Isabel Catarrilhas

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Isabel Catarrilhas Pires

Isabel Pires é natural de Vila Boim, concelho de Elvas, onde nasceu a 22 de Dezembro de
1955.

Está há cerca de 21 anos radicada em Estremoz, tendo o seu espaço de trabalho ligado ao local
onde reside, no Bairro da Salsinha. Esta barrista, segundo o seu relato, sempre teve um especial
apego às artes, tendo inclusivamente procurado ingressar na António Arroio, em Lisboa. A sua
intenção sempre foi estar ligada ao mundo das artes, no entanto a sua vida não se proporcionou
a tal até vir morar para Estremoz e descobrir a especificidade cultural desta terra no que toca aos
barros. Os barros, desde os seus tempos de escola, sempre a fascinaram, logo começou a
procurar explorar a sua veia criadora através desta matéria-prima tão abundante na região para
onde veio residir. Começou a pesquisar, visitou várias vezes a coleção Júlio Maria dos Reis
Pereira do Museu Municipal, colocou questões aos velhos artesãos da praça e iniciou com muita
cautela e vontade o trabalho de modelação do barro. Aprendeu inclusivamente com Quirina
Marmelo a fazer um forno a lenha para cozer os bonecos, o qual depois realizou, com sucesso,
no seu quintal. Mestre Mário Lagartinho foi igualmente um precioso auxílio neste ponto.
Aprendeu a preparar o barro para a modelação, sendo as suas peças iniciais realizadas com
barro de Estremoz. Também o modo de pintar foi apreendido de conversas que teve com os
artesãos locais e através de demoradas leituras de livros da especialidade.

Hoje a sua pintura é um misto de tradição (o que é verificável na utilização da goma laca em vez
de vernizes industriais) e de modernidade autodidata (o que é verificável nas misturas de
têmperas que realiza e no modo como as aplica nas peças, bem como na utilização de
dourados). Com a garra que os autodidatas possuem, lançou-se numa aventura que lhe permite
ter peças espalhadas por vários países, coleções particulares e Museus, entre os quais o Museu
Municipal Prof. Joaquim Vermelho e o Museu da Presidência da República.

Participou em quase todas as edições da Feira de Artesanato de Estremoz. Esteve na FIL em 93,
94 e 95. A sua participação no Concurso Nacional de Artesanato em 1992, proporcionou-lhe o
Prémio Especial de Cerâmica.

Desde 2007 possui a Carta de Reconhecimento de Origem Geográfica de Artesanato do


Concelho de Estremoz, atribuída pela Câmara Municipal de Estremoz.

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