Você está na página 1de 77
Maris Elisa Cevasoo DEZ LICOES SOBRE ESTUDOS CULTURAIS RKontds 7 de Ton. <4 04.15 4A Spiers in Ce 205 pe nome soe et sm “loan erent ile doie ener lee dene ue eligi 083 Siena erage “rotons SUMARIO INTRODUGKO PRinetRa Li¢ko (Ocema “lear esciedade™ SEGUNDA LICKO ‘Antesedenes ngs TERCEIRA LICkO ‘Contapontos ioe: caltura de minora xeulurscm commim OUARTA Ligko ‘Aormagio dos estudescaletals ouints Ligka Fotmagbeslatdectanin a Nova Exquenda SEXTA Ligko Posgbessobreesturs: comateraliemoculueal Serima Ligko Dislogo pertinent: sarang culaus OITAVA LIgko snd literdrosestudoecolusis NONA LigKo Esrudos cultura contemporineoe DeciMA Li¢ko Esrudoe cular no Brasil INTRODUGAO. ‘Unespecu ronda deparamento deliteraara das universia- es, da Auta a Alabama o eos clears, Nas verse smalshorroriade, nova displ veo par dessuie ala iter ‘a, tansformand refnadoeamanes de um Shakespear ou de ‘um Guimaries Rosaemfisdeealtus pope analtasde shopping ‘ton. Naveco apologtc, ela eo para fzeraevolursoe nfo eiar pea sobre pera nos medoswadicionas dese faze crica deculur, se list vst da vids conctet ene Bntsama, mostrando come or eudos culture urpcam em um deeinado ambien {2 Séciohisico, stele com or exdorlitercioe, sae pr meinsconguistastesricaseseuprojetointlectal-queineulcer- samence eid da curds popula eda fendenos david cotidiana, mar reser epg para um novo modo deler a alt culsrs, Como ants outrsdiciplinae anteriores, ram para supric a necessidadeeineectuie de uma nova confgurasio sio-hiica ‘Esa de gers dediadas oe extudanver deciéniashums- nate demaisincrestidos na debate cultural conemporines. Ofercems uma visio itroduteia, que pode se complementada pels suger de esa que scompankam cada lige. Procuram fazecum acompanhamentohisrico, desde osuryimento da di ‘Spina na Gri-Brtanha dos anos 1930 —em aul notuemas para ‘uabalhadorce~ su lorasio como item de exporeasfo da scale rmininglessecypeiamentenorte-americana, Busca agar afor- _maciotocil de ondesungem, sae formulagberteticereposurs polls eas crnsformagées que novor repos deteminars na dliplina. Como setae fendinese que nasitorigem eno tual pono ental de diseminagto, ett locliado ma Gr Bre- ‘ana ehojemals ns Estados Unido, ofaco dents de ligoes cd voltado para ses pales ecm especial para a obea mais produiva de Raymond Willams (1921-1988) ea de Sware Hall (1932-)— Mina, como brinca Hall, os ervador cultueis surgiem no ‘momento cm que ee conheceu Raymond Willams ecm said 'eocou um olhacom Richaré Hogg! Pace beeficiodoerudat- ‘te bratileio, a ikima lgto procs ctabelecer ua ligne entre ‘studosultussformagiesinteceais bese (Certamence estas primeira ites apisancam um ponto de ist especie sobre ox etudoe cleus evi coneribuir para ‘stabelecer uma posg «partir da qual a posse alias, ons baseno que bi, osrumosqueintereia dar aes novadicplna ‘em ntaimportaco pars a academia bata para nossconver~ ‘2330 sobre cuir. © TEMA “CULTURA E SOCIEDADE” “To defnigiode disciplina da eade cine hurmanaspressupse, ‘em menot ou maior ga uma concepin do igufcade deca. "erga ctimaximizadoem uma dixiplina como etdos de ‘ular. que ji acolocs come sex element fundane Cerementemuitosoutospafestiversm ums ouuea forma de estudos de cultura muico anes que ets ciquea se tnsfoe- ‘masse na marea de uma dissplina ascondente nos deperamen- tos de humanidades a partie da segunda metade do seul XX ‘Maso fat éque a dscplins secon ricco maoglatera ‘os anos 1950, edo incresse maiorem examines formar ocspecitcs Versous de CULTURA ‘Apalayra “cleus” entrou na lingua ingles a pase dolatim toler, que signfiava biter da, hoje, “colons "coli ‘adaar~hojecom sentido peeservadoem ul” examibém cul finar— na acepeo de cuidar,aplicado tanto &agricltura qu to 20s animals. Essa acepeio preponderaate no século XVI Como mersfora estende-se a0 cativo das faculdades ments ‘espiituai.Atéoséulo XVII, clears derignava uma atvida- de, eracaltura de alguma coisa, Foi nessa pa que, to lado da palais corelara“cvlinagio",comegou acer sida como um sulstanio abscrat, naacepede no dem rsinamento pes ‘ico, mas para detignar um proceso geal de progreso intlec- ‘tual eespiritual rato na eafera pessoal como a seca —o pro- ‘eso secular de desenvolvimento humano, como em culeurs ¢ ivlzago europe Durante o romantsmo, em expecal na Inglaterra ens Ale- sank, pasiouseruadaem opotigio ase aig sind, c= lina, como uma maneia de enfin a cultura das ngSe do folelore log, o domiaio des valores humanos em oposgSo 20 ‘artermectnico daiilizago" uecomasavasseetratararcom + Revoluso Indust Tata de una vr semi nts, ued novcs de umaincens transoumaso socal lta e“eiviiagSo" so palaveas aur 6 tempo dscie tira (como em clilizagzo ates) e normative: denotam o que 4 mas ambém o que deve sr (bats pensar no adjetvo“cvli- ado” ese oposto,“birbaro"). No decors dos procesosradi- ‘nis de mudanoas seins ds Revolusio Inducer, fi fisnde cada ver mais evidente que o tipo de “detenvolvimento huna- no em curso em umasociedade come singles io ra neces ‘amente algo ase cecomendado, O fo de, em