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02/09/2021

Universidade Federal de Itajubá


ISEE – Instituto de Sistemas Elétricos e Energia

ELE 401 – CIRCUITOS MAGNÉTICOS


2º Semestre 2021

1. Introdução, Conceitos Básicos, Campo Magnético,


Fluxo Magnético, Indução Eletromagnética,
Lei de Lenz-Faraday, Fluxo Enlaçado, Indutâncias Próprias
e Mútuas, Coeficiente de Acoplamento

Prof. Gustavo Paiva Lopes

ELE 401 – Circuitos Magnéticos

Prof. Gustavo Paiva Lopes


Contato: 3622-3546, 3629-1893
gustavo@lat-efei.org.br

LAT-EFEI – Laboratório de Alta Tensão 2

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ELE 401 – Circuitos Magnéticos

A) Metodologia:

 Aulas gravadas e aulas síncronas

 Resolução de exercícios

 Lista de exercícios

B) Avaliações:

 1ª Prova no dia 4/10 (Itens 1 e 2) → 50% da Nota 1.

 2ª Prova no dia 25/10 (Item 3) → 50% da Nota 1.

 3ª Prova no dia 6/12 (Itens 4 e 5) → 100% da Nota 2.

 Prova substitutiva dia 6/12.

C) Tópicos Principais de ELE 401:

 Cronograma ELE 401 T2 - 2º Semestre 2021. 3

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D) Bibliografia

 Introdução à Análise de Circuitos. Robert L. Boylestad. 12ª Edição. Editora Pearson, 2012.

 Fundamentos de Circuitos Elétricos. Charles K. Alexander, Matthew N. O. Sadiku. 5ª Edição.


Editora Mc Graw Hill, 2013.

 Circuitos Elétricos. Mahmood Nahvi, Joseph A. Edminister. 5ª Edição. Bookman Editora LTDA, 2014.

 Fundamentos de Máquinas Elétricas. Vicent Del Toro. Editora LTC, 1994.

 Electric Machinery. A. E. Fitzgerald, Charles Kingsley, Jr., Stephen D. Umans. 6th Edition. Mc Graw
Hill, 2003.

 Apostila EEL 402 – Eletrotécnica Geral II. Prof. Pedro Paulo, 2004.

 Notas de aula.

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1. Conceitos Básicos

 Importância do Eletromagnetismo:

• O eletromagnetismo desempenha um papel importante em quase todos os aparelhos e equipamentos


elétricos utilizados atualmente, seja na indústria, comércio, residências, laboratórios de pesquisa, etc.

• As máquinas elétricas utilizadas em sistemas elétricos de potência, tais como transformadores,


motores, geradores, disjuntores, transformadores de medição, etc., empregam os efeitos
eletromagnetismo através de circuitos magnéticos.

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1. Conceitos Básicos

 O que é um circuito magnético?


 Um circuito magnético é aquele onde existe um caminho para o fluxo magnético, de forma análoga ao
circuito elétrico, que proporciona um caminho para a corrente elétrica.

 Portanto, os circuitos estudados até o momento podem ser considerados como de acoplamento
condutivo, pois os diversos componentes das malhas são afetados através da condução de
eletricidade.

 Quando dois ou mais circuitos com ou se contato entre eles se afetam por meio dos campos
magnéticos, diz-se que estão acoplados magneticamente.

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1. Conceitos Básicos

 Geração:

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Mapa Integração Eletroenergética 2014. Fonte: ONS.

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1. Conceitos Básicos

 Geração:

Matriz energética brasileira em 04/2016. Matriz energética brasileira em 01/2018. 8


Fonte ABEEólica. Fonte ABEEólica.

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1. Conceitos Básicos

 Geração:

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Usina hidrelétrica de Itaipu – 20 x 700 MW.

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1. Conceitos Básicos

 Geração Hidráulica:

PCH Luiz Dias – 2,43 kW.

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1. Conceitos Básicos

 Representação do Gerador de Corrente Alternada Monofásico (alternador):

L R

AC
u(t)

Representação do gerador de corrente alternada monofásico.


