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02/09/2021
A) Metodologia:
Resolução de exercícios
Lista de exercícios
B) Avaliações:
D) Bibliografia
Introdução à Análise de Circuitos. Robert L. Boylestad. 12ª Edição. Editora Pearson, 2012.
Circuitos Elétricos. Mahmood Nahvi, Joseph A. Edminister. 5ª Edição. Bookman Editora LTDA, 2014.
Electric Machinery. A. E. Fitzgerald, Charles Kingsley, Jr., Stephen D. Umans. 6th Edition. Mc Graw
Hill, 2003.
Apostila EEL 402 – Eletrotécnica Geral II. Prof. Pedro Paulo, 2004.
Notas de aula.
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02/09/2021
Importância do Eletromagnetismo:
1. Conceitos Básicos
Portanto, os circuitos estudados até o momento podem ser considerados como de acoplamento
condutivo, pois os diversos componentes das malhas são afetados através da condução de
eletricidade.
Quando dois ou mais circuitos com ou se contato entre eles se afetam por meio dos campos
magnéticos, diz-se que estão acoplados magneticamente.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
Geração:
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Mapa Integração Eletroenergética 2014. Fonte: ONS.
1. Conceitos Básicos
Geração:
4
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
Geração:
9
Usina hidrelétrica de Itaipu – 20 x 700 MW.
Geração Hidráulica:
10
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L R
AC
u(t)
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L R
L R uca(t)
ucb(t)
uab(t)
L R
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L1 R1 L2 R2
u1 Lm Rm u2
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Circuito elétrico equivalente do transformador.
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Transformadores Trifásicos.
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Transformadores Monofásicos.
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Transmissão:
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Mapa do sistema de transmissão, horizonte 2024. Fonte: ONS.
Transmissão:
18
Comparação Brasil x Europa. Fonte: ONS.
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02/09/2021
Transmissão – linhas:
L R
C C
Subtransmissão – linhas:
L R
C C
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02/09/2021
Subestações:
21
22
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Bobinas de bloqueio (filtro de ondas, carrier)
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1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
Magnetismo e Eletromagnetismo:
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
O que é um circuito magnético?
• Um circuito magnético é aquele onde existe um caminho para o fluxo magnético, de forma análoga ao
circuito elétrico, que proporciona um caminho para a corrente elétrica.
27
1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos
28
Evolução dos motores elétricos ao longo do tempo. Fonte: WEG.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos
29
Evolução do rendimento em motores elétricos ao longo do tempo. Fonte: WEG.
1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
Evolução dos circuitos magnéticos – Representação das Perdas
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Na região do espaço em torno de um imã permanente existe um campo magnético que pode ser
representado por linhas semelhantes às linhas de campo associadas a um campo elétrico.
As linhas de campo se dirigem do polo norte para o polo sul no exterior e do polo sul para o polo
norte no interior. As linhas estão igualmente espaçadas no interior da barra e simetricamente
distribuídas no exterior desta.
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Em qual região a intensidade de campo magnético é maior?
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
O que ocorre se colocarmos um material não magnético nas proximidades de um imã permanente?
A distribuição das linhas de campo magnético sofrerá uma alteração quase imperceptível.
Caso o material seja magnético (ferro), as linhas tenderão a passar pelo ferro e não pelo ar.
33
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
O que é o ferro doce?
Também chamado de “aço doce” ou “macio” é o metal ferro com alto índice de pureza, utilizado em
blindagens magnéticas.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Em 1820 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted notou que a havia uma interação da corrente
elétrica com o campo magnético de uma bússola.
A experiência de Oersted mostrou pela primeira vez que qualquer fio percorrido por uma corrente
elétrica produz um campo magnético.
35
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
A experiência de Oersted permitiu demonstrar ainda que as linhas de campo magnético são
concêntricas ao condutor, com sentido em função da direção da corrente. Além disso pode-se
observar que a intensidade do campo magnético decresce rapidamente com a distância ao condutor.
Linhas de campo magnético produzidas por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente I. 36
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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Ao formar uma espira com este condutor, as linhas de campo terão a mesma direção e sentido no
centro da espira e o campo magnético nesta região ficará mais intenso.
