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RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE FÍSICA EXPERIMENTAL II -

PÊNDULO FÍSICO
1

1. OBJETIVOS:
Estudar experimentalmente as oscilações periódicas em um pêndulo físico, a fim de
determinar experimentalmente o momento de inércia de um sólido relativo a um eixo
arbitrário.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
2.1. 1º PARTE A – BARRA CILÍNDRICA.
Inicialmente mediu-se as dimensões e mensurou-se a massa de uma barra cilíndrica,
obteve-se os seguintes dados:
Tabela 01: Dados obtidos para a barra cilíndrica

Comprimento L(m) (0,8000±0,0005)


Distancia 𝑙 (m) (0,7780±0,0005)
Distancia 𝑑 (m) (0,3780±0,0006)
Massa da barra(kg) (0,079±0,001)
Peso(N) (0,77±0,01)

Logo abaixo é apresentado o cálculo referente ao erro da distância “d”


𝐿
𝑑(𝑙, 𝐿) = 𝑙 −
2
𝜕𝑑
=1
𝜕𝑙
𝜕𝑑 1
=−
𝜕𝐿 2
1 2
𝜎𝑑 = √(1)2 0,00052 + (− ) 0,00052 = 0,0006 𝑚
2

Com os dados da Tabela 01 em mãos calculou-se o Momento de Inércia (Io) para a


barra cilíndrica.

𝑚𝐿2
+ 𝑚𝑑 2
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐿, 𝑑 ) =
12
0,079(0,77)2
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐿, 𝑑 ) = + 0,079(0,378)2
12
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐿, 𝑑 ) = (0,0155 ± 0,0002)𝐾𝑔𝑚2 ou
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐿, 𝑑 ) = (1,55 ± 0,02) × 10−2 𝐾𝑔𝑚2
Para o Momento de inércia da barra calculou-se a seguinte incerteza
2

𝜕𝐼𝑜 𝐿2 𝜕𝐼𝑜 0,772


= + 𝑑2 ∴ = + 0,3782 = 0,1922
𝜕𝑚 12 𝜕𝑚 12
𝜕𝐼𝑜 2𝑚𝐿 𝜕𝐼𝑜 2(0,079)(0,77)
= ∴ = = 0,0101
𝜕𝐿 12 𝜕𝐿 12
𝜕𝐼𝑜 𝜕𝐼𝑜
= 2𝑚𝑑 ∴ = 2(0,079)(0,378) = 0,0597
𝜕𝑑 𝜕𝑑
𝜕𝐼𝑜 2 𝜕𝐼𝑜 2 𝜕𝐼𝑜 2
𝜎𝐼 = √( ) (0,001)2 + ( ) (0,0005)2 + ( ) (0,0006)2 =
𝜕𝑚 𝜕𝐿 𝜕𝑑
𝜎𝐼 = √(0,1922)2 (0,001)2 + (0,0101)2 (0,0005)2 + (0,0597)2 (0,0006)2 =
𝜎𝐼 = 0,0002 𝑘𝑔𝑚²

2.2. 2º PARTE A – BARRA CILÍNDRICA.


No segundo processo de obtenção do momento de inércia da barra cilíndrica montou-
se um pêndulo físico e mediu-se o tempo de oscilações da barra para então obter-se
o período de oscilações do pêndulo estudado. Tais observações estão dispostas na
Tabela 02.
Tabela 02: Tempo e período referentes às oscilações do pêndulo.

Medida Tempo para 10 Período das


oscilações(s) oscilações(s)

1 (14,24±0,01) (1,424±0,001)
2 (14,11±0,01) (1,411±0,001)
3 (14,11±0,01) (1,411±0,001)
4 (14,16±0,01) (1,416±0,001)
5 (14,15±0,01) (1,415±0,001)
MÉDIA DO PERÍODO (1,415±0,005)

Para as oscilações foi calculado o seguinte erro:


𝑇
𝑜(𝑡) =
10
𝑑(𝑜) 1
=
𝑑𝑇 10
1 2
𝜎𝑜 = √( ) 0,012 = 0,001 𝑠
10

E para a média das oscilações temos o erro:


1
𝜎𝑚 = √ ∑(𝑥 − 𝑥 ′ )1 = 0,005 𝑠
𝑛−1
3

Posteriormente calculou-se o Momento de Inércia com sua respectiva incerteza:


𝐼𝑜 𝑚𝑔𝑑𝑇 2 0,079(9,78)(0,3780)(1,415)2
𝑇 = 2𝜋√ → 𝐼𝑜 = = = (0,0148 ± 0,0002)𝑘𝑔𝑚²
𝑚𝑔𝑑 4𝜋² 4𝜋²

