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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000835-80.2022.5.14.0008

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 05/11/2022


Valor da causa: R$ 84.976,29

Partes:
RECLAMANTE: JACQUELINE DE OLIVEIRA NORONHA
ADVOGADO: ADRIANO MICHAEL VIDEIRA DOS SANTOS
ADVOGADO: MARCELO ANDRE AZEVEDO VERAS BARROZO
ADVOGADO: PEDRO HENRIQUE PAMPLONA RODRIGUES
ADVOGADO: ANA CLAUDIA ELHAGE DE CARVALHO
RECLAMADO: ROBERTA DE FARIAS FEITOSA
ADVOGADO: VITOR MARTINS NOE
ADVOGADO: CAMILA VARELA GREGORIO
ADVOGADO: JAQUELINE JOICE REBOUCAS PIRES NOE
TESTEMUNHA: INGRID BRAGA SOARES PARENTE
TESTEMUNHA: LUCAS RODRIGUES DE SOUZA
TESTEMUNHA: VINÍCIUS ALEXANDRE GODOY
TESTEMUNHA: CARLOS JUNIOR DE SOUZA ARAUJO
TESTEMUNHA: CASSIA SARMENTO NUNES DOS SANTOS
TESTEMUNHA: ADRIANO MEDEIROS LOPES
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO VELHO
ATOrd 0000835-80.2022.5.14.0008
RECLAMANTE: JACQUELINE DE OLIVEIRA NORONHA
RECLAMADO: ROBERTA DE FARIAS FEITOSA

ATA DE AUDIÊNCIA PRESENCIAL

Em 22 de junho de 2023, na sala de sessões da MM. 8ª VARA DO


TRABALHO DE PORTO VELHO, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho
LUCIANO HENRIQUE DA SILVA, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Ordinário número 0000835-80.2022.5.14.0008, supramencionada.

Às 09h29min, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora JACQUELINE DE OLIVEIRA NORONHA,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). ADRIANO MICHAEL
VIDEIRA DOS SANTOS, OAB/RO 4788 e Dr. PEDRO HENRIQUE PAMPLONA OAB/RO
9624.

Presente a parte ré ROBERTA DE FARIAS FEITOSA, representado(a)


pelo(a) preposto(a) Sr.(a) UÉSLEY SOARES DA SILVA, acompanhado(a) de seu(a)
advogado(a), Dr(a). VITOR MARTINS NOÉ, OAB/RO 3035 e Dra. JAQUELINE JOICE
REBOUÇAS PIRES NOÉ, OAB/RO 5481.

Para assegurar a incomunicabilidade na colheita dos depoimentos, as


testemunhas: a) serão retiradas da sala de audiência virtual e deverão aguardar para
prestar depoimento; b) deverão mostrar por meio da sua câmera de vídeo que estão
sozinhas e isoladas antes do início da sua oitiva; c) estão terminantemente proibidas
de se comunicar com as partes, advogados ou demais testemunhas a partir deste
momento e; d) estão terminantemente proibidas de usar qualquer outro
equipamento eletrônico, ferramenta tecnológica ou realizar consultas durante a sua
oitiva, ressalvados exclusivamente aqueles necessários para a realização da presente
audiência por videoconferência.

Ressalte-se que o descumprimento dos deveres processuais pelas


partes, advogados ou testemunhas ora presentes será considerado litigância de má
fé e sujeitará o infrator às penalidades dos arts. 793-C e 793-D da CLT.

INCONCILIADOS

A parte reclamante, tendo em vista não comparecimento da


testemunha Vinicius, que se encontra com atestado, desiste de sua oitiva.

A testemunha Ingrid ingressou de forma telepresencial, sendo


transferida para sala de espera virtual, com as advertências de praxe.

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
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Registra-se que a presente solenidade será gravada, ficando


expressamente cientes todos os participantes desta audiência que o link da gravação
será disponibilizado às partes e advogados, nos moldes previstos no art. 9º do Ato
TRT14/GP nº 006/2020.

Ficam, ainda, advertidos todos os participantes desta audiência que é


absolutamente vedada, sujeitando-se o infrator às penalidades processuais,
administrativas, civis e penais em caso de descumprimento: a) a edição ou
modificação da gravação, no todo ou em parte; b) a utilização da gravação, no todo
ou em parte, para qualquer finalidade fora do processo, inclusive para fins
acadêmicos; c) a realização de gravação não oficial ou clandestina do presente ato.

Para possibilitar a incomunicabilidade estipulada pelo art. 385, §2°, do


CPC, o(a) preposto(a) da reclamada foi retirado(a) da sala de audiências neste
momento (às 10h49min).

Gravação iniciada às 10h51min.