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Um enrolamento (bobina) com várias espiras produzirá um campo magnético com intensidade ainda
maior.
As linhas de campo da figura abaixo são bastante semelhantes às linhas de um imã permanente. A
diferença mais evidente entre os dois está na densidade das linhas de campo, muito maior no caso
do imã.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Pode-se aumentar a densidade do campo magnético inserindo-se um núcleo de material
ferromagnético (ferro, aço, cobalto) no interior do enrolamento para concentrar as linhas de campo.
Ao introduzirmos um núcleo para aumentar a intensidade do campo criamos um eletroímã.
1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
Aplicação de bobinas e núcleo ferromagnético:
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Considere um campo magnético não uniforme de módulo “B” onde são colocadas três espiras.
A espira 1 tem área A1 e está colocada de forma perpendicular ao vetor campo magnético 𝐵, que
neste caso possui intensidade de campo B1.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
A espira 2 tem área A2 < A1 e está colocada de forma perpendicular ao vetor campo magnético 𝐵, que
neste caso possui intensidade de campo B2 > B1.
A espira 3 tem área A3 = A2 e está posicionada de tal forma que existe um ângulo “θ” entre a normal à
superfície e o vetor campo magnético 𝐵, que neste caso possui intensidade de campo B3 = B2.
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Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Primeiras observações
• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 1 e 2 é igual, embora as áreas sejam
diferentes. Por este motivo o campo magnético B2 é mais intenso do que o campo magnético B1
(devido a maior densidade de linhas de campo).
• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 2 e 3 é diferente, embora elas possuam a
mesma área e estejam colocadas em posições de densidades iguais de campo magnético. Isto
acontece porque a espira 3 está inclinada em relação ao vetor campo magnético, formando um
ângulo “θ”.
• Portanto, a sua área projetada na perpendicular ao campo é menor que a área real. 43
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Desta forma pode-se definir o fluxo magnético como o número de linhas de campo que atravessa
uma determinada área.
Para o caso de um imã, o fluxo magnético corresponde ao conjunto de linhas de campo que emerge
do seu polo norte (N) e retorna ao polo sul (S).
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Portanto, para que o fluxo na espira 1 seja igual ao fluxo na espira 2, foi necessário que A1 > A2, visto
que B1 < B2.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Resumindo, a intensidade de campo magnético é proporcional à densidade de linhas de campo em
uma dada região, ou seja:
∅
𝐵
𝐴
Por outro lado, o fluxo magnético corresponde ao número de linhas de campo que atravessa uma
determinada área :
∅ 𝐵𝐴
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃
∅ 𝐵 · 𝑛 𝑑𝐴
Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
𝐵 = vetor campo magnético.
𝑛 = vetor unitário normal à superfície.
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𝑑𝐴 = elemento infinitesimal de área de uma superfície.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Dimensões do fluxo magnético: ∅ 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑊𝑏
Conversões:
6,452x104
𝐵 1 (T) 104 (Gauss)
(Linhas/pol2)
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
Exemplos:
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
1831 – Michael Faraday, físico e químico inglês, descobriu a indução eletromagnética que é base
para o funcionamento do motor elétrico e dos transformadores.
Michael Faraday.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
Considere uma espira circular cujos terminais foram ligados a um amperímetro, fechando o circuito.
Considere também um imã em forma de barra se aproximando da espira.
51
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
Faraday verificou que, enquanto ele aproximava o imã da espira, a agulha do amperímetro se
deslocava para um determinado lado (admitindo que ele estivesse trabalhando com um amperímetro
de zero central), o que significava que havia aparecido no circuito uma corrente elétrica induzida.
52
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
No momento em que Faraday parou de movimentar o imã, ele notou que a corrente através do
circuito se anulava.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
Em uma terceira etapa, afastando o imã da espira, Faraday viu a agulha do amperímetro novamente
se deslocar, só que para o lado oposto, sinal de que havia surgido, outra vez no circuito, uma
corrente induzida mas de sentido contrário àquele com a qual ela havia aparecido na primeira vez.
