efeito imediato.
Presunção é relativa. Ex no caso de interdição de fábrica poluindo, num primeiro momento
vem a interdição da fábrica para no momento posterior o administrado questionar essa ação
por parte da administração. Ônus da prova é do particular.

MÓDULO I - AULA 8 – ATOS ADMINISTRATIVOS III

A = AUTO EXECUTORIEDADE: Ligada ao princípio da eficiência. Toda vez que administração


pública coloca ato administrativo para ser praticado independe de autorização judiciária.
Imagine se precisasse? Que horror! Esse atributo tem 2 vertentes: exigibilidade (tem um
decidir por parte da administração, mas não obriga o particular fazer o que ela quer) e
executoriedade (é o colocar a mão na massa. A administração usa meios diretos de coerção
quando a lei autorizar em situações urgentes).

Conceito: Celso A Bandeira de melo – “A exigibilidade é a qualidade em virtude da qual o


Estado, no exercício da função administrativa, pode exigir de terceiros o cumprimento, a
observância, das obrigações que impôs.” Pela exigibilidade a administração pública faz uso de
meios indiretos na coerção (ou você paga a multa ou nego o licenciamento do seu veículo).

Na executoridade eu tenho meios diretos e na exigibilidade meios indireto

Executoriedade: Qualidade pelo qual o poder público pode compelir materialmente o


administrado, sem precisão de buscar previamente as vias judiciais, ao cumprimento da
obrigação que impôs e exigiu.

T = TIPICIDADE: Maria Silva Vanela de Pietro – “Todo ato praticado tem sua previsão em lei”. A
tipicidade está relacionada com o princípio da legalidade.

I = IMPERATIVIDADE (EXTROVERSO): Demonstra o caráter coercitivo dos atos administrativos


por parte da administração. Dá a força para o ato administrativo. Se você pescar em local
proibido você vai receber uma multa etc. Decorre do princípio da supremacia do interesse
público sobre o particular.

MÓDULO I - AULA 9 – ATOS ADMINISTRATIVOS IV

Lei 4717/65, art.

Elementos ou Requisitos do Ato:

FO FI CO M O

FORMA/FINALIDADE/COMPETÊNCIA/MOTIVO/OBJETO

FORMA – existe uma forma para praticar um ato e cada ato tem a sua forma. A lei em
regra, estabelece a forma. Em regra a forma é escrita. Exceção: sinal convencional
(sinal de “pare” do guarda), silêncio (quando toda vez que a lei atribui um valor... se a
administração não responder em x dias, configura-se....), ordem verbal, quando
superior fala algo para o agente B. A forma do ato precisa da publicidade. Existe um
aprofundamento na lei, 9784/99, que vigora o princípio do informalismo:

Art. 22. Os atos do processo administrativo FEDERAL não dependem de


forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo,
com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade
responsável.

§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será


exigido quando houver dúvida de autenticidade.

§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita


pelo órgão administrativo.

§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e


rubricadas.

Tipos de Vícios de Forma:

a) meras irregularidades: são vícios simples e podem ser corrigidos.


Exemplo era caneta preta e fez de azul.
b) Sanáveis: consigo consertar. Dá para ser convalidado. Não preciso
retirar o ato. Ex portaria para pequenos consertos, mas era ordem de serviço,
mas deu tudo certo, ai convalida o ato.
c) Insanáveis: não tem jeito, não tem como corrigir. Não pode ser convalidado.
Ato é nulo.

 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:

        a) incompetência;

        b) vício de forma;

        c) ilegalidade do objeto;

        d) inexistência dos motivos;

        e) desvio de finalidade.

Lei da ação popular encontra conceito.

Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as


seguintes normas:

        a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições
legais do agente que o praticou; (agente incompetente)

        b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou


irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
        c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo;

        d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito,


em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada
ao resultado obtido;

        e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim
diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

        Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado,


ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas
especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais,
enquanto compatíveis com a natureza deles.

MÓDULO I - AULA 10 – ATOS ADMINISTRATIVOS V

FO FI CO M O

FORMA/FINALIDADE/COMPETÊNCIA/MOTIVO/OBJETO

FINALIDADE: Todo ato quando vai ser praticado o interesse público deve ser
buscado. Interesse da coletividade. Não pode prejudicar o inimigo e nem beneficiar o
amigo. Se ele fizer isso é abuso de poder na modalidade desvio de finalidade. A
intenção vai estar contaminada, fim diverso daquele previsto.