Depoimento pessoal do reclamante: “que trabalha no segmento de


cartório há aproximadamente 9 anos, tendo trabalhado 6 anos no primeiro ofício e 3
anos na Feitosa; que em relação a ata notarial juntada no processo, referente a
gravação da conversa com a reclamada, a depoente afirma que quem conseguiu a
ata foi seu esposo, e não sabe como ele conseguiu; que soube da existência da ata
porque o esposo da depoente comentou com a depoente; que soube apenas no
processo que houve pedido de sigilo da reclamada sobre a ata, mas na ata, em si,
não consta nenhuma informação de sigilo, não tem nada escrito lá, até porque a ata
é pública; que assinou o termo de id 2172469, sendo que todos os funcionários
assinam esse termo; que confirma que passou a sua senha para o irmão Gabriel,
sendo essa prática comum, tendo havido uma situação em que teve que passar a
senha para ele; que a senha foi passada para facilitar andamento, e que geralmente
não havia outros funcionários com senha para reimpressão de etiquetas no
momento, sendo que por várias vezes o irmão da depoente ficava sozinho; que
Marciel utilizava a senha do William; que William utilizava a senha do Beto (Tabelião
Substituto); que Taize utilizava senha do Beto, assim como Cássia também utilizava a
senha de Beto; que acredita que a reclamada sabia sobre as senhas, mas não tem
como ter certeza; que o irmão da depoente trabalhava no setor do balcão e também
auxiliava a depoente no registro civil, mas em geral são setores diferentes e por isso
havia essa dificuldade com relação as senhas; que o superior hierarquico do irmão
da depoente no balcão era Marciel; que reimpressão de etiqueta é a mesma coisa de
reimpressão de selo; que tem que reimprimir selo por causa de a máquina
geralmente dar problema, e precisa de uma senha para reimprimir, porque
geralmente mandam imprimir e o selo não sai ou sai impresso de forma errada e
tem que mandar reimprimir; que o procedimento padrão nesses casos seria chamar
o superior para reimprimir, mas também seria procedimento padrão o auxiliar nunca
ficar sozinho, o que normalmente acontecia na hora do almoço, de forma que para
reimprimir teria que ir até outro setor pedir William ou outro funcionário para irem,
por isso compartilhavam a senha para facilitar o andamento; que às vezes fica sem
escrevente, porque William tem que ficar fora para alguma tarefa, mas em regra ele

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
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está, porém em outro setor; que trabalhava no cartório, mas no momento da


demissão estava realizando plantão na maternidade Municipal e no HB; que passou
mais ou menos 8 meses nos plantões; que no momento em que houve a
reimpressão de selo a depoente estava fora do cartório, sendo que o irmão da
depoente já tinha sua senha; que confirma que os atos realizados no Id 8aac437,
foram feitos com sua senha; que esclarece que não tem como afirmar de forma
categórica quais são os selos que foram reimpressos com sua senha, pois o seu
irmão não ligava informando a respeito; que leu e confirma os termos da ata notarial
referente a conversa com a reclamada, que foi juntada aos autos com a petição
inicial; que em relação a atos praticados fora do cartório, é preciso pagar uma
diligência para que o documento saia do cartório, mas é procedimento comum fazer
a retirada de documento para assinatura, por agrado, sem a diligência; que
aconteceu com o próprio Beto de reconhecer como verdadeira a assinatura de uma
pessoa como se estivesse presente e não estava, e depois retirou uma folha e colheu
a assinatura, que aconteceu quando estava próximo da correição, mas não sabe
quem foi a pessoa favorecida; que o irmão da depoente quem viu o acontecido; que
não sabe precisar quando o fato ocorreu; que retirou o processo de habilitação de
casamento de sua sogra que e deficiente física, apenas para assinar, por ser uma
prática comum, e que no dia seguinte falou para a reclamada; que o próprio tabelião
levava folhas de casamento para assinar e acredita que era sem diligência, pois ele
não costuma fazer esse serviço; que o William também saia com assinaturas, mas
não sabe se era ou não com diligência; que Carlos também já levou documentos sem
assinatura para diligência; que não comunicou o repasse de sua senha para a
reclama ou outro superior; que não informou, pois era um procedimento comum;
que sabia que o procedimento de compartilhar a senha não era correto, mas todos
faziam para facilitar e o problema da depoente foi somente porque ela estava fora
do cartório no momento; que negou inicialmente ter compartilhado a senha, porque
estava se sentindo intimidada pela reclamada e não queria deixá-la ainda mais triste;
que para retirada do processo de casamento de sua sogra não foi solicitada
diligência; que pode fazer o processo de casamento no sistema, mesmo sendo
parente, só não pode assinar; que não informou Ingrid que o processo havia sido
retirado do cartório, e queria que Ingrid assinasse o processo por ser uma pessoa
muito querida da depoente; que os dados no sistema foram feitos por acesso
remoto da depoente quando estava no plantão na maternidade, que era prática
comum; que na maternidade fazia registro de nascimento, mas continuava fazendo
outras atividades no cartório para ajudar, sendo que o superior sabia disso, sendo
uma pessoa de Cássia, e acredita que a reclamada não sabia; que formalmente era
só para fazer registro na maternidade, porém todos no cartório fazem diversas
funções; que o processo foi cancelado por ter retirado a folha sem ter diligência, ao
que sabe não havia outras irregularidade; que nem sempre recebia horas extras pelo
trabalho aos domingos; que muitas vezes só fazia 15min para almoçar; que
conseguia fazer 1h de almoço umas 3 vezes por semana; que enquanto esteve na
maternidade fazia 1h de intervalo, sendo que lá esteve durante 6 meses, o que
ocorreu antes de ir pro HB; que na época da pandemia fazia 15min de almoço, por
quase 2 meses; que a reclamada paga R$20,00 por dia quando não tem horário de
almoço, tanto para o juramentado quanto para o não juramentado, sendo que o
valor era pago por fora, que era prática comum; que no período da pandemia não