expecal 20 Tonge do séelo XIX, « palavea ter adquirido uma conoragio imperilsa (iviliar os bcbaror" era um mote que juss 2 eonquints e a explorale de utes povus) contribu para a Virada de sentido. E nese proceso que ult’ a palaves que éecignavaocicinamentadefeculdades ments steaneformou, solongo do éculoXIX, no temo que eafeizaima reasfoema ‘ltica~em nome dos valoreshumanos~3.sociedadeem procee- 50 acelerado de traraformasio. A apliasto dese sentido bs art, como a brs ¢ pitts que repretentarn «dio austenta- ‘ozo proceso geal de deenvolvimenco humane, épreponde- rantea patirdoséculo XX, Emmerdoe deste sul os entdespreponderantesdapalaera cram, alm de acpsto remanescente na agreltua ~culeura de {Sse rman an ne aly ot Soi. ‘oats, por explo ~o de derenvlvimentoitlecual epici= ‘ual eexthico; um medio de vid expecticns eo nome que dese veasobratepriticr de atvideder aries. ‘Uma das coins que fea evidentes neste apanhado répido das mudangs de significado de ultra que sentido ds pal vas acompanha as ranformage toi 0 logo da isa © conserva em suas nuaneateeonotagSes, muito des histia, Na Ingaerra dosanes 1950, momentodeertniturigio dadscipina Ade esd cules o debate sobrea culture parece concent muito do sentido de mudanga em uma vciedade que se reorex- nie ne segundo pés-guers. Raymond Wilias (1921-1988), figuea cencral ne fandagéo dor etudos cular, conta como 2 palaea cultura comes ase ea ver mais rads coma exo dos debates dates rumos. No pracesto, uma de sua acepses de antes da guetta, 2 da dingo soci culeus como posse por pare de um grupo seleo, comers dessparcer ea dat agar 8 preponderincia do uso ancropolgcn, clears como mada de vida, © outro sentido decultura,designandeaxarese, 20 con texto inglés em eapecial a Hears, inflet com a predomi- nincia cerita sobrea cag, um do efoto projet inte tual dominante a academia ingless, o Canubridge English, sun de nossa pessislig, ‘O que Wiliams pees nes concentra do debate cram os _primeios pasos gganesosda nos "ead cleus” assim den ‘minada plo predomini dor melot de omunicgto de masa € pelo desvio do coal polio scondmico pak ocular mar casdotempo presence. Um bomexemplapurnseenenderes i smatendénciaéaénfisedeumestategistamiitr Samuel Hunting- ‘on, que.emurncnui parsarevina Foreign fi de 1993), pve ‘que fone fundamen dsconleaeemnowosdsensod primer bapa cetera na ialmentedeolgie ou econtmica. "As grandes opasigi ents ‘spécies humana a fonte dominant dos confit seo cal ‘si, claro que Hansington presupie aque culuraédisocia- ‘dads economia daideloyae dia, ronicament, 6x enetagioca ver maisvidenedesarefesquemarcanositers slaeulcu, quando poderoecontmcoaeentieizacom aspan- oculur basa pensar nocinemade Hollywoodou nsametice- ‘sig do modo de vida de larga fia do planes produsio econtimiea com 0 comvencimenta ideollgio — mercado epeo- panda si das faces da mesina compl de criar nova nece- ‘heer em muicosedarspoucosspoubildade dea as, Ha década de 1950, fcou claro pura Raymond Willams 3 necestdade de romer uma pois sobres culture deiner aa debate pars demonstar st conexe ene asdvernseferasal- vaguardar 0 cnecin para um usa democtitice que contibuse para 2 mudanca socal. O ponto de vita de inter tlago entre Fenbmenos cultris eocieeconémica eo rieto da lata pla ttansformagio do mundo 0 impalsnicial de seu pojetointe- Jectal. Escievendocem 1961, ci: (.) miata eu snda az eidente qu no pemor entender 1 procendesasfoomagie em gu camo noire sini tarmons pense areas dette nds eclaral cm process sepetads. Todo nna modo dev, da ome de nose comrades terniapieconedda duce, eds eur Fanaa ast dit aie doemeenimer, ex seo rf ue fend plo pgm cpl iver da democraincda indi epee cen ds comunicaca. Aintenego dae Jago cur ums parte inporcnc de om npr mie sieges senda need cote, de Fnac ind ni Pal Ainge pn pg ae comple no munda datarecsid Equa eames cee ‘lainar uma mudanj como aca md ences m iciplna cme xpi, economia es comune que dene Irimeselumas dis querer mir compass tro as de issoraerumsaa Jéeseiclerotambémnalquessdiciplinasentiocrinenses fo ‘comportam asquestbsqueintersaformlar,Pacaidar conn ‘nova compleidades david cultural € precio am novo yoca- bulévio¢ uma nova maneite de tabalhar jd eté dado nesse ‘momento o paso quelevsexrutragio dos emudos cular, No obra de Wiliam ese pasto implica um mergullohissSico nosmodos pelos quai sculura fo sendo concebidaalonge da istéria inglesa moderna. Antes de deslocat as concepgbes fase da debaresobreaculeua, preciso mapesrzmuderenval- iment hisetica, ‘ArTRABIGAO “CULTURA E socieDAne” 0 estudo clisrice de recone hisesica do dscustos pre ponderanersobreaculeuamasiaibndnivagulivede1958 Cidrre an Soe 1780-1950", de Rayrnond Wilms sade deletmos The Lier of itera de Richard Hogg (1957).e The Making ofthe Englsh Working Clas (1963), de Edward B. ‘Thompson — os uésconsierado, no por sar, ot livros in- danas da no disiplina livre de Williams examina a idias sobre cultura esocieda- Adeenfiradasna mudancs do significado devermoncomoospré- “ral iti he on La Ch Wd Sh 2 meat Sy 9501968 Led