54
Espira fechada com um amperímetro – imã de se afastando.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
Com base nesta e em outras experiências realizadas, Faraday concluiu que: “Sempre que houver
variação do fluxo magnético através de uma espira, surgirá nesta espira uma força
eletromotriz induzida (f.e.m)”.
A este fenômeno dá-se o nome de “indução eletromagnética”.
55
Conjunto de espiras formando uma bobina para a indução eletromagnética.
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
Da experiência desenvolvida por Faraday é necessário destacar que, para que surja uma f.e.m.
induzida no circuito, não basta existir somente um fluxo magnético através da espira, mas sim o fato
de que este fluxo deve variar no decorrer do tempo.
Desta forma, pode-se escrever matematicamente que:
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
e = força eletromotriz induzida.
t = tempo. 56
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
Os seguintes fatores influem na variação do fluxo magnético:
• Área “A”.
• Ângulo “θ”.
57
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
A) Variação do fluxo pela mudança da intensidade do campo magnético:
𝑑∅ circuito fechado
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
B) Variação do fluxo pela mudança de área:
Considere um circuito fechado de área “A” movendo-se no plano sobre um campo magnético
uniforme e perpendicular.
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡 59
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
B) Variação do fluxo pela mudança de área:
Surge então uma f.e.m. induzida no circuito e esta f.e.m. dá origem a uma corrente que ocasiona a
deflexão do amperímetro.
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
60
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
C) Variação do fluxo pela variação do ângulo “θ”:
Girando-se o circuito altera-se o ângulo entre a normal à superfície e o campo magnético. Nessas
condições ocorre uma variação do fluxo através do circuito, esta variação produz uma f.e.m. induzida
neste circuito e, consequentemente, haverá a circulação de uma corrente elétrica.
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
61
1. Conceitos Básicos
n O
n B
(1) (2)
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
62
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
D) Variação do fluxo pela variação da corrente “i” :
𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡 63
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
Conclusões:
• A variação do fluxo causada, ou por mudança na intensidade do campo magnético devido a
aproximação relativa entre o imã e o circuito; ou por variação da área do circuito; ou ainda por
variação do ângulo “θ”, produz uma f.e.m. induzida no circuito fechado. Esta f.e.m. é induzida por
efeito de algum tipo de movimento. Desta forma ela é denominada “f.e.m. de movimento”.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.4 Lei de Lenz
Em 1894, Heinrich Frederich Lenz publicou a sua lei de indução que pode ser resumida da seguinte
maneira: “O sentido da corrente elétrica induzida em uma espira é tal que seus efeitos tendem
sempre a se opor à variação de fluxo que lhe deu origem”.
É a lei de Lenz que determina portanto qual o sentido corrente induzida na espira. A intensidade da
corrente originada pela variação do fluxo magnético em um circuito puramente resistivo é dada pela
Lei de Ohm.
𝑒
𝑖
𝑅
65
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.4 Lei de Lenz
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
66
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.5 Lei de Lenz-Faraday
Conclusões:
“Sempre que houver variação do fluxo magnético através de um circuito surgirá neste uma
força eletromotriz induzida. Se o circuito for fechado circulará uma corrente induzida cujo
sentido será tal que tenderá a se opor às variações do fluxo que lhe deu origem”.
𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
Onde:
∅ = fluxo magnético variável com o tempo que atravessa o circuito.
e = força eletromotriz induzida no circuito.
Sinal (-) = retrata a oposição ao fluxo de origem.
67
1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.5 Lei de Lenz-Faraday
https://www.youtube.com/watch?v=Oz15bjsSVxY
Lei de Lenz-Faraday.
https://www.youtube.com/watch?v=Rba9EdXO368
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
Para uma corrente “i” injetada no terminal “a” da bobina, obtém-se o fluxo “ϕ”.
Este fluxo enlaça ou concatena as “N” espiras da bobina. O termo enlaçar significa encadear, juntar
ou ligar.
Portanto:
𝜆 𝑁𝜙 N
Onde: O
𝜆 = fluxo enlaçado.
𝑁 = número de espiras.
i a b
∅ = fluxo magnético produzido no material.
