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Como diferenciar déficit de atenção de

problemas de memória?
Vocês já conversaram com alguma pessoa que tentou associar o déficit de
atenção com os problemas de memória? Se a resposta for sim, saibam que
quem procurou achar um elo entre as duas situações não estava tão perdido
no meio do caminho. Há fundamento. Embora ambos possam significar
problemas distintos, eles têm, sim, uma relação em comum.

O que chama a atenção para esse elo entre o déficit de atenção e os


problemas de memória está na parte física de onde eles são originados. Mas
isso é possível? Sim, pois tanto um quanto outro são resultados de uma
disfunção na área do córtex cerebral, conhecida como Lobo Pré-frontal.

No caso de um funcionamento comprometido, é inegável que a pessoa comece


a enfrentar dificuldades em memória, concentração, impulsividade, entre
outros.

A ligação entre o déficit de atenção e os problemas de memória também é feita


porque uma das consequências do primeiro caso pode ser o comprometimento
da memorização, por exemplo.

Contudo, é importante saber que existe a possibilidade de cada um acontecer


de maneira independente do outro. Portanto, o problema de memória pode
ocorrer sem a existência do déficit de atenção ou vice-versa. É válido ressaltar,
portanto, a diferença que existe entre eles, para que todos fiquem bem
informados.

O que é o déficit de atenção?


O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno
de base orgânica. Ele se caracteriza por comportamentos notáveis a partir da
infância, a saber: distração, hiperatividade, desorganização e esquecimento.
O TDAH ocorre mais na população masculina.

Outro dado interessante e imprescindível é o fato de o déficit de


atenção poder ser dividido em três graus:
– Leve: nesse caso, os sintomas são bem amenos, embora suficientes para
serem diagnosticados. A vida da pessoa não sofre tantos reveses, mesmo que
alguns aspectos fiquem levemente prejudicados: acadêmico, profissional ou
funcionamento social;

– Moderada: o déficit de atenção moderado é aquele em que o paciente pode


manifestar os sintomas variantes entre o leve e o grave;
– Grave: aqui, o indivíduo apresenta muitos sintomas necessários para o
diagnóstico da síndrome. O impacto do TDAH em sua vida pode ser notado em
situações prejudiciais à vida da pessoa.

O que é problema de memória?


O problema de memória, por sua vez, tem causas diversas e pode estar
relacionado a vários fatores. Ele também é reversível ou irreversível.

Aspectos como ansiedade, depressão, uso de medicamentos controlados, falta


de sono, infecções e doenças neurológicas (Alzheimer) estão na lista dos
possíveis motivos que levam uma pessoa a ter a memória prejudicada.

Na maioria dos casos, tais problemas encontram tratamentos para amenizar os


efeitos causados na vida dos pacientes. Diferente do Mal de Alzheimer, que
não tem cura e tende a degradar a condição de vida da pessoa.

Auxílio profissional

É importante que a qualquer sinal de déficit de atenção (possível detecção na


infância) e de problema de memória (em qualquer idade – sobretudo a partir
dos 30 anos), a melhor solução é procurar ajuda médica.

Características de jovens e crianças com


TDAH
Quem convive com uma criança e jovem que tenha TDAH (Transtorno de
Déficit de Atenção) sabe que o tratamento diário requer atenção a mais. No
entanto, mesmo o contato diário com elas pode suscitar algumas dúvidas por
parte de pais e profissionais.

Para começo de conversa é importante dizer que nem todo TDAH apresenta


hiperatividade, mas uma regra entre eles é a desatenção. Isso significa uma
grande importância para a equipe médica ou pedagógica que avaliará o jovem
e a criança. Lembre-se que informação é tudo, além de ajudar na busca do
melhor tratamento.

Importante saber

O TDAH é um transtorno neurobiológico, genético, hereditário. Isso significa


que o transtorno identificado na criança pode vir do pai ou da mãe; de um
primo ou de uma tia. O TDAH também encontra em fatores ambientais motivos
para sua ocorrência, a saber: nascimento com baixo peso, bebês prematuros
ou mãe que fuma durante a gravidez.

O uso de outras drogas, inclusive o álcool, também pode influir no


aparecimento do transtorno em crianças. Portanto, todo cuidado é pouco no
período da gestação e o acompanhamento médico é fundamental.
TDAH em dois tipos
O TDAH apresenta dois tipos distintos, com um detalhe importante: o TDAH
combinado é aquele em que a criança apresenta a hiperatividade, a
impulsividade e o déficit de atenção. Já o TDAH desatentoé caracterizado
quando a criança demonstra apenas a falta de atenção.

Em que idade o TDAH pode se manifestar?


O TDAH se manifesta, geralmente, antes dos 7 anos de idade. Em 95% delas,
o transtorno se revela antes dos 12 anos. É importante salientar que o TDAH
ocorre na fase de desenvolvimento da criança.

Alguns dados sobre o TDAH


O transtorno afeta 6% das crianças (ou 11% em algumas estatísticas) e 3%
dos adultos. O déficit de atenção traz grandes prejuízos à criança no que diz
respeito o aprendizado. Importante ressaltar que 80% das crianças com o
transtorno têm grandes chances de continuar TDAH na adolescência. Da
adolescência para a fase adulta, esse número vai para 50%.

Características

O TDAH se constitui por uma excessiva dificuldade em manter o foco em uma


atividade que exija esforço mental prolongado; uma atividade que precise ser
desempenhada com regras, prazos pré-determinados. Além disso, crianças
com déficit de atenção têm dificuldade para começar e terminar suas tarefas.

Outra dificuldade é a de rever situações e erros; dificuldade de fazer


conclusões, síntese e análise de atitude. As crianças com TDAH tendem a ser
mais esquecidas, desorganizadas e perdem-se em tarefas. Além disso, há
mais características:

– Tendem a ter rendimentos escolares e rotineiros mais baixos;

– Podem ser completamente introspectivas;

– Problema de memorização, capacidade de organização e interiorização de


conceitos e aprendizagens;

Diagnóstico tardio é sempre prejudicial


Procurar o diagnóstico muito tarde pode provocar lacunas consideráveis
no processo de aprendizagem de leitura e matemática. Isso, certamente,
causará dificuldades preocupantes na vida acadêmica do aluno.

E na escola?

Em sala de aula, é importante saber e conhecer o diagnóstico. É importante o


pedagogo saber se a criança está sendo devidamente medicada. Depois, é
imprescindível melhorar a didática (de forma objetiva), alterar o tom de voz,
ensinar de maneira interessante; tudo para que ela se sinta recompensada
pelo processo de aprendizagem.

Tratamento adequado

A criança precisa ser avaliada de maneira global e interdisciplinar para que os


profissionais vejam se há outras comorbidades e, assim, propor uma
intervenção adequada para o devido tratamento.

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