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2.9 – Dermatológicos
O processo de envelhecimento acontece com qualquer pessoa e
provoca mudanças fisiológicas no corpo humano.
Um dos órgãos que exibe os primeiros sinais dessas alterações é a
pele.
A queda na capacidade da formação de colagénio, elastina e ácido
hialurônico provoca a diminuição de sua elasticidade, fator que
facilita as lesões na pele.
Outras mudanças que favorecem o problema incluem a
diminuição de glândulas sudoríparas e sebáceas, bem como o
aumento da fragilidade dos vasos sanguíneos, prejudicando a
função imunológica.
Tais fatores associados a condições externas, como exposição ao
sol, tabagismo e falta de hidratação, contribuem para que a pele
do idoso se torne mais suscetível a lesões.
Lesões por quedas
É normal que o avanço da idade seja acompanhado do
enfraquecimento ósseo e muscular, dificultando a movimentação
para muitos idosos e intensificando as chances de quedas.
Mobiliários, tapetes, sofás com quinas, pisos escorregadios e
degraus podem provocar desde escoriações leves (arranhões) até
profundo desbridamento (lesões de pele com extravasamento de
sangue).
Nesse tipo de ferida, recomenda-se a lavagem com água corrente.
Em caso de extravasamento, é ideal que o sangue seja estancado
com uma gaze limpa.
Folha 2
Lesões por doenças de pele e sistêmica
As lesões causadas por doenças de pele são, em sua maioria,
avermelhadas e geram irritação e coceira, ação que pode agravar
o aspeto.
As úlceras varicosas ou venosas surgem por conta da má
circulação em membros inferiores e são comuns em indivíduos
com diabetes, hipertensão arterial, problemas circulatórios,
obesos e fumantes.
Além disso, a desidratação, condição característica de uma pessoa
idosa, facilita a formação de úlceras em regiões ósseas e
articulares, como calcanhares, cotovelos, parte posterior da
cabeça e região sacra.
Tais lesões devem ser tratadas com compressas húmidas e frias e
outras manobras para alívio da dor e melhora do quadro, além de
medicamento indicado por um profissional. Outros distúrbios que
podem surgir na pele são:
• erupções;
• eczemas;
• bolhas;
• pústulas;
• manchas escuras (decorrentes de exposição excessiva ao
sol por longos períodos);
• angiomas (pápulas de sangue ou bolinhas vermelhas);
• ceratoses (manchas acastanhadas e brancas com cascas).
Lesões por roupas, acessórios e atrito
Roupas apertadas, fraldas e outros acessórios podem facilmente
causar desgaste, iniciando lesões na pele do idoso.
Folha 3
Para indivíduos com doenças nas quais é preciso permanecer
acamado, o atrito constante com o lençol também pode resultar
em lesões como úlcera de pressão.
Em casos de vermelhidão, é indicado lavar e secar
adequadamente, utilizando somente produtos para hidratação do
local.
Já para feridas com secreção deve-se procurar atendimento
profissional.
No caso de úlceras de pressão o cuidado especializado também é
primordial, pois a ferida deve ser avaliada e os cuidados podem variar
de acordo com a situação.
Causas de lesões na pele
Alterações resultantes do envelhecimento deixam a pele sujeita
ao aparecimento de feridas.
Além dos fatores anteriormente apresentados, há outras
condições que tendem a causar lesões na pele:
Sensibilidade
exposição prolongada ao sol e à poluição
uso de produtos químicos
má alimentação
efeitos de doenças (sistêmicas ou de pele
negligência na hidratação
úlceras (venosas e varicosas
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Formas de prevenir lesões na pele do idoso
Hábitos como hidratação e alimentação saudável devem ser adotados
desde cedo para preservar a integridade da pele na terceira idade.
