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CENTRO UNIVERSITÁRIO – FAMETRO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CAMILA SARMENTO DUARTE

PENITENCIÁRIA FEMININA

MANAUS - AM
2018
CAMILA SARMENTO DUARTE

PENITENCIÁRIA FEMININA

Artigo cientifico apresentado como requisito para


aprovação na disciplina de Fundamentos de
Trabalho de Conclusão do Curso – TCC I no
Centro Universitário - FAMETRO.

Orientador: Profa. M. Sc., Rejane Leite

MANAUS - AM
2018
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo propor a implantação de um Complexo


Arquitetônico Penitenciário Feminino (PAPF) na zona rural do município de
Presidente Figueiredo – AM. Em função de uma demanda social, a construção
de um espaço penitenciário feminino atenderia uma lacuna que atualmente
representa uma realidade nacional. O objeto arquitetônico visa prioritariamente
atender a uma função social de ressocialização das encarceradas e prepará-
las a conviver novamente na sociedade, possibilitando o alcance de uma vida
digna. Para tanto, inicialmente, serão levantados os principais indicadores
qualitativos para compreender as necessidades das internas. Esse diagnóstico
possibilitará estudar estratégias projetuais que permitam criar espaços voltados
à ressocialização. A partir desses dados, será possível avaliar o
empreendimento, considerando os elementos de segurança e cumprimento de
penas restritivas de liberdade baseado em estruturas arquitetônicas
previamente pensadas para o desenvolvimento de técnicas de ressocialização,
a fim de diminuir a reincidência. Projetos arquitetônicos dessa natureza se
fazem necessários a partir de uma reavaliação técnica da arquitetura das
unidades prisionais no Amazonas, na tentativa de amenizar o contingente das
cadeias da região metropolitana de Manaus.

Palavras-chave: Complexo arquitetônico. Sistema Prisional. Ressocialização.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Pilares prioritários da ONU.................................................................18

Figura 2: Localização do terreno- vértices que limitam a área..........................20

Figura 3- Vista frontal e lateral do terreno..........................................................21

Figura 4- Fragmentos de florestas e cercado das propriedades do entorno.....25

Figura 5- Uso e ocupação do solo......................................................................25

Figura 6- Usos múltiplos dos solos - Categorias e indicadores.........................26

Figura 7- Tipologia do terreno............................................................................27

Figura 8- Proporção da tipologia do terreno.......................................................27

Figura 9- Gabarito de altura do terreno..............................................................28

Figura 10- Planta de sistema viário....................................................................29

Figura 11- Planta de topografia.........................................................................30

Figura 12- Estudo geoclimático.........................................................................31


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Coordenadas geográficas que delimitam a área de estudo..............21

Tabela 2- Critérios de escolha do terreno..........................................................23

Tabela 3- Gabarito do entorno do terreno............................................................................28

Tabela 4- Gabarito.

Tabela 5- Gabarito do entorno do terreno...........

Tabela 6- Tipologia do entorno do terreno..........


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................8

1. TEMÁTICA..............................................................................................................10
1.1 TEMA.....................................................................................................................10
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA.....................................................................................10
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.........................................................................11
1.4 OBJETIVOS..........................................................................................................11
1.4.1 Objetivo Geral.....................................................................................................11
1.4.2 Objetivos Específicos.........................................................................................12
1.5 JUSTIFICATIVA....................................................................................................12
1.6 METODOLOGIA....................................................................................................13

2. EMBASAMENTO TEÓRICO..................................................................................14
2.1 HISTÓRICO DA SITUAÇÃO PRISIONAL.........................................................14
2. 1.1 Cenário das cadeias públicas femininas no Brasil............................................15
2.2 PROJETO PENITENCIÁRIO SUSTENTÁVEL NO AMAZONAS.........................16
2. 2.1 Reabilitação, reintegração social e Reinserção social.....................................18
2.3 CARACTERISTICA DO OBJETO ESTUDADO....................................................19
2.3.1 Caracterização e localização da área do estudo...............................................19
2.4 ESTUDOS DE CASOS.........................................................................................22
2.4.1. Caso regional....................................................................................................22
2.4.1. Caso nacional....................................................................................................22
2.4.3. Caso internacional............................................................................................22
2.4.4. Síntese dos estudos..........................................................................................22

3. ESCOLHA E JUSTIFICATIVA DO TERRENO......................................................23


3.1. HISTÓRICO DO BAIRRO....................................................................................24
3.2. ANÁLISE DO ENTORNO....................................................................................24
3.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO............................................................................25
3.4 TIPOLOGIA..........................................................................................................26
3.5 GABARITO DE ALTURA.......................................................................................28
3.6. SISTÉMA VIÁRIO................................................................................................29
3.7 TOPOGRAFIA DO TERRENO.............................................................................29
3.8 ESTUDOS GEOCLIMÁTICOS............................................................................30
3.9 VEGETAÇÃO EXISTENTE NO TERRENO..........................................................30
3.10 CONDICIONANTES LEGAIS DO TERRENO....................................................30
3.11 CONDICIONANTES LEGAIS DO PROJETO.....................................................30