𝐼𝑜 (𝑚, 𝐿, 𝑑 ) = (1,48 ± 0,02) × 10−2 𝐾𝑔𝑚2

𝑚𝑔𝑑𝑇 2
𝐼𝑜 (𝑚, 𝑔, 𝑑, 𝑇) =
4𝜋²
2 (9,78)(0,378)(1,415)2
𝜕𝐼 𝑔𝑑𝑇
= = = 0,187
𝜕𝑚 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑑𝑇 2 (0,079)(0,378)(1,415)2
= = = 0,0015
𝜕𝑔 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑔𝑇 2 (0,079)(9,78)(1,415)2
= = = 0,039
𝜕𝑑 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑔𝑑 (0,079)(9,78)(0,378)
= = = 0,0074
𝜕𝑇 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2
𝜎𝐼 = √( ) (0,001)2 + ( ) (0,01)2 + ( ) (0,0006)2 + ( ) (0,005)2 =
𝜕𝑚 𝜕𝑔 𝜕𝑑 𝜕𝑇
𝜎𝐼 = 0,0002 𝑘𝑔𝑚²
𝐼𝑜 − 𝐼𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 2𝐴 (0,0155 − 0,0148) ∗ 100
∆𝐼𝑜 (%) = ( 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 1𝐴 ) ∗ 100 = = 4,52%
𝐼𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 1𝐴 0,0155
A diferença em porcentagem entre o valor de referência e o valor obtido
experimentalmente foi de 4,52%.
Tal diferença pode ser explicada pela execução do experimento, pois a barra não
oscilava apenas em duas dimensões, além disso o operador da barra pode ter pego
ângulos muito grandes ao fazer a barra oscilar, o que consequentemente inviabiliza a
equação referente ao período de oscilações e ainda a leitura do cronômetro pode ter
sido imprecisa, uma vez que é muito difícil parar o cronometro exatamente no mesmo
instante em que o pêndulo completa 10 oscilações.

2.3. 1º PARTE B – CASCA CILÍNDRICA.


Inicialmente mediu-se as dimensões da casca cilíndrica, obteve-se os seguintes
dados:
Tabela 03: Dados obtidos para a casca cilíndrica

Diâmetro externo 𝐷𝑒𝑥𝑡 (m) (0,05038±0,00001)


Diâmetro interno 𝐷𝑖𝑛𝑡 (m) (0,04750±0,00001)
Distancia 𝑑 (m) (0,023765±0,000005)
Massa da barra(kg) (0,010800±0,00007)
4

Logo abaixo é apresentado o cálculo referente ao erro da distância “d”


𝐷
𝑑 (𝐷 ) =
2
𝑑(𝑑) 1
=
𝑑𝐷 2
1 2
𝜎𝑑 = √( ) 0,000012 = 0,000005 𝑚
2

Posteriormente calculou-se o erro da massa:


𝑁
𝑚(𝑁) =
𝑔
𝜕𝑚 1 1
= =
𝜕𝑁 𝑔 9,78
𝜕𝑚 𝑁
= − 2 = −0,00129
𝜕𝑔 𝑔

1 2
𝜎𝑚 = √( ) 0,00052 + (−0,00129)2 (0,01)2 = 0,00005 𝑘𝑔
9,78

E então calculou-se o momento de inércia com seu respectivo erro:


𝑚(𝐷𝑖2 + 𝐷𝑒2 )
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐷𝑖 , 𝐷𝑒 ) = + 𝑚𝑑 2
4
0,01080(0,04752 + 0,050382 )
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐷𝑖 , 𝐷𝑒 ) = + 0,01080 × 0,0237652
4
𝐼𝑜 (𝑚, 𝐷𝑖 , 𝐷𝑒 ) = (1,905 ± 0,009) × 10−5 𝐾𝑔𝑚2
𝜕𝐼𝑜 (𝐷𝑖2 + 𝐷𝑒2 ) 𝜕𝐼𝑜 0,047502 + 0,05038²
= ∴ = = 0,00119859
𝜕𝑚 4 𝜕𝑚 4
𝜕𝐼𝑜 𝑚𝐷𝑒2 𝜕𝐼𝑜 0,01080(0,050382 )
= ∴ = = 0,00000685
𝜕𝐷𝑖 4 𝜕𝐷𝑖 4
𝜕𝐼𝑜 𝑚𝐷𝑖2 𝜕𝐼𝑜 0,01080(0,04752 )
= ∴ = = 0,00000609
𝜕𝐷𝑒 4 𝜕𝐷𝑒 4