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recebeu os R$20,00, tampouco quando estava no HB; que a própria depoente


controlava seu período de tempo de intervalo; que existia escala de revezamento,
mas mesmo assim o intervalo acabava sendo menor, porque havia muito
movimento; que indefere a pergunta “Se a reclamante foi testemunha junto com seu
irmão  em processo movido por Vinicius Godoy” por não ser pertinente. Protestos
pela reclamada. que acredita que o cartório na época possuía 15 funcionários. Nada
mais.

Gravação encerrada às 11h55min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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Senha: yqW@^BN5

Neste momento, o preposto da reclamada retornou à sala de


audiências virtual às 11h57min.

Gravação iniciada às 12h.

Depoimento pessoal do(a) preposto(a) da reclamada: “que são 2


tabeliães substitutos; que o outro tabelião é o Sr. Antônio Eguiberto (Beto); que o
Beto é casado com a reclamada; que não existe a prática de transferência de senhas;
que nunca aconteceu de alguém passar a senha para outra pessoa; que a
organização do cartório sempre tem um escrevente e seu substituto; que a jornada
de trabalho era controlada pela própria reclamante, sendo que o horário de intervalo
era ela quem fazia; que perguntado qual era o horário de almoço, disse que não
tinha o controle, sendo que era a reclamante que controlava; que o horário de
almoço da reclamante era de 1h enquanto estava no cartório; que qualquer
documento do cartório só pode ser retirado por um escrevente  autorizado, e só
pode ser retirado através de certidão de diligência; que não aconteceu de ter saído
documento sem ter certidão de diligência; que não se recorda se a reclamante fez
menos de 1h de almoço e não se recorda se foi pago algum valor.” Nada mais.

Gravação encerrada às 12h10min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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Senha: yqW@^BN5

Depoimento da primeira testemunha do(a) reclamante: Carlos Junior


de Souza Araujo, Solteiro, Estudante, CPF n. 031.307.572-79, R. Valdemar Estrela, n.
5611, Bairro Rio Madeira, TELEFONE (69) 99375-0744.

Gravação iniciada às 12h15min.

Contraditado nos seguintes termos: “MM Juiz, a testemunha possui


amizade íntima com a Reclamante, sendo indicada para trabalhar na Reclamada pela

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Obreira na condição de amigo, conforme se verifica em conversa de whatsapp


apresentada nesta oportunidade e cuja juntada pugna por prazo. Ademais, a
testemunha também é amiga íntima do irmão da Reclamante, Sr. Gabriel, que
também foi dispensado por justa causa, tratando-se de fatos que possuem íntima
ligação com o mesmo e a amizade de ambos retira a lisura do depoimento na
condição de testemunha.”

Indagado, respondeu que não tem amizade íntima com a reclamante,


como tem com o Sr. Gabriel ou outro amigo de escola. Que já foi na casa dos pais da
reclamante, mas não na casa da reclamante, em si. Que a reclamante nunca foi na
casa do depoente. Que já encontrou a reclamante em eventos de música do irmão
da reclamante, mas nunca convidou a reclamante para fazer algo fora dessas
ocasiões. Que pediu ajuda para o irmão da reclamante para ingressar em atividade
na área do direito, sendo que o irmão da reclamante disse que iria ver o que poderia
fazer. Que não sabe quem efetivamente indicou o depoente para ingressar no
cartório. 

Neste ato, a reclamada apresenta áudio indicando a contratação da


testemunha, como sendo amigo da reclamante. 

Defiro o prazo de 48hrs para apresentação da documentação pela


reclamada. Após, poderá se manifestar a parte reclamante, também no prazo de 48
horas, independentemente de intimação.

Contradita acolhida, tendo em vista que a testemunha tem relações


próximas com o irmão da reclamante, tendo frequentado a casa dos pais da
reclamante e ter se referido pela própria reclamante como amigo. Seu depoimento
será colhido como informante.