4. ESTUDO PRELIMINAR..........................................................................................31
4.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO....................31
4.2 FLUXOGRAMA.....................................................................................................31

CONCLUSAO.............................................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................33
8

INTRODUÇÃO

Logo que surgiram as primeiras unidades prisionais no mundo, de acordo com


informações da literatura, as mesmas tinham a função exclusiva de recolhimento, de
modo a evitar que os presos fugissem enquanto aguardavam a instrução criminal ou
a execução da pena propriamente dita. Neste contexto, não havia separação dos
presos por sexo, idade ou qualquer outro critério, e não se dava a menor atenção ao
bem estar físico ou moral da pessoa humana.
Apesar das leis internacionais e a pressão dos direitos humanitários, a
situação prisional no Brasil continua alarmante quanto ao uso e adequação das
unidades prisionais de acordo com critérios relevantes que norteiam cada um dos
apenados.
A ideia de projetar prédios baseada em pilares dos direitos civis e
humanitários, além de levar em consideração a rotina de um presidiário com todas
as atividades desempenhadas pelos mesmos em decorrência da atenuação da pena
por ele acometida, cria prescrições urbanísticas necessárias para soluções
arquitetônicas desses ambientes. Essa proposta adotada pode possivelmente
mitigar os aspectos negativos que podem intervir futuramente com a finalidade em
estudar possibilidades de evitar transtornos.
É claramente importante compreender as necessidades do público-alvo, ou
seja, dos presos; tal diagnóstico possibilita estudar estratégias projetuais que
possibilitem a ressocialização do apenado. Todas essas questões podem ser
respondidas mediante a criação de um empreendimento com elementos de
segurança e com baixo impacto visual destinado ao cumprimento de penas
restritivas de liberdade baseado em estruturas arquitetônicas previamente pensadas
a fim de proporcionar a prática de técnicas de ressocialização, como trabalho,
esporte e religião, a fim de diminuir a reincidência e garantir a permanência plena
dos que alcançam novamente a liberdade.
Desta forma, foi criado um programa de necessidade voltado para esse tipo
de empreendimento, unindo uma arquitetura voltada para a segurança com um
espaço de “reeducação” e dedicação dos detentos ao trabalho e a comunidade. Por
tanto, se faz necessário fazer uma reavaliação da arquitetura das unidades
prisionais no Amazonas, de modo a fazer a proposta de implantação de um Projeto
9

Arquitetônico para penitenciárias femininas na zona rural do município de Presidente


Figueiredo – AM na tentativa de amenizar o contingente das cadeias da região
metropolitana de Manaus.
Diante de uma ótica regional, a presente pesquisa buscará por meio da
proposta de um espaço arquitetônico, à otimização do espaço físico para
penitenciárias femininas, embasado em dados bibliográficos nacionais e
internacionais que norteiam quanto à elaboração de projetos de edificações
prisionais.
10

1. TEMÁTICA

A temática é a Implantação de um Projeto Arquitetônico.


Antes de avaliar em si um objeto arquitetônico, é importante avaliar e conhecer
o espaço os quais esses objetos estão situados representando, portanto ao modo de
habitar.
Para Bilodeau e colaboradores (1984), apontam que a linguagem é o modo
como o homem exterioriza e converte em objetos da consciência, as coisas, o
espaço e o seu modo de habitar o mundo.
Diante dessa ótica, a partir dos moldes arquitetônicos, essa conversão de um
objeto absoluto e particular, distingue-se diante dos demais não apenas pela sua
particularidade mas também do seu entorno pela precisão de suas partes
constituintes e pela clara demarcação de seus limites (BILODEAU, et al., 1984).
Assim, um objeto arquitetônico para o autor precede em função da ideia de
espaço, uma vez que “não há espaço que não seja arquitetônico”.

1.1 TEMA

Penitenciária Feminina.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A proposta de Implantação de um Projeto Arquitetônico para penitenciárias


femininas na zona rural do município de Presidente Figueiredo – AM se deu devido à
realidade inóspita das unidades prisionais no Brasil, onde é possível constatar que
existem aquelas onde homens e mulheres dividem o mesmo espaço, isso se deve a
um grande déficit de vagas, fato este que gera a superlotação das unidades e
ocasiona uma série de ocorrências relacionadas ao convívio entre os dois gêneros,
a exemplo da falta de privacidade por parte das mulheres.