The Hee, 198 (elisa ate ats mt, ro Le 1 By an Compa Ee No ‘lip Nd fort hg malades gf en a Net Gin at ata ene eS heron i pros culture soiedade, mais india, clate carte dade os Primeiros anos de consolidagio ds Revolusfo Induscial ae 1950, © foco do interese nas mudancat seminticar & que clas ‘encapaulam einfotmam reagSer i nena mudangat oc At nuangasde sgafcad desc et mor so st comme um reise uma regio Bsmodiicagtertocaicaueada pela Revolusio Indu ‘ual pla implantarto de uma order capitalists hegemdnica 8 Inglaterra pari do sculo XVII Foi coms ee lr que ficou ‘stabelecide aesintécia de uma cai nga de debate sobre ‘qualidade da vida socal deferens pons devises pllticos, pensadoceagrupados nea tadiio vio consciaindo um dicur- se deci em relagio 8 nora sociedad industri. ‘Williamslocalzastradigivemobrasdeautore queers: Aicionalesuda em separado: eo analinspofioe, public ‘as, poces, romancstar, cro liedtos. A inhas principals da ‘ea desio dadasnoranor 1700. Porun lida Ediaund Buck (1729-1797) 0ferezopasior de Revoloo Frances, ¢ por out ‘Willis Cobbe (1763-18), 0 poemista defessoede uma cat- setrabalhadoraqueseorganizaDeixando de lado aoposigio util ahistna cases eattoum eonservadore wm rca, Wiliams demonseaqueambor (ttm + nova agate apr de ua capes da velha Inglawr edi ina commaatnaars adi fonesdectede ror demscacined ir inutile, igesqueem mendes de stele XXainds co aonerloame” [Nalinhagem tagada por Williams, a tad inicids por Burke ¢ Cobber continua nas obess de Robert Southey (1774 1843), um dos furdadores do nov consrwadais, para quem ‘Eada devia cuidar da sadde fies e moral dor pobre antes que i Win Coheed in 4 ‘este evolrassem, equ éeaponsibildide de tode a sociedad “ocuidado ea cults’ de todos ede Robert Owen (1771-1858), um dos fundadores do acai edo coopatvsme, para quem ‘ natureza humana nfo €um dado exo, mare produ de um. ‘modo de vida, de uma culura. Com of poets tomintics, em ‘special Wiliam Wordsworth (1770-1850) e Samuel Taylor (Coleridge (1772-1834), enta com forga a acepsio de culate como, nas palaias de Wordeworth,o “eptitnencamad de um, ovo", a medida ds excléncia humana, ribunal praateo qa ‘ramjulgadoses valores ressem oposiiaarvalore Skis” do rmereao ede outasoperagfes similares do ctnércio ed indi. ‘a Se por um lado ssa acepeso eleva o conceit conde ‘isi ava da cultura come intervengo na sociedad, por outa 8 expon- siveis pling danovedicipinade etude levato muitsaconfundiras dus figs, eagjand a cferéncia ben-humorad 2 mito emo" Raymond Hoga Mas defo dieengas andes deetaursedepeieted- ‘ica Aimtervngiode Hoggut ato temoslcancehistriog ours ico da de Wilms, The Ue of Literacy uma sepeesntagio da vida da cae abahadora como alge além deconsum degra do da cultura de mans. eran da argumencagio ¢estabele- ‘ra exstnca de uma cultura como modo de vids baseado nat ‘elagbes toi norbutrosdaclaseablhadora, Como Willams, cle se estene do elitism de Leavis ~ selma, em um texto de 1963, que as teataivas de implement plano edscacional de Leavis, foomara miaota cates, nfo davam muito certo nas parradulosansformando o profeocem "amacspciedemem- bro deequie de vacinasoantitetnion em vita a ua conn dhadeprimivve™ Entrerano,nolheocore questions em at buivalr cultural para qua, Disa eicapara opacunidadedever que dominio daculturanto Gum camp dado cettico, mace hero cntestagtoe3repropriago, Para quem no questions 0 que ala calra ou quem decide o qué levante claralmente oquento gssndapollicsseesume a dfundirpela edueagio"s ‘melhor que fi peas pela humanidade, sens prevcuparcom que stribui alr cura ou decide que pares da humanidade "eu? eulure, New seni, se poe, ai comeode Leave, retémainflerioarnodiana do dere de guar protege as mas. ‘Vles com forsatotl aida de Coleridge da neces dade dereinar una deri amino expar degre maser norcamialos da sltucakurede defend 4 por meiodo cultvo devalres epic ‘usis—dasmmela do mers da civilagiocontempoctns, Odiscuriode Willims i, aolongodes abr, dermontando ssa dicots ene cultura cvliagfo ea opis cone ‘asenttemundo epiceal ematrlcrintidadeemecanicismo, grande arte vida oudindia Sin obra pretend npere a dicor- ‘Std Hae acing Li Ld Nad ae of tind in BSG neo ing Ontong tor % ‘as enruturantes da posi da tradi de cultura sociedad. [Nela, "Cultura, com C maidsclo, écolocadslonge da vida ‘ace onde enconr seu significado, Para Wiliams a queso rodal & verificar que cultura prods de forma saito mais ‘ttensado que querem fae cre o¢dfensores da cultura ino- ‘ia Longe dedespreraoquecomumente se designs comossgra= es obras da Cultura ¢ preciso se apropriar dees erang coma setida nas mios de poucos, por meio da aberuradosceae a0 neis de prods cular, Wiliams lembis que prec insur- ins ainda conta uma ours identifies indébi, ade culsra popular com cultura cde masa. Ja zen de The Uses of Lite rug else diferencia de Hoggae nese spect cei (Hoggan ue com dec eas adie iden ecaemamente dance equead neta ppl als comercial evista eneenients) 4 ela du clawed efits. rnd fotedemia populace bra lngedalne tn Salado pissed ma clu uf