69
1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
Qual a unidade para o fluxo enlaçado (𝜆)?
𝜆 ?
(2)
𝜆 ?
o2
o1 𝜆 ?
(3)
𝜆 ?
(4)
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
N=3
𝑒 𝑒 𝑒 𝑒
𝑑∅ 𝑑∅ 𝑑∅ 𝑑∅
𝑒 3
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑∅
𝑒 𝑁
𝑑𝑡 71
1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
Podemos escrever também:
𝑑∅ 𝑑 𝑁∅ 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto, quando temos um fluxo “ϕ” que atravessa um conjunto de “N” espiras, este recebe o nome
de fluxo enlaçado, “𝜆”.
72
36
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
Considere uma bobina de “N” espiras conforme figura a seguir:
i
a b
Qual a relação existente entre o fluxo enlaçado “𝜆” e a corrente “i” injetada no terminal “a”?
Se o meio é linear, o fluxo enlaçado “𝜆” é proporcional à corrente “i”.
𝜆∝𝑖
73
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
A constante de proporcionalidade entre o fluxo enlaçado e a corrente é denominada “indutância
própria da bobina”, representada pela letra “L”.
𝜆 𝐿𝑖
Esta indutância depende das dimensões, do número de espiras e do meio onde se encontra a
bobina.
Um circuito ou parte de um circuito que contém uma indutância é denominado indutor. Em outras
palavras, um indutor é um elemento passivo projetado para armazenar energia em seu campo
magnético.
74
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
Podemos definir a indutância “L” de um indutor como a razão entre o fluxo enlaçado “𝜆” e a corrente
“i” através do indutor.
𝜆 𝐿𝑖
𝑁𝜙 𝐿𝑖
𝑁𝜙
𝐿
𝑖
𝜆 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 · 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
𝐿 𝐿 𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦 𝐻
𝑖 𝐴𝑚𝑝è𝑟𝑒
75
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
Se a corrente “i” injetada for variável no tempo, esta produzirá um fluxo enlaçado também variável no
tempo. Desta forma, temos:
𝑑𝜆 𝑑𝑖
𝜆 𝐿𝑖 𝐿
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑∅ 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto:
𝑑𝑖 𝑑𝑖
𝑒 𝐿 𝑒 𝐿
𝑑𝑡 𝑑𝑡 76
38
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
Portanto, conclui-se que existe uma queda de tensão na bobina como efeito de sua indutância
própria.
De outra forma, a indutância consiste na propriedade de uma bobina se opor a qualquer variação de
corrente.
𝑑𝑖
𝑒 𝐿
𝑑𝑡
77
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
Embora a indutância “L” de um indutor seja a razão entre o fluxo enlaçado e a corrente injetada em
seus terminais, esta indutância depende de suas características construtivas.
É importante observar também que a indutância não é linear no caso de materiais ferromagnéticos,
onde, devido à saturação a indutância pode apresentar valores variáveis com a corrente.
𝜆 𝑖
𝐿
𝑖
78
39
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
Por exemplo, para o indutor apresentado a seguir, também conhecido como eletroímã ou solenoide,
temos os seguintes fatores de influência:
1
3) Comprimento – l: 𝐿∝
𝑙
1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
Portanto, a equação para o cálculo da indutância em um solenoide muito longo (comprimento >>>
diâmetro) será:
𝐴𝑁
𝐿 𝜇
𝑙
Onde:
𝐿 = indutância em henrys (H).
𝐴 = área da seção transversal do indutor (solenoide) em (m2).
𝑁 = número de espiras.
𝑙 = comprimento do solenoide em metros (m).
𝜇 = permeabilidade do material do núcleo (H/m). 80
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
A indutância mútua retrata o efeito de uma bobina com corrente sobre uma ou mais bobinas
adjacentes.
Quando dois ou mais circuitos com ou se contato entre eles se afetam por meio dos campos
magnéticos, diz-se que estão acoplados magneticamente.
Pode-se concluir até o presente momento que todos os equipamentos elétricos citados como
exemplos de circuitos magnéticos possuem indutâncias próprias e a grande maioria deles também
apresentam indutâncias mútuas.
