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Espaços para anotações Tomo 1
Letra maior para uma leitura
confortável
Em espiral para facilitar o manuseio
Artigos mais cobrados sinalizados e
com súmulas correlatas transcritas
Texto legal com destaques:
palavras-chaves, negativos/ ressalvas
e prazos
Constituição
da República
Federativa
do Brasil
ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Estudado Questões
PREÂMBULO
Estudado Questões
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
Art. 2º São Poderes da União, indepen‑
dentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.
` art.60, § 4º, III, desta CF.
SV, 37. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função le-
gislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, STF, 649. É inconstitucional a criação, por Constituição estadual,
formada pela união indissolúvel dos Estados de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual
participem representantes de outros poderes ou entidades.
e Municípios e do Distrito Federal, constitui‑se
em Estado Democrático de Direito e tem como
FUNDAMENTOS:
` arts. 18, caput; e 60, § 4º, I e III, desta CF.
I ‑ a soberania;
` arts. 21, I e III; 84, VII, VIII, XIX e XX, desta CF. Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamen‑
` arts. 36, 237, II, CPC. tais da República Federativa do Brasil:
` arts. 780 a 790, CPP.
Art. 4º A República Federativa do Brasil re- ` arts.5º, §§ 1º e 2º; e 60, § 4º, IV, desta CF.
SV, 6. Não viola a constituição o estabelecimento de remune-
ge‑se nas suas relações internacionais pelos ração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de
CF
seguintes PRINCÍPIOS: serviço militar inicial.
` arts. 21, I; e 84, VII e VIII, desta CF. SV, 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física pró-
pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
I ‑ independência nacional; excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade dis-
` arts. 78, caput; e 91, § 1º, III e IV, desta CF. ciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.
II ‑ prevalência dos direitos humanos;
` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica). I ‑ homens e mulheres são iguais em direitos
` Dec. 4.463/2002 (Dispõe sobre a declaração de reconhecimento e obrigações, nos termos desta Constituição;
da competência obrigatória da Corte Interamericana em todos
` arts. 143, § 2º; e 226, § 5º, desta CF.
os casos relativos à interpretação ou aplicação da Convenção
Americana sobre Direitos Humanos).
` Lei 12.528/2011 (Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito II ‑ ninguém será obrigado a fazer ou deixar
da Casa Civil da Presidência da República).
` Dec. 8.767/2016 (Promulga a Convenção Internacional para a
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado). ` art.14º, § 1º, I; art. 143, desta CF.
SV, 44. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habili-
tação de candidato a cargo público.
III ‑ autodeterminação dos povos; STF, 686. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a ha-
bilitação de candidato a cargo público.
IV ‑ não intervenção;
III ‑ ninguém será submetido a tortura nem a
V ‑ igualdade entre os Estados; tratamento desumano ou degradante;
` incisos XLIII; XLVII, e; XLIX; LXV; e LXVI deste artigo.
VI ‑ defesa da paz;
IV ‑ é livre a manifestação do pensamento,
VII ‑ solução pacífica dos conflitos; sendo vedado o anonimato;
` art. 220, §§ 1º e 2º, desta CF.
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
VIII ‑ ninguém será privado de direitos por
motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para
eximir‑se de obrigação legal a todos imposta
e recusar‑se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem ` arts. 15, IV, e 143, §§ 1º e 2º, desta CF.
distinção de qualquer natureza, garantindo‑se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes IX ‑ é livre a expressão da atividade intelec‑
no país a inviolabilidade do direito à vida, tual, artística, científica e de comunicação,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à independentemente de censura ou licença;
propriedade, nos termos seguintes: ` art. 220, § 2º , desta CF.
Art. 5º CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 14
X ‑ são invioláveis a intimidade, a vida privada, convocada para o mesmo local, sendo apenas
a honra e a imagem das pessoas, assegurado exigido PRÉVIO AVISO à autoridade compe‑
o direito a indenização pelo dano material ou tente;
moral decorrente de sua violação; ` arts. 136, § 1º, I, a; e 139, IV; desta CF.
` art. 114, VI, CF.