As recomendações para a prevenção de lesões na pele do idoso são:
evitar exposição desprotegida ao sol;
usar protetores solares com FPS superior a 30;
ingerir água com frequência (evitando a desidratação);
evitar banhos quentes e demorados (máximo de 5 minutos);
não utilizar buchas ou esponjas abrasivas (reduzem a proteção e
aumentam o ressecamento);
preferir sabonetes neutros e suaves;
secar-se suavemente após o banho, sem fricção exagerada
(especialmente em regiões com manchas);
hidratar a pele de todo o corpo diariamente, principalmente em
braços e pernas, com cremes sem álcool;
realizar exercícios diariamente (melhorando a circulação);
evitar permanecer em pé ou sentado, com pernas para baixo por
longos períodos;
inspecionar pernas e braços regularmente (observar aparência de
veias, vermelhidão, manchas assimétricas, feridas, varizes);
lavar e secar adequadamente os pés, incluindo a região entre os
dedos;
preferir calçados abertos, favorecendo a ventilação;
cortar as unhas após o banho e não retirar as cutículas;
observar cortes, calos, verrugas, feridas e mudanças na circulação
dos pés, redobrando os cuidados em caso de diabetes;
consultar regularmente um dermatologista.
Folha 5
2.10 – Oftalmológicos
Com a idade, ocorre o seguinte:
O cristalino se enrijece, fazendo com que enfocar objetos
próximos seja mais difícil.
O cristalino se torna mais denso, fazendo com que enxergar com
luz clara brilhante seja mais difícil.
A pupila reage mais devagar às mudanças na luz.
O cristalino vai ficando amarelado, mudando o modo como as
cores são percebidas.
O número de células nervosas diminui, comprometendo a
perceção de profundidade.
Os olhos produzem menos líquido, fazendo-os parecer secos.
Uma mudança na visão é frequentemente o primeiro sinal
inegável do envelhecimento.
As mudanças nas lentes dos olhos podem causar ou contribuir
para o seguinte:
Perda da visão de perto:
por volta dos 40 anos, a maior parte das pessoas observa que
ver os objetos mais perto do que 60 centímetros se torna
difícil. Esta mudança na visão, chamada presbiopia, ocorre,
porque o cristalino dos olhos se enrijece.
Normalmente, o cristalino muda sua forma para ajudar o
olho a focar. O enrijecimento do cristalino faz com que focar
objetos de perto seja mais difícil.
Praticamente quase todas as pessoas têm presbiopia e
precisam de óculos de grau.
As pessoas que precisam de óculos para ver de longe podem
precisar usar óculos bifocais ou óculos com lentes de foco
variável.
Necessidade de luz mais forte:
Como as pessoas continuam a envelhecer, torna-se mais difícil ver com
luz clara porque o cristalino tende a ficar menos transparente e menos
luz passa através da retina no fundo do olho.
Assim, para ler é necessária luz forte. Em média, as pessoas de 60 anos
precisam de três vezes mais luz para ler do que as pessoas de 20 anos
de idade.
Mudanças na perceção das cores:
As cores são percebidas de forma diferente, em parte porque o
cristalino tende a amarelar com a idade.
As cores podem parecer menos brilhantes e o contraste entre
diferentes cores pode ser mais difícil de ver.
Os azuis podem parecer mais cinzas, e o azul ou fundo podem parecer
desbotados.
Essas mudanças não são significativas para a maior parte das pessoas.
No entanto, os idosos podem ter problemas lendo letras pretas
impressas em um fundo azul ou letras azuis.
Os idosos podem ver mais manchas negras pequenas se movendo através
do seu campo de visão. Essas manchas, chamadas moscas volantes, são
partes do líquido normal do olho que solidificou.
As moscas volantes não interferem de maneira significativa com a visão. A
menos que elas aumentem de repente em número, elas não são um
motivo de preocupação.
Os olhos tendem a ficar secos. Esta mudança ocorre porque o número de
células que produzem os líquidos para lubrificar os olhos diminui. A
produção de lágrimas pode diminuir.