1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA


11

Ao avaliar o sistema prisional brasileiro, observa-se que é unânime a


realidade do sistema penitenciário em diferentes regiões do Brasil, o qual apresenta
um grande déficit de vagas, fato este que gera a superlotação das unidades
prisionais.
De acordo com o panorama local das unidades prisionais, considerando as
condições de funcionamento, bem como todo o complexo penitenciário existente, é
possível incidir que esses locais não atendem à demanda populacional carcerária e
muito menos apresentam uma estrutura favorável. Além da superlotação, a qual é
diretamente proporcional às taxas de criminalidade as quais vem se tornando
crescente na região metropolitana da cidade de Manaus, não existem projetos de
novas unidades prisionais que vinculem a permanência do preso sob condições
mínimas e uma possiblidade de saída futura desses presos sem causar qualquer
tipo de ameaça à sociedade comum.
De modo mais particular em penitenciárias públicas femininas, é possível criar
projetos que ofereçam ideias de arquitetura voltadas aos complexos penitenciários
pensados tecnicamente para atender não apenas a rotina das atividades diárias
desses ambientes, mas que preveem a adoção de critérios para a distribuição de
pavilhões, áreas comuns, separação das presas baseada no nível do crime dentre
outros. Em suma, o estabelecimento de um projeto penitenciário sustentável que
possa ser implantado em diversos locais, seguindo as diretrizes básicas de
arquitetura penal.
Será que essa nova roupagem na proposta de um projeto de arquitetura das
penitenciárias, pode garantir não apenas melhor qualidade de vida, mas que
possibilite ao preso condições favoráveis em direção a sua ressocialização e futura
reinserção social?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Propor a implantação de um Complexo Arquitetônico Penitenciário Feminino


(PAPF) na zona rural do município de Presidente Figueiredo – AM.
12

1.4.2 Objetivos Específicos

- Projetar um espaço arquitetônico penitenciário feminino de acordo as


diretrizes da arquitetura prisional brasileira;
- Caracterizar os aspectos jurídico-penais formais e informais por meio de
análise documental que condicionam a Arquitetura Penitenciária Feminina no
Amazonas;
- Apontar alternativas técnicas para a mitigação de problemas arquitetônicos
em Penitenciárias;
- Possibilitar um aperfeiçoamento da Arquitetura Penitenciária, através estudo
bioclimático, no que diz respeito às técnicas construtivas.

1.5 JUSTIFICATIVA

Dentre as condições estruturais, além do modo como são conduzidas as


atividades e seu pleno funcionamento as quais se encontram as unidades
penitenciárias, é de grande relevância o surgimento de novas discussões voltadas a
projetos de construção arquitetados para essas áreas de modo a atender os limites
de estabelecimentos penais.
Além disso, a implantação dessas novas propostas de projetos arquitetônicos,
garantem ao elemento enclausurado a oportunidade de estabelecimento de trabalho,
educação, saúde, lazer dentro da unidade conferindo a ele a chance de
ressocialização e futura reinserção social após o cumprimento da pena.
O cerne do projeto se baseia não apenas na implantação da unidade prisional
em si, mas na proposta de um espaço que venha garantir, não apenas melhor
qualidade de vida, mas que possibilite às presas condições favoráveis mínimas para
a ressocialização e futura reinserção social. Toda a proposta do projeto bem como
sua execução está em consonância às diretrizes básicas de arquitetura penal.
13

1.6 METODOLOGIA

Para o estudo proposto, a metodologia adotada prioritariamente terá base na


legislação vigente de modo a nortear a tomada de decisão no que diz respeito às
áreas autorizadas e potenciais para implantação, perímetros e áreas residenciais,
enquadramento do projeto em ambientes urbanos ou rurais, presença de fragmentos
de florestas, áreas protegidas (APP’s) dentre outros. Integrado a esses critérios,
serão prescritos no projeto, os indicadores de normas de acessibilidade, conforto,
segurança interna e externa do entorno com intuito de colaborar na criação de
espaços humanizados e adequados à rotina de penitenciárias de uso exclusivo
feminino e aos tipos de trabalhos existentes nesses locais.
O uso basilar de instruções técnicas e demais normas especificas servirá
como base para a criação do projeto. Diante dessa ótica, a fase de levantamento de
dados coletados na primeira etapa, será realizada mediante consultas nas diferentes
plataformas da área de arquitetura e suas tecnologias de projetos e construção além
de pesquisas em livros, artigos de revistas nacionais e internacionais relacionadas
ao tema e normas brasileiras para elaboração de unidades prisionais.
Na segunda fase de coleta, a fim de ter um diagnóstico mais aprofundado
acerca da área e seu entorno, será realizado um estudo de caso através de
entrevista semiestruturada, com a finalidade em compreender os fluxos internos das
pessoas envolvidas, seja dos agentes penitenciários, detentas, técnicos, visitantes e
demais pessoas envolvidas de forma direta ou indireta.
Para elaboração dos mapas e plantas arquitetônicas serão utilizados os
softwares AutoCad 2015 – English Free version e o Sketchup 2017 – Versão
Gratuita em Português.
14

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 HISTÓRICO DA SITUAÇÃO PRISIONAL