` arts. 186 e 927, CC. XVII ‑ é plena a liberdade de associação para
SV, 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física pró-
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
` arts. 8º; 17, § 4º; e 37, VI, desta CF.
pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade dis- ` art. 199, CP (atentado contra a liberdade de associação)
ciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.
XVIII ‑ a criação de associações e, na forma da
STF, 714. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante lei, a de cooperativas independem de autori-
queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação zação, sendo vedada a interferência estatal
do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de ser-
vidor público em razão do exercício de suas funções. em seu funcionamento;
STJ, 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. ` arts. 8º, I; e 37, VI, desta CF.
STJ, 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estéti-
co e dano moral. XIX ‑ as associações só poderão ser compul‑
STJ, 388. A simples devolução indevida de cheque caracteriza
dano moral. soriamente dissolvidas ou ter suas atividades
STJ, 403. Independe de prova do prejuízo a indenização pela suspensas por decisão judicial, exigindo‑se,
publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins eco-
nômicos ou comerciais.
no primeiro caso, o trânsito em julgado;
STJ, 420. Incabível, em embargos de divergência, discutir o valor
de indenização por danos morais. XX ‑ ninguém poderá ser compelido a asso‑
ciar‑se ou a permanecer associado;
XI ‑ a casa é asilo inviolável do indivíduo, ` art.
117, VII, Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Públicos
ninguém nela podendo penetrar sem con- Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas Federais).
` DOU, 31.12.1940.
Lei excepcional ou temporária
` art. 22, I, CF.
13.07.1984).
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Tempo do crime
Art. 4º Considera‑se praticado o crime no
Anterioridade da Lei momento da ação ou omissão, ainda que
Art. 1º Não há CRIME sem lei anterior que o outro seja o momento do resultado.
` art.
69, CPP.
defina. Não há PENA sem prévia cominação STF, 711. A lei penal mais grave aplica‑se ao crime continuado ou
legal. ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
` art. 5º, XXXIX e XL, CF. continuidade ou da permanência.
` arts. 2º e 3º, CPP.
` art. 1º, CPM.
Parágrafo único. A lei posterior, que de qual‑ § 2º É também aplicável a lei brasileira aos
quer modo favorecer o agente, aplica‑se aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
fatos anteriores, ainda que decididos por sen‑ embarcações estrangeiras de propriedade
tença condenatória transitada em julgado. privada, achando‑se aquelas em pouso no
STF, 611. Transitada em julgado a sentença condenatória, com‑ território nacional ou em voo no espaço
pete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
STJ, 471. Os condenados por crimes hediondos ou asseme‑
aéreo correspondente, e estas em porto ou
lhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 mar territorial do Brasil.
sujeitam‑se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de ` arts. 89 e 90, CPP.
Execução Penal) para a progressão de regime prisional. ` art. 2º, Dec.‑Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).
Art. 6º Código Penal 154
CP
Tentativa
Legislação especial II ‑ TENTADO, quando, iniciada a execução,
não se consuma por circunstâncias alheias à
Art. 12. As regras gerais deste Código apli‑ vontade do agente.
cam‑se aos fatos incriminados por lei especial, ` art.
111, II, deste Código.
se esta não dispuser de modo diverso. ` art.
4º, Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).
` art. 287, CE. STJ, 567. Sistema de vigilância realizado por monitoramen‑
to eletrônico ou por existência de segurança no interior de
` art. 17, CPM.
estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a
` art. 1º, Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).
configuração do crime de furto. (DJe, 29.02.2016.)
` art. 90, Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições).
Crime impossível
Art. 14. Diz‑se o crime: Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por
STF, 610. Há crime de latrocínio, quando o homicídio se con‑ ineficácia absoluta do meio ou por absolu‑
suma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da ta impropriedade do objeto, é impossível
vítima.
consumar‑se o crime.
STJ, 96. O crime de extorsão consuma‑se independentemente ` arts. 386, III; 397, III; 415, III.
da obtenção da vantagem indevida. ` Súm. 145, 567, STJ.
Código de
Processo Penal
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
DECRETO‑LEI N. 3.689, DE 03 DE OUTUBRO DE 1941
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
CPP
abrange todas as infrações penais, exceto as
IX - determinar o trancamento do inquérito
de menor potencial ofensivo, e cessa com o
policial quando não houver fundamento razo‑
recebimento da denúncia ou queixa na forma
ável para sua instauração ou prosseguimento;
do art. 399 deste Código.