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1. Conceitos Básicos

 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):

Representação do gerador de corrente alternada trifásico e estator. 12

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1. Conceitos Básicos

 Representação do Gerador de Corrente Alternada Trifásico (alternador):

L R

L R uca(t)

ucb(t)
uab(t)

L R

Circuito elétrico equivalente do gerador de corrente alternada trifásico.

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1. Conceitos Básicos

 Geração e Transmissão – transformadores elevadores:

L1 R1 L2 R2

u1 Lm Rm u2

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Circuito elétrico equivalente do transformador.

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1. Conceitos Básicos

 Geração e Transmissão – transformadores:

Transformadores Trifásicos.

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1. Conceitos Básicos

 Geração e Transmissão – transformadores:

Transformadores Monofásicos.

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1. Conceitos Básicos

 Transmissão:

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Mapa do sistema de transmissão, horizonte 2024. Fonte: ONS.

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1. Conceitos Básicos

 Transmissão:

18
Comparação Brasil x Europa. Fonte: ONS.

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1. Conceitos Básicos

 Transmissão – linhas:

L R

C C

Linhas de transmissão em 500 kV e circuito elétrico equivalente. 19

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1. Conceitos Básicos

 Subtransmissão – linhas:

L R

C C

Linhas de subtransmissão e circuito elétrico equivalente. 20

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1. Conceitos Básicos

 Subestações:

Subestação Bertioga ELEKTRO 138 - 13,8 kV.

Subestação de Furnas 13,8 - 345 kV.

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1. Conceitos Básicos

 Subestações de subtransmissão e distribuição:

Transformadores de Potencial (TPs) e de Corrente (TCs)

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1. Conceitos Básicos

 Subestações de subtransmissão e distribuição:

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Bobinas de bloqueio (filtro de ondas, carrier)

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1. Conceitos Básicos

 Distribuição – redes primária e secundária:

Redes de distribuição primária e secundária – 13,8 kV e 220/127 V. 24

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1. Conceitos Básicos

 Geradores e motores elétricos.

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1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
 Magnetismo e Eletromagnetismo:

• O magnetismo é a denominação dada ao fenômeno ou conjunto de fenômenos relacionados à


atração ou repulsão observadas em determinados materiais (imãs ou ferromagnéticos).

• O eletromagnetismo aborda as propriedades elétricas e magnéticas dos materiais e as relações


existentes entre estas.

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1. Conceitos Básicos
1.1 Introdução
 O que é um circuito magnético?

• Um circuito magnético é aquele onde existe um caminho para o fluxo magnético, de forma análoga ao
circuito elétrico, que proporciona um caminho para a corrente elétrica.

• Os materiais magnéticos utilizados no desenvolvimento de circuitos magnéticos determinam as


dimensões dos equipamentos, suas capacidades, e introduzem limitações nos desempenhos, devido
a saturação e perdas.

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1. Conceitos Básicos

1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos

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Evolução dos motores elétricos ao longo do tempo. Fonte: WEG.

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1. Conceitos Básicos

1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Motores elétricos

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Evolução do rendimento em motores elétricos ao longo do tempo. Fonte: WEG.

1. Conceitos Básicos

1.1 Introdução
 Evolução dos circuitos magnéticos – Representação das Perdas

1. Potência aparente elétrica da rede.


2. Potência aparente elétrica do
estator a ser transferida ao rotor.
3. Perdas primárias (estator) no ferro.
4. Perdas primárias (estator) no
cobre.
5. Potência aparente elétrica no rotor.
6. Potência mecânica no eixo.
7. Potência elétrica no rotor que pode
ser recuperável, no caso do rotor
estar ligado a uma rede externa.
8. Perdas elétricas dissipadas no
rotor.
9. Perdas por atrito e ventilação.
10. Potência resultante no eixo
[(6) - (9)].
Distribuição da potência e de perdas em máquinas assíncronas. 30

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Na região do espaço em torno de um imã permanente existe um campo magnético que pode ser
representado por linhas semelhantes às linhas de campo associadas a um campo elétrico.