A aplicação e uso de espaços prisionais resultante do pagamento da pena,


remonta historicamente aos primórdios da civilização humana. Tal fato reflete nas
diferentes mutações sofridas durante a história da sociedade, uma vez que em cada
época da história, seu povo e cultura, sempre houveram grandes mudanças no
regime de obediência, disciplina e crenças os quais foi-se enfrentando diretamente a
problemática do crime, da pena e das prisões.
Abordar acerca das prisões e outros lugares de confinamento durante as
primeiras civilizações humanas, torna-se um assunto desafiador, uma vez que se
tem poucas informações na literatura com dados precisos de como eram esses
espaços, de que maneira funcionavam e quem eram os repressores e os que
recebiam a pena. Contudo, é possível afirmar que em decorrência do aumento da
população, a prisão aparece na história, como espaços dentro dos palácios, castelos
e demais dependências dos templos e fortalezas que cercavam as cidades, em
fossas baixas e até mesmo em buracos, gaiolas de madeira, onde os acusados
eram amarrados e amordaçados como verdadeiros animais (CORDEIRO, 2005).
O surgimento dos espaços penitenciários no mundo deu-se na Idade antiga,
conforme bem relata Foucault (1987) em sua publicação: Punir e vigiar. De acordo
com os autores, os primeiros modelos de penitenciária ilustravam as diferentes
condições de pena representadas por espaços enclausurados como calabouços,
torres e fortalezas reais com a finalidade de levar correção e sofrimento sob
condições desumanas em decorrência dos delitos cometidos.
Essas instituições judiciais sem estrutura, não atendiam aos requisitos
mínimos para a dignidade humana, uma vez que eram espaços onde abusavam dos
castigos corporais com dor excessiva extrema levando até situações de óbitos por
parte dos acusados.
No desenrolar da história da humanidade, mais precisamente no período da
Idade Média, o sistema começou a assumir a identidade do que se conheceria mais
tarde como prisões. Com a forte atuação da sociedade cristã, situações de correção
e disciplina, em particular daqueles que desempenhavam um papel importante na
15

igreja, eram adotados para castigar religiosos, monges e rebeldes que


desobedeciam a doutrina e apresentam comportamentos os quais estavam em
desacordo com os princípios religiosos da igreja. A estrutura prisional utilizada era
representada por uma ala de celas nos mosteiros. Esses espaços eram voltados
para a repreensão com intenção de recolhimento das pessoas que recebiam o
castigo, que segundo os repressores, era um tempo de oração e de pedir perdão ao
Deus soberano (LEAL, 2001).
Com o advento do sistema feudal e a forte crise instaurada por um regime de
mão de obra escrava, segundo Leal (2001), no século XVI, em decorrência da
miséria, escassez de alimentos e um elevado índice de delitos e criminalidade aliado
à necessidade de controlar todos esses problemas que estavam se agravando,
surgiram espaços próprios, os quais conhecemos hoje como prisões destinadas aos
marginais, e demais pessoas não idôneas julgadas com má conduta social.
O conceito de prisão foi ganhando identidade, integrando espaços com a
finalidade prioritária de disciplinar e fazer pagar a pena pelo ato cometido. Nesse
período da história, foi possível verificar que castigos físicos foram gradativamente
sendo substituídos por monitoramento contínuo dos “apenados”, a fim de promover
o tratamento por intermédio do trabalho braçal, doméstico e em alguns casos,
intelectual.
Ribeiro (2016) aponta as prisões caráter disciplinar que surgiram nessa
época, dentre elas estão a House of Correction de 1552 em Bridewell, na Inglaterra
e a Rasphuis de 1596 em Amsterdam. Apesar da difusão da disciplina e obediência
dos apenados frente à gravidade dos delitos, essas prisões eram verdadeiros
cenários de enclausuramento, escuridão, e troca de serviços configurados ao
trabalho escravo a fim de garantir pelo menos a troca por pão velho, amanhecido
acompanhado por água não potável.

2. 1.1 Cenário das cadeias públicas femininas no Brasil


Avaliando o cenário nacional das penitenciárias, é visível que esses espaços
além de inóspitos e precários, são estruturados para receber homens, uma vez que
não existe no geral dentro das unidades prisionais diferenciação das alas, espaços
para gestantes, banheiros com condições mínimas para as necessidades básicas da
16

mulher encarcerada, em outras palavras, tais ambientes são bastante crueis em


relação ao universo das presas.
De acordo com dados do relatório do DEPEN (2014), base 2014, aponta que
a população carcerária no Brasil estatisticamente dobrou entre os anos de 2000 a
2014. Nesse mesmo período de aumento progressivo, o número de mulheres presas
era ainda maior, triplicando os índices para chegar a 37.380 prisioneiras no sistema
prisional do país.
Esse cenário que beira a calamidade tem gerado perante à população e
demais órgãos públicos de defesa à mulher, movimentos a favor de mudanças
cercadas pela diferenciação quanto à gestão e estrutura de penitenciárias
masculinas e femininas.
Essa questão é fortemente sustentada pelos estudos de Diuana et al (2016),
os quais apontam que situações acima supracitadas estão se tornando ainda mais
preocupante quando se observa que esse aumento não foi acompanhado por uma
expansão contínua e melhoria na infraestrutura penal. O panorama brasileiro indica
portanto a evidente precariedade de assistência judicial e as condições de
internamento em que as mulheres se encontram.