X - requisitar documentos, laudos e informa‑
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as ques‑
ções ao delegado de polícia sobre o andamen‑
tões pendentes serão decididas pelo juiz da
to da investigação;
instrução e julgamento.
XI - decidir sobre os requerimentos de:
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garan‑
a) interceptação telefônica, do fluxo de comu‑ tias não vinculam o juiz da instrução e julga‑
nicações em sistemas de informática e tele‑
mento, que, após o recebimento da denúncia
mática ou de outras formas de comunicação;
ou queixa, deverá reexaminar a necessidade
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de das medidas cautelares em curso, no prazo
dados e telefônico;
máximo de 10 (dez) dias.
c) busca e apreensão domiciliar;
§ 3º Os autos que compõem as matérias de
d) acesso a informações sigilosas; competência do juiz das garantias ficarão acau‑
e) outros meios de obtenção da prova que res‑ telados na secretaria desse juízo, à disposição
trinjam direitos fundamentais do investigado; do Ministério Público e da defesa, e não serão
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes apensados aos autos do processo enviados ao
do oferecimento da denúncia; juiz da instrução e julgamento, ressalvados os
XIII - determinar a instauração de incidente documentos relativos às provas irrepetíveis,
de insanidade mental; medidas de obtenção de provas ou de ante‑
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia cipação de provas, que deverão ser remetidos
ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; para apensamento em apartado.
XV - assegurar prontamente, quando se fizer § 4° Fica assegurado às partes o amplo acesso
necessário, o direito outorgado ao investiga‑ aos autos acautelados na secretaria do juízo
do e ao seu defensor de acesso a todos os das garantias.
elementos informativos e provas produzidos
no âmbito da investigação criminal, salvo no
que concerne, estritamente, às diligências em
andamento;
XVI - deferir pedido de admissão de assis‑
tente técnico para acompanhar a produção Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação,
da perícia; praticar qualquer ato incluído nas compe‑
tências dos arts. 4º e 5° deste Código ficará
XVII - decidir sobre a homologação de acordo
impedido de funcionar no processo.
de não persecução penal ou os de colabora‑
Parágrafo único. Nas comarcas em que fun‑
ção premiada, quando formalizados durante
a investigação; cionar apenas um juiz, os tribunais criarão um
sistema de rodízio de magistrados, a fim de
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições
atender às disposições deste Capítulo.
definidas no caput deste artigo.
§ 1º O preso em flagrante ou por força de man‑
dado de prisão provisória será encaminhado
à presença do juiz de garantias no prazo de
24 (vinte e quatro) horas, momento em que se
realizará audiência com a presença do Minis‑ Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado
tério Público e da Defensoria Pública ou de conforme as normas de organização judiciária
advogado constituído, vedado o emprego da União, dos Estados e do Distrito Federal,
de videoconferência. (Vetado pelo Presidente da observando critérios objetivos a serem periodi‑
República na Lei 13.964/2019, mantido pelo Con- camente divulgados pelo respectivo tribunal.
gresso Nacional e publicado no DOU de 30.04.2021)
§ 2° Se o investigado estiver preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação
Art. 3°-F Código de Processo Penal 228
Art. 3°-F. O juiz das garantias deverá assegurar § 2º Do despacho que indeferir o requerimen‑
o cumprimento das regras para o tratamento to de abertura de inquérito caberá recurso
dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de para o chefe de Polícia.
qualquer autoridade com órgãos da imprensa § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver co‑
para explorar a imagem da pessoa submetida nhecimento da existência de infração penal em
à prisão, sob pena de responsabilidade civil, que caiba ação pública PODERÁ, verbalmen‑
administrativa e penal. te ou por escrito, comunicá‑la à autoridade
Parágrafo único. Por meio de regulamento, policial, e esta, verificada a procedência das
as autoridades deverão disciplinar, em 180 informações, MANDARÁ instaurar inquérito.
` art. 340, CP.
(cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as ` art. 66, I e II, Dec.‑Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).
informações sobre a realização da prisão e a § 4º O inquérito, nos crimes em que a AÇÃO
identidade do preso serão, de modo padroni‑ PÚBLICA depender de representação, não
zado e respeitada a programação normativa poderá sem ela ser iniciado.
aludida no caput deste artigo, transmitidas ` arts. 24 e 25 deste Código.
à imprensa, assegurados a efetividade da ` art. 100, § 1º, CP.
` art.
12, § 1º, Lei 11.340/2006 (Coíbe a violência doméstica e contra a mulher).
familiar contra a mulher). V ‑ ouvir o indiciado, com observância, no que
a) a narração do fato, com todas as circuns‑ for aplicável, do disposto no Capítulo III do
tâncias; Título VII, deste Livro, devendo o respectivo
b) a individualização do indiciado ou seus termo ser assinado por duas testemunhas que
sinais característicos e as razões de convicção lhe tenham ouvido a leitura;
ou de presunção de ser ele o autor da infração, ` art. 5º, LIV e LXIII, CF.
` arts. 185 a 196 deste Código.
ou os motivos de impossibilidade de o fazer; ` art. 12, V, Lei 11.340/2006 (Coíbe a violência doméstica e familiar
` arts. 226 a 230 deste Código. dia em que se executar a ordem de prisão,
VII ‑ determinar, se for caso, que se proceda ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
a exame de corpo de delito e a quaisquer mediante fiança ou sem ela.
outras perícias; ` arts. 647; 648, II; e 798, § 1º, deste Código.
` art. 20, CPPM.
` arts. 158 a 184 deste Código.
` art. 66, Lei 5.010/1966 (Lei da Organização da Justiça Federal).
` art. 12, IV, Lei 11.340/2006 (Coíbe a violência doméstica e familiar
` art. 51, Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas).
contra a mulher).
VIII ‑ ordenar a identificação do indiciado pelo § 1º A autoridade fará minucioso relatório do
processo datiloscópico, se possível, e fazer que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
juntar aos autos sua folha de antecedentes; competente.
` art. 52, I, Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas).
` art. 5º, LVIII, CF.
` art. 12, VI, Lei 11.340/2006 (Coíbe a violência doméstica e familiar § 2º No relatório poderá a autoridade indicar
CPP
contra a mulher).
` Lei12.037/2009 (Dispõe sobre a identificação criminal do civil-
testemunhas que não tiverem sido inquiri‑
mente identificado). das, mencionando o lugar onde possam ser
` Súm. 568, STF.
encontradas.
IX ‑ averiguar a vida pregressa do indiciado, § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e
sob o ponto de vista individual, familiar e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
social, sua condição econômica, sua atitude requerer ao juiz a devolução dos autos, para
e estado de ânimo antes e depois do crime ulteriores diligências, que serão realizadas no
e durante ele, e quaisquer outros elementos prazo marcado pelo juiz.
que contribuírem para a apreciação do seu ` art. 16 deste Código.
temperamento e caráter.
` art. 59, CP.
` art. 5º, Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).
X - colher informações sobre a existência de
filhos, respectivas idades e se possuem alguma Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como
deficiência e o nome e o contato de eventual os objetos que interessarem à prova, acom‑
responsável pelos cuidados dos filhos, indica‑ panharão os autos do inquérito.
do pela pessoa presa. ` art. 5º, LIV, CF.
` arts. 118 a 124; e 155 a 250 deste Código.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no pra‑ Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148,
zo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159
flagrante, ou estiver preso preventivamente, do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei
Legislação
Complementar
Diploma Pág.
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios desobedecer a normas legais, regulamentares
não se compreendam nas especificações do ou constantes de instruções gerais.
artigo anterior, serão anuláveis, segundo as VIII – O empréstimo concedido pelo Banco
prescrições legais, enquanto compatíveis com Central da República, quando:
a natureza deles. a) concedido com desobediência de quaisquer
normas legais, regulamentares, regimentais ou
constantes de instruções gerias:
b) o valor dos bens dados em garantia, na
Art. 4º. São também nulos os seguintes atos época da operação, for inferior ao da avaliação.
ou contratos, praticados ou celebrados por
IX – A emissão, quando efetuada sem obser-
quaisquer das pessoas ou entidades referidas
vância das normas constitucionais, legais e
no art. 1º.
regulamentadoras que regem a espécie.
