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Sensores de Temperatura II

Termistores, Termopares, Termorresistencias, par bimetálico,


sensores eletrônicos e pirômetros

CA-I - Prof. Edson José Rodrigues


Tópicos Abordados
T
Sensores de Temperaturas mais comuns
› Termopares
– Tipo J, K, R , S, B, e outros

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T Conceitos
› Termometria significa "Medição de Temperatura". Eventualmente o
termo Pirometria é também aplicado com o mesmo significado,
porém, baseando-se na etimologia das palavras, podemos definir:
› PIROMETRIA - Medição de altas temperaturas, na faixa onde os
efeitos de radiação térmica passam a se manifestar.
› CRIOMETRIA - Medição de baixas temperaturas, ou seja, aquelas
próximas ao zero absoluto de temperatura.
› TERMOMETRIA - Termo mais abrangente que incluiria tanto a
Pirometria, como a Criometria que seriam casos particulares de
medição.

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T Energia Térmica
› Calor
› Transmissão de Calor
– Radiação
– Condução
– Convecção

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T Conversão de Temperatura
› Escalas de Temperatura
A figura à seguir, compara as escalas de temperaturas existentes

Desta comparação podemos retirar algumas relações básicas entre as escalas


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T Efeitos Termoelétricos
› As principais teorias associadas a efeitos termoelétricos
foram atribuídas a várias pessoas:
› 1821 – T.J.Seebeck : Efeito Seebeck:
› 1834 - Peltier:
› 1854 - Thomson
› Volta

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T Efeitos Termoelétricos
› Seebeck: Circuito fechado com fios de dois metais diferentes , tendo seus
extremos submetidos a temperaturas diferentes haverá uma corrente elétrica
através desse circuito:

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T Efeitos Termoelétricos
› Peltier:
› Descobriu que, dado um par termoelétrico com ambas as junções á mesma
temperatura, se, mediante uma bateria exterior, produz-se uma corrente no
termopar, as temperaturas da junções variam em uma quantidade não
inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variação adicional de temperatura é
o efeito Peltier.
› O efeito Peltier produz-se tanto pela corrente proporcionada por uma bateria
exterior como pelo próprio par termoelétrico

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T Efeitos Termoelétricos
› Peltier:
› O coeficiente Peltier depende da temperatura e dos metais que formam
uma junção,
› sendo independente da temperatura da outra junção .O calor Peltier é
reversível. Quando se inverte o sentido da corrente, permanecendo
constante o seu valor, o calor Peltier é o mesmo, porém em sentido oposto.

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T Efeitos Termoelétricos
› Thomson:
› Concluiu através das leis da termodinâmica, que a condução de calor,
ao longo dos fios metálicos de um par termoelétrico, que não transporta
corrente, origina uma distribuição uniforme de temperatura em cada fio.
› O efeito Thomson depende do metal de que é feito o fio e da
temperatura média da pequena região considerada. Em certos
metais há absorção de calor, quando uma corrente elétrica flui da
parte fria para a parte quente do metal e que há geração de calor
quando se inverte o sentido da corrente. Em outros metais ocorre
o oposto deste efeito, isto é, há liberação de calor quando uma
corrente elétrica flui da parte quente para a parte fria do metal .
Conclui-se que, com a circulação de corrente ao longo de um fio
condutor, a distribuição de temperatura neste condutor se modificará,
tanto pelo calor dissipado por efeito Joule, como pelo efeito Thomson

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T Efeitos Termoelétricos
› Volta: A experiência de Peltier pode ser explicada através do
efeito Volta enunciado a seguir: " Quando dois metais estão em
contato a um equilíbrio térmico e elétrico, existe entre eles uma
diferença de potencial que pode ser da ordem de Volts ".
› Esta diferença de potencial depende da temperatura e não pode
ser medida diretamente.

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Lei do circuito homogêneo
T
› a f.e.m. medida depende única e exclusivamente da
composição química dos dois metais (Termopares) e
das temperaturas existentes nas junções.