 As linhas de campo se dirigem do polo norte para o polo sul no exterior e do polo sul para o polo
norte no interior. As linhas estão igualmente espaçadas no interior da barra e simetricamente
distribuídas no exterior desta.

Linhas de campo magnético em um imã permanente. 31

1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Em qual região a intensidade de campo magnético é maior?

 A intensidade do campo magnético em uma região é diretamente proporcional à densidade de linhas


de campo. Portanto, a intensidade do campo em “a” é maior que em “b” pois o número de linhas que
atravessam “a” é maior do que “b”. Nota-se que as áreas de “a” e “b” são iguais.

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 O que ocorre se colocarmos um material não magnético nas proximidades de um imã permanente?

 A distribuição das linhas de campo magnético sofrerá uma alteração quase imperceptível.

 Caso o material seja magnético (ferro), as linhas tenderão a passar pelo ferro e não pelo ar.

 Isto ocorre porque as linhas de campo


magnético buscam o caminho com maior
permeabilidade, que neste caso é
proporcionada pelo ferro, ao contrário do ar.

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 O que é o ferro doce?

 Também chamado de “aço doce” ou “macio” é o metal ferro com alto índice de pureza, utilizado em
blindagens magnéticas.

 Uma das aplicações práticas do fenômeno citado


é a construção de blindagens eletromagnéticas
na proteção de instrumentos elétricos sensíveis à
ação de campos magnéticos espúrios.

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Em 1820 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted notou que a havia uma interação da corrente
elétrica com o campo magnético de uma bússola.

 A experiência de Oersted mostrou pela primeira vez que qualquer fio percorrido por uma corrente
elétrica produz um campo magnético.

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 A experiência de Oersted permitiu demonstrar ainda que as linhas de campo magnético são
concêntricas ao condutor, com sentido em função da direção da corrente. Além disso pode-se
observar que a intensidade do campo magnético decresce rapidamente com a distância ao condutor.

Linhas de campo magnético produzidas por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente I. 36

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Ao formar uma espira com este condutor, as linhas de campo terão a mesma direção e sentido no
centro da espira e o campo magnético nesta região ficará mais intenso.

Linhas de campo magnético em


uma espira percorrida por corrente. Conjunto de espiras em um gerador trifásico. Conjunto de espiras em um motor.
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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Um enrolamento (bobina) com várias espiras produzirá um campo magnético com intensidade ainda
maior.

 As linhas de campo da figura abaixo são bastante semelhantes às linhas de um imã permanente. A
diferença mais evidente entre os dois está na densidade das linhas de campo, muito maior no caso
do imã.

Linhas de campo magnético em um enrolamento percorrido por corrente. 38

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1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Pode-se aumentar a densidade do campo magnético inserindo-se um núcleo de material
ferromagnético (ferro, aço, cobalto) no interior do enrolamento para concentrar as linhas de campo.
Ao introduzirmos um núcleo para aumentar a intensidade do campo criamos um eletroímã.

Eletroimã. Exemplos de utilização dos eletroímãs. 39

1. Conceitos Básicos
1.2 Campos Magnéticos
 Aplicação de bobinas e núcleo ferromagnético:

Aplicação de bobinas e núcleos ferromagnéticos em


transformadores.

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Considere um campo magnético não uniforme de módulo “B” onde são colocadas três espiras.

 A espira 1 tem área A1 e está colocada de forma perpendicular ao vetor campo magnético 𝐵, que
neste caso possui intensidade de campo B1.

Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme. 41

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 A espira 2 tem área A2 < A1 e está colocada de forma perpendicular ao vetor campo magnético 𝐵, que
neste caso possui intensidade de campo B2 > B1.

 A espira 3 tem área A3 = A2 e está posicionada de tal forma que existe um ângulo “θ” entre a normal à
superfície e o vetor campo magnético 𝐵, que neste caso possui intensidade de campo B3 = B2.

42
Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme.

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Primeiras observações
• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 1 e 2 é igual, embora as áreas sejam
diferentes. Por este motivo o campo magnético B2 é mais intenso do que o campo magnético B1
(devido a maior densidade de linhas de campo).

