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MÍDIAS SOCIAIS

INTERNET

A internet é um mecanismo de disseminação da informação e divulgação


mundial, assim como um meio para colaboração e interação entre indivíduos e
seus computadores, independente de suas localizações geográficas. Como uma
das principais ferramentas da Tecnologia e de Informação, ela revolucionou a
maneira como lidamos com essas informações.
Segundo José Benedito Pinho (2000, p. 38), “a Internet é formada pelas
centenas de redes de computadores conectadas em diversos países dos seis
continentes para compartilhar a informação”. Ela passou por diversas mudanças
ao longo do tempo, e também proporcionou facilidades ao mundo corporativo,
pois por meio da internet as empresas puderam reduzir custos, com a telefonia
e/ou diversos softwares, por exemplo.
Assim, a internet oferece às pessoas uma infinidade de possibilidades. De
clique em clique, elas vão acumulando imagens, textos e endereços que se
sucedem de forma ininterrupta, impulsionam a um mundo
diferente, um mundo onde prevalecem a interação e a comunicação, por
intermédio de uma grande quantidade de informações disponíveis nas mais
diversas formas de mídias.
No Brasil, assim como no mundo, a história da Internet envolve muitos
aspectos, tanto tecnológicos como organizacionais; sendo assim, muito
complexa. E internet tem influência não só nos campos técnicos das
comunicações via computadores, mas também em toda a sociedade, na medida
em que usamos cada vez mais esse meio de informação.
No País, o uso da internet vem crescendo de forma muito rápida.
O Comitê Gestor de Internet no Brasil (CETIC) mostra que já estão
presentes na rede mais de 90% da classe A brasileira, 75% da classe B e cerca
de 50% da classe C. Para o mercado empresarial usar a internet nos negócios
não é mais uma questão de escolha, é uma questão de sobrevivência.
Para o consultor em Marketing Digital e Redes Sociais Claudio Torres
(2009), “o consumidor brasileiro já passa três vezes mais tempo na Internet do
que assistindo televisão”.
Ele complementa: Não há mais como pensar em ações de comunicação
sem considerar a Internet. Para um quarto da população brasileira ela é a mídia
principal. Mas a Internet é uma mídia diferente. Não basta usar o material de
propaganda. A comunicação no marketing digital tem que se basear em
informação, entretenimento e relacionamento. (TORRES, 2009)
Em 2011, o número de pessoas que tinham acesso à internet em casa ou
no local de trabalho era de 61,2 milhões; 46,3 milhões foram usuários ativos em
setembro, o que representou um crescimento de 2% em relação ao mês de
agosto e de 14% sobre os 40,6 milhões de setembro de 2010.
O total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente (domicílios,
trabalho, escolas,
lanhouses ou outros locais) atingiu 77,8 milhões de pessoas no segundo
trimestre de 2011.
Já em 2012, no Brasil, o total de pessoas com acesso à internet, no
terceiro trimestre, foi de 94,2 milhões, segundo o Ibope Media. Esse número
considerava as pessoas de 16 anos ou mais que acessava a internet em
qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lanhouses e outros locais).
Com esses resultados, o Brasil superou a Alemanha em número de usuários
ativos.
E, ainda em 2010, o Brasil já era um dos países com maior número de
usuários de redes sociais. Naquela época, segundo pesquisa realizada pela
Nielsen Company (2010), 86% das pessoas que usavam a internet naquele ano
estavam dentro de alguma mídia social.
Por tudo isso, sabemos que com o aumento do acesso dos brasileiros à
internet, mais internautas do Brasil estão presentes nas redes sociais. E, de olho
nesse potencial, as mídias sociais abrem a possibilidade para as empresas
conquistarem inúmeros seguidores, fãs e clientes. Tornando-se assim um
excelente canal de comunicação direto com o consumidor.

