Você está na página 1de 2

Relatório de audiência.

Data: 05/12/2019, às 14h.


Processo nº: 0708036-88.2018.8.07.0001
Juíza: Priscila Faria da Silva.
Autora: Pauline Nallim Lobão.
Ré: Lais Grillo Araújo Magalhães.

Aberta a audiência de instrução e julgamento, a juíza, após fazer a


qualificação das partes, deu início à fase instrutória do processo com a oitiva da
Ré. A Ré, instada a se manifestar sobre o ocorrido, declarou o seguinte, em
apertada síntese:

(i) Que tratava-se de um acidente envolvendo um veículo automotor;


(ii) Que estava estacionada em uma vaga de rua da quadra 308 sul, em
frente a uma loja de roupas, mexendo no celular;
(iii) Que num momento de distração, ao sair com o carro, posicionou a
marcha no DRIVE, ao invés de engatar a RÉ. O equívoco lançou o
carro para a calçada, momento no qual atingiu a Autora, que olhava a
vitrine da loja junto com sua mãe.
(iv) Com o impacto, a Autora foi projetada para dentro da loja,
atravessando a porta de vidro e caindo no chão, com graves
machucados na perna e no braço.
(v) Que prestou todos os socorros atinentes, entretanto, diante do susto
da cena, a mãe da Autora pediu que se afastasse;
(vi) Que, ato contínuo, permaneceu em contato com a família, custeou
alguns tratamentos da Autora, mas entrou em desacordo com os
valores que estavam sendo reiteradamente pedidos.

Após, a MM Juíza convidou a advogada da Autora para realizar perguntas


para a Ré, que aproveitou a ocasião e questionou se havia algum motivo
específico para que tal equívoco (a troca da marcha) ocorresse naquele dia, e
se já havia ocorrido outras vezes.

Em resposta, a Autora disse que tratou-se de fatalidade, sem motivo


específico, e que já acontecera outras vezes, tendo em vista que o carro é
automático.

Sem mais questionamentos, a MM. Juíza convidou a testemunha da Ré para


adentrar à sala. De início, questionou se existia algum nível de amizade ou
inimizade com as partes, sendo a resposta negativa.

Ato contínuo, a Testemunha da Ré, que é proprietária da loja vizinha da loja


onde ocorreu o acidente, começou a relatar os fatos tal qual se lembrava.
Destacou que a estava na vitrine, no momento do acidente, e que se
lembrava do nervosismo assumido pela Ré, diante da situação. Disse que todos
os socorros foram tomados, e que todos os presentes se disponibilizaram a
ajudar.

Por fim, foi levantado um questionamento sobre a hipótese de que a perna


da Autora teria ficado presa embaixo do carro. Sobre esse aspecto, a
Testemunha revelou que foi necessário retirar o carro da calçada para que
pudessem ver a totalidade da perna da vítima.

Por fim, a juíza, após questionamento de ambas as partes sobre a posição


da perna da Autora após o acidente, encerrou a fase instrutória e avisou, ambas
as partes, que estava aberto o prazo para alegações finais.

A audiência terminou com a assinatura da ata por todas as partes


presentes.

Brasília,
05 de dezembro de 2019.

Julia Cristina Ferreira


RA 21752364
Turma 4DC

Você também pode gostar