COMPETÊNCIA: Não é competente quem quer, mas quem pode segundo a regra do
direito. É definida em lei e qual é o agente competente (sujeito competente). Lei utiliza
critérios para definição de competência. São 4 critérios:

a) Competência em razão da matéria: que agente vai cuidar de tal assunto

b) Competência em razão do lugar: naquele local quem vai cuidar, qual é o agente

c) Competência em razão da hierarquia: agente A e agente B, quanto o A manda e


quanto o B manda

d) Competência em razão do tempo: naquela situação quem é o agente competente.

Cuidado!!! A regra é a NÃO delegação/NÃO avocação (puxo de vc uma competência).

Lei 9784/99 – art. 13 Não podem ser objeto de delegação:


I a edição de atos de caráter normativo

II a decisão de recursos administrativos

III as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade

Art. 15 – Será permitida, só em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

MOTIVO ou CAUSA: Pressupostos de Fato + Pressupostos de Direito para a prática


do ato.

Lei 4717 Parágrafo único:

d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito,


em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente
inadequada ao resultado obtido;

Pressuposto de fato: Vai ser punido servidor que cometeu uma infração. 

Pressuposto de direito: ter cometido conduta proibida

Motivo por servidor ser punido: cometer fato que a norma proibia.

“Motivação é a justificativa do pronunciamento tomado”. É dizer o porque.

Além do motivo nós temos a motivação (art 50 lei 9784/99). Doutrina majoritária
entende que também os atos vinculados e atos discricionários também precisam de
motivação.

Decorar art. 50 Lei 9784/99:

Lei 9784/99 - Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;


III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou


discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.

§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir


em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do
ato.

§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser


utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde
que não prejudique direito ou garantia dos interessados.

§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de


decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.

MÓDULO I - AULA 11 – ATOS ADMINISTRATIVOS VI

Teoria dos Motivos Determinantes: Dentro de MOTIVO foi falado de


motivação e dentro desta, tem motivos determinantes.

A administração se vincula aos motivos que elegeu para prática do ato. O


motivo alegado deve ser verdadeiro e existente sob pena de invalidação do ato.
Ex: vou mandar embora o João e vou alegar como motivo falta de recursos
financeiros. Pela teoria dos motivos determinantes se for verdade, ok. Agora,
se era mentira este motivo não pode. Peço férias e chefe diz negativo. Falta
pessoal na repartição. Só que ai vejo que o chefe deu férias para os colegas.
Se eu provar que o motivo era falso, o ato de indeferimento das férias vai ser
invalidado pela teoria dos MD. Não quero mais namorar porque vou estudar
OAB. Termino o namoro e vou a festa, e ele vê eu indo para festas. Namorado
pensa: disse que ia estudar e agora está na gandaia. Pela TMD posso invalidar
o ato.

a)Exoneração Ad Nutum: daqueles que ocupam cargos em comissão. Quem


ocupa cargo em comissão é livre tanto a exoneração quanto a nomeação
(respeitar súmula vinculante 13). Imagine que a Maria ocupa cargo em
comissão e exonero ela. Alego que mando embora porque quero economizar.
Se meu motivo for este não posso colocar outro para trabalhar. Ato será
invalidado.

E se mandasse embora e não falasse o motivo? Ai, ok, posso chamar João
para trabalhar. Na Ad Nutum não preciso falar o porque de mandar embora. O
motivo, mas se falar tem que ser verdade.

b)Tredestinação: mudança de motivo na desapropriação. O que é isto? Baixei


decreto e quando eu fiz que queria desapropriar para fazer uma escola pública.
Motivo: fazer escola. No meio do caminho não quis mais fazer escola e
resolveu fazer um hospital público. Pode. Houve apenas mudança de motivo na
desapropriação. O fim é o mesmo: público. Não poderia se fosse só para
prejudicar o desapropiado.

OBJETO: c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa


em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo. Para que o ato serve?

MÓDULO I - AULA 12 – ATOS ADMINISTRATIVOS VII

Tema mega importante!!