CONCEITOS E INTRODUÇÃO ÀS MÍDIAS SOCIAIS

É importante dizer que as Mídias Sociais já existiam antes mesmo da


internet, mas não com esse nome. Mídias Sociais são o conteúdo gerado sem
controle editorial, com divulgação feita por muitas pessoas e também para muitas
pessoas.
As mídias sociais tem se mostrado cada vez mais presentes em todas as
áreas de nossa sociedade. O que caracteriza uma mídia como social, é o fato de
qualquer pessoa conseguir interagir ou compartilhar o conteúdo, contribuindo
com suas ideias.
As mídias sociais são totalmente colaborativas, e, por isso mesmo,
acabam por refletir os interesses e hábitos dos seus usuários. O que também as
fez cada vez mais atrativas para as empresas, que buscam se aproximar de seus
clientes por intermédio de canais e campanhas direcionadas aos grupos
formados por pessoas com características em comum.
Mas o que são Mídias Sociais? Segundo o conceito, mídias são, na
origem do termo, canais ou ferramentas usadas para armazenamento e
transmissão de dados ou informação. Diferente dos meios de comunicação
social tradicionais, as Mídias Sociais constituem canais de relacionamento na
internet nos quais existem diferentes possibilidades de interação e participação
entre os usuários.
Essas “ferramentas de Mídias Sociais” são sistemas on-line projetados
para possibilitar a interação social a partir do compartilhamento e da criação
colaborativa de informação nos mais diversos formatos. Permitindo assim a
publicação de conteúdos por qualquer pessoa.
Para o marketing de internet, Mídias Sociais se referem a grupos com
diversas propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como
fóruns, blogs, sites de compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos.
Mídia Social é sobre ser social, e isso quer dizer “relacionar-se e se envolver
com outros blogs, fóruns e comunidades de nicho” (SECRETARIA DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2012).
A palavra mídia refere-se a qualquer instrumento ou meio de
comunicação social, como o jornal ou o rádio. Contudo, nos meios de
comunicação tradicionais existem poucas possibilidades de participar ou ainda
de opinar sobre qualquer assunto. Mas, de uma forma geral, o termo mídia
também serve para designar a imprensa.
No entanto, as mídias sociais, por outro lado, são aquelas que nos
permitem também comunicar, participar e opinar. É uma via de mão dupla, elas
nos permitem a criação e o intercâmbio de conteúdo, e esses são muitas vezes
gerados pelos próprios usuários.
De acordo com Andreas Kaplan e Michael Haenlein (2010), mídias
sociais são “um grupo de aplicações para Internet, construídas com base nos
fundamentos ideológicos e tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação
e troca de Conteúdo Gerado pelo Usuário (UCG)”. O que inclui não só as redes
sociais, mas também blogs, wikis e sites de compartilhamento.
As redes sociais da internet são caracterizadas como plataformas
interativas, com grande variedade de serviços que foram criados com o propósito
de facilitar as relações sociais entre as pessoas.
Podemos citar como exemplos de aplicações de mídia social: blogs
(publicações editoriais independentes), Google Groups (referências, redes
sociais), Wikipedia (referência), MySpace (rede social), Facebook (rede social),
Last.fm (rede social e compartilhamento de música), YouTube (rede social e
compartilhamento de vídeo), Second Life (realidade virtual), Flickr (rede social e
compartilhamento de fotos), Twitter (rede social em icroblogging), wikis
(compartilhamento de conhecimento) e inúmeros outros serviços.