• O número de linhas de campo que atravessa as espiras 2 e 3 é diferente, embora elas possuam a
mesma área e estejam colocadas em posições de densidades iguais de campo magnético. Isto
acontece porque a espira 3 está inclinada em relação ao vetor campo magnético, formando um
ângulo “θ”.

• Portanto, a sua área projetada na perpendicular ao campo é menor que a área real. 43

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético

 Desta forma pode-se definir o fluxo magnético como o número de linhas de campo que atravessa
uma determinada área.

 Para o exemplo em questão o fluxo magnético depende da intensidade do campo magnético B, da


área “A” da espira e do ângulo “θ” formado entre a normal à superfície da espira e o vetor campo
magnético 𝐵.

 Para o caso de um imã, o fluxo magnético corresponde ao conjunto de linhas de campo que emerge
do seu polo norte (N) e retorna ao polo sul (S).
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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Portanto, para que o fluxo na espira 1 seja igual ao fluxo na espira 2, foi necessário que A1 > A2, visto
que B1 < B2.

Espiras colocadas em um campo magnético não uniforme. 45

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Resumindo, a intensidade de campo magnético é proporcional à densidade de linhas de campo em
uma dada região, ou seja:


𝐵
𝐴

 Por outro lado, o fluxo magnético corresponde ao número de linhas de campo que atravessa uma
determinada área :

∅ 𝐵𝐴
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1. Conceitos Básicos

1.3 Indução Eletromagnética


1.3.1 Fluxo Magnético
 Porém, vimos que é necessário considerar a inclinação da espira, ou seja, o ângulo “θ”:

∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃

 De forma geral temos:

∅ 𝐵 · 𝑛 𝑑𝐴

 Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
𝐵 = vetor campo magnético.
𝑛 = vetor unitário normal à superfície.
47
𝑑𝐴 = elemento infinitesimal de área de uma superfície.

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Dimensões do fluxo magnético: ∅ 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑊𝑏

 A unidade (Weber) pode ser expressa também da seguinte forma:


1 𝑊𝑏 10 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 10 𝑀𝑎𝑥𝑤𝑒𝑙𝑙

 Conversões:

S.I. CGS Inglês

∅ 1 (Wb) 108 (Maxwell) 108 (Linhas)

6,452x104
𝐵 1 (T) 104 (Gauss)
(Linhas/pol2)

A 1 (m2) 104 (cm2) 1,550 (pol2)


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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.1 Fluxo Magnético
 Exemplos:

Campos magnéticos típicos.

Campo Elétrico Campo Magnético


(kV/m) (µT)
População Ocupacional 8,33 1000,00
Público em Geral 4,17 200,00
49
Níveis de referência para exposição aos campos elétricos e magnéticos segundo a ANEEL para 60 Hz.

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 1831 – Michael Faraday, físico e químico inglês, descobriu a indução eletromagnética que é base
para o funcionamento do motor elétrico e dos transformadores.

 Foi considerado o melhor experimentalista na história da


ciência e suas descobertas em eletromagnetismo forneceram
a base para os trabalhos de engenharia no fim do século XIX
para que Edison, Siemens, Tesla e Westinghouse tornassem
possível a eletrificação das sociedades industrializadas.

Michael Faraday.
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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 Considere uma espira circular cujos terminais foram ligados a um amperímetro, fechando o circuito.
Considere também um imã em forma de barra se aproximando da espira.

51
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando.

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 Faraday verificou que, enquanto ele aproximava o imã da espira, a agulha do amperímetro se
deslocava para um determinado lado (admitindo que ele estivesse trabalhando com um amperímetro
de zero central), o que significava que havia aparecido no circuito uma corrente elétrica induzida.

52
Espira fechada com um amperímetro – imã de se aproximando.

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 No momento em que Faraday parou de movimentar o imã, ele notou que a corrente através do
circuito se anulava.

Espira fechada com um amperímetro – imã em repouso.


53

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 Em uma terceira etapa, afastando o imã da espira, Faraday viu a agulha do amperímetro novamente
se deslocar, só que para o lado oposto, sinal de que havia surgido, outra vez no circuito, uma
corrente induzida mas de sentido contrário àquele com a qual ela havia aparecido na primeira vez.