2.2 PROJETO PENITENCIÁRIO SUSTENTÁVEL NO AMAZONAS

Avaliando dentro de uma ótica regional, no Amazonas, em especial, na região


metropolitana, não há nenhuma penitenciária ou cadeia pública construída tendo em
vista a realidade e as condições particulares das detentas.
De acordo com as informações divulgadas pela Revista Fórum (2012), essa
proposta de repaginação de projetos penitenciários já é um objeto de discussão
relativamente antigo e remonta não somente à estrutura física do sistema
penitenciário o qual marca profundamente a vida das presas. A não garantia de
direitos básicos como o da maternidade, de relações familiares, saúde e
sexualidade, estudos e profissionalização também não são assegurados na maioria
significativa dos presídios femininos.
De acordo com o relatório de diretrizes básicas de arquitetura penal (2011, p.
25), no capítulo de Conceituação e Classificação de Estabelecimentos Penais, o
mesmo é definido como estabelecimento penal todo aquele utilizado pela Justiça
17

com a finalidade de alojar ou atender pessoas presas, quer provisórias, quer


condenadas, ou ainda aquelas que estejam submetidas à medida de segurança.
Em decorrência da forma de dimensionamento usando o critério de
proporcionalidade do uso, novos conceitos foram levados em consideração para a
construção, ampliação e reforma de unidades prisionais como acessibilidade,
permeabilidade do solo, conforto bioclimático e impacto ambiental. Esses
indicadores consideram obrigatoriamente as recomendações quanto ao tipo de
sistema construtivo para os estabelecimentos penais, desde que sejam atendidas
todas as diretrizes contidas em relatório técnico e que se garantam a solidez e a
segurança da edificação (BRASIL, 2011).
Em virtude da expansão populacional de presos em Manaus e esse número
crescente representa também a classe de detentas, a sustentabilidade da política
penitenciária de penas e medidas alternativas devem ser garantidas mediante a
implantação de ações gerenciais por parte da administração estadual. Essa medidas
contemplam a criação de uma estrutura de acompanhamento e fiscalização voltada
à sensibilização da comunidade presidiária mediante a necessidade de concepção
de um modelo de profissionalização. Tal modelo, que dê condições de
sustentabilidade, quando do retorno à sociedade.
É de certo que a valorização de iniciativas de humanização e inclusão difusa,
por intermédio de agentes externos, como a atuação de empresas locais e regionais,
procuram colaborar com as presas com o propósito primordial em prepará-las
psicologicamente, intelectualmente e socialmente para o futuro pós cadeia. A
preparação conforme bem reforça Alves e Vieira (2008, p. 09):

Qualifica profissionalmente o preso sendo uma tentativa de prepará-lo para


seu reingresso na sociedade e para reduzir os índices de reincidência e
criminalidade, resgatar a sua identidade social, diminuir o número da
população carcerária e o ônus para o governo e sociedade com custos de
manutenção no sistema carcerário

Em outras palavras, para que todo o aparato e contribuição seja ele pelo setor
privado ou público, é preciso que a penitenciária apresente uma estrutura mínima
que atenda à qualificação, mediante espaços específicos para fins escolares, bem
como áreas que respeitem as particularidades da mulher detenta que já visto aqui,
necessitam de atendimento especializado e diferenciado e isso reflete também na
estrutura da unidade prisional.
18

2. 2.1 Reabilitação, reintegração social e Reinserção social


Concernente às questões atuais, no Brasil encontramos um cenário onde do
ponto de vista jurídico, é claramente nítido constatar e reconhecer o
amadurecimento da ciência do direito. Nesse contexto, entra o forte (porém não
atuante na força plena de expressão) e influente papel da ONU frente à dois pilares
prioritários:

Figura 1- Pilares prioritários da ONU.


Fonte: Elaboração própria. Adaptado de Tarantini Junior (2003).

Segundo esses pilares, ao mesmo tempo em que encontramos sobretudo o


pleno uso conflitante do Direito Penal, considerado para Tarantini Junior (2003, p. 5),
como uma ferramenta jurídica principal da Política Pública, apoiada a uma vertente
social com o objetivo de tentar suprir ou complementar as carências e deficiências
nos conflitos sociais que estariam contidos na responsabilidade das outras áreas do
Direito.
Para Baccarini (2012), com relação aos mecanismos, práticas e ações
voltadas à questão da ressocialização, não existe para o autor, um check list enxuto
e preciso de forma simplista a ser atendido ponto a ponto, entretanto, existem
possibilidades, mecanismos de ação contínua os quais podem fortalecer a
ressocialização.
19