PRINCIPAIS FERRAMENTAS E PLATAFORMAS

Então vamos ver para que servem essas plataformas interativas e como
podemos usá-las?
Devem ser poucas as pessoas com quem convivemos que ainda não
possuem perfis nas redes sociais, não é mesmo? E, é exatamente porque
praticamente todas as pessoas no mundo parecerem estar conectadas, que as
mídias sociais se tornaram uma opção de investimento em marketing bastante
atrativa, e, por isso mesmo, diversas empresas passaram a sentir a necessidade
de entrar nesse mercado.
É precisamente nesse momento em que a Internet entra na fase
denominada de Web 2.0, que ela deixa de ser uma plataforma de consumo e
passa a ser, também, uma plataforma de criação e colaboração. Esse é o
momento em que o papel do consumidor passa a se transformar de passivo para
ativo.
Mais você sabe o que é uma plataforma? Aqui, quando falamos em
plataforma, estamos nos referindo ao ambiente de desenvolvimento no qual uma
linguagem é interpretada ou compilada.
Segundo o conceito de plataformas abertas e Wikipédia, plataforma é o
padrão de um processo operacional ou de um computador. É uma expressão
utilizada para denominar a tecnologia empregada em determinada infraestrutura
de Tecnologia da Informação (TI) ou telecomunicações, garantindo facilidade de
integração dos diversos elementos dessa infraestrutura.
Então, nesse sentido, podemos entender que as plataformas de mídia
social possibilitam que as pessoas produzam, compartilhem e distribuam seu
conteúdo, facilmente, pela Internet, interagindo com outras pessoas e empresas.
Com isso, atualmente, qualquer um pode criar seu conteúdo e distribuí-lo por
seus próprios canais de mídia, em vários formatos: escrito (blogs), vídeo
(YouTube, Vimeo, etc.), áudio (podcasts disponíveis em blogs, iTunes, etc.),
imagens (Flickr), etc. Assim muitas comunidades surgiram em torno das mídias
sociais.
Então, qual a é tendência da mídia social? Como ela pode influenciar as
pessoas e/ou as empresas? A repostas é simples, estamos na era da
cibercultura, tudo que precisamos para estarmos informados é de um
smartphone e uma conexão de internet sem fio. Para Mark Zuckerberg, o criador
do Facebook:
Pessoas influenciam pessoas. Nada é mais influente do que uma
recomendação de alguém de confiança. Essa fonte confiável pode influenciar
uma pessoa mais do que qualquer tipo de mensagem em qualquer meio
tradicional. Um influenciador é o Santo Graal da publicidade.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística(IBOPE, 2013) sobre e-commerce nas mídias sociais, no
primeiro trimestre de 2013, mais de 100 mil brasileiros tinham acesso à internet.
Desse montante, 46 milhões de internautas utilizavam frequentemente as mídias
sociais, principalmente o Facebook, hoje com mais de 73 milhões de usuários
cadastrados no Brasil. Se pensarmos que todas essas pessoas, com esse poder
de influência, falando umas às outras, surge então uma grande oportunidade
para as empresas e/ou pessoas que querem divulgar sua marca ou ideia passem
a utilizar esse poderoso meio, e assim, dando munição a essas pessoas, fazer
com que elas usem a plataforma para falar da sua marca.

O PERFIL DO ANALISTA DE MÍDIAS SOCIAIS (SOCIAL MEDIA)