Respondeu que: “trabalhou na reclamada do mês 3 até próximo ao


final do ano, o que faz, mais ou menos, 1 ou 2 anos que o depoente saiu do cartório;
que era auxiliar de escrevente; que trabalhava em setor distinto da reclamante, mas
no mesmo cartório; que não tinha senha próprio, então tinha que pedir para um
escrevente ao lado ou próximo para aprender e ajudar os escreventes; que não
ficava diretamente com a senha, mas era comum existir a troca de senhas; que a
troca de senhas ocorria para reimpressão de selos, sendo utilizadas as senhas do
Beto, para facilitar o serviço, mas sabe quem passou a senha, ao que se recorda era
essa a senha que estava sendo utilizada; que a senha do Beto ficava disponível para
ser utilizada, e continuava sendo utilizada mesmo quando Beto não estava; que já
chegou a levar documentos para ser assinado fora, mas não sabe se foi feito por
meio de diligência formal; que a pessoa que recebeu o documento não aparentava
nenhuma dificuldade de locomoção; que foi sozinho levar o documento; que
geralmente o William quem ia levar os documentos, mas neste dia quem foi, foi o
depoente; que o intervalo era intercalado e os funcionários tinham 1h de intervalo e
o depoente tinha 30min, pois era estagiário, com horário reduzido; que não sabe da
existência de pagamentos referentes ao tempo de intervalo intrajornada; que estava
no cartório durante o tempo que a reclamante trabalhou na maternidade e sabe que
a reclamante trabalhava direto, mas não tem certeza de quanto tempo, não tendo

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certeza se a reclamante tinha folga em finais de semana e durante a semana.”


Perguntas pela reclamada: “que o William já era escrevente quando fazia as retiradas
de documentos para assinatura, ao que se recorda; que quando fez a retirada para
assinatura, o depoente levou o documento para a esposa (Sra. Ieda Chaves) do Dr.
Hildon Chaves, sendo 5 escrituras públicas; que quando recebeu sua própria senha,
foi informado ao depoente que era intransferível; que o selo é reimprimido quando
sai com falhas, sendo que era necessário o uso da senha do superior para tal ação,
porque dependia da patente para evitar eventual plágio; que o superior do depoente
era o Uésley e superior a ele também o Beto; que o William não chegou a passar a
senha para o depoente, sendo que o William logava no computador e o depoente
utilizava o computador do lado, de William, geralmente; que o período que utilizou o
computador logado com a senha de William, foi o período que estava sem senha;
que não aconteceu com o depoente de utilizar a senha de outra pessoa, fora o
período mencionado referente a utilizar o computador logado por William; que o
depoente trabalhava no setor de escritura pública e a reclamante no setor de
registro civil; que os setores estão em ambientes diferentes, havendo paredes, sendo
que o depoente não via a reclamante; que todo o trabalho feito pelo depoente era
conferido, reafirmando o depoente que trabalhava em computador logado não
apenas por William, mas por escreventes mais próximos também.” Nada mais.

Gravação encerrada às 12h54min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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Senha: yqW@^BN5

Depoimento da segunda testemunha do(a) reclamante: LUCAS


RODRIGUES DE SOUZA, CPF n. 006.828.672-41, Servidor Público, Solteiro, rua
Cambuci, S/N, bairro Nova Esperança, Porto Velho, telefone 99200-4664.

Gravação iniciada às 13h05min.

Advertida e compromissada, na forma da lei, respondeu que:


trabalhou na reclamada como estagiário de novembro a dezembro de 2020 e depois
como auxiliar de escrevente de dezembro até maio de 2021; trabalhou com a
reclamante; que no período a reclamante trabalhava no próprio cartório; como
estagiário não possuía senha específica e não se recorda ao certo, mas acredita que
alguém logava no computador; que depois de ser contratado recebeu uma senha
para acessar o sistema; que depois de ter sido contratado com registro não
aconteceu de passarem senha para o depoente, mas acontecia de logarem no
computador para o depoente corrigir eventuais erros que precisavam ser corrigidos
com senha de superior; que acontecia com outras pessoas de passarem senhas, por
exemplo, Marciel recebia senha dos escreventes juramentados, acreditando que ele
tinha a senha de um deles, acredita que ficava com ele o tempo todo essa senha, que
era utilizado quando os escreventes não estavam próximos, por exemplo, para
quando os escreventes iam almoçar; que o que via era essa situação no seu setor,
mas acredita que isso também acontecia em outros setores, por que era somente

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um escrevente por setor e uma hora ele ia almoçar e o cartório continuava


