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O assédio moral no trabalho, conforme a enciclopédia jurídica da PUCSP, caracteriza-se

por toda conduta praticada pelo empregador ou pelos colegas de trabalho que vise a tornar
o ambiente de trabalhista insuportável. Tais atos podem ter como objetivo, quando vindas
do empregador, fazer com que empregados provisórios se demitam, e quando vindas dos
colegas, são normalmente iniciadas devido a um ambiente de trabalho competitivo, e ambas
as situações podem trazer graves consequências — psicológicas ou físicas — para a
vítima. No Brasil, está ocorrendo um grande aumento desses casos, tornando necessário a
análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar que a Constituição Federal de 1988 prevê o
direito a segurança como inerente a todo cidadão brasileiro, porém, a falta de medidas
governamentais não permite que a prática do assédio moral seja combatida. Nesse sentido,
não tendo apoio governamental, as vítimas sofrem inúmeros danos como a incapacidade
trabalhar e depressão severa que pode acarretar o suicídio, construindo um ambiente
trabalhista instável e assim, afetando o país diretamente, devido à economia.
Ademais, é fundamental apontar que as próprias empresas como impulsionadoras do
crescimento dessa problemática no Brasil. Visto que elas são as responsáveis por favorecer
ambientes competitivos e, em simultâneo, não atentar se algum indivíduo está sendo
afetado negativamente no processo, pois há aquele que prejudique o coletivo pensando
apenas em se auto beneficiar. No livro australiano “Professor Feelgood” a personagem
principal, ao ganhar uma competição para ser promovida é obrigada a enfrentar acusações
de plágio vindas de um dos colegas de trabalho que tinha como objetivo demiti-la fazendo
com que ela sofresse danos até provar a própria inocência, demonstrando que os
superiores dela não estavam atentos o suficiente para haver uma competição saudável.
Depreende-se, portanto, a necessidade de ser combater esses obstáculos. Para isso, é
imprescindível que os membros da sociedade brasileira estejam atentos os próprios direitos
para poderem denunciar atos de assédio moral caso um dia sejam vítimas, pois as medidas
governamentais falham. Além disso, a companhia deve criar medidas preventivas ao
assédio e aplicar punições justas naqueles que cometerem o ato, de modo a se criar um
ambiente de trabalho benigno a todos.

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