Neste momento você deve estar se perguntando: Enquanto um


profissional de mídias sociais, o que deve fazer? Qual é o trabalho que um
profissional em mídias sociais realiza? Em uma resposta bem simples, seria o
de criar estratégias e gerenciar ações em mídias sociais. Mas como seria isso?
Segundo as palavras de Luísa Severo (2012), gerente de Recursos
Humanos da Gimba, empresa distribuidora de materiais de escritório e
suprimentos de informática: “As funções do analista são monitorar as redes
sociais, pensar em estratégias para a divulgação dos produtos e ficar atento aos
acontecimentos da internet para tentar inserir a empresa em diversos contextos”.
Nos últimos tempos, as mídias sociais vêm desempenhando um papel
importante nas empresas. Pois facilita a divulgação de produtos e marcas, a
interação com clientes, bem como a descoberta de soluções
para o crescimento dos negócios. Esse assunto é tão importante que, no ranking
da revista Forbes, por exemplo, as cem maiores empresas do mundo têm um
departamento de mídia social, separado dos departamentos de Marketing e de
Marketing Digital.
Veja o quanto é importante o trabalho de analista de mídias sociais. Quem
atua diretamente nessa área é responsável pelo planejamento estratégico da
empresa nas redes sociais.
Devemos ter em mente que o mercado de mídias sociais é recente e tem
recebido profissionais de diferentes formações, principalmente das áreas da
Comunicação, Marketing e Administração.
É importante estar sempre atento às novidades que acontece no mercado,
algumas ferramentas, como o Tweetdeck (que permite gerenciar várias contas
de Twitter e de Facebook ao mesmo tempo) e Oklout (que mede a influência da
empresa sobre as pessoas), ajudam no dia a dia do trabalho. Porém, entender
muito sobre a empresa na qual trabalha e escrever bem são aspectos
fundamentais.
Mas algumas características pessoais são esperadas de quem vai realizar
essa função. O profissional de mídias sociais precisa ser bem informado,
antenado, autodidata, autogerenciável e ainda ter espírito de liderança. Além
disso, claro, é preciso ter bom conhecimento da língua portuguesa para não
queimar a imagem da empresa errando as regras da gramática.
Um bom analista de mídias sociais também deve:
• Estudar diariamente os mecanismos que permitirão a interatividade com
o cliente (saber as ferramentas de trás pra frente, adequando-as ao perfil do
cliente e à sua estratégia);
• Desenvolver soluções de cross-media (a distribuição de serviços,
produtos e experiências por meio das diversas mídias e plataformas de
comunicação existentes no mundo digital e offline) para o atendimento em tempo
real;
• Interpretar a campanha offline do cliente, levando-a para as mídias
sociais;
• Ter soluções para eliminação de dúvidas ou críticas, com a promoção de
produtos e serviços de maneira inteligente e coletiva (micronichos).
Além disso, podemos citar três características que um analista de mídias
deve procurar ter em relação ao seu trabalho:
• Ser criativo – o profissional deve saber se expressar, procurar misturar
elementos da comunicação escrita com a visual. Ele precisa buscar formas
originais de transmitir mensagens que irão, além de comunicar algo. Ele deve
motivar o público a interagir com o seu conteúdo e repassá-lo para sua rede de
amigos. É essencial ter criatividade para reinventar e adaptar constantemente a
forma de comunicação;
• Ser organizado – criar pautas de conteúdo para diferentes redes sociais,
agendar publicações, acompanhar o desenvolvimento de aplicativos e
concursos, controlar o fluxo de resposta aos usuários, assim como monitorar o
que é dito sobre a marca e/ou empresa mês a mês para gerar relatórios. E tudo
isso exige certa disciplina e organização por parte desse profissional, ele ainda
deve documentar cada um desses processos e acompanhá-los diariamente para
que seu trabalho tenha uma perfeita execução;
• Ser cordial – pois com a crescente demanda de atendimento em redes
sociais, o profissional em mídias torna-se responsável por administrar um SAC
2.0. Então, é necessário que ele interaja, converse e auxilie os usuários a
resolverem problemas. Mostrar empatia e cordialidade pode ajudar a evitar
crises e gerenciar conflitos.

O MERCADO DE TRABALHO PARA O ANALISTA DE MÍDIAS


SOCIAIS

Apesar de ser uma profissão relativamente nova, o analista em mídias


sociais é a profissão do momento, pois com o crescimento das redes sociais, de
empresas e marcas que cada vez mais querem garantir a sua visibilidade no
mercado consumidor, vem sendo crescente a procura por esse trabalho e isso
faz do analista em mídias um profissional muito valorizado.
Com falta mão de obra especializada para o cargo, as empresas oferecem
boas remunerações para quem desejar ser um profissional de mídias sociais. A
remuneração nessa área pode variar entre R$ 1,8 mil a R$ 4 mil. Esses valores
podem aumentar à medida que faltam profissionais no mercado.
Segundo o site EXAME.com, na matéria “30 profissões que estarão em
alta em 2013”, quatro das mais procuradas profissões estão relacionadas com o
Marketing Digital: analista de mídias sociais, analista de SEO, profissionais de
links patrocinados e especialista em mobile market.
Para o sucesso no ramo de mídias sociais, não basta apenas ter bom
conhecimento das ferramentas on-line, é preciso responder com agilidade,
clareza, crítica e até mesmo com sugestões. O profissional em mídias sócias
deve aproximar a marca e produto de seu cliente, ou seja, torná-lo mais humano.
A palavra-chave aqui é facilidade na comunicação, o que gera a confiança de
seus públicos-alvo.
Como percebemos, o mercado de trabalho para quem se qualifica nessa
área é promissor.