funcionando; que já aconteceu de presenciar retirada de documentos do cartório
para assinatura; que o próprio depoente já fez isso para assinar para pessoas com
mobilidade reduzida; que no caso do depoente essas assinaturas ocorreram bem na
frente do cartorio ali na calçada, pois se tratavam de pessoas que assinavam dentro
do veículo, por estarem com mobilidade reduzida; que já presenciou escrevente ou
auxiliar de escrevente saindo com o próprio carro para levar documento para
assinatura fora do cartório; quem fez isso foi o William e Alex; não se recorda a época
que isso foi feito; e também não sabe se foi paga a taxa e feita a retirada de forma
irregular (sem diligência); que já presenciou assinatura por verdadeiro sem a
presença das partes; que todo mundo fazia isso; que isso não era feito para todo
mundo, mas para clientes específicos que passam uma vez por semana para assinar;
que não se lembra nomes específicos, mas geralmente eram para locadoras de
carros; que essa prática era feita por Jaqueline, pelo próprio depoente, por Gabriel,
por Alex, por William, por Marciel, por outra menina que não se lembra o nome; que
não sabe se a reclamada sabia disso, mas o Beto, tabelião substituto, sabia por que
era ele quem definia quem era os clientes que poderiam ter esse tratamento; que o
reconhecimento por verdadeiro acontecia somente depois que eram colhidas as
assinaturas; que o reconhecimento por verdadeiro acontecia sem a presença da
pessoa, geralmente com presença dos funcionários; que se a pessoa cuja firma fora
reconhecida como verdadeira não comparecesse posteriormente, o Beto ligava até a
pessoa ir; que a lacuna ocorrida no livro ficava em branco, colocava um post it com o
nome da pessoa que teria que assinar depois; que trabalhava em setor distinto do da
reclamante, mas às vezes ela ia até o setor que o depoente trabalhava por causa da
movimentação; não possuía a senha da reclamante e não utilizou senha dada pela
reclamante; que foi dito ao depoente que a senha era instransferível e pessoal e
assinou documento a respeito, que esse procedimento acontecia para saberem
quem eventualmente fez algum erro; e por isso o depoente não passava a própria
senha, até por que era de nível básico; como auxiliar de escrevente trabalhou com o
Gabriel irmão da reclamante; que a senha do depoente não autorizava a
reimpressão de selo; que somente a senha dos escreventes poderia fazer
reimpressão dos selos; que no início os escreventes colocavam a senha e verificavam
se o depoente estava reimprimindo corretamente os selos; depois somente
colocavam a senha e saíam; que a senha para reimpressão de senha era colocada
tanto pelos escreventes do setor do depoente quanto de outro setor quando
estivessem mais próximos; que os escreventes estavam lá quando o depoente
reimprimia, mas para os auxiliares mais velhos deixavam a senha mesmo quando
saíam; o Marciel era auxiliar de escrevente, mas hoje é escrevente; que não sabe se
um escrevente pode fazer e assinar processo de casamento de algum parente; que
acredita que o procedimento de diligência seja realizado por meio do pagamento de
taxa para funcionário ir colher a assinatura; que a reimpressão de selo fica
condicionada a senha do escrevente por uma questão de segurança, por ser de
confiança; que nunca pegou senha de outra pessoa para reimpressão de senha
permanentemente; que era proibido aos auxiliares de escreventes reimprimir selos,
o sistema inclusive bloqueava; que o setor principal da reclamante era o setor de
registro; que não se recorda se a reclamante trabalhou de forma remota durante
algum período; que acha que a reclamante trabalhou na maternidade ou no hospital

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de base, durante o período trabalhado com o depoente, mas não tem certeza; não
sabe precisar o tempo que a reclamante teria trabalhado de forma remota;que não
foi informado ao depoente nenhuma punição caso repassasse a senha a alguém;
que não se recorda de ter assinado termo dizendo que a senha era pessoal e
intransferível;  

Gravação encerrada às 13h44min.

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/RZ_47X_j0bC6iWR3TfwZyqbJInA259l3SIvFvhZIrqliIVh3a82u4aTbRqRPQYa_.
JdpHzzPJ0yAAsjxb?startTime=1687453527000
Senha: yqW@^BN5

O(A) reclamante não possui mais provas a produzir.

Depoimento da primeira testemunha da reclamada: INGRID BRAGA


SOARES, CPF n. 018.967.372-93, Casada, Escrevente Autorizada, rua Presidente
Médici, S/N, Setor 2, Campo Novo de Rondônia, telefone 99204-2108.

Gravação iniciada às 13h51min.

Advertida e compromissada, na forma da lei, respondeu que: trabalha


na reclamada desde 28.06.2017 até o momento, estando afastada de licença-
maternidade;  que trabalhou com a reclamante; que a reclamante ingressou depois
da depoente, sendo que trabalharam juntas durante todo o período trabalhado pela
reclamante; que nunca utilizou a senha de nenhum funcionário do cartório, já que as
senhas são pessoais; que nunca passou a senha para nenhum outro funcionário; que
desconhece se alguém já trabalhou no cartório utilizando senha de outra pessoa;
que não acontecia de ser logado o computador com uma senha e continuar a ser
utilizado por outra pessoa; que acontecia de serem retirados documentos para
assinatura fora do cartório quando era solicitado por meio de diligência; que o
usuário informava o motivo e programava diligência para ser colhida a assinatura da
pessoa, sendo que só os escreventes podem fazer esse procedimento; que nunca
aconteceu de sair documento do cartório sem ser observado esse procedimentos;
que já aconteceu de reconhecer firma como verdadeira sem a pessoa estar presente
no cartório e colhia a assinatura no mesmo dia, mas depois de ter sido já
reconhecido como verdadeira, o que acontecia por meio de diligência; que fazia uma
hora de intervalo para almoço; que não acontecia de fazer menos que 1h de almoço,
exceto quando acontecia de fazer algum serviço fora do cartório, mas nesse caso era
informado; que a reclamante também fazia plantões em maternidade e também no
hospital de base; que a reclamante trabalhava nesses plantões todos os dias, de
segunda a domingo, o que foi solicitado pela própria reclamante; que no começo
chegou a receber o valor de R$ 20,00 por não fazer o intervalo, mas eram os próprios
funcionários que pediam para o intervalo ser menor; que nesse caso era o tempo de
fazer a refeição dentro do cartório e retornar, na copa, quando havia necessidade, o
que aconteceu umas duas ou três vezes, há muito, acreditando que a reclamante não
estava no cartório; que esses valores não vinham no holerite, eram pagos em
dinheiro; 