nr rani penionsmcapede burns csntinensndiiamante pile A ditrengs Fundamental qe a contribu de Wiliams text to debate 2 pereepeo macrialita de cleus ox bene clas ‘Ho resueado de mee tab ces nati de produ indo lesdealinguagem como conic pts soeacos edict de comunieagio), que conezetisam relies soca complexat nvolvendinstiuigses,convengSes formas. Defini ultra € pronuncar-sesobreosigifiealodeum mododevide, Ese ovata campo de estado eintervengioaberto os eros cultura no momento desea formagio. Rm Wis Fe le Wg ed od Hg he Fy ay aa DesDOBRAMENTOS: © DEBATE HOJE Aperardsflaragee de sentido an long dir, qe Fire ida de form sumia nests pric lig, a defini de cule em seu diferentes momentos denoava uma categoria indusi- v8, em que as particulardades se dsoliam em um termo maior que abarcaa valores e ignficador male gris. Una dit neds do valor de cultura, comm a artes, er jutamente que era dest= lavam ese valores “‘univereis". Como dtm comentadar ib enescurado: “adonlmens clr ta um miata nepar- Inidadesmequinhasem am meio mainarangensgornchlardaes int, Come wna oes de bjs univer gna ue ‘alors gut eompurilhivames toe lo spl fa des an sadecomen.. oer itm apc ca it mii olac macem aspen sneer ein com todas coninglncat sca, cate aia nor andar em alsa veel © ponca devs daha al, ain como o do Todo deo ropantadevinadeidea pre ede net,” [A partir cla dca de 1960 ouveoutavsadasomtatien no ‘onceito de clara enfeuando madancar ma ongminaio social ‘de um mundo eanectado pelos mos de comunicaszo de mass, ‘onde profundss tansfomaySer ecndmica plas acabaram porenfiaquece um projet cleo de mudansa socal. "Viva a difsena”e“abaixo 0 univesaismo” parecem ser a8 ‘nova placasde orden em umaépoca aqueseconvencionovchae mar pérmodeen, come seu tires lepassido o concenspor ‘inca Nee now momento, 2 Cultus, om macs, ¢ subst ‘tld po cultura no plural. © face no mais a conelingzo de {odostem aluts por macaleua em comm, maraedaputcentre sslilerencesidenidades nacionas nas, sexsi ou regions ‘Tn Tf Cnc Hl 208 3 Domesmo modo, cultura no mais ranicende a pollicaco- ‘mo um bem maio, mas repreenao¢termx em quea politics anticul. Comolembra Edward Sid, "scultues campo debate Thame qual as causasseexpsemlurdo da elutam una coneaas ura, Ess novo movimento, por umlada, deitou por teraaspeten bes neutralidade 8 noctncia da calara Por outro, eteitousa ogo do police reduids agora uma prévica cultural eS defen do paricalarsmo de diferenga cular: se esueltamento acaba apoximando a extridenes tvs ™ euleursis pés-moderaos dos combativs dfensors da Cultura como refigio dos negscis do expt, o rina onde sefamos ‘dos humanos juntse partir do qulsejularia arociedade 3 longo pets, se3 modifies, Ambos deat de lado, por exem- plo,o dominio da esanomia ed certo do poder do Fata que ssw, Sp eres, no fi dat cones, que aiculcn a mudangas socials na dite de seus interes. See SR att ch tg oar ej ANDERSON, Perry. A cvlizato eseus sigifcadas. In page evn de Eudes Marsa, 82,1997, 2541. ARNOLD, M. Sele Pre, Landes, engin Books, 1970 EAGLETON, Terry. The dee of Cale. Oxfon, Black, 2000. Euor, TS, Nows Toward she Definition of Culture. Londees, Faber and Feber, 1948, HLOGGAnr,R. The Uieraf Literacy. Landes, Chatto and Wind 1957 [Edie portguens: Arta de ler Tid, M.C. Cary Lisboa, Preseng, 1973) ‘Sab, Edward. Culure and bmpeialiom Londees, Chato and ‘Windus, 1993. (Edito brass Cutan pera, “iad. Denise Borman, Sio Paulo, Companhia dat ers, | 19954 ‘THOMPSON, EP The Making of he English Working Clas. Loo- ses, Victor Gollarac,1963.[Edigtobradleia:A frmagto de clas rabalbadera nls. io Palo, axe Tera, 1988] ‘Wut, Reymond. Calter and Socien, 1780-1950. Londee, “The Hoggeth Prem, 1958. [Edigio brasileira: Calta ¢ secedade, 1780-1950. Tiad. Leonidas H. B, Hegenberg ‘Sto Paulo, Companhia Editor Nacional, 1969, —— Kepuords A Vocabulary of Calare and Soin. Lodes, Fontana, 1976. The Long Revlon Lonates, Chart and Winds, 1961, ANTECEDENTES: 0 INGLES SS Avesiode Mathew Arnold daculeuracono seposisétiedoevalo- ‘es humanosfundamentaisvai encontrar sa expres diciplinae no ensin da icrtura ingles. Ox Ex Calta como di plina, fm abla os pressupextos¢ptcar do Inglés, Pra ete eres oposigf, ales pens xaminar a carseat principals esse que fio mais importante ente oe etudos humanists na Tnglaerados anos 1920 1960. © ESTABELECIMENTO DE UM nisciPLiNA Um dosimpalos ais persnente dae ria soi a nati “ago. Sua tendtnca de aprerentarem se como cena, mutes ‘obrigndtis, As diciplinas aeadémias nip si exes, Enee- ‘am um em tnda que eve do momento daconstinigan de uma ds nas inllunte dil no endo cleric, a laliteraurainges, demonstra que ssa senso rsponde nees- Sader ideolgicaexpectcasde um momento trio Pate pre- ponder deauasflséncia se deve a sucesto com que deem nia sua Fungo de teinsrrento socal no eenidoexgido para a ‘manutengfa de uma detetinida order. Demonsia, ainda, 0 ‘engano dos qu acreditam que se ata de uma dicplina newts, preocupada com o mundo edo da formar com a manitensi0 devaloes eters, Considerar sua formas hisvicasjudaatraar