DIAGNÓSTICO INICIAL PARA PROJETOS DE SOCIAL MEDIA

O diagnóstico social consiste no mapeamento de informações


estratégicas sobre a marca e/ou mercado de atuação dentro do ambiente on-
line. É a primeira e mais importante etapa na construção do planejamento em
mídia social de uma marca. Por meio dele podemos criar indicadores, metas e
objetivos a serem conquistados a curto, médio e longo prazos.
Então conheça o mercado em que irá atuar. Saber seus números e
indicadores por meio de um bom diagnóstico lhe dará uma visão clara do
mercado em que deseja atuar e para onde quer ir. Identifique as principais
potencialidades e descubra como seus concorrentes estão posicionados.
A fase inicial do diagnóstico é fundamental para o desenvolvimento de um
bom projeto. Uma das ferramentas principais para essa etapa é o briefing. Em
resumo, podemos dizer que o briefing é o ponto de partida,
quando são tomadas as decisões para os próximos passos e resoluções do
projeto. Por isso, dê importância ao responder um briefinge tente detalhar as
informações o máximo possível, isso irá facilitar que alcance o objetivo desejado.
Segundo o ABC da ADG (1998), briefing é uma: [...] série de referências
fornecidas contendo informações sobre produto ou objeto a ser trabalhado, seu
mercado e objetivos. O briefing sintetiza os objetivos a serem levados em conta
para o desenvolvimento do trabalho. Muitas vezes o designer auxilia em sua
delimitação.

Vamos destacar alguns pontos da importância do briefing:


• Direção correta – o trabalho se tornará muito mais fácil quando as
informações passadas no briefingforem bem estruturadas e revelarem realmente
o que a empresa deseja para seu projeto. Pois tudo isso indicará a direção
correta a seguir;
• Definição de requisitos – o cliente deve apontar no briefing quais são as
principais determinações, condição, exigência ou obrigações do projeto e, assim,
não se perderá o foco durante o desenvolvimento do projeto;
• Análise de mercado – também é a partir do briefing que podemos ter
mais informações sobre o mercado e área de atuação do nosso cliente. Assim
podem-se identificar padrões, bem como conseguir entender quais são os
parâmetros de posicionamento e comunicação do segmento.

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE MÍDIAS SOCIAIS

“Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio” (PORTER, 1991).


Para ter sucesso, um projeto depende de um plano de ações. Mesmo que seja
em uma simples planilha, organize ideias, tarefas, ações, linguagem, eventos,
prazos etc. Esse plano ajudará a manter o foco nos objetivos de forma
organizada e coerente.
FONTE: evolvebr.wordpress.com