2.3 CARACTERISTICA DO OBJETO ESTUDADO

Com o intuito de compreender mais a fundo como se processa o objeto


arquitetônico predominante nos espaços penitenciários, é de extrema importância
conhecer a finalidade da pena de prisão a qual é ressocializar e punir.
Para Lima (2005, p. 25), os estabelecimentos Penitenciários são todos
aqueles utilizados pela Justiça com a finalidade de alojar presos, quer provisórios
que condenados, ou ainda aqueles que estejam submetidos à medida de segurança.
Esses estabelecimentos penais destinados a recolher e abrigar pessoas
condenadas vindos dos presídios. A principal finalidade do espaço arquitetônico
desses tipos de ambientes prisionais é preparar o detento, isolando-o do convívio
com a sociedade, até o momento em que ele esteja preparado à retornar à
sociedade, alcançando sua liberdade a fim de atender aos padrões sociais vigentes
que toda pessoa idônea deve ter como regra básica.

2.4 ESTUDOS DE CASOS

2.4.1. Caso regional

 Aspectos contextuais;
 Aspectos funcionais;
 Aspectos formais e estéticos;
 Aspectos construtivos e;
 Aspectos ambientais.

2.4.1. Caso nacional – APAC SANTA LUZIA, MG

Obs. Todos os estudos deverão apresentar os seguintes aspectos:


Regional
20

 Aspectos contextuais;
 Aspectos funcionais;
 Aspectos formais e estéticos;
 Aspectos construtivos e;
 Aspectos ambientais.

2.4.1. Caso regional

2.4.1. Caso nacional

2.4.3. Caso internacional

2.4.4. Síntese dos estudos


21

3. ESCOLHA E JUSTIFICATIVA DO TERRENO

(Neste item serão realizados levantamentos referentes ao padrão de paisagem


natural (topografia, vegetação e outros aspectos ambientais relevantes); evolução
morfológica: crescimento e tendências de transformação do tecido urbano; uso do
solo; tipologia; ocupação do solo; hierarquia dos elementos urbanos (incluindo a
hierarquia viária); levantamento do patrimônio natural e cultural; elemento
significativo da imagem urbana).

São muitos os critérios que servem de suporte na tomada de decisão


concernente à escolha do terreno de forma particular, para abrigar uma unidade
prisional.
Por considerar uma penitenciária de médio a grande porte o qual se propõe o
presente projeto, os pré-requisitos e demais indicadores aumentam
significativamente. A localização da unidade faz-se necessária prioritariamente
dentro da Região Metropolitana de Manaus, conforme legislação vigente, isto é,
pretende-se construir em área rural, isolada da capital a fim de garantir segurança à
população do entorno do empreendimento bem como à falta de terrenos apropriados
para essa finalidade. Assim, a escolha do terreno seguiu os seguintes critérios:
22

Tabela 1- Critérios de escolha do terreno.

Id Aspecto característico
1 Terreno de topografia plana
2 Possuir área para possível expansão
3 Tipo de solo firme ou rochoso
4 Presença de vegetação passível de supressão
Presença de APP porém sem comprometer a construção
5 Boa acessibilidade (próximo a uma rodovia);
6 Afastado do centro da cidade
7 Abastecimento de energia e água

Então a partir destes critérios, foi escolhido um terreno que possui uma área
de 3.600.000 m², ou seja, 360 há, em um formato retangular de 900m x 4000m, e
que se localiza no município de Presidente Figueiredo em direção à Vila de Balbina
nas adjacências da rodovia AM-240.

3.1. HISTÓRICO DO BAIRRO

Por se tratar de um terreno localizado em área rural, onde gradativamente a


mesma se encontra em plena expansão, o entorno é caracterizado do ponto de vista
histórico em uma área que foi inicialmente descoberta em meados da década de 70,
contudo frente ao contingente de famílias que começaram a se abrigar no km 107 da
BR 174, começou-se a migrar novas famílias as quais foram explorando novas áreas
ao longo da rodovia AM 240.
Segundo Silva (2007), a história da estrada da Vila de Balbina está ligada ao
escoamento logístico de deslocamento à construção da usina hidrelétrica do mesmo
nome, que foi construída para abrigar todo o contingente de profissionais de
diversas áreas. A maioria dos funcionários e demais contratados era na sua maioria,
oriunda de outros estados, principalmente do sul e sudeste do Brasil, reforçando,
portanto, à forte migração de pessoas no decorrer da estrada.
23

Não se tem dados precisos e consistentes com relação a origem do nome


“Balbina”, entretanto alguns moradores mais antigos e historiadores, apontavam que
esse nome feminino representava o nome da mulher de um seringueiro que morreu
afogada na cachoeira (SILVA, 2007).
Por ser classificada como área exclusivamente verde, é composta for
extensas áreas de florestas as quais foram sendo suprimidas a medida em que
novas famílias forma surgindo e novas comunidades no entorno foram se
estabelecendo.

3.2. ANÁLISE DO ENTORNO

São observadas ocupações espontâneas nestes terrenos configuradas em


glebas de famílias e comunidades. No geral grandes áreas florestais cortadas por
igarapés que sofrem influência direta do Rio Urubu.