Formas de Extinção do ato administrativo:

1. Extinção em razão do cumprimento de seus efeitos: Ex: tenho ato e


ele tem prazo para acabar. Quando esse ato chegar no fim, ele acabou.
Advento de termo final.
2. Extinção em razão do desaparecimento do sujeito ou do objeto: Ex
quando morre o servidor (sujeito) e tenho fábrica poluente que foi
interditada. Ai, resolveu demolir a fábrica, então houve desaparecimento
do objeto.
3. Renúncia: é a rejeição pelo beneficiário de uma situação jurídica
favorável que gozava como consequência daquele ato. Ex: servidor
renuncia férias em dobro.
4. Anulação (vide quadro abaixo)
5. Revogação (vide quadro abaixo)
6. Cassação: é a retirada do ato quando o destinatário descumpre
condições que deveria continuar atendendo. Ex: A resolve pedir para
fazer hotel em determinada localidade. Administração disse que pode.
Fiz ato para ser hotel e faço uma casa de tolerância. O ato que permitiu
hotel eu descumpri. Então, o ato é cassado.
7. Caducidade: é a retirada do ato em razão da superveniência de
norma que não mais admite a situação antes permitida. Ex: Peço para
administração fazer parque no local X. Administração permitiu. Vem
nova lei de zoneamento e faz ato que deixou eu fazer o parque não mais
valer.
8. Derrubada ou Contraposição: é a retirada do ato em razão da
superveniência de ato administrativo que não mais admite a situação
antes permitida. Ex: Ato de nomeação vai ser derrubado pelo segundo
ato que é exoneração.

4) Anulação 5) Revogação
Ato ilegal Ato inconveniente ou inoportuno ao

interesse público
Prazo: 5 anos – art 54 da lei 9784/99 Prazo: quando o ato deixar de ser

conveniente ou oportuno ao interesse

público
Quem pode anular: tanto Quem pode anular: administração

administração pública quanto o poder pública que praticou

judiciário
Efeitos: “ex tunc” – desde a época, Efeitos: “Ex nunc” – desde agora,
retroage não reatroage

MÓDULO 2 - AULA 1 – PODERES ADMINISTRATIVOS I

Poderes da administração são prerrogativas, instrumentos que a


administração pública tem para a busca do interesse público naquela
relação que prevalece o público ao invés do particular - Princípio da
supremacia do interesse público sobre o particular.
.
Em prova, geralmente cai conceitos. Ver conceituação códigos e passar
para cá.
Poder de polícia, Poder...

Caraterísticas dos Poderes da Administração:

a) Observância ao Princípio da Legalidade: fazer tudo que lei manda

b) Poder é irrenunciável: se consubstancia em um poder dever de agir.

Não pode abrir mão desse poder, já que este decorre da lei.

c) Pautado na razoabilidade e proporcionalidade: são situações de

equilíbrio entre meios e fins utilizados para alcançar os meios.

d) O agente tem que obedecer aos limites de sua competência (lugar,

hierarquia, tempo, matéria).

Quando as características acima não forem observadas tem-se abuso

de poder.

Cai muito em prova!

Abuso de poder: ocorre na:


a) modalidade excesso de poder (há vício no elemento

competência/agente excedeu poder que tinha)

b) modalidade desvio de finalidade (vício no elemento do ato

finalidade), ou seja, tenho por exemplo, uma desapropriação para

prejudicar a Maria. Viola indisponibilidade do interesse público.

Quais os poderes que administração pública tem?

1. Poder vinculado: o correto seria ato e não poder segundo alguns

autores. Ato, já estudamos mais acima. É o ato que não tem liberdade

para o agente público, basta preencher requisitos da lei.

2. Poder discricionário: o correto seria ato e não poder segundo alguns

autores. É aquele que tem liberdade para o administrador que deve

analisar situação. Pode escolher entre as hipóteses previstas em lei.

3. Poder Disciplinar

4. Poder hierárquico

5. Poder de Polícia

6. Poder Regulamentar

MÓDULO 2 - AULA 2 – PODERES ADMINISTRATIVOS II

3.Poder Disciplinar: É o poder que a administração tem para aplicar

sanções ao agente público que cometer infração funcional (não

observância ao princípio da legalidade). Para isso será instaurado

processo administrativo – art 5, LV CF, garantindo ao agente

contraditório e ampla defesa, obedeça ao enunciado da súmula 5


(presença de adv é opcional em processo disciplinar). Ex: aluno que

recebe cartinha do diretor da escola. Alguém aplicava penalidade para

aluna. Na administração é o agente público aplicando sanções que são

aplicadas ao agente público, toda vez que ele cometer infração

funcional.