É necessário planejar sempre, pois o trabalho de administrar mídias


sociais é saber trabalhar com vários sites ao mesmo tempo: Facebook, Twitter,
LinkedIn, Google Plus, Pinterest, Instagram, etc. Pois, apesar de serem
semelhantes entre si em alguns aspetos, cada uma dessas redes sociais tem
detalhes que acabam por torná-las bastante diferentes. O profissional de mídias
precisa saber fazer partilhas, mensurar resultados, ser criativo e estar em
constante contato com o cliente. Na realização do seu trabalho, ele deve:
• Estar praticamente todos os dias disponível para fazer algo nas redes
sociais da empresa;
• Deve responder a comentários e interagir com as pessoas;
• Analisar dados e verificar que tipos de publicações se adequam melhor
ao público-alvo da empresa;
• Deve estar em constante contato com o cliente, realizando reuniões;
• E, se necessário trocar de estratégia quando a definida inicialmente não
estiver gerando bons resultados.
Criar campanhas ou projetos em mídias sociais acarreta um grande
trabalho e envolve muitas pessoas, por isso mesmo existe uma
preocupação maior com a sincronia e com o tempo necessário de cada uma das
etapas para uma maior eficiência na execução. A etapa de planejamento precisa
ser muito bem elaborada para intensificar o sucesso da ação.
Além disso, é fundamental entender bem os objetivos da empresa e/ou da
marca para qual irá realizar a campanha, pois é necessário que a campanha ou
projeto que está criando, esteja em concordância com os objetivos da empresa.
Também é preciso entender em qual etapa da comunicação digital a marca ou
empresa se encontra, assim como uma série de fatores que envolvem o negócio,
como a qualidade do produto e o atendimento ao cliente. E para isso é preciso
ter feito um bom briefing, ter em mãos aqueles dados da direção correta,
definição de requisitos e a análise de mercado.
Só então se passará ao planejamento, etapa em que serão analisados
todos os dados levantados com o briefing, o cenário em que a marca e/ou
empresa está inserida, a atuação dos principais concorrentes e o benchmark
(aferição) do setor como um todo. Além disso, ocorrerá a definição da estratégia
aplicada aos canais sociais da marca e/ou da empresa, a seleção de quais
plataformas serão escolhidas para abrigar perfis da empresa, a elaboração das
ações contínuas e campanhas.
Nesse ponto, com todos os dados da empresa levantados e revisados, é
hora de fazer o projeto em si. Então, num projeto não podem faltar os seguintes
dados:
• Nome da marca ou da empresa;
• Nome da campanha;
• Data de entrega do planejamento;
• Responsável pela conta;
• Objetivos: o objetivo deve estar de acordo com o objetivo do negócio,
marca e/ou empresa. Portanto, devem ser definidos quais serão os objetivos da
sua campanha. Com isso, será mais fácil alinhar com o cliente as expectativas
da realização da ação;
• Descrição: definir em linhas gerais como funcionará a ação, justificando a
sua realização e adequação aos objetivos e público-alvo. É
nesse momento que se utilizam os indicadores das mídias sociais para justificar
a etapa que a marca se encontra e a razão pela qual a campanha sugerida está
em harmonia com ela;
• Mecânica: detalhar minuciosamente a mecânica que será aplicada, qual
o caminho que o usuário terá que percorrer para participar da ação. Definir o
nível de esforço e o que estimulará a participação. Nesse momento é preciso
definir os prêmios ou ganhos sociais;
• Canais utilizados: estabelecer quais os canais de comunicação serão
utilizados para realizar a ação. Por exemplo, o game será realizado em um
hotsite, mas as ações que o usuário realizar nele serão divulgadas na respectiva
timelinedo Facebook e no Twitter;
• Divulgação: mencionar tudo que será feito para divulgar a ação, no
entanto, é preciso elaborar um planejamento da mídia detalhado para definir
segmentação, inserções, formatos, verba por veículo/plataforma, etc.;