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Reperguntas pelo advogado da reclamada: que assinaram um termo


dizendo que não poderiam transferir a senha: que assinou esse termo bem no
começa; que acredita que estava no termo que a transferência da senha poderia
acarretar justa causa, e todos sabiam da responsabilidade da senha; que a senha era
intransferível porque cada funcionário tinha um nível de acesso e liberações no
sistema; que o sistema grava as informações por meio da senha, o sistema registra
tudo, emissão de selos, alterações; que tem que reimprimir selo quando precisa
reimprimir certidão em folha borrou, ou rasurou, ou estava com informação errada,
e precisa da senha de nível 1, sendo preciso chamar ou escrevente, ou o chefe de
setor ou tabelião; que a senha da depoente não permitia reimpressão; que o
superior quando colocava a senha conferia o que estava sendo reimpresso; que esse
cuidado com a reimpressão de selo é para segurança jurídica quanto aos atos e para
proteção contra eventual fraude; que na habilitação de casamento as partes vão ao
cartório com testemunhas e documentos necessário e solicitam a habilitação; que se
tiver que praticar algum ato fora do cartório o usuário solicita diligência, e somente
os escreventes e o tabelião podem fazer a diligência; que a reclamante pediu à
depoente para assinar o processo de casamento de sua sogra (da reclamante),
porque a reclamante não poderia assinar por ser familiar dela; que quando começou
a assinar viu que estavam faltando documentos, proclamas, e foi quando levou para
a escrevente Cássia, responsável do setor; que foi verificado que o edital de
proclamas estava fora e os documentos pessoais estavam fora do padrão, com
imagens de whatsapp; que segundo a reclamante o processo de casamento foi
assinado fora do cartório, ficando sabendo disso porque a reclamante comentou
depois com a reclamada Roberta; que inicialmente levou o processo para Cássia pela
questão dos documentos, até então não sabia que o processo havia sido assinado
fora do cartório;  acredita que a reclamante somente comentou com a reclamada
Roberta sobre a assinatura fora do cartório depois que ela, Roberta, já estava
verificando o acontecido; que também trabalhou com Gabriel, irmão da reclamante;
que Gabriel era auxiliar de cartório; que como auxiliar de cartório a senha de Gabriel
não lhe dá a prerrogativa de reimprimir selo; que o setor do Gabriel era o balcão e a
reclamante atendia no registro civil; que a reclamante executava todos os serviços do
registro civil, casamento, óbito, nascimento, mas ultimamente a reclamante estava
fazendo plantão fora do cartório fazendo nascimento, acreditando que não fazia
outros serviços, tendo feito apenas o casamento de sua sogra; que o superior
hierárquico da reclamante era Cássia e, na ausência dela, a depoente;   que o
superior hierárquico de Gabriel era Marciel; que a reclamante não contou para
depoente ou para Cássia que havia fornecido sua senha para utilização por Gabriel;
que a reclamante não comentou nada com a depoente sobre voltar a trabalhar para
Vinícius, até pela forma como ela saiu de lá de forma não amigável; que a reclamante
e Gabriel trabalhavam em setores distintos; 

Reperguntas pela reclamante: que no início, quando a reclamante


começou, a depoente não deixava sua senha com ela, pois ficava ao lado dela; que
não sabia como Gabriel reimprimia selos, pois ele precisava de uma senha nível 1,
tendo ficado sabendo depois que ele utilizava a senha da reclamante; que a
reclamante não adiantava serviços para a depoente enquanto estava (a reclamante)
na maternidade; 

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Fls.: 11

Gravação encerrada às 14h27min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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JdpHzzPJ0yAAsjxb?startTime=1687456294000
Senha: yqW@^BN5

Depoimento da segunda testemunha da reclamada: CÁSSIA


SARMENTO NUNES, CPF n. 942.291.552-04, Escrevente Autorizada, Casada, rua José
Vieira Caúla, 5551, Apartamento 75, Igarapé, Porto Velho, telefone: 99272-4675.

Gravação iniciada às 14h37min.