sorgem eas marcardas pois queconsiniemodebatemsses em ‘special o contrast cetreor edo "declarer. Pars um eame do momento da consti do Ings como icipling, zrves gin de uma vor inapeta de qualquer aga de radiclionadeerquerdaadeum dos randesnomesda displina, ‘opoecs, dramaturgo ecto. S. Hot Em seu euro eeaclarece- Aor tsbo The Cie of ory and he Use of Chitin, de 1933, clo eedaramentecontrsa ida de que creates, oven bjt, xeariam ientosdefiroresezemos Longe dedefenderque scaica ea discipline que ueinacricorocupa-e de problemas ‘exritamenceinernartsobrs, Elncaficma: "Nos criea,deuma “pecs pars guts, reltrk que Far exgtaca da dpe ‘A pans dates seuinte pergunta: que tips deexgtn- da esa send atendida no momento do floreicinento dads lina do Ings? Esrabelece as vias eager econtimics, oli- histdieas culture que comp dem acuiplina,certamente, uma uefa gigancesea Ese fo no deve, no encanto, impeia ‘enaiva de pelo menos entarprecirarde quemodo apie da Aicplina easasunges queassstentam so uma respostacspecl= fae contatualzada esr demands, Parte importance dsse abalho de speificagio pasa pela seconstugi, and que pid, do decenvolvimentobistéico da discplina, © esudo da literature ingles, que tia te colocar na Aya de 1930 coma eee che dashumanidades’camepe sseesablecer como dsciplin nasegunds metal do séulo XDX Un deseushistriadres mais pecespcvoy, Trey Eagleton, expe ‘aramente uma ds neces dader coca aque spond ete st bndecimente:"Se nas fase solictada uma inca explicagio pace. 0 aumento do nme de estudosngleseem fine do s&ulo XIX _esposta sera uma faci da eligi” Emmeloao pesado vtriano,araligio como fons iesgi sdepomoveracoeso social entra em crs, sb oduplo impacto dat, escoberes cence ~ bars lms aa teora da evologio de "5 BT ef ad he te i is er 8 1, SI ae Jr rs Ta Wa Da Pan Darwin eda mudang socal Tal ito €eremaimente pertrbae do para. order vigence A quastto onde encontrar um dscat- so equalente, uj efcica se process mais porimagens,simbo- los, tus mitologias de que por cones expose doacinas aberasdemonatrgioracional. Pot iso mesmo esa concepezo delieratura que se cmega a frmar no momento do eabelec mento da dicplina ¢abeoluta em suse pretenses. Matthew Amon por caso considera o "pi da critica lites coe ‘a quastio, como vimos com acindu que araceriea su dis ‘ears de pensadr orginico da dane dominant ingles 0 fusto dara pode ser deciddo pela posi, uj fungo coc] pimeiea £ sulbsiuira rig «promoverocimento socal neces p rmanteraccesto de dase sciircom interes antaginicon. Vale 2 pena reproduzir uma descrigio mordat~e nfo por isto menos scuzada — de Fapleton ds gualidades que fem d literatura 0 andar ideal pars lng: ‘Como. irr leamoaconhscnes a derorbumanarun- ic nfo deseslderzat coat gun chine pees as mlleerou x erlang dae cer rmpanen ingen, pra sce ascalocar mua pepe cami peau eigias osteo por conga dvds onpr um ian sled supp vd cor um pouco dese, pein leeeea gucci qt, nurs come era deere sedate” Aor dplna,comorenltaummanal pars profesoresdo pevodo, deve cneribuie pa "promovera impatience todas a hss” Segundo um das defenoresdesainclsio no curtvlo ‘pés aPrimeira Guerra Mundial, autor do lero Exglich fr the English (1921), 0 propésio social de exc diet ni sco laséjusamencecontersexigéncia de miorigualdde materi por sei de dinsibuigio dot bens imate ‘Teaco vedas comaniens fei ciscoromensem um cont em um eo over um jogo dcr Ouida Af ‘temdgtao 0 Mibederomostods igi, cae 00 ip Sigal Aalequevaea pena buscar Ingen quem canada late table era tenbam aoa ura paral comin dome lgs eto csctrmsfoimréo em bomen que eigen, ames 9 nue eat” ‘Além dese atrbuts,aHiterarua tem ands © mévito de ‘expor. leicora outros pontos de vrs, habiruandovo a0 pensar mento ea0 sentiment plraistas, convencendo-o de Gu ext- ‘em outra formas de vero mundo além dat uss, O fa de que falta de tempolivree de aceso3 peodusso impesam que maio- ria das pessoas comuas produna abn que, por conseniéncia, ‘essex pontos de vista sejam oe da laste dominant seca, para ‘ontinusemos ne mesmo tom de Eagleton, meta coincidénca ‘Ouro apett importance de difundie uma ieraaranacio~ ‘naléo sernimento de argo pci ques apecigao das real- ‘ag6es de ours "ingles sussit, em especial nagules a quem + agdo nega aigualdade,Além dis, tudo io pode ser conse~ sido sem o erabalho do teinamento extéa dado nas grandes ‘univetidades, onde elem os eléico:alirrnura nacional & erica na lingua que todos dominam. ‘Uma darevidénciasdesasfungSeré primeira pblico aque se destnao “English ar mulheres 08 fegientadores desfavo- * ue nn, Bai fr eng 92 Crd nce dei Be Sl Sin fh Ce 08 Oe Can Pg recidosdesulas para adultos, Comotempo,juntamscacseros fancionéros do iepério, os que if difundir o valoes dessa sociedade nascerrasdominadas, Atodosa literatura deve utna- za, civliza enees fortalecero sentimenta da idensidade nacional, acima dos inceresses do mando ra Enrretano 6 preciso lembrarque ese primelros ecudentes ‘woureram uma conbugio vlna para disciplina, Segundo nda outro cronita deste movimento’, cles esperivam que 0 