• Peças para divulgação: listar todas as peças que serão elaboradas para
realizar a campanha: cards para Facebook, banners, portais, customização do
Facebook (avatar, header e aba), floating ad, e-mail marketing, vídeo, etc.;
• Métricas: definir quais são os indicadores que salientarão o resultado da
sua campanha.
Todos esses dados devem estar contidos no seu projeto de forma
minuciosa e a mais clara possível. É fundamental que o responsável pelo
planejamento acompanhe todas as etapas da execução, esclarecendo as
dúvidas que eventualmente possa surgir no decorrer do processo. De fato “não
existe receita de bolo” para criar campanhas eficientes nas mídias sociais. Mas,
como em qualquer outra área, aqui também o planejamento é fundamental. Por
isso, recomendamos seguir alguns passos para um planejamento e
desenvolvimento de um bom projeto de campanha nessa área.
Vejamos então a seguir quais são os passos para o desenvolvimento de
um projeto de campanha em mídias sociais:
1) Realize um benchmark dos seus concorrentes e setor de atuação – é
necessário saber o que seus concorrentes estão fazendo ou já
fizeram nas mídias sociais. Além disso, é preciso fazer um levantamento de todo
o setor para identificar quais são as marcas de referência na área, portanto,
investigue o seu setor de atuação;
2) Verifique a reputação da marca – faça um monitoramento prévio para
saber o que os usuários estão falando sobre o negócio e/ou marca.
Normalmente, a reputação on-line está em harmonia com a reputação
corporativa que a empresa sustenta;
3) Entenda o comportamento do seu público – procure saber de quais tipos
de ação seu público participa com maior frequência. O objetivo dessa pesquisa
é saber o nível de participação e os tipos de interação que o seu público-alvo
está disposto a realizar. Também é importante consultar as pesquisas sobre
hábitos de consumo e o perfil de navegação do público alvo da marca;
4) Elabore uma estratégia simples –projetos complicados, com mecânicas
complexas, tendem a não despertar o interesse dos usuários. A intenção de uma
estratégia simples é destacar a relevância de manter o foco no usuário,
pensando na usabilidade (facilidade de adesão) da campanha que será
executada. O Facebook é uma mídia social que oferece muita liberdade aos
autores de um projeto por possibilitar uma série de recursos adicionais como os
aplicativos/games desenvolvidos para marcas;
5) Observe a legislação e os termos de uso –antes de investir em qualquer
plataforma social, conheça os seus termos e condições legais. As mídias sociais,
todas elas, têm termos de uso e regras de boa conduta. O Facebook, por
exemplo, não permite que seus recursos próprios sejam utilizados para
promoções (inclusive sorteios e concursos culturais). Ou seja, não é possível
usar o header(cabeçalho) para divulgar promoções, telefones e sites, ou ainda
fazer campanhas que usem o curtir, compartilhar e comentar como princípio
base para participar da ação. Por isso mesmo, é necessário conferir atentamente
a legislação em vigor para realizar ações promocionais e não ter problemas;
6) Faça a divulgação da sua campanha –toda campanha precisa de
divulgação para ampliar seu alcance e atingir o público-alvo, e nas mídias sociais
não é diferente. Mesmo que já exista um público reunido em
sua rede e que pode ser atingido pela campanha, é necessário produzir conteúdo
para as outras redes sociais (só naquelas que seu público está presente),
realizar anúncios nas próprias mídias sociais ou fora delas. Ou seja, é preciso
aproveitar todos os recursos que estiverem disponíveis para mostrar que sua
campanha está aí e merece engajamento;
7) Defina um cronograma de execução –com a campanha estruturada e
projeto feito, é necessário definir o período de realização da ação, os prazos para
execução e os respectivos responsáveis por cada etapa (veja a seguir um
modelo simples de como seria o cronograma).