Figura 2- Fragmentos de florestas e cercado das propriedades do entorno.

Fonte: Camila Duarte, 2018.

3.3

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

No mapeamento de uso e ocupação do solo foram fixadas categorias com


finalidade de classificar as pesquisas realizadas. É possível notar que a categoria
que prevalece é a de área verde.
24

Figura 3- Uso e ocupação do solo.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018


A tabela 05, realizada com os dados do entorno do terreno em estudo,
mostrando o quantitativo do uso e ocupação do solo.

Tabela 05: Gabarito do entorno do terreno.


25

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

Com relação aos diferentes usos aplicados na área, baseado em proporções


em percentuais, no gráfico abaixo, é possível identificar que aproximadamente 40%
do uso do solo é de área verde, cuja floresta ainda se encontra conservada, seguida
para fins agrícolas em torno de 30%.

Figura 4- Usos múltiplos dos solos - Categorias e indicadores.


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Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

Os demais usos múltiplos, configuram-se para fins de habitação, espaços livres,


serviços gerais, comércios e instituição, com 17, 14, 1, 1 e 1% respectivamente.

3.4 TIPOLOGIA

Foram fixadas categorias com finalidade de classificar as pesquisas


realizadas. É possível notar que a categoria que prevalece é a de alvenaria.

Figura 5- Tipologia do terreno.


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Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

A tabela 06, realizada com os dados do entorno do terreno em estudo,


mostrando o quantitativo de cada tipologia.
Tabela 06: Tipologia do entorno do terreno.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

Com relação à proporção em percentual para cada categoria tipológica,


observa-se que majoritariamente, alvenaria apresenta 80% e categoria tipo mista,
a conta de madeira, concreto e demais resíduos, representou somente 20%.
28

Figura 6- Proporção da tipologia do terreno.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

3.5 GABARITO DE ALTURA

A figura 09, corresponde ao levantamento do gabarito. Foram fixadas


categorias com finalidade de classificar as pesquisas realizadas. É possível notar
que a categoria que prevalece é de 1 pavimento.
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Figura 7- Gabarito do entorno do terreno.


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Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018


A tabela 07, realizada com os dados do entorno do terreno em estudo,
mostrando o quantitativo do gabarito.

Tabela 07: gabarito do entorno do terreno.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

3.6. SISTÉMA VIÁRIO

A figura 10, apresenta o mapa das vias da área em estudo. A AM 240 é uma
via arterial com sentido duplo. E a rua onda pintada é uma via coletora com sentido
duplo. E as demais ruas são consideradas vias locais, pois não possuem um fluxo
intenso.
Figura 10- Planta de sistema viário.
31

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018


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3.7 TOPOGRAFIA DO TERRENO


O terreno proposto em estudo contém alguns declives em sua extensão. É marcada
pela curva de nível mestra e intermediária.

Figura 11- Planta topográfica.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018


33

3.8 ESTUDOS GEOCLIMÁTICOS

O terreno absorve diretamente os raios solares mais incidentes pela manhã.


Os ventos predominantes sopram sentido do Norte.

Figura 12- Estudo Geoclimático.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018


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3.9 VEGETAÇÃO EXISTENTE NO TERRENO

A área em questão apresenta uma significativa cobertura por Floresta Tropical


Densa e pelo grau de conservação dos recursos naturais.
Contem 1 hectare de arvores frutíferas, como cupuaçu, mangueira, acerola,
azeitona, Ingá, limão, manga, banana e cacau.

Fonte: Arquivo de Camila Duarte, 2018

Figura 12- Vegetação Existente.

A área em questão apresenta uma significativa cobertura por Floresta Tropical


Densa e pelo grau de conservação dos recursos naturais.
Contendo 1 hectare de árvores frutíferas como cupuaçu, mangueira, acerola,
azeitona, Ingá, limão, manga, banana e cacau.
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3.10 CONDICIONANTES LEGAIS DO TERRENO

Baseado na Lei do Novo Código Florestal (12.651/2012), o projeto atenderá


as normas concernentes à proporção obrigatória de Reserva Legal de 80% e 20%
para pleno uso do solo. Contudo mediante a presença de áreas protegidas, com a
presença de igarapé que corta o terreno, serão dimensionadas as metragens de 10
metros para cada lado que representa a borda do corpo hídrico cuja área do buffer
terá que ser protegida de qualquer intervenção antrópica.

CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS URBANAS E ÁREA DE EXPANSÃO URBANA

Art. 38. As Áreas Urbanas de Presidente Figueiredo, de Balbina e de


Pitinga e a Área de Expansão Urbana de Presidente Figueiredo, delimitadas pela Lei
Municipal de Perímetro Urbano, serão objetos de regulamentação municipal
específica que determinará as condições de uso e ocupação do solo urbano,
segundo a Estratégia de Uso e Ocupação do Solo e o Modelo Espacial da
Estruturação Urbana.
Parágrafo único – Quaisquer atividades desenvolvidas na Área de Expansão Urbana
deverão atender à legislação ambiental, visando à proteção dos patrimônios
naturais, paisagísticos e espeleológicos, e dos sítios históricos e arqueológicos.