livros Fssem estudados em casio 20 contents € expeiénca do vivid essa cxigdcia de dis ieacua vida eal abi ‘spago para aacculapo de um poco devia aparie do qual toxalidadeda vida cil pe seravaliads Esta principal rer Tizagto de disciplina como priica oporicionsta, Esse apccto seri impuls da procminéncia de Cambridge English do final dosanos 1920. Seus cos permanecem fortes em eancepees do papel social ds dseplna até nosso dis, ‘A'CRITICA PRATICAY E © PAPEL DA LITERATURA ‘Demorosalgum tempo pas ques nove discipline xe insinci alinese na grandes univeraidades de Onford ¢ Cambridge, "Embora tena comesido antes~a primeira cede de Ingls em (Oxford éde 1854 omomento alo do emabelecimento dongles viria depos da Primera Guera Mundial, e de novo, com Fangio social especfica. A questi principal nssemomento para disi- pina humanizadoa era atvarosenimento nacional. Eo r= mos teveladores com que wm de seus proferotes, George Liss, serecondadacragiodeum diploma espero (Tipe) em oglae Fiemmaryode1917,nmasen om qut otc sleet ‘vu se endo para da inks de Hinder, no momento em ‘ped Wn he Fil Ti fl in goes ia senor para Ravage Amés re: preva prs nearer gut, gu os membros da congas de Combege sein pate ebazera cio dum diploma ec comfy (Engl Tipo) independen da cplama em ingiet bderat [Bsediplomaespetio, pensade guste come malsum efor so de quer, du a condigbesneiacionis para acodiiagio 4 discipline. Uma das primeirss provincia Foi prover os ‘novo estudos dum método de abordagem do seu sesunto que osquiiiasccamodiciplinaxcadémicae ato como meropat- satempo de pessoas de bom gosto, que inham como baby Tieraura nacional que er que aco até entio. Esta mie soda" Practical Crscim’.o modo de erpteconaada por uma das figuas-chave ness projeto, ILA. Richards Fotrado em pricalogi, foi um dos menrores do projeo de Cambridge English. De forma sumisa, ode re diner que cea legado fo tanto metodlégico quanto epstemolégico, na med dem que procurou defini aleance co objetivo da nova di lina Se Principe of iteory Critic, urna sri de confi ‘ins parao cuss de Inglés de Cambridge, pblicadaem formade Heo em 1924, sop ao beleiamo da ica liertiavgence comesaestruurara verso contemporines do papel da ies ‘come elemento decontencio dat erieemciais Pata Richarsm dos clementot contri da crite madera er a predominncia do iscurso cintfco com se st alr cogitive ma erat con teidoafcve. Ess predomintncia do cognitive sobre oafetiva Jevara sum grande deseguiibie soil, Apenas urn range zagfo conscience da caltur poderareverter esa situgSo. Em ‘Science and Perry de 1926, 08 temas eatos a Atnold si atuali- EL cm Eg tne I Hl Wh) ei nde bride [Sah tnd De My 2 Si nc ame Sey tne eh PF ‘ados, ¢ Richards coneli que, para manter a coettncaprcalé- tice de sua exstncs, ar pens certo quese volar pars litra- tra, Como areligito, esta em um alo poder afeivo, mas. 30 ‘ontio dela, nfo rem nemhuna petensio de verdide. A poc- sia "capar de nos sav, éum melo perfitmenteadequade de superar 0 aos", are esse fim, a critica tem que se basear em um padeto comum de julgamento. A fim de angi xe padeso,énecesst- flo mudar a forma de ler lertursem getl cer especial a potsa,ogtnezo-chave para Richards Seu Practica Criteism de 1929, representa. a devrota final do impressionismo beers, Para provara necesidade de un novo modo de ler, cleapisen toa seus estudanter de Cambridge poematéem nenhuma re rencia de autor, daca ou eontexto sco histric, Muni das cviddocasdasimpressoet contradict das leituras descontex tualzada dosestudantas da maixprestigioes univenidade bi nica, Richards advogs a necessdade de wma discplia de leu ‘aque asegure uma walagfo comum, Seu mdiode preconia ‘qe le literatura ndo pensar em contertosécio-histSrico scm biograla de auto ésimplenmenneaeer-se ts palavras na gina. Es emule, que endifieaaaengio deca sos clemen- tot formals das obra, transformou-se na manera “natural” de lerliceratura a€ nosios dias. Além de um método, Richards legou aoe estudoslicertis em ascensoo recrudescimento di ‘verso inflada do papel da literatura na formasiode eter hum: ‘os mais bem equipados para reir eprestes de uma socie dade em tansfocmasio acelerada. Segundo Richard ‘Alias etica da possi ama dips edu: pou ecco sacrevla mis nidaneneaikagnqueseran cn ee, tet momentos. Mas, do mesmo med x mens extensions CA Rnd Sed ay. ad Ripe Mins 9623 capacidae gnc compan wo de ona ecto ments ese ene io ded exc ques poemox cone ns snorparafncosiscseaie Aligidagrand porn pareceserqo, suandoacompreendemos ma media queso nosiseorgeiat expen nf premesdemaizoata” (Certamente casa vista da literatura como atiburo ceneal = “no precsamos de mais nada ~ do que nos fx sees humanos relhores esc nabase das elizagbs ds imitagoes do ensino 4s literaara em Cambie e nos vis lugares do mundo em que esa concep fol nfudncia marcante © INates of Camunioce LA. Richards tormou-e profesor noe Ertados Unidos em Hat- vard one seu método fi fundamental na constsuigio da Nova (Cetin american, em especial na obra de eu aluno William Eniptoa ¢ as de Clenth Brooks