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ETAPA RESPONSÁVEL INÍCIO PRAZO FINAL

Realizar Pessoa responsável/ 20/11 22/11


orçamentos produção

Definir premiação Pessoa responsável/ 21/11 23/11


produção

Com o projeto feito e a campanha aprovada, é indispensável que seja


efetuado um monitoramento contínuo da campanha para identificar pontos a
serem exploradas ou possíveis fragilidades que devem ser corrigidas. Por isso
mesmo, a flexibilidade no planejamento do projeto é fundamental para que a
campanha possa sofrer adaptações se necessário.

COMO FAZER CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE


SOCIAL MEDIA

Agora que já aprendemos o que são mídias sociais, qual é o perfil de um


profissional da área e como construir um projeto e campanha em mídias
sociais, podemos então pensar em como fazer um contrato de
prestação de serviços. Sim, pois como um bom profissional na área de mídias
sociais, certamente você será contratado por várias empresas para prestar
serviços como monitoramento, gestão de mídias sociais, etc.
Hoje, seja quando um profissional é contratado por alguém para fazer um
trabalho ou quando entrega ou compra um serviço de uma empresa, é preciso
ter um contrato de prestação de serviços. Muitas empresas possuem modelos
de contratos prontos, nos quais apenas se preenche as informações específicas.
Mas se você vai ser contratado para prestação de serviço em uma empresa que
requer o pagamento por esse serviço, e não tem um modelo, então deverá saber
como escrever um contrato de prestação de serviço.
Para começar, não existe um modelo fixo para todos os contratos,
principalmente na área de mídias sociais, pois cada projeto será diferente um do
outro. O contrato é escrito especificamente a partir de reuniões preparatórias,
entrevistas abordando os aspectos gerais e detalhados para o projeto com o
cliente. Tanto os objetivos, como as metas e as métricas são definidos em
conjunto com o cliente, colaborativamente. Neste momento pode-se começar a
preparar algumas questões que deverão estar no contrato:
• O tipo de acesso e informações que você precisa do cliente para executar
o projeto;
• Os objetivos e entregas pelos quais você será responsável e por quais o
cliente é responsável;
• O nível de suporte e comunicação que será preciso do cliente e sua
equipe;
• O cronograma incluindo reuniões e entregas;
• Como o resultado será mensurado;
• Como o feedback será passado;
• E a forma e dia de pagamento.
Contudo, todo contrato tem uma estrutura básica que deve estar presente.
O contrato de prestação de serviços é um documento legal, precisa ter todos os
elementos essenciais, inclusive uma especificação clara da relação de prestação
de serviços. Você poderá até buscar o auxílio de um advogado
se achar necessário. É importante que o acordo fique compreensível para ambas
as partes.
Visto isso, quais itens são básicos nos contratos:
• Objeto – no objeto de um contrato escreva do que se trata o projeto, quem
está criando o projeto e para quem está sendo criado;
• Escopo – diga quais serviços e produtos estão inclusos no acordo.
Detalhe com clareza tudo o que será feito no projeto, desde as atividades como
a mão de obra até os artefatos criados. Liste-os separadamente e registre o valor
do pagamento que foi acordado para cada um desses serviços. Coloque o prazo
máximo para a entrega. Explique qualquer termo que possa causar ambiguidade
(dúvida) para que nenhuma das partes tenha o direito de alegar depois que não
havia compreendido o acordo de forma adequada;
• Itens não inclusos na proposta – é muito importante deixar bem claro para
o cliente o que não irá fazer. Uma coisa muito comum de se acontecer é o cliente
achar que algum serviço estava incluso em alguma parte projeto, sendo que não
estava;
• Prazos – nenhum cliente vai pagar por algo que não tem prazo para se
terminar. É necessário fazer cálculos para determinar em quanto tempo será
concluído o projeto. Liste todos os motivos que podem culminar na rescisão do
contrato, como o não cumprimento de prazos ou a entrega de um serviço
incompleto. Cite as consequências ou multas que serão aplicadas caso isso
venha a acontecer;
• Valores – o valor do projeto deve ser especificado no contrato. Assim
como quando e como serão feitos os pagamentos. Escreva o nome e as
informações de contato de todos os envolvidos;
• Observações – notifique se houve qualquer mudança feita no contrato no
momento da assinatura. As duas partes devem estar cientes dessas
modificações. Deve certificar-se de que o contrato reflete a relação entre você e
a empresa. Digite o contrato de forma clara e deixe espaço para as assinaturas
e datas.
Pronto, após a elaboração da proposta, é só submeter o contrato para que
o cliente aprove. Aprovado, é só assinar e mãos à obra! Comece a executar o
projeto.

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