SEÇÃO II
DOS SETORES URBANOS
Art. 50. Setor Urbano é o compartimento territorial das Áreas Urbanas da Cidade de
Presidente Figueiredo e da Vila de Balbina, destinado ao planejamento e à gestão
do território.
Art. 51. Na Área de Urbana da Cidade de Presidente Figueiredo encontram-se os
seguintes Setores Urbanos:
I -SUR-01 – Setor Urbano Urubuí;
II -SUR-02 – Setor Urbano Cachoeira das Orquídeas;
III - SUR-03 – Setor Urbano Centro;
IV - SUR-04 – Setor Urbano Tancredo Neves;
V -SUR-05 – Setor Urbano Morada do Sol;
VI - SUR-06 – Setor Urbano Galo da Serra;
VII - SUR-07 – Setor Urbano Maruaga.
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VII - Setor Urbano Maruaga (SUR-07) - esta área já sofre o processo de


antropização, existe um loteamento sem nenhuma infra-estrutura, mas, que em
longo prazo todos os lotes deverão ser ocupados, tem uma topografia sem grandes
ondulações, portanto, com propensão à instalação de lotes habitacionais. É comum
o aparecimento de nascentes, córregos, rios e igarapés em lugares com bastante
declividade o que não é o caso desta área.
No entorno já se criou algumas unidades de conservação o que eleva o grau de
estabilidade para minimizar futuros processos degradatórios.
Com relação às condicionais legais do terreno selecionado e considerado
apto para a implantação de uma unidade penitenciária feminina, o terreno está
localizado dentro de uma área rural, porém com potencial de expansão urbana no
município de Presidente Figueiredo, Amazonas.

3.11 CONDICIONANTES LEGAIS DO PROJETO

Neste item deverão ser apresentados os itens das normas e legislações pertinentes
que serão aplicados ao projeto.
37

4. ESTUDO PRELIMINAR

4.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES e PRÉ-DIMENSIONAMENTO

4.2 FLUXOGRAMA
38

CONCLUSAO
39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Izilda da Silva; VIEIRA, Francisco Giovanni David. Responsabilidade Social:


Uma Experiência entre uma empresa Privada e a Penitenciária Estadual de Maringá.
Gestão de Políticas Públicas no Paraná- Capítulo 4 - Segurança Pública. 2008.

BACCARINI, Sônia de Oliveira Santos. O Sistema Prisional e a ressocialização.


Direito Constitucional – UNIPAC. 2012.

BILODEAU ; TZONIS; LEFRAIVE. El clasicismo en arquitectura: la poética del orden.


Madrid: Herman Blume, 1984

BRASIL. Ministério da Justiça (MJ). Departamento Penitenciário Nacional. Sistema


Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen. Referência: 06/2014. [acessado
2018 mar 15]. Disponível em: http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-
penal/transparencia-institucional/estatisticas-prisional/relatorios-estatisticos-naliticos-
do-sistema-prisional.

Brasil. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Diretrizes básicas


para arquitetura prisional./ Revisão técnica (ortográfica e metodológica): Gisela
Maria Bester. - Brasília: CNPCP, 2011.

CORDEIRO, Suzann. Arquitetura penitenciária: a evolução do espaço inimigo.


Arquitextos ISSN 1809-6298. 059.11ano 05, abr. 2005.

DIUANA, Vilma; VENTURA, Miriam; SIMAS, Luciana; LAROUZÉ, Bernard;


CORREA, Marilena. Women’s reproductive rights in the penitentiary system:
tensions and challenges in the transformation of reality. Ciência & Saúde Coletiva,
21(7): 2041-2050, 2016.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Trad. Lígia M. Ponde


Vassalo. Petrópolis: Vozes, 1987.

LEAL, César Barros. Prisão: Crepúsculo de uma Era. 2 ed. Belo Horizonte: Del Rey,
2001.

LIMA, Suzann Flávia Cordeiro de. A função social do espaço penitenciário.


Universidade Federal de Alagoas/ UFAL. Programa de Pós-Graduação em
dinâmicas do Espaço habitado. A função social do espaço penitenciário. 2005.

REVISTA FÓRUM. Mulheres encarceradas. 2012.

RIBEIRO, Juliana Maria de Farias. Vigiar e ressocializar: anteprojeto de uma


unidade prisional de ressocialização / Juliana Maria de Farias Ribeiro. – Natal, RN.
110f. il. 2016.
40

SILVA, Marco Antônio Lima. Avaliação Arqueo-Espeleológica das cavernas da Raiz,


Raio, Onça e Batismo do município de Presidente Figueiredo – Amazonas/, UFAM.
X, p 87. 2007.

TARANTINI JUNIOR, Mauro. O sistema prisional brasileiro. Portal Estacio, 1734 V.


2003.

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