Aprofundamento 1: A doutrina afirma que o poder disciplinar é

discricionário. Ex: Um agente pode responder com suspensão de 15 a

30 dias, ai de forma discricionária o agente escolhe quantos dias será a

suspensão. Ex2: servidor cometeu falta grave. Ai tem que valorar esta

falta grave (conceito jurídico vago ou indeterminado) para poder aplicar.

Escolha da pena etc.

4.Poder hierárquico ou Poder do...: “é o instrumento de que dispõe o

executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e

rever a atuação de seus agentes estabelecendo a relação de subordinação

entre servidores de seu quadro de pessoal”. Decorre de hierarquia, e aplico

penalidades adequadas ao agente. Só consigo aplicar sanções/penalidades

porque existe esse poder hierárquico.

5. Poder de Polícia: tem previsão CTN. É um poder que vai limitar

liberdade e propriedade do particular, seja restringindo. Poder de polícia

não pode ser delegado para particulares porque entes da fisionomia

privada não podem limitar e propriedade. Só é possível a delegação de

atos materiais ou de mera execução. Ex construí obra acima dos limites,

ai quem vai demolir é a privada. O decidir não pode delegar.


Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.               (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966 )

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem
abuso ou desvio de poder.

MÓDULO 2 - AULA 3 – PODERES ADMINISTRATIVOS III

Poder de Polícia: limita propriedade e liberdade

Atos podem ser: preventivos (fiscalizar coxinhas do restaurante) ou


repressivos (apreender coxinhas).

Polícia Administrativa: é uma só, só que tem diversos setores: 3

1) Polícia edilícia: edificações

2) Polícia Sanitária

3) Polícia de trânsito

4) Polícia do Meio Ambiente: Vamos aprofundar. ADI 1856 que trata

da briga de galos. Quando julgou analisou a lei fluminense que

autoriza a briga de galos combatentes e dizia como ia ser o poder de

polícia sobre essa atividade. Quando chegou STF analisar, o mesmo

declarou a inconstitucionalidade por violação art. 225 CF que veda

crueldade com animais. Por isso, não existe poder de polícia se


ilegítima é a lei que lhe dá suporte. Ficar de olho na vaquejada. INC

VII. Aprofundamento II: Envolve Recurso Extraordinário 658570 que

envolve as guarda municipais, art. 144 par 8º CF, de aplicarem

multas de trânsito (lavrar auto, impor multas etc). Sim, elas podem.

Aprofundamento III: PODER DE POLÍCIA tem alguns atributos –

DACO (Discricionariedade – Auto Executoriedade e Coercibilidade).

Discricionariedade = em regra são discricionários. Admitem juízo

de conveniência ou de oportunidade. Precisa de juízo de valor.

Auto-executoriedade = polícia vê que são estragadas as coxinhas e

ela coloca a mão na massa. Realiza atos INDEPENDENTEMENTE

de autorização judicial. Isto é para consagrar o princípio da eficiência.

Tem 2 vertentes: exigibilidade (decidir por parte da administração –

decide apreender, decide aplicar a multa, decide interditar etc) e

executoriedade (colocar a mão na massa, é apreender as coxinhas

estragadas – casos previsto em lei e em situações urgentes).

Coercibilidade: os atos de policia geram uma obrigação para o

particular – “ius imperi estatal”

5) Polícia de Pesos e Medidas

6) Polícia da Atmosfera

7) ETC

MÓDULO 2 - AULA 4 – PODERES ADMINISTRATIVOS IV

Poder Regulamentar ou Normativo:


CF (TOPO)

Lei – por ser geral e abstrata vai precisar de complementação de ato

normativo

Ato normativo: regulamento, decretos, resoluções, portarias etc.

Ex: lei de drogas vem e define os crimes e procedimentos envolvendo

drogas, mas não tem lista de quais substâncias são consideradas

drogas. Esta lei precisa de complementação que aparece de ato

normativo (ANS). Portaria da Anvisa que traz a lista negra, substâncias.