I – A admissão ao serviço público remunerado,
com desobediência, quanto às condições de
habilitação, das normas legais, regulamentares DA COMPETÊNCIA
ou constantes de instruções gerais.
II – A operação bancária ou de crédito real,
quando:
a) for realizada com desobediência a normas
legais, regulamentares, estatutárias, regimen- Art. 5º. Conforme a origem do ato impug-
tais ou internas; nado, é competente para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo
b) o valor real do bem dado em hipoteca ou
com a organização judiciária de cada Estado,
penhor for inferior ao constante de escritura,
o for para as causas que interessem à União,
contrato ou avaliação.
ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
III – A empreitada, a tarefa e a concessão do
§ 1º Para fins de competência, equiparam-se
serviço público, quando:
atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou
a) o respectivo contrato houver sido celebrado dos Municípios os atos das pessoas criadas ou
sem prévia concorrência pública ou adminis- mantidas por essas pessoas jurídicas de direito
trativa, sem que essa condição seja estabe- público, bem como os atos das sociedades de
lecida em lei, regulamento ou norma geral; que elas sejam acionistas e os das pessoas ou
b) no edital de concorrência forem incluídas entidades por elas subvencionadas ou em
cláusulas ou condições, que comprometam o relação às quais tenham interesse patrimonial.
seu caráter competitivo; § 2º Quando o pleito interessar simultanea-
c) a concorrência administrativa for processada mente à União e a qualquer outra pessoa ou
em condições que impliquem na limitação das entidade, será competente o juiz das causas
possibilidades normais de competição. da União, se houver; quando interessar si-
IV – As modificações ou vantagens, inclusive multaneamente ao Estado e ao Município,
prorrogações que forem admitidas, em favor será competente o juiz das causas do Estado,
do adjudicatário, durante a execução dos con- se houver.
tratos de empreitada, tarefa e concessão de § 3º A propositura da ação prevenirá a juris-
serviço público, sem que estejam previstas em dição do juízo para todas as ações, que forem
lei ou nos respectivos instrumentos; posteriormente intentadas contra as mesmas
V – A compra e venda de bens móveis ou partes e sob os mesmos fundamentos.
imóveis, nos casos em que não cabível con- § 4º Na defesa do patrimônio público caberá
corrência pública ou administrativa, quando: a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
a) for realizada com desobediência a normas
legais, regulamentares, ou constantes de ins-
truções gerais;
DOS SUJEITOS PASSIVOS DA
b) o preço de compra dos bens for superior ao AÇÃO E DOS ASSISTENTES
corrente no mercado, na época da operação;
c) o preço de venda dos bens for inferior ao
corrente no mercado, na época da operação.
VI – A concessão de licença de exportação ou Art. 6º. A ação será proposta contra as pessoas
importação, qualquer que seja a sua modali- públicas ou privadas e as entidades referidas
dade, quando: no art. 1º, contra as autoridades, funcionários
a) houver sido praticada com violação das ou administradores que houverem autorizado,
normas legais e regulamentares ou de instru- aprovado, ratificado ou praticado o ato im-
ções e ordens de serviço; pugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
b) resultar em exceção ou privilégio, em favor oportunidade à lesão, e contra os beneficiários
de exportador ou importador. diretos do mesmo.
VII – A operação de redesconto quando sob § 1º Se não houver benefício direto do ato
qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, lesivo, ou se for ele indeterminado ou desco-
379 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR LEI 4.717/1965
nhecido, a ação será proposta somente contra III – Qualquer pessoa, beneficiada ou respon-
as outras pessoas indicadas neste artigo. sável pelo ato impugnado, cuja existência
§ 2º No caso de que trata o inciso II, item b, do ou identidade se torne conhecida no curso
art. 4º, quando o valor real do bem for inferior do processo e antes de proferida a sentença
ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além final de primeira instância, deverá ser citada
das pessoas públicas ou privadas e entidades para a integração do contraditório, sendo-lhe
referidas no art. 1º, apenas os responsáveis pela restituído o prazo para contestação e produção
avaliação inexata e os beneficiários da mesma. de provas, Salvo, quanto a beneficiário, se a
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou citação se houver feito na forma do inciso
de direito privado, cujo ato seja objeto de anterior.