54
Espira fechada com um amperímetro – imã de se afastando.

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 Com base nesta e em outras experiências realizadas, Faraday concluiu que: “Sempre que houver
variação do fluxo magnético através de uma espira, surgirá nesta espira uma força
eletromotriz induzida (f.e.m)”.
 A este fenômeno dá-se o nome de “indução eletromagnética”.

55
Conjunto de espiras formando uma bobina para a indução eletromagnética.

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.2 Lei de Faraday
 Da experiência desenvolvida por Faraday é necessário destacar que, para que surja uma f.e.m.
induzida no circuito, não basta existir somente um fluxo magnético através da espira, mas sim o fato
de que este fluxo deve variar no decorrer do tempo.
 Desta forma, pode-se escrever matematicamente que:

𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
 Onde:
∅ = fluxo magnético através de uma superfície.
e = força eletromotriz induzida.
t = tempo. 56

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
 Os seguintes fatores influem na variação do fluxo magnético:

• Intensidade do campo magnético 𝐵.

• Área “A”.

• Ângulo “θ”.

• Corrente “i” no eletroímã.

57

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
A) Variação do fluxo pela mudança da intensidade do campo magnético:

 Na medida em que o imã se aproxima do circuito


imã móvel
fechado, ocorre o aumento da intensidade de
campo magnético e, portanto, há um aumento do S
N
fluxo através do circuito. A variação do campo
magnético produz uma variação do fluxo
magnético.
B

𝑑∅ circuito fechado
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
58

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
B) Variação do fluxo pela mudança de área:
 Considere um circuito fechado de área “A” movendo-se no plano sobre um campo magnético
uniforme e perpendicular.

𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡 59

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
B) Variação do fluxo pela mudança de área:

 No instante em que o circuito passa a se movimentar, penetrando no campo, começa a aumentar o


fluxo no seu interior, pois ocorre uma variação na área “A” imersa no campo magnético (“A” varia com
o tempo).

 Surge então uma f.e.m. induzida no circuito e esta f.e.m. dá origem a uma corrente que ocasiona a
deflexão do amperímetro.

𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
C) Variação do fluxo pela variação do ângulo “θ”:

 Considere um circuito fechado imerso em um campo magnético uniforme de módulo B, inicialmente


na posição (1) perpendicular ao campo.

 Girando-se o circuito altera-se o ângulo entre a normal à superfície e o campo magnético. Nessas
condições ocorre uma variação do fluxo através do circuito, esta variação produz uma f.e.m. induzida
neste circuito e, consequentemente, haverá a circulação de uma corrente elétrica.

𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
61

1. Conceitos Básicos

1.3 Indução Eletromagnética


1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
C) Variação do fluxo pela variação do ângulo “θ”:

n O
n B

(1) (2)

𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡
62

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético
D) Variação do fluxo pela variação da corrente “i” :

 Uma corrente “i” variável injetada na bobina do


i
eletroímã, corresponderá um fluxo magnético
variável que irá envolver o circuito fechado. Este E LE T RO IM Ã

fluxo variável dará origem a uma f.e.m. induzida e


consequentemente uma corrente elétrica irá
circular no referido circuito. CIR CU ITO
F E CHA D O

𝑑∅
∅ 𝐵 · 𝐴 · cos 𝜃 𝑒
𝑑𝑡 63

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.3 Fatores que Influem na Variação do Fluxo Magnético

Conclusões:
• A variação do fluxo causada, ou por mudança na intensidade do campo magnético devido a
aproximação relativa entre o imã e o circuito; ou por variação da área do circuito; ou ainda por
variação do ângulo “θ”, produz uma f.e.m. induzida no circuito fechado. Esta f.e.m. é induzida por
efeito de algum tipo de movimento. Desta forma ela é denominada “f.e.m. de movimento”.

