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A premissa de Monteiro Lobato “um país se faz com homens e livros” encontra-se, nas últimas décadas, aliado às

novas tecnologias. Nessa perspectiva os avanços tecnológicos que permeiam a educação transformam as formas de trabalho
pedagógico e ampliam o surgimento de novas competências e metodologias de ensino. No entanto, é necessário admitir a
existência de impactos negativos das novas tecnologias para a aprendizagem.
É importante analisar, inicialmente, que as tecnologias educacionais não substituem o professor, mas o auxiliam
em suas aulas, como o caso de materiais on-line, vídeos, jogos, softwares, entre outros que promovem o compartilhamento de
conhecimento e a autonomia dos alunos. Nesse sentido, novos tempos exigem novas atitudes e reflexões frente às
tecnologias aplicadas ao ensino. Desta forma, destaca-se a necessidade de envolver o aluno na aprendizagem, estabelecendo
um sentido ao conteúdo estudado,oferecendo situações práticas de ensino, aprendizagem que maximizam as oportunidades
de reflexão. Assim, a incorporação de tecnologias no ensino passa pela compreensão de suas potencialidades e limitações em
relação às formas de interação e construção de significados.Logo, a tecnologia na sala de aula é um dos aspectos que podem
mudar a forma de ensinar, fazendo com que o aluno se torne mais participativo, colaborador, construa opiniões críticas e
questione. Entretanto, o uso da tecnologia na educação não traz apenas benefícios.
Deve-se observar, por outro lado, que a tecnologia necessita do empenho do professor de querer mudar seus
métodos de aula. Dessa forma, exige do educador habilidades para lidar com as novas ferramentas, bem como para ensinar
seus discentes a manipular a internet, verificar o que é confiável, indicar se aplica na prática. No entanto, o que se verifica, na
atualidade, é a figura do professor analógico e do aluno digital. Não bastasse isso, o uso inadequado do celular na sala de
aula pode servir como forma de distração e de fraudes no sistema avaliativo. Outrossim, as novas tecnologias promovem um
conhecimento artificial, dando origem a uma crise de ideias diante tantas informações pouco consistentes e seguras,
prejudicando substancialmente a qualidade de sua formação intelectual. Logo, verifica-se a necessidade de se criar
mecanismo de utilização adequada das ferramentas tecnológicas.
Evidencia-se, desse modo, que as novas tecnologias podem contribuir ou prejudicar o processo de
ensino-aprendizagem. Portanto, para que haja apenas benefícios, é preciso que as escolas ofereçam aos seus alunos os
recursos tecnológicos necessários e os ensine a utilizá-los de forma adequada. Além disso, os professores devem receber
treinamento para incorporarem no seu currículo por meio da capacitação para manusear as novas ferramentas. Outrossim, a
família deve ser parceira da escola, monitorando o uso dos aparelhos em casa e dialogando com os jovens e adolescentes a
respeito das formas mais eficazes do uso das tecnologias. Finalmente, a mídia deve apresentar os perigos do mau uso de
equipamentos tecnológicos, por meio de programas e do engajamento ficcional, como o que ocorre nas novelas. Assim, um
país poderá ser feito com homens, computadores, tablets e celulares.

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