impugnação, poderá abster-se de contestar IV – O prazo de contestação é de 20 (vinte)
o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a reque-
desde que isso se afigure útil ao interesse rimento do interessado, se particularmente
público, a juízo do respectivo representante difícil a produção de prova documental, e será
legal ou dirigente. comum a todos os interessados, correndo da
§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, entrega em cartório do mandado cumprido,
cabendo-lhe apressar a produção da prova e ou, quando for o caso, do decurso do prazo
promover a responsabilidade, civil ou criminal, assinado em edital.
dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em
Leg. Compl.
V – Caso não requerida, até o despacho sa-
qualquer hipótese, assumir a defesa do ato neador, a produção de prova testemunhal ou
impugnado ou dos seus autores. pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10
§ 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos
como litisconsorte ou assistente do autor da conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito)
ação popular. horas após a expiração desse prazo; havendo
requerimento de prova, o processo tomará o
DO PROCESSO rito ordinário.
VI – A sentença, quando não prolatada em
audiência de instrução e julgamento, deverá
ser proferida dentro de 15 (quinze) dias do
recebimento dos autos pelo juiz.
Art. 7º. A ação obedecerá ao procedimento Parágrafo único. O proferimento da senten-
ordinário, previsto no Código de Processo Civil, ça além do prazo estabelecido privará o juiz
observadas as seguintes normas modificativas: da inclusão em lista de merecimento para
` CPC/15: art. 318 e ss.
I – Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará
a perda, para efeito de promoção por anti-
a) além da citação dos réus, a intimação do
guidade, de tantos dias quantos forem os do
representante do Ministério Público;
` CF/88: art. 127.
retardamento, salvo motivo justo, declinado
b) a requisição, às entidades indicadas na nos autos e comprovado perante o órgão
petição inicial, dos documentos que tiverem disciplinar competente.
sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem
como a de outros que se lhe afigurem neces-
sários ao esclarecimento dos fatos, ficando
prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o Art. 8º. Ficará sujeita à pena de desobediência,
atendimento. salvo motivo justo devidamente comprovado,
§ 1º O representante do Ministério Público a autoridade, o administrador ou o dirigente,
providenciará para que as requisições, a que que deixar de fornecer, no prazo fixado no art.
se refere o inciso anterior, sejam atendidas 1º, § 5º, ou naquele que tiver sido estipulado
dentro dos prazos fixados pelo juiz. pelo juiz (art. 7º, n. I, letra b), informações e
` CF/88: art. 127. certidão ou fotocópia de documento neces-
§ 2º Se os documentos e informações não sários à instrução da causa.
` CP: art. 330.
puderem ser oferecidos nos prazos assinala-
dos, o juiz poderá autorizar prorrogação dos Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia
mesmos, por prazo razoável. em que entregue, sob recibo, o requerimento
II – Quando o autor o preferir, a citação dos do interessado ou o ofício de requisição (art.
beneficiários far-se-á por edital com o prazo 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra b).
de 30 (trinta) dias, afixado na sede do juízo e
publicado três vezes no jornal oficial do Distrito
Federal, ou da Capital do Estado ou Território
em que seja ajuizada a ação. A publicação será Art. 9º. Se o autor desistir da ação ou der mo-
gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 (três) tiva à absolvição da instância, serão publicados
dias após a entrega, na repartição competente, editais nos prazos e condições previstos no
sob protocolo, de uma via autenticada do art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qual-
mandado. quer cidadão, bem como ao representante
LEI 4.717/1965 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 380
do Ministério Público, dentro do prazo de disciplinar a que a lei comine a pena de demis-
90 (noventa) dias da última publicação feita, são ou a de rescisão de contrato de trabalho,
promover o prosseguimento da ação. o juiz, ex officio, determinará a remessa de
cópia autenticada das peças necessárias às
autoridades ou aos administradores a quem
competir aplicar a sanção.
Art. 10. As partes só pagarão custas e pre-
paro a final.