• A variação do fluxo causada por variação na intensidade da corrente, considerando o eletroimã e o


circuito fixos produz uma f.e.m. induzida no circuito fechado. Esta f.e.m., que é induzida, não por
efeito de movimento, mas sim pela variação da corrente na bobina é denominada “f.e.m. de
efeito transformador”. 64

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.4 Lei de Lenz

 Em 1894, Heinrich Frederich Lenz publicou a sua lei de indução que pode ser resumida da seguinte
maneira: “O sentido da corrente elétrica induzida em uma espira é tal que seus efeitos tendem
sempre a se opor à variação de fluxo que lhe deu origem”.

 É a lei de Lenz que determina portanto qual o sentido corrente induzida na espira. A intensidade da
corrente originada pela variação do fluxo magnético em um circuito puramente resistivo é dada pela
Lei de Ohm.

𝑒
𝑖
𝑅
65

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.4 Lei de Lenz

 Desta forma, pode-se escrever a Lei de Faraday como sendo:

𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡

 Esta equação corresponde à expressão matemática da “Lei de Lenz-Faraday”.

66

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1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.5 Lei de Lenz-Faraday
Conclusões:
 “Sempre que houver variação do fluxo magnético através de um circuito surgirá neste uma
força eletromotriz induzida. Se o circuito for fechado circulará uma corrente induzida cujo
sentido será tal que tenderá a se opor às variações do fluxo que lhe deu origem”.

𝑑∅
𝑒
𝑑𝑡
 Onde:
∅ = fluxo magnético variável com o tempo que atravessa o circuito.
e = força eletromotriz induzida no circuito.
Sinal (-) = retrata a oposição ao fluxo de origem.
67

1. Conceitos Básicos
1.3 Indução Eletromagnética
1.3.5 Lei de Lenz-Faraday

 Vídeo tubo anti-gravidade de Lenz.

 https://www.youtube.com/watch?v=Oz15bjsSVxY

 Lei de Lenz-Faraday.

 https://www.youtube.com/watch?v=Rba9EdXO368

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1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
 Para uma corrente “i” injetada no terminal “a” da bobina, obtém-se o fluxo “ϕ”.
 Este fluxo enlaça ou concatena as “N” espiras da bobina. O termo enlaçar significa encadear, juntar
ou ligar.

 Portanto:

𝜆 𝑁𝜙 N
 Onde: O
𝜆 = fluxo enlaçado.
𝑁 = número de espiras.
i a b
∅ = fluxo magnético produzido no material.
69

1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
 Qual a unidade para o fluxo enlaçado (𝜆)?

𝜆 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 · 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎 𝑊𝑏 · 𝑒𝑠𝑝

 Outros exemplos de fluxo enlaçado:


(1)

𝜆 ?
(2)

𝜆 ?
o2
o1 𝜆 ?
(3)
𝜆 ?
(4)

 Basta verificar o número de espiras que o fluxo enlaça. 70

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1. Conceitos Básicos

1.4 Fluxo Enlaçado


 Considere a bobina a seguir, que possui 3 espiras. Qual o valor da tensão induzida “e”?

a e b  Cada vez que um fluxo variável no tempo


e1 e2 e3
atravessa uma espira, este produz uma
tensão induzida.

N=3
𝑒 𝑒 𝑒 𝑒

𝑑∅ 𝑑∅ 𝑑∅ 𝑑∅
𝑒 3
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Portanto, para uma bobina de “N” espiras, tem-se:

𝑑∅
𝑒 𝑁
𝑑𝑡 71

1. Conceitos Básicos
1.4 Fluxo Enlaçado
 Podemos escrever também:

𝑑∅ 𝑑 𝑁∅ 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Portanto, quando temos um fluxo “ϕ” que atravessa um conjunto de “N” espiras, este recebe o nome
de fluxo enlaçado, “𝜆”.

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1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
 Considere uma bobina de “N” espiras conforme figura a seguir:

i
a b
 Qual a relação existente entre o fluxo enlaçado “𝜆” e a corrente “i” injetada no terminal “a”?
 Se o meio é linear, o fluxo enlaçado “𝜆” é proporcional à corrente “i”.

𝜆∝𝑖
73

1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
 A constante de proporcionalidade entre o fluxo enlaçado e a corrente é denominada “indutância
própria da bobina”, representada pela letra “L”.