Advertida e compromissada, na forma da lei, respondeu que: trabalha


na reclamada desde 2017 na função de escrevente; trabalhou com a reclamante;
nunca aconteceu de utilizar a senha que não fosse a senha pessoal; nunca passou a
senha para ser utilizada por outra pessoa; que não sabe de ninguém que tenha
passado a senha para ser utilizada por outra pessoa; que não acontecia de deixarem
computador logado com a senha para ser utilizado por outra pessoa, o que somente
poderia ocorrer se fosse sem autorização da depoente; que a única forma que tem
de documentos sair do cartório é por meio de diligência, quando regularmente
solicitada e pago esse serviço; não acontecia de ser reconhecida firma como
verdadeira sem a pessoa estar presente no cartório pela depoente; que não sabe de
algum caso de reconhecimento de firma como verdadeira sem a presença da pessoa;
que o reconhecimento de firma em diligência acontece quando o documento é
retirado do cartório e é comparado com a assinatura da pessoa no documento, fora
do cartório, somente depois é feito o reconhecimento da firma como
verdadeiro;  uma hora de almoço atualmente; que já aconteceu de fazer menos de
uma hora de almoço, a pedido, quando tinha que realizar alguma troca, não
acontecendo de fazer menos de uma hora; que acredita que reclamante já fez menos
de uma hora no início do contrato, mas não era toda semana, tendo acontecido
poucas vezes; que recentemente a reclamante estava trabalhando fora do cartório, lá
na maternidade e no Hospital de Base; que a reclamante trabalhava durante a
semana e acredita que também trabalhava em final de semana, em alguns; que foi
informado que a senha era intransferível e pessoal, e chegaram a assinar um termo;
que a punição, se transferisse, era a demissão por justa causa; que era necessário
utilizar uma senha para reimpressão de selo; que somente escrevente autorizado e o
tabelião consegue fazer esse tipo de serviço (reimpressão); que todo setor tem um
escrevente; que geralmente é quem realiza a autorização para reimpressão; que o
Gabriel trabalhava no balcão; que a reclamante trabalhava no registro civil; o
escrevente confere e verifica o motivo pelo qual o selo será reimprimido; que o
supervisor do Gabriel era o Marciel; que a depoente era a superiora hierárquica da
reclamante, quando a reclamante saiu; que na maternidade e no hospital de base a
reclamante fazia registro de nascimento apenas; na habilitação para casamento o
procedimento é o seguinte: comparecem todas as partes com os documentos de
identificação e certidões, dá entrada no processo, é colhida a assinatura de todos
eles e é isso; que teve um processo que ao analisar identificou que havia algumas
coisas que não conferia com o que era de acordo fazer, que foi a reclamante que fez,

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
Fls.: 12

sabendo disso por meio da reclamada Roberta; perguntada pelo procurador da


reclamada se dentre as irregularidades se insere a retirada do processo sem ser em
diligência, respondeu que sim; que não há autorização geral para retirada de
documentos sem ser por diligência; que a própria reclamada comentou que o
procedimento irregular como esse acarretava justa causa; que não estava presente
quando a reclamada Roberta comentou isso; que não ouviu falar para a reclamante e
não falou isso para a reclamante; que nunca foi obrigada a fazer ato irregular sob
pena de demissão; que havia preocupação com reimpressão de selo por que ali vai
os dados da pessoa, sendo algo sério aquilo que fazem e para evitar impressão para
algo errado; 

Reperguntas pela reclamante: que somente os escreventes estão


autorizados a fazer diligências; que não se recorda de ter passado a sua senha para a
reclamante, por WhatsApp; que já utilizou a senha do Beto uma ou duas vezes, por
que Beto passou a senha para a depoente; para uma situação que aconteceu no
cartório e o Beto não estava no cartório e a senha da depoente não estava dando
certo; que o transporte de folhas do HB para o Cartório era feito pelo William; ao que
sabe foi o William que fez; que nem Beto nem a depoente foram punidos quando
Beto passou a senha para a depoente; que não aconteceu da depoente pedir para a
reclamante adiantar serviços para ela (depoente) enquanto a reclamante estava no
Hospital de Base; que aconteceu de receber em dinheiro quando o intervalo de
almoço era menor; que recebiam R$20,00 quando não tinha intervalo para o almoço;
que o valor era pago em dinheiro mediante recibo; que não sabe se depois o valor
vinha em contracheque por  que não olhou se vinha; acredita que a reclamante
também recebeu pelo intervalo menor nos dias em que ficou trabalhando no horário
de almoço lá no começo; que não sabe da questão do “ post it” par colheita de
assinatura posteriormente; 

Gravação encerrada às 15h15min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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Senha: yqW@^BN5

A advogada da reclamada, Senhor Jakeline se retirou da sala de


audiências às 15h17min.

Depoimento da segunda testemunha da reclamada: ADRIANO


MEDEIROS LOPES, CPF n.518.434.121-87, Advogado, Casado, rua Piratininga, 1937,
casa 21, bairro Lagoa, condomínio Lagoa Dourada, Porto Velho, telefone: 8100-6641.

Gravação iniciada às 15h19min.

