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INTROITO
“7. As relações entre o titular da conta e a .x.x.x.x. são regidas por contrato
registrado nos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo e
Rio de Janeiro.”(disposições insertas no verso das faturas .x.x.x.x – cópia
anexa)
II – MÉRITO
“Regra mais delicada é a inserida no § 3º, do art. 330, que prevê o dever do
autor em continuar pagando o valor incontroverso no tempo e modo
contratados. Sua interpretação deve ser restrita. Nenhuma consequência
advirá para o autor e sua ação revisional caso ele deixe de pagar o valor
incontroverso, especialmente porque eventuais dificuldades financeiras
não podem obstar o acesso à via jurisdicional. O que a norma em
comento determina é que o simplesmente ajuizamento da ação revisional não
serve para justificativa para a suspensão da exigibilidade do valor
incontroverso.” (in, Comentários às alterações do novo CPC. São Paulo: RT,
2015, p. 447)
(os destaques são nossos)
“Ou seja, antes de aplicar o art. 332 do CPC/2015, o juiz deve assegurar ao
autor a possibilidade de demonstrar porque sua petição inicial, v.g., não
contraria súmula do STF ou súmula do STJ. Somente após essa segunda
manifestação do autor é que se poderia cogitar da aplicação da referida
técnica de forma constitucionalmente adequada. “ (ob. aut. cits., p. 860)
“3. Inconstitucionalidade. O CPC 332, tal qual ocorria com o CPC/1973 285-
A, é inconstitucional por ferir as garantias da isonomia (CF art. 5º caput e I),
da legalidade (CF art. 5º, II), do devido processo legal (CF art. 5º caput e LIV),
do direito de defesa (CF art. 5º, XXXV) e do contraditório e da ampla defesa
(CF art. 5º LV), bem como o princípio dispositivo, entre outros fundamentos,
porque o autor tem o direito de ver efetivada a citação do réu, que pode abrir
mão de seu direito e submeter-se à pretensão, independentemente do
precedente jurídico de tribunal superior ou de qualquer outro tribunal, ou
mesmo do próprio juízo. “ (Nery Júnior, Nélson; de Andrade Nery, Rosa Maria.
Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p. 908)
Não fosse isso o suficiente, há identicamente
inconstitucionalidade na regra espécie, todavia sob o prisma de que essa norma
adota como “súmula vinculante” decisões não emanadas do STF. É dizer, impede-se
o aprofundamento do mérito pelo simples fato de contrariar, por exemplo, súmula do
STJ, TJ´s ou até mesmo TRF´s.
“De início, cumpre esclarecer que o efeito vinculante previsto para todos os
provimentos elencados nos incs. I a IV do art. 332 do CPC/2015 – com
exceção da SV do STF – é inconstitucional porque essa atribuição (=de efeito
vinculante) não pode ser instituída mediante legislação ordinária. “ (Teresa
Arruda Alvim Wambier ... [et tal], coordenadores. Breves comentários ao Novo
Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p. 859)
(...)
CÓDIGO CIVIL
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação revisional de contrato de utilização de cartão de crédito. Sentença de
procedência. Reclamo da casa bancária. Agravo retido. Insurgência contra
decisão que antecipou os efeitos da tutela. Análise do mérito do agravo em
conjunto com o do apelo por identidade das razões recursais. Contrato de
adesão. Consumidor que aceita as cláusulas em bloco, ou não as aceita.
Princípio do pacta sunt servanda mitigado. Possibilidade de revisão das
cláusulas contratuais. Inteligência dos artigos 6º e 54 do Código de Defesa do
Consumidor. Recurso não provido nesse aspecto. Juros remuneratórios.
Insurgência contra a limitação em 12% ao ano e pedido para manutenção da
taxa contratada. Percentuais indicados nas faturas que se mostram abusivos.
Necessária a observância da taxa média de mercado divulgada mês a mês
pelo BACEN para as operações de "cheque especial" pessoa física. Súmula
nº 296 do Superior Tribunal de Justiça e enunciados I e IV do grupo de
câmaras de direito comercial. Insurgência parcialmente acolhida nesse ponto.
Capitalização de juros. Ausência de constatação da contratação do encargo,
ainda que na forma numérica. Faturas acostadas que só prevêem taxa
mensal de juros. Encargo que deve ser afastado em qualquer periodicidade,
em razão da necessidade de fornecer ao consumidor informações claras a
respeito dos produtos e serviços contratados. Sentença que, todavia, autoriza
na periodicidade anual. Manutenção do decisum, sob pena de reformatio in
pejus. Descaracterização da mora. Particularidades do caso presente que
devem ser observadas. Necessidade de liquidação para apuração de eventual
saldo devedor. Negativação que, in casu, mostra-se indevida. Sentença
mantida comissão de permanência. Legalidade da cobrança desde que
expressamente contratada. Ausência de previsão contratual. Afastamento da
exigência mantido. Apelo não acolhido nessa parte. Repetição de indébito.
Casa bancária que alega a inexistência de qualquer montante a compensar.
Tese arredada. Autorizada a devolução do valor que tiver sido cobrado em
excesso. Viabilidade na forma simples. Insurgência não acolhida.
Prequestionamento. Rejeição. Razões analisadas de forma fundamentada
(CF, art. 93, IX). Ônus de sucumbência. Manutenção da sentença. Agravo
retido conhecido e desprovido e recurso de apelação conhecido e
parcialmente provido. (TJSC; AC 2013.083920-5; Joaçaba; Quinta Câmara de
Direito Comercial; Relª Desª Soraya Nunes Lins; Julg. 13/03/2014; DJSC
20/03/2014; Pág. 344)
CÓDIGO CIVIL
Art. Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento
e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.
Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre
este em mora
Nesse sentido:
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Revisional, o Autor expressa o desejo que
Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
3.1. Requerimentos
3.2. Pedidos
Local e Data
ADVOGADO
OAB/UF 00000