Aprofundamento: MACONHA, vários princípios ativos, CBD e THC que

extraídos tratam algumas doenças. www.liciniarossi.com.br – ver lista.

Maconha medicinal no Brasil e matéria. Vaporizador, óleo, spray etc. Ler

reportagem “buscar maconha medicinal”. Anvisa retirou as 2 substâncias

da lista proibida e passou para lista de uso controlado.


Muitos que são favoráveis a retirar maconha da lista, se reuniram e

fizeram “marcha da maconha”. Vários manifestantes que manifestam

pensamento favorável a descriminalização uso substâncias. STF disse

que não pode ter consumo na marcha. Direito de reunião e

pensamento.

Aprofundamento II: Mandado de injunção. Pelo art. 5, inc. LXXI da CF

é o remédio para falta de norma regulamentadora. Lei 13300/2016 saiu

lei cuidando do MI.

MÓDULO 3 - AULA 1 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO I

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Mãe que tem 7 filhos, vai precisar descentralizar as tarefas. Tiro das mãos e
descentralizo. Na administração pública direta é a mesma ideia.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA: Descentraliza as atividades prestadas.


Descentralizo para a administração pública indireta. Ocorre por lei. A
descentralização também pode ocorrer para entes da iniciativa privada
(contrato administrativo para os concessionários ou permissionários de serviço
público) ou por ato unilateral para os autorizatários.

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:

- Autarquias (comuns ou especial que são agências reguladoras: ANATEL,


ANVISA

- Fundações públicas que podem ser de direito público (autarquia fundacional)


ou de direito privado (fundação governamental).
- Agências executivas

- Empresas Públicas

- Sociedades de economia mista

- Associações Públicas

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Lei ordinária específica cria autarquia. Lei vem e cria,

Leis ordinária específica autoriza instituição de empresa pública, de sociedade


de economia mista e de fundação. Primeiro a lei autoriza para depois lei
complementar definir as áreas de sua atuação.

Fundação: pode ser direito público e direito privado. Se fundação pública de


direito público é uma autarquia lei cria (doutrina) X Se fundação pública de
direito privado lei autoriza a criação. Se na prova só constar “fundação” o
certo para prova é lei autoriza. Se especificar...

MÓDULO 3 - AULA 2 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO II

Ver decreto ........

ABAIXO ALTERAÇÕES DIREITO ADMINISTRATIVO:

Lei de licitações: Decreto 9412/2018

Art. 23, inc I e I e 24.

Obras, serviço de engenharia


Convite: até 330 mil

Tomada de Preços: acima de 330 até 3.300.000,00

Concorrência: acima de 3.300.000,00

Bens e outros serviços:

Convite: até 176 mil

Tomada de Preços: acima de 176 até 1.430.000,00

Concorrência: acima de 1.430.000,00

Art. 24, inc I e II:

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// Alteração na lei de improbidade

A lei nº 8.429/92, a conhecida lei de improbidade administrativa, acaba de ser


alterada pela lei nº 13.650, de 11/04/2018.

Foi incluída mais uma hipótese de ato de improbidade que atenta contra os
princípios da Administração:

Lei nº 8.429/1992:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições,
e notadamente:

X – transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na


área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento
congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018)

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Ai, tem alterações anteriores a partir de 30/10/2017. Verificar se está ok

30.10.2017 Alterações Legislativas

// LEI 13.500/2017

A Lei nº 13.500, de 26/10/2017, em seu artigo 3º, trouxe alterações à Lei nº


8.666/93, lei geral de licitações e contratos. Em suma foram 3 alterações:

1) Criação de mais uma hipótese de dispensa de licitação, no artigo 24 da lei


8666:

XXXV – para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de


estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente
risco à segurança pública.

2) Alteração dos requisitos para dispensa e inexigibilidade de licitação do


parágrafo único do artigo 26 da lei 8.666:

“Art. 26. ……………………………………………………….

Parágrafo único. ………………………………………………

I – caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente


risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso;

3) Acréscimo do § 5º ao artigo 40 da lei 8.666:

§ 5º A Administração Pública poderá, nos editais de licitação para a


contratação de serviços, exigir da contratada que um percentual mínimo de sua
mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de
ressocialização do reeducando, na forma estabelecida em regulamento.

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