81
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
As indutâncias mútuas são bastante comuns em linhas de transmissão que percorrem a mesma faixa
de servidão, influenciando diretamente nos estudos que envolvem a proteção de sistemas elétricos.
82
41
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
83
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Para entender o significado da indutância mútua, considere a configuração com duas bobinas
apresentada na figura a seguir:
A corrente “I1” passando pela bobina (1) de “N1” espiras origina um fluxo próprio “ϕ11” e um fluxo
enlaçado com a bobina (2) de “N2” espiras, “ϕ21”.
84
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Neste caso tem-se:
𝜙 = fluxo próprio da bobina (1).
𝜙 = fluxo na bobina (2) produzido pela corrente da bobina (1).
𝑁 = número de espiras da bobina (1).
𝑁 = número de espiras da bobina (2).
𝐼 = corrente injetada na bobina (1).
𝜙 𝜙 𝜙
85
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Podemos escrever a equação para o fluxo enlaçado na bobina (2):
𝜆 𝑁𝜙 𝜆 𝑁 𝜙
Em condições lineares existe uma proporcionalidade entre a corrente “I1” e a o fluxo enlaçado “𝜆 ”:
𝜆 𝜆 𝜆
𝐿 𝑀 𝑀
𝑖 𝑖 𝑖
Onde:
𝑀 = constante de proporcionalidade denominada indutância mútua entre as bobinas (1) e (2).
86
43
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Considerando que:
𝜆 𝑁𝜙 𝐿𝑖
Tem-se:
𝑁 𝜙
𝑁𝜙 𝐿𝑖 𝑁 𝜙 𝑀 𝑖 𝑀
𝑖
Esta é a equação para o cálculo da indutância mútua entre as bobinas (1) e (2), que depende do
número de espiras da bobina (2) e da corrente que circula através da bobina (1).
87
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Se considerarmos que a corrente “I1” é variável no tempo, esta produzirá um fluxo enlaçado “𝜆 ”
também variável no tempo:
𝜆 𝑀 𝑖 𝑑𝜆 𝑑𝑖
𝑀
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑∅ 𝑑𝜙 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Portanto:
𝑑𝑖 𝑑𝑖
𝑒 𝑀 𝑒 𝑀
𝑑𝑡 𝑑𝑡 88
44
02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
Portanto, há uma tensão induzida na bobina (2) devido à circulação de uma corrente variável na
bobina (1). Esta tensão induzida depende da indutância mútua entre as duas bobinas (M21).
𝑑𝑖
𝑒 𝑀
𝑑𝑡
A indutância mútua entre duas bobinas adjacentes depende da distância entre elas, suas dimensões
físicas, número de espiras e meio considerado.
𝜆 𝜆 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 · 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
𝐿 𝑀 𝑀 𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦 𝐻
𝑖 𝑖 𝐴𝑚𝑝è𝑟𝑒 89
1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
Considere novamente as bobinas (1) e (2) conforme a seguir:
𝜙 𝜙 𝜙
A corrente “I1” estabelece na bobina (1) um fluxo total “ϕ1”. Parte deste fluxo atravessa a bobina (2),
denominado “ϕ21”. A relação entre a parcela “ϕ21” e o fluxo total “ϕ1” é denominada coeficiente de
acoplamento “k”.
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02/09/2021
1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
De acordo com a definição de “k”, temos:
𝜙 𝜙
𝑘
𝜙 𝜙
0 𝑘 1
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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
A indutância mútua entre duas bobinas pode ser calculada também em função do coeficiente de
acoplamento “k” através da seguinte equação:
𝑀 𝑘 𝐿 ·𝐿 0 𝑘 1
Onde:
𝑀 = indutância mútua entre as bobinas em (Henry).
𝑘 = coeficiente de acoplamento, adimensional.
𝐿 , 𝐿 = indutâncias próprias das bobinas em (Henry).
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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
Quando temos k = 1?
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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
Portanto, devemos considerar configurações que apresentem fator de acoplamento (k) próximo de 1.
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Exemplo de montagens típicas do enrolamentos.
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