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DA MINHA PERCEPÇÃO SOBRE O TEXTO

Destarte preliminar, destaco que o(a) Autor(a) da grande ênfase no


papel da narração no universo organizacional, pois, segundo o(a) mesmo(a), as grandes
corporações, na atualidade, buscam: “histórias que tornem futuros potenciais tangíveis.”
Ou seja, de forma singela, o que se busca na atualidade pelas
organizações é modificar e/ou moldar um futuro ainda abstrato e incerto ou então condicionar/
direcionar o presente em direção a um pretenso futuro, que seja eleito pela organização como
um verdadeiro Modelo de Negócios e que vá em direção e anteda aos seus interesses.
Assim, para que isto aconteça, uma das ferramentas que pode ser
utilizada pelos gestores é a figura da narração, ou seja, a habilidade de contar histórias,
mesmo que fictícia, para um determinado público (interno ou externo).
A ferramenta em questão é útil, nesse contexto, uma vez que ideias
inovadoras, inclusive as de gestão, são regularmente resistidas pelo grupo. Portanto, o fato de
contar uma história prende a atenção dos ouvintes e força os mesmos a abrirem suas mentes
para os novos modelos de gestão ou até mesmo para novas ideias e conceitos. Logo, sendo a
ferramente ideal para se “apresentar o novo”, antes de ser apresentado qualquer plano de
forma mais detalhada e técnica.
Segundo o(a) Autor(a): “As pessoas são movidas mais por histórias
que por lógica.”. Bem como que a história/narração pode criar diversas perspectivas, tanto
par a companhia (colaboradores e gestores) como para os clientes.
Sob outro aspecto, também é oportuno levantar que, por mais que
a história tenha o poder de mesclar a realidade com ficção, tal premissa deve ser
analisada de forma crítica, uma vez que pode se estar criando uma falsa
sensação/percepção da realidade, o pode ser perigoso para uma organização, pois a
ferramenta em questão cria de certa forma uma ilusão, um sonho, que tem o intuito de
provocar ideias e justificar mudanças em diversos âmbitos.
Assim, a narração utilizada por um orador com pretensões espúrias, tal
como já aconteceu diversas vezes em nossa história, pode causar sérios prejuízos e danos,
inclusive a ponto de serem irreparáveis. Portanto, é dever dos gestores, bem como de todos os
correlacionados, que verificarem quais são as reais intenções com a inovação apresentada e
não apenas se hipnotizarem com a magia criada pelo imaginário/lúdico, como se mariposas
fossem frente a uma luz, achando que estão tocando a lua, quando na verdade esta não passa
de uma mera lâmpada.
USO DA NARRAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MARKETING

Muito mais que qualquer meio de inovação, a narração vai fortemente


de encontro ao marketing, pois que, da mesma forma que ocorre dentro da organização,
quando se pensa em novos modelos de gestão, no marketing também se busca criar uma falsa
sensação da realidade para os consumidores, esta comumente voltada as emoções e
sentimentos de felicidade, alegria, satisfação, comunhão e união, que estimulem o consumo
de determinado produto e sem promovê-lo de forma convencional, ou seja, fazer a dita
propaganda direta do produto.
Como bem lembrado pela professora em sala de aula (27), a criação
de histórias vem sendo reiteradamente utilizada por marqueteiros, que criam situações
inverídicas e inusitadas para promover produtos, tal como ocorre com a Coca-Cola, a qual, em
suas propagandas, não enfoca diretamente no produto, mas sim nos protagonistas de uma
pequena história, onde os mesmos, mormente felizes e em grupo (união), consomem o
produto em questão, dando uma sensação de que quem consome os produtos da Coca-Cola
são felizes e unidos, ou seja, são bem recebidos por um grupo de pessoas, o que certamente
não corresponde com a realidade, principalmente para quem é diabético.
Não apenas a Coca-Cola utiliza-se de tal artimanha, como também
outras tantas empresas, como o McDonald’s, onde que, em seu sítio digital, na porta de
entrada estampa duas moças felizes, saudáveis e de boa aparência consumindo produtos que
sequer podem serem visualizados com clareza no momento e que mesmo assim dá a entender
que sejam do McDonald’s, senão vejamos1:

1 https://www.mcdonalds.com.br/
Mesmo sem aparecer qualquer produto que possa ser identificado
como sendo de fato do McDonald’s, como uma propaganda direta/expressa, o que se busca na
propaganda acima colacionada não é a promoção do produto em si, conforme já exaurido,
mais sim a venda de um falso sentimento, ou seja, de que quem consome os produtos do
McDonald’s são pessoas felizes, modernas, satisfeitas, etc.
Ainda no que diz respeito a imagem em questão, é imperioso destacar
que não é necessário que seja contado uma história escrita neste caso, pois esta encontra-se
implícita na própria imagem, conforme, inclusive, aponta o(a) Autor(a) no texto, quando o
mesmo faz alusão às técnicas que podem serem utilizadas para a promoção das histórias.
Tal prática também é concebida dentro do Marketing de Conteúdo e
conhecida como “Storytelling”2.
Também é comum, nestes casos, que a empresa conte e publique toda
sua história, desde os primórdios de sua concepção até a atualidade, utilizando-se, para tanto,
de uma narrativa um tanto quanto romantizada, ainda mais quando se tratam de empresas
prestadoras de serviços, onde seus produtos não são tão aparentes no mercado, ou seja, de
natureza física, tal como ocorre nas operadoras financeiras.
Portanto, a prática em discussão tende a crescer muito mais no meio
do marketing do que como ferramente de gestão e inovação, até porque, aparentemente estas
ferramentas de gestão e inovação também são muito mais utilizadas como meios de
propaganda do que propriamente para o fim a que supostamente se destinam, pois é notório o
surgimento de empresa que estampam em seus slogans e levantam a bandeira da inovação e
empreendedorismos, quando que, na verdade, nada empreendem e nada inovam, ou então o
resultado do processo não é tão grandioso e importante quanto a própria força das palavras,
tratando-se de mera tentativa de se promover frente ao modismo da coisa.

Aluno: Alberto Gustavo Batschke;


Curso de Pós-Graduação em Assessoria Executiva – UNIOESTE – Toledo - PR.

2 http://astrusweb.com/storytelling-o-que-e-e-como-pode-ser-utilizado-no-marketing-de-conteudo/

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