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Hudson Ferreira Oliveira | Jeane Auxiliadora da Silva | Tharcyllyanny Germano

Atividade nº 02
Segundo o IBGE, PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços
finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Com base nesta
informação, este texto tem por objetivo explicar a trajetória do PIB brasileiro para o século
XX até a previsão feita para o ano de 2020. O gráfico da presente atividade mostra o
crescimento anual do PIB, linhas azuis, e os decênios, média móvel de dez anos, em
vermelho.
A partir da Independência, com raros momentos de retrocessos, o Brasil passou a
crescer mais do que a média da economia mundial. No período compreendido entre 1930 e
1980 que o país deu um salto no crescimento demo econômico, pois a população cresceu 3,3
vezes (de 37 milhões de habitantes em 1930 para 121 milhões em 1980) e o PIB cresceu 18,2
vezes [1]. Nos cinquenta anos em questão, a taxa média de crescimento anual do PIB foi de
6% no Brasil e de 3,4% no mundo.
A recessão nos anos de, 1902, 1908, 1914, 1918, 1930, 1931, 1940 e 1942 entram nos
escopos das grandes Guerras Mundiais, além do período da Grande Depressão. Entre os anos
de 1943 e 1980 o PIB não apresentou recessão e teve um crescimento médio de
aproximadamente 7% a.a e entre 1968 e 1972 ocorreu o milagre econômico, contradizendo a
previsão de estagnação da economia, havendo um elevado crescimento com taxas superiores
a 10% a.a. Na década de 1980, o país caracterizou-se por crescente dívida externa, expansão
da dívida pública e descontrole da inflação, o que resultou em grandes sobressaltos nas taxas
de crescimento do PIB. Com isso, a década de 1980 passou a ser conhecida como “década
perdida” para o crescimento econômico.
No período de 1981 a 1983 durante o governo do general João Figueiredo, o último da
ditadura militar, com queda na economia de aproximadamente 7,5%, configurando uma
recessão forte e longa, que teve como principal fator a crise da dívida externa brasileira. Já
entre os anos de 1989 a 1992, outra recessão forte e longa prejudicou a economia brasileira,
com queda acumulada. Houve uma retração de aproximadamente 4,3% do PIB em 1981 e
1990 e 3% em 1983. A partir da década de 90, a economia brasileira teve uma recessão de
aproximadamente 3,55% e 3,28% em 2015, 2016, respectivamente, acumulando uma retração
de aproximadamente 6,71%, consequência de diversas políticas adotadas nos anos anteriores,
como desequilíbrios fiscais e estratégias econômicas equivocadas.
Após a recessão, a recuperação nos três anos posteriores se arrastou com resultados
nada satisfatórios. Adicionalmente, ocorreram outros choques negativos nesses anos, tais
como a greve dos caminhoneiros em 2018, o desastre de Brumadinho, a crise argentina e a
incerteza internacional. Em 2020, veio a pandemia da Covid-19, paralisando a economia
brasileira e mundial. O resultado final desse conjunto de desastres foi para o Brasil, mais uma
“década perdida” na economia, chegando a uma queda de aproximadamente 4% em 2020.
Nota-se que, na maior parte dos anos, os decênios ficavam acima de 4% ao ano e
chegaram a atingir 9% ao ano, quando se considera o período aproximado de 1975-1980. Mas
a partir de 1981 a economia brasileira sofre um grande revés e passa a decrescer,
consistentemente, abaixo de 4% a.a. Houve uma pequena recuperação nos anos 1990 e uma
recuperação um pouco melhor na primeira década do século XXI.
A partir da recessão, que teve início em 2014 e se aprofundou no biênio 2015 e 2016,
os decênios passaram a apresentar ritmo abaixo de 2% ao ano e vivenciaram, pela primeira
vez na história brasileira, um crescimento em torno de 1% ao ano. Desta forma, a primeira
“década perdida” (1981-90) fez o ritmo da economia brasileira cair de 9% a.a para 3% a.a e a
atual “década perdida” (2011-20) fez a economia brasileira passar de algo pouco acima de
3% a.a para cerca de 1% a.a.
Dado os fatos apresentados, foi possível entendermos o comportamento do PIB
brasileiro no último século. O estudo de fatores sociais como, o crescimento populacional,
históricos como, guerras e econômicos como, crises, que foram de grande importância para
analisarmos as características do PIB em cada momento, uma vez que tais pontos exercem
influência sobre a economia de um país.
Referências
[1] BRASIL submergente vive o pior docênio (2011-2022) dos 200 anos da Independência.
In: ALVES, José Eustáquio. O Brasil submergente vive o pior docênio (2011-2022) dos 200
anos da Independência. São Paulo, 20 abr. 2018. Disponível em:
https://www.ecodebate.com.br/2018/04/20/brasil-submergente-vive-o-pior-docenio-2011-202
2-dos-200-anos-da-independencia-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/. Acesso em: 9 nov.
2021.
[2] DÉCADA cada vez mais perdida na economia brasileira e comparações internacionais.
In: BALASSIANO, Marcel. Década cada vez mais perdida na economia brasileira e
comparações internacionais. Rio de Janeiro, 2 jul. 2020. Disponível em:
https://portal.fgv.br/artigos/decada-cada-vez-mais-perdida-economia-brasileira-e-comparacoe
s-internacionais. Acesso em: 9 nov. 2021.
[3] ALVES, José Eustáquio. O Brasil terá sua pior recessão em 2020 e a pior década perdida
da história. In: ALVES, José Eustáquio. O Brasil terá sua pior recessão em 2020 e a pior
década perdida da história. São Paulo, 26 jun. 2020. Disponível em:
https://www.ecodebate.com.br/2020/06/26/o-brasil-tera-sua-pior-recessao-em-2020-e-a-pior-
decada-perdida-da-historia-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/. Acesso em: 9 nov. 2021
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