𝜆 𝐿𝑖

 Esta indutância depende das dimensões, do número de espiras e do meio onde se encontra a
bobina.

 Um circuito ou parte de um circuito que contém uma indutância é denominado indutor. Em outras
palavras, um indutor é um elemento passivo projetado para armazenar energia em seu campo
magnético.

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1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
 Podemos definir a indutância “L” de um indutor como a razão entre o fluxo enlaçado “𝜆” e a corrente
“i” através do indutor.

𝜆 𝐿𝑖

𝑁𝜙 𝐿𝑖

𝑁𝜙
𝐿
𝑖

 Dimensão da indutância própria:

𝜆 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 · 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
𝐿 𝐿 𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦 𝐻
𝑖 𝐴𝑚𝑝è𝑟𝑒
75

1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
 Se a corrente “i” injetada for variável no tempo, esta produzirá um fluxo enlaçado também variável no
tempo. Desta forma, temos:

𝑑𝜆 𝑑𝑖
𝜆 𝐿𝑖 𝐿
𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Através da Lei de Lenz-Faraday:

𝑑∅ 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Portanto:

𝑑𝑖 𝑑𝑖
𝑒 𝐿 𝑒 𝐿
𝑑𝑡 𝑑𝑡 76

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1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
 Portanto, conclui-se que existe uma queda de tensão na bobina como efeito de sua indutância
própria.

 De outra forma, a indutância consiste na propriedade de uma bobina se opor a qualquer variação de
corrente.

𝑑𝑖
𝑒 𝐿
𝑑𝑡

77

1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
 Embora a indutância “L” de um indutor seja a razão entre o fluxo enlaçado e a corrente injetada em
seus terminais, esta indutância depende de suas características construtivas.

 É importante observar também que a indutância não é linear no caso de materiais ferromagnéticos,
onde, devido à saturação a indutância pode apresentar valores variáveis com a corrente.

𝜆 𝑖
𝐿
𝑖

78

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1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
 Por exemplo, para o indutor apresentado a seguir, também conhecido como eletroímã ou solenoide,
temos os seguintes fatores de influência:

1) Número de espiras – N: 𝐿∝𝑁

2) Área da seção – A: 𝐿∝𝐴

1
3) Comprimento – l: 𝐿∝
𝑙

4) Permeabilidade do material do núcleo – 𝜇 : 𝐿∝𝜇 79

1. Conceitos Básicos
1.5 Indutância Própria
1.5.1 Fatores de Influência da Indutância
 Portanto, a equação para o cálculo da indutância em um solenoide muito longo (comprimento >>>
diâmetro) será:

𝐴𝑁
𝐿 𝜇
𝑙

Onde:
𝐿 = indutância em henrys (H).
𝐴 = área da seção transversal do indutor (solenoide) em (m2).
𝑁 = número de espiras.
𝑙 = comprimento do solenoide em metros (m).
𝜇 = permeabilidade do material do núcleo (H/m). 80

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1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 A indutância mútua retrata o efeito de uma bobina com corrente sobre uma ou mais bobinas
adjacentes.

 Quando dois ou mais circuitos com ou se contato entre eles se afetam por meio dos campos
magnéticos, diz-se que estão acoplados magneticamente.

 Pode-se concluir até o presente momento que todos os equipamentos elétricos citados como
exemplos de circuitos magnéticos possuem indutâncias próprias e a grande maioria deles também
apresentam indutâncias mútuas.

81

1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 As indutâncias mútuas são bastante comuns em linhas de transmissão que percorrem a mesma faixa
de servidão, influenciando diretamente nos estudos que envolvem a proteção de sistemas elétricos.

82

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1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua

83

1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Para entender o significado da indutância mútua, considere a configuração com duas bobinas
apresentada na figura a seguir:

 A corrente “I1” passando pela bobina (1) de “N1” espiras origina um fluxo próprio “ϕ11” e um fluxo
enlaçado com a bobina (2) de “N2” espiras, “ϕ21”.