e Robert Penn Warren. Er (Cambridge o projeto se expands por neo da Ogura de FR, Lewis, orca litera bitnicomssinflueate do sécoloXX. Evita de Levi lie cre método de era ums combs videde genuina que evardo Inglés acaro-chefedas humanida- des, Como lebra Eagleton: Em princtpioeda dca de 1920, ie xpi paque ais eae ride da (fags civ opeis er atin i iceman ‘abner das vides acs epi afr ‘mags Longe dese um sida adorei os ieio= iteeraazemtem guess questes ai Fardamenaie dada hm fm ogueiieaergenteempenharscemscgsetcom ocouo6, ue perertempa com talguer beac. EBL Sd ty me. i pen iver pan dae ml ouenbt— Jesotionilaoniaitaen eta nua de «pian Serutiny era. nome da esa que Leavis esus expose tam- been catalina Q. D. Leavis fendaram em 1932 edgar dseu imo niimer, em 1953. Mais do que na prépia univer- sidade de Cambridge, onde figura polémice de Levis no ea beta vin da pti devise ques grape dn Levis cae dados vo comar de sal as poses vigenteserecama para letra papel que Ihe tinba reserve Arnold, desalaguacts dor aloretem urn miandocm cre. aes cater moda de Seating era ita mato que sir poemas ou romancese peyade rate, Era cultivars incl sfncia ea sensbildade ra chepara um consento de valores por meio da prin da Jetura ensinada por Richards e transforma por Levit na fora “natural” dele O coe reading, ométado da Iecuradasplevasna pina, ea paracleumaformadedescobire Siecle slate bare mano Treas. Fazer era pessupura consi um consenso deal sepa do yal sea poste jg sso inci Uni do contemporines~ no dizer de Leni a cago da miquina ‘concaseus rales evant, encinagi dasvalresds lle erg cro erence aA agocesencede uma sociodade demas quveformavanocnce- eras. Propagar sa lingeagem por meio doensino~ Leavis foc: mo geagbes de proforemilsnerdaliteracra er conubuit ars aranutengio sind queso condigie exis dasociedade Hel dacomunidade ogni, Ease um dos as persicener ior oimaginiio dor "esse ea haido,sede ‘uma vii clitsta ede de eulura que em muito pouco aver ‘com alta para uma sciedade mai democrcca Ali una daresplieafier maiplaueeisparsacenaidade de Seriya sociedad ingles at anos 1960 ec inscita maps ein formulago do eu projec intelecul Vimos que para Leavis havin uma disociapo de bse entre culture civiaaio, Arun lrando-aposgiesde Matthew Aenod,clecolocaculeura (ems ‘280, eambérn como erm Arnold, em especial litera) em uma cefesseparads do mundo materi onde of eaalits polos s iodefito. Fletsparaiofuncionacomo epi edsolugiods polices lap, mundo rel vista como pert algo por ‘quent vale pena liar. Anicalura que vales pena a da fers tspiieal da cultura, onde odisurso da mobilizagio cont t ‘strcura soc calmenteexitentet nfo fr sentido, Ua das abe part. “sues” d rojeto pode esa jatamenteat no fxo dlequentorevolusionow nade quefosesbsolucamencefundamen- ‘apa ex esttort. Na avaiags de Francs Mulhern Acai coma ge pind ngcr, oa cede tsvdecenal demise principal fang a pre Sapa Ee disci cone mai pas afomagio—sinds ote dea neligentasingln eli plcamee i= tue pase cnfrmina,Tte eum cua ques epoduz (eis or das cies epee edo ote sacar: um denen dave finland Ge-Berababargion, pare deuns ele doings cat” (Mas vale pena lembrar que o# Leavis e seu colaboradores seguidoreseram mais que cups arf ideolica neces ‘apr aniar a funchooamento da sociedad rinies cero que soa erica ies a sponta abuso da scidade das még a sem quesonar eu fundamentos Mas consegura abi um ‘ipso de rica no interior da socidade ingles, provavelmente Imai conseradora d Europ © alvo do stage da linguagem da ‘ulus esto mundo “a, do comercialmo, da ploragio eda proprio dor meio decomunicaio de massaparaapropagyso oli ctu Sus linia sb eeespag fundamental apar~ tir do que poderia iver cic da sua vigete,epago que ventdsclturaistentar oupar pasaricoarwnacaltura mais srangene,qucefcivamenrecanrbna para muda ane gun Fan The Mee So. ‘SucestOxs O€ LeITURA ANDERSON, Pane Bgldh Querion: Londres, Verso, 1992. [BALOICK, Chris, The Socal Mision of English Crisco T04@- 1932. Oxford, Clarendon Pes, 1983. Excueto, Tey. Citi and Idolgy, Londees, New Lef Books, 1976 Roa da iene: uma ntrodue Tad, Waltensic Dus, ‘So Palo, Matis Fontes, ‘Leas, ER. Mass Civilization and Minority Culture In Minariy ‘ampbesn,1, Cambridge, Gordon Fase, 1930. Under which King, Beronian? levi... 3,p 205 14,1932, For Contin, Cambridge, Minority Pres, 1933. Revauation: Tradition and Development Ens Pow. Hlasmmondeworth, Fenguin Books, 1936 Eduction cndthe Uvveity. Lone, Charo and Winds, 1943, The Great Teton Landes, Chas and Windus, 18. sratiny A Reraect Cambridge, 1963. XX. ‘Mutnens, Bandi Tle Moren of Soran. Landes, New eft Books (Vers), 1979. __-Egish Reading In Beans H. (ong)- Nation and Nara tien. Loner, Rowedge, 199, p. 250-64 RLCHARDS, LA. Practical Crim. A Soy of iter Judgment [1925] Nova Yor, Hareoure and Brace, 1956: Principle of Literary Citi. Nova York, Hazcout, Brace and World, 1959 [Ediio brasileira: Principia da crtce teva orto Alege, Gobo, 1967.1 ‘wintass, Raymond, he Polite of Moder. Londen Vero. 1989, ___Whtng in Soir: Londes, Ves, 