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Lei dos metais intermediários
T
› " A soma algébrica das f.e.m. termais em um circuito
composto de um número qualquer de metais diferentes é
zero, se todo o circuito estiver a mesma
temperatura".

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T Termopares
› Tipos
› Ligações

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Detalhes Construtivos
T

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T Termopares

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T Correlação f.e.m. x temperatura
› a f.e.m. gerada em um
termopar depende da
composição química dos
condutores e da
diferença de temperatura
entre as juntas
› termopares segundo a
norma ISA, com a
junta de referência a 0°C.

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T Termopares
› Tipos
› Existem várias combinações de metais para formarem
termopares
– relação razoavelmente linear entre temperatura e f.e.m
– devem desenvolver uma f.e.m. por grau de mudança de
temperatura, que seja detectável pelos equipamentos normais
de medição
– combinações foram feitas de modo a se obter uma alta
potência termoelétrica,
– características como homogeneidade dos fios e resistência a
corrosão, na faixa de utilização,

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T Termopares
› Grupos
– Termopares Básicos : maior uso industrial, baixo custo, aplicações
que admitem maior erro Ex.:Tipo, E, T, J ,E e K

– Termopares Nobres : construídos de platina, custo elevado e


exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido
à baixa potência termoelétrica, apresentam uma altíssima
precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios dos termopares.
Ex.: Tipo R, S e B

– Termopares Especiais :Esses termopares são utilizados em


substituição ao tipo B onde temperaturas mais elevadas são
requeridas por ex. até 2300 °C Ex.: TUNGSTÊNIO - RHÊNIO . Ou Esses
termopares são desenvolvidos para trabalhar em temperaturas
criogênicas, Ex.: OURO- FERRO / CHROMEL

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Termopares
T ›

T I P O J
Nomenclaturas: J - Adotada pela Norma ANSI
› T I P O K

› IC - Adotada pela Norma JIS › Nomenclaturas: K - Adotada pela Norma ANSI
› Fe-Co › CA - Adotada pela Norma JIS
› Ferro - Constantan › Liga: ( + ) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % )
› Liga: ( + ) Ferro - ( 99,5 % ) › ( - ) Alumel - Ni( 95,4 % ), Mn( 1,8 % ),
› ( - ) Constantan - Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % ), Si( 1,6 % ), Al( 1,2 % ) Características:
normalmente se produz o ferro a partir de sua característica › Faixa de utilização: 0 a 1260 °C f.e.m. produzida: 0 a 50,99 mV
casa-se o constantan adequado. › Aplicações: Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de
› Características: Cimento e Cal, Vidros, Cerâmica, Indústrias em geral.
› Faixa de utilização: 0 a 760 °C
› f.e.m. produzida: 0 a 49,922 mV
› Aplicações: Centrais de energia, Metalúrgica, Química,
Petroquímica, indústrias em geral.

› T I P O B › T I P O S

› Nomenclaturas: B - Adotada pela Norma ANSI › Nomenclaturas: S - Adotada pela Norma ANSI
› PtRh 30 % - PtRh 6 % › Pt Rh 10 % - Pt
› Liga: ( + ) Platina 70 % Rhodio 30 % ( - ) Platina 94 › Liga: ( + ) Platina Rhodio 10 % ( - ) Platina 100 %
% Rhodio 6 % Características: Características:
› Faixa de utilização: 870 a 1705 °C › Faixa de utilização: 0 a 1480 °C
› f.e.m. produzida: 3,708 a 12,485 mV › f.e.m. produzida: 0 a 15,336 mV
› Aplicações: Vidro, Siderúrgica, alta temperatura em geral. › Aplicações: Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de
Cimento, Cerâmica, Vidro e Pesquisa Científica.
› Observação: É utilizado em sensores descartáveis na faixa de
1200 a 1768 °C, para medição de metais líquidos em
Siderúrgicas e Fundições
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T Correção da junta de referencia
As tabelas existentes da f.e.m. gerada em função da temperatura para os termopares,
têm fixado a junta de referência a 0 °C ( ponto de solidificação da água ),porém nas
aplicações práticas dos termopares junta de referência é considerada nos terminais do
instrumento
receptor e esta se encontra a temperatura ambiente que é normalmente diferente de 0 °C
e
variável com o tempo, tornando assim necessário que se faça uma correção da junta de
referência, podendo esta ser automática ou manual