Advertida e compromissada, na forma da lei, respondeu que: que não


trabalhou na reclamada; que trabalhou na Corregedoria do Tribunal de Justiça; que
era Diretor da parte de fiscalização dos cartórios; que não conhece a reclamante; que
fez fiscalização por aproximadamente 05 anos; que fez fiscalização no Cartório da

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
Fls.: 13

Roberta uma vez só; que foi até o cartório da reclamada junto com o magistrado
fazer a correição; que acredita que ficou um dia no cartório da reclamada; que nesse
dia o Cartório estava funcionando normalmente; que não se lembra de ter
irregularidades no Cartório da reclamada; que sabe pelo seu trabalho que já houve
tentativas de fraudes de selos em cartórios aqui em Rondônia; que a Ata Notarial
funciona como uma escritura em termos de pesquisa, ou seja, não se tem acesso ao
conteúdo da ata para pesquisa, mas somente se pode pesquisar pelo nome de quem
pediu a elaboração da Ata, se não houve segredo; que pode ser pedido o sigilo para
o tabelião acerca da ata, ficando registrado o sigilo no sistema, e somente terá
acesso a ata a parte que pediu sua lavratura ou por ordem judicial; que no corpo da
ata também fica a informação do pedido de sigilo; que se foi pedido o sigilo e ele não
consta na ata pode haver uma irregularidade dessa ata; que após a lavratura da ata
os termos são conferidos pela parte requerente, sendo lida em voz alta, pelo tabelião
ou por quem estiver a seu mando; que se nesse momento houver divergência,
inclusive a não ter constado o sigilo, a parte requerente pode pedir a retificação; que
exibida a Ata de ID 7ea2009 que a consutla no sistema, qeu é semelhante a consulta
em livro físico, poderia ser feita neste caso, pelo número do livro, capa e folha e
quem pediu; que se no Cartório tiver a gravação é possível fazer a busca pelo nome
da parte requerente da lavratura da ata, se não é preciso pesquisar livro a livro; que
na ata em questão  somente seria possível a busca pelo nome da reclamada Roberta;
que cada vez que é solicitada a expedição de uma certidão com o conteúdo da ata
notarial é gerado um selo diferente; que os atos a serem praticados por escreventes
apenas ou pelos auxiliares de escrevente é fixado pelo tabelião do cartório; que não
é possível pesquisar ata notarial de acordo com o seu conteúdo ou com nomes que
estejam no seu corpo, no caso concreto não seria possível encontrar a ata de ID
7ea2009 buscando apenas pelo nome da reclamante; que confirma que seria
possível encontrar a ata notarial lavrada por Roberta se fosse requerida no Cartório a
busca pelo nome de Roberta como requerente, salvo a questão de sigilo; se não tiver
em sigilo é possível obter uma cópia da ata pois o cartório é público e não precisa de
justificativa para obtenção de cópia de documentos que não estão em sigilo; que se a
ata estiver em sigilo nem mesmo outros cartórios podem obtê-la salvo por ordem
judicial; que na cidade de Porto Velho possui cinco cartórios semelhantes ao da
reclamada; 

Gravação encerrada às 15h51min.

Conforme link de gravação: https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share


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JdpHzzPJ0yAAsjxb?startTime=1687461558000
Senha: yqW@^BN5

Requer o advogado da reclamada: MM Juiz, alega a Reclamante que


foi impedida de se recolocar no mercado de trabalho no mesmo seguimento em
razão da existência da ata notarial lavrada pela Reclamada. Contudo, conforme se
verifica pelo documento de ID n. d94fd2a, a Reclamada solicitou expressamente ao
tabelião a atribuição de sigilo, contudo, o tabelião do 3º Registro Civil e Tabelionato

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
Fls.: 14

de Notas de Porto Velho, José Gentil da Silva, não cumpriu com suas obrigações
legais, fornecendo a terceiros a referida ata, gerando representação junto a
corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça de Rondônia, razão pela qual requer
seja oficiado a referida corregedoria, a fim de que remeta aos autos as informações
sobre o procedimento que tramita perante aquela jurisdição, a fim de comprovar a
culpa exclusiva de terceiro em eventual responsabilização civil pelo vazamento de
informações.

Defiro o requerimento. Expeça-se o ofício solicitando as informações


requeridas pela reclamada.

Vindo aos autos as informações, deem-se ciência às partes para


manifestação em 05 dias, sob pena de preclusão.

Após inclua-se o feito em pauta para encerramento da instrução,


ficando dispensada a presença das partes. 

Sem proposta de conciliação.

As partes e seus procuradores declaram que acompanharam


virtualmente a elaboração da presente ata de audiência por meio de
compartilhamento da tela, bem como ratificaram o seu inteiro teor para todos os
efeitos legais, independentemente da aposição da sua assinatura física ou eletrônica.

Ficam as partes cientes de que a presente ata de audiência será


enviada eletronicamente ao PJe-JT e assinada digitalmente pelo magistrado que
presidiu esta sessão em até 1 dia útil após o seu envio, nos termos do art. 23, § 2º, da
Resolução CSJT nº 185/2017, salvo em caso de impossibilidade técnica.

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 16h04min.

LUCIANO HENRIQUE DA SILVA


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por VASLEI RAFAEL DE LIMA BATISTA, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: LUCIANO HENRIQUE DA SILVA - Juntado em: 22/06/2023 16:20:19 - f1caadd
https://pje.trt14.jus.br/pjekz/validacao/23062216185524300000019247294?instancia=1
Número do processo: 0000835-80.2022.5.14.0008
Número do documento: 23062216185524300000019247294

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