𝜕𝐼𝑜 2 𝜕𝐼𝑜 2 𝜕𝐼𝑜 2


𝜎𝐼 = √( 2
) (0,00007) + ( 2
) (0,00001) + ( ) (0,00001)2 =
𝜕𝑚 𝜕𝐷𝑖 𝜕𝐷𝑒
𝜎𝐼
= √(0,00119859)2 (0,00007)2 + (0,00000685)2 (0,00001)2 + (0,00000609)2 (0,00001)2
𝜎𝐼 = 0,00000009 𝑘𝑔𝑚²
2.4. 2º PARTE B – CASCA CILÍNDRICA.
5

Medida Tempo para 10 Período das oscilações Média


oscilações (s) (s)
1 4,68 ± 0,01 0,468 ± 0,001
2 4,76 ± 0,01 0,476 ± 0,001
3 4,73 ± 0,01 0,473 ± 0,001 0,47 ± 0,009
4 4,87 ± 0,01 0,487 ± 0,001
5 4,61 ± 0,01 0,461 ± 0,001

1
𝜎𝑚 = √ ∑(𝑥 − 𝑥 ′ )1 = 0,09 𝑠
𝑛−1

𝐼𝑜 𝑚𝑔𝑑𝑇 2 0,01080(9,78)(0,023765)(0,47)2
𝑇 = 2𝜋√ → 𝐼𝑜 = = = (1,42 ± 0,05) × 10−5 𝑘𝑔𝑚²
𝑚𝑔𝑑 4𝜋² 4𝜋²

𝑚𝑔𝑑𝑇 2
𝐼𝑜 (𝑚, 𝑔, 𝑑, 𝑇) =
4𝜋²
2
𝜕𝐼 𝑔𝑑𝑇 ( 9,78 0,023765)(0,47)2
)(
= = = 0,0013
𝜕𝑚 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑑𝑇 2 (0,01080)(0,023765)(0,47)2
= = = 0,00000144
𝜕𝑔 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑔𝑇 2 (0,01080)(9,78)(0,47)2
= = = 0,000591
𝜕𝑑 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 𝑚𝑔𝑑 (0,01080)(9,78)(0,023765)
= = = 0,0000635
𝜕𝑇 4𝜋² 4𝜋²
𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2 𝜕𝐼 2
𝜎𝐼 = √( ) (0,00007) + ( ) (0,01) + ( ) (0,000005) + ( ) (0,009)2 =
2 2 2
𝜕𝑚 𝜕𝑔 𝜕𝑑 𝜕𝑇
𝜎𝐼 = 0,0000005 𝑘𝑔𝑚²

𝐼𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 1𝐴 − 𝐼𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 2𝐴 (0,00001905 − 0,0000142) ∗ 100


∆𝐼𝑜 (%) = ( ) ∗ 100 = = 25,45%
𝐼𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 1𝐴 0,00001905
A diferença em porcentagem entre o valor de referência e o valor obtido no
experimento foi de 25,45%.
Esse procedimento possui os mesmos problemas citados anteriormente, no entanto
devemos salientar que as oscilações da casca são muito mais rápidas do que a da
barra, logo, o erro operacional é ainda mais prejudicial na hora de realizar-se as
leituras de tempo referentes as oscilações.
6

3. CONCLUSÃO:
Ao estudar-se as oscilações periódicas de dois pêndulos físicos diferentes,
notou-se que a geometria e a massa destes podem influenciar diretamente na
velocidade das oscilações, uma vez que as medidas de tempo referente as oscilações
do pêndulo de formato cilíndrico são maiores ao compara-las com os tempos de
oscilações da casca cilíndrica. Em razão de que a geometria do pêndulo físico dita a
distância entre o eixo de oscilação e o centro de massa do objeto, enquanto no
pêndulo simples tal distância é influenciada pelo comprimento do fio que segura o
objeto. E ao realizar-se tal experimento tivemos a oportunidade de obter o momento
de inércia de dois pêndulos diferentes, utilizando como apoio tanto o teorema dos
eixos paralelos, quanto a equação de período para pêndulos físicos. E com isso foi
possível entender a relação entre o movimento oscilatório de um pêndulo físico e seu
momento de inércia, e calcular o momento de inércia de dois corpos sólidos (barra
cilíndrica e casca cilíndrica) em relação a um eixo O qualquer.

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