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Correção da junta de referencia
T

Esta temperatura obtida pelo cálculo está errada pois o


valor da temperatura correta
que o meu termômetro tem que medir é de 50 °C.
FEM = JM - JR
FEM = 2,25 - 1,22
FEM = 1,03 mV + a mV correspondente a temperatura ambiente para fazer a compensação
automática, portanto:
FEM= mV JM – mV JR + mV CA (Compensação automática)
FEM = 2,25 - 1,22 + 1,22
FEM = 2,25 mV -> 50 °C
A leitura agora está correta, pois 2,25 mV corresponde a 50 °C que é a temperatura do
processo.

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Associação de termopares
T Associação Série:
Soma de mV individuais, chamada de termopilha
Aplicação em Pirometros de Radiação
Associação Série Oposta:
Para medir a diferença de temperatura de 2
pontos
Se as JR estiverem na mesma temperatura
não é necessário a compensação

Associação Paralela:
Ligando 2 ou mais termopares em paralelo a um
mesmo instrumento, teremos a média das mV geradas
nos diversos termopares se as resistências internas
foram iguais.
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Fios de Compensação e extensão
T Na maioria das aplicações industriais de medição de temperatura, através de
termopares, o elemento sensor não se encontra junto ao instrumento receptor.

Definições:
1- Fios condutores (fio sólido ou cabo de cobre
2- fios ou Cabos de extensão aqueles fabricados com as mesmas ligas dos
termopares a que se destinam. Exemplo: Tipo TX, JX, EX e KX.
3- fios ou cabos de compensação aqueles fabricados com ligas diferentes das dos
termopares. Exemplo :Tipo SX e BX.
4- Chama-se fio termopar aquele isolado eletricamente, que pode ser utilizado com
ou sem outra proteção mecânica ou térmica.

Os fios e cabos de extensão e compensação são recomendados na maioria dos


casos
para utilização desde a temperatura ambiente até um limite máximo de 200 °C.

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Erros de Ligação
T Fio de Cobre:

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Erros de Ligação
T Correção através de cabos de compensação:

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Erros de Ligação
T Inversão Simples:

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Erros de Ligação
T Inversão Dupla:

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Exercícios
T 1-Determine os valores pedidos dos esquemas abaixo para que a leitura esteja correta:

a) d)

21.848uV

b) f)

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Exercícios - Solução
T 1-Determine os valores pedidos dos esquemas abaixo para que a leitura esteja correta:

-2,794,7mV
a) 20.570,8 µV 20,570,8 mV d) -2794,4 µV +0,959,7mV
+ 1,2773 mV -1,835mV
21,8481 mV

21.848,1 µV -1835 V
959,7µV
1.277,3 µV -49°C

b) -4,7166 mV f) 28.884,8 µV 28,8848 mV


-4.716,6 µV + 0,5893 mV +0,7623 mV
-4,1273 mV 29,6471 mV
540°C

29.647,1 µV
-4.127,3 µV 762,3 µV
589,3 µV

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Exercícios
T 2-Determine as tensões indicadas em cada trecho e indique o erro na medida
do registrador se houver:

___m V

___m V

___m V
___m V

_______m V
_______m V
_______m V
_______m V _____°C -> Erro= ______°C

___m V

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Exercícios - Solução
T 2-Determine as tensões indicadas em cada trecho e indique o erro na medida
do registrador se houver:

2,1469 m V

1,4294 m V

0,7175 m V
28,8591 m V

28,8591 m V
-1,4294 m V Dupla inversão do cabo
+0,7175 m V
28,1472 m V 676,5 °C -> Erro= 68,5°C

31,006 m V

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