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1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Neste caso tem-se:
𝜙 = fluxo próprio da bobina (1).
𝜙 = fluxo na bobina (2) produzido pela corrente da bobina (1).
𝑁 = número de espiras da bobina (1).
𝑁 = número de espiras da bobina (2).
𝐼 = corrente injetada na bobina (1).

𝜙 𝜙 𝜙

𝜙 = fluxo total na bobina (1).

85

1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Podemos escrever a equação para o fluxo enlaçado na bobina (2):

𝜆 𝑁𝜙 𝜆 𝑁 𝜙

 Em condições lineares existe uma proporcionalidade entre a corrente “I1” e a o fluxo enlaçado “𝜆 ”:

𝜆 𝜆 𝜆
𝐿 𝑀 𝑀
𝑖 𝑖 𝑖
 Onde:
𝑀 = constante de proporcionalidade denominada indutância mútua entre as bobinas (1) e (2).

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1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Considerando que:

𝜆 𝑁𝜙 𝐿𝑖

 Tem-se:
𝑁 𝜙
𝑁𝜙 𝐿𝑖 𝑁 𝜙 𝑀 𝑖 𝑀
𝑖

 Esta é a equação para o cálculo da indutância mútua entre as bobinas (1) e (2), que depende do
número de espiras da bobina (2) e da corrente que circula através da bobina (1).

87

1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Se considerarmos que a corrente “I1” é variável no tempo, esta produzirá um fluxo enlaçado “𝜆 ”
também variável no tempo:

𝜆 𝑀 𝑖 𝑑𝜆 𝑑𝑖
𝑀
𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Através da Lei de Lenz-Faraday:

𝑑∅ 𝑑𝜙 𝑑𝜆
𝑒 𝑁 𝑒 𝑁 𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

 Portanto:

𝑑𝑖 𝑑𝑖
𝑒 𝑀 𝑒 𝑀
𝑑𝑡 𝑑𝑡 88

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1. Conceitos Básicos
1.6 Indutância Mútua
 Portanto, há uma tensão induzida na bobina (2) devido à circulação de uma corrente variável na
bobina (1). Esta tensão induzida depende da indutância mútua entre as duas bobinas (M21).

𝑑𝑖
𝑒 𝑀
𝑑𝑡

 A indutância mútua entre duas bobinas adjacentes depende da distância entre elas, suas dimensões
físicas, número de espiras e meio considerado.

 Dimensão da indutância mútua:

𝜆 𝜆 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟 · 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
𝐿 𝑀 𝑀 𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦 𝐻
𝑖 𝑖 𝐴𝑚𝑝è𝑟𝑒 89

1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
 Considere novamente as bobinas (1) e (2) conforme a seguir:

𝜙 𝜙 𝜙

 A corrente “I1” estabelece na bobina (1) um fluxo total “ϕ1”. Parte deste fluxo atravessa a bobina (2),
denominado “ϕ21”. A relação entre a parcela “ϕ21” e o fluxo total “ϕ1” é denominada coeficiente de
acoplamento “k”.
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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
 De acordo com a definição de “k”, temos:

𝜙 𝜙
𝑘
𝜙 𝜙

 Portanto, “k” é uma medida do acoplamento magnético entre as duas bobinas.

0 𝑘 1

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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
 A indutância mútua entre duas bobinas pode ser calculada também em função do coeficiente de
acoplamento “k” através da seguinte equação:

𝑀 𝑘 𝐿 ·𝐿 0 𝑘 1

 Onde:
𝑀 = indutância mútua entre as bobinas em (Henry).
𝑘 = coeficiente de acoplamento, adimensional.
𝐿 , 𝐿 = indutâncias próprias das bobinas em (Henry).

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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
 Quando temos k = 1?

 Cite um exemplo de k ≈ 1? Como estão montadas as bobinas neste caso?

 Quando temos k ≈ 0? Como estão montadas as bobinas neste caso?

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1. Conceitos Básicos
1.7 Coeficiente (fator) de Acoplamento
 Portanto, devemos considerar configurações que apresentem fator de acoplamento (k) próximo de 1.

Tensão Tensão Tensão


superior (AT) inferior (BT) superior (AT)

94
Exemplo de montagens típicas do enrolamentos.

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