1983. CONTRAFONTOS TEGRICOS CULTURA DE MINORIA x CULTURA EM ComUM (© momento da Formagio ds estudos euler na Gei-Bretanha foitambémo do confront entre dussconeepyes decline ede sua diferentes perepecivaseducacionise plist, ‘Aposgiocstabelcdeaadacultursderninria um dostemae mais perisentes da formagéo intelectual de que vio “Ingle ‘Vimosquea concep da cult eam um dominio eparado do ‘mundo rel, ondese dio osconfliosea peri vida. émarcantena ‘tudo ingles, tendo tingid uma coifcagto expla na ora deMatthew Amoi pra quem acultusera “dora ha Aste dominio pertenciam o "eaudo da pee que we contraporin 20 mundo material da produgio ~e preseragto ds valores lhumanos daameas da vlguidade do membroda case mia aseendene 2 que Aznold chama de listens, Vale pen atentar paras argaments em ss psp paves Sobecsrigucaofi prs ql digem nouce ea prdigo: seta cbtervneagens matty, i com dv ean cemant eedizcomoashomens io sempeeprnorsonidet-laun fine spp eet une pda fo com ana prpidae como mage de hj: Nave gut ae tn em algo somo em nwa is, quando non ene de ingles aria que saan exo bast soecprvaos pelt deveok rier. Ora uldsdedseas Eglo sda cmap se prio, conse tq ada 2 ne serum conn de ‘mig le spenas com par ue coer iguee ‘aspera um cajana demu nema peeve asec sue asim Seni fe plo urcane que uaa be osatments omund do~afsoanim comes peepee ‘it inviaydmene a isis, On qu em us maa pa de ss pee denon ema st pid lo ft dese mpm egerdtiam grea desir desu pe stern ott i sn eee err gem che smordefiliteus Aol nos di: "Obaer ca peas depose modo did usb it mini, oppo tm de ne ae, heascar ato chenealienr gl ci gach da ruta plamarquenem desis espns gel mami quis pea iar ru senso condi de etorar uma pen co a” Easel genus isa eda maior alr pr mar todo de pene apes am ‘comune i indians qu ah fu ot raya dese vlprinda memo que ia pxa ara pene! ‘bem poste em especial em umasocedadeativemente com ‘sumigea come a nossa, que alguém aprece «defen que Arnold spreene a culur es operigt a mneilonligpe dos que ele considers flistus, Nao aredito que alguém se apresnte ‘oluntariamente para defender a wulgatidade, mas €inegivl, como obsess um bom eitor dea radio’ que consider wl (res todos os que buscamconforo material e emer 6 em si ‘mesmo, basantevulat.Implca nes dinino ent a nogso de que o que alo ction decultra, esc sent do pecado d alg ‘idadeelocaizado em umuniversorupeio, deondeéposirjal= sar os ourossem apresentar ede ou provat mis perinenes do ew al, dA ed ke Wt 8 Rago ee ene et mi in ey ‘Aajond Wis Cbod i 9019018 Land Te Hoch Pee ‘qe "ve entre der ingle ceramente or que exo fra des ‘fea supetog mando queousiravor dacaleura serasentiods pretend deimadidadosquefilamem seunomee, em verde bus ‘araculiura, podem pensic que se rita de um reduca de enabee ongulhoss, sm hagas para mais ninguém. Além deo, Arnold pede culate um trabalho impose de forms social rem de salvar ofinuto da vulgatidade, par tal em dese dervencilhar de qualquer geo com o mundo dat mniguina, mundo el onde 2 ptsasprodunem e eprodunem a vida. Pia Arnold casts sddasascendenes fo vulgues, aatocrada sepresenas "bit- aros" defenses do eats gus ca clases tabalhadors eo, nk melhor dat hipéteses,Glisius ou, na mats peovivel, “rutos degyadados’ Cube ent educig reinar una aiscocracia do ‘esptto que d® cones de salvar o tare, Nf fi por acaso que -Aunold fo iasperor de ecole pens educa humana, ‘em opeila lied (fi radutorde Homer eapiavs a etudo dalitentua europa na Ge- Brean) como uma forma de ss- ‘vara cvliasio. O ul de seu mais influente lo, Calne e anargis, x media da arf da primi: slvaco munda da eee Na década de 1930, quando FR. Leavis codifica Arno para 0 sdeulo XX, ar questi que opreocupavat secomammuscanden- ‘es Asociedade da miquina ou ej mundoindusrilzado que ‘sandardizacudo,etsindarmaiconeolidado, Comopartedesea Aesenvlvimentotenaldgizo ede sun ezoha de mos, acultra dis demas, que nivel do porbuso, pes dest produaida veieulada pelos de ci’, & jf uma consante da sociedade comercial das jormas e dos andacosalvospredietos de Levis. ‘Refleiado oimtenso procsso de epecaliast caracerico da vide social concemporines, vidi sinds mais claramente em compa eneosestangues ads ver mas parcultiados, 2 Ineranga de Arnold cesesinge de forms signin: onde xt dia cultura em gral Leavis dis quar que exlusivimente itera ‘uz. SeAmmold, a steitade Coleridge, pense uma arintocacia do esto pars salvar 0 mundo dos horrres da “lag das iqunss, Leavisdelega2 mesa wei professors delete. ‘Em um panfletomarcante de 1930, Leavis colo os pontos rineipais deceuideri cultural, Agpesiiojé extn ul Ci naa demaatecultursdemineria. Odiagnéstico socal compat thao pessimism histrico de Aenold A epirae de Culture sabia distension E es fing prise inparane a6 naz mado meen aq cilia em um ra, mito meld doa Iago ds Geis ede Re, mci ceca cede stoma ads (Contra oesado de ois modem, vlereromar a defes da cultura somo mado de contengso. cultura, segundo Leis dl otis do nav ado de cots sus conseguénca part o dea ‘eculutl i odo pido pei did dare era

Você também pode gostar