Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2021
1. Crédito ampliado ao setor não financeiro
Em novembro, o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou o saldo de R$13,4 trilhões (155,3% do
PIB), aumentando 1,7% no mês. Os empréstimos e financiamentos e os títulos de dívida variaram 1,6% e
2,0%, respectivamente. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 14,2%, prevalecendo as
elevações da carteira de empréstimos do SFN e dos títulos públicos.
O crédito ampliado contratado pelas empresas atingiu R$4,6 trilhões, 54,0% do PIB, com alta de 0,7% no
mês, influenciada principalmente pelo aumento de 1,3% em empréstimos e financiamentos.
Comparativamente a novembro do ano passado, a variação de 12,4% do crédito ampliado a empresas
refletiu principalmente o aumento de 31,6% em títulos e de 11,3% na carteira de empréstimos e
financiamentos do SFN.
O crédito ampliado às famílias atingiu R$2,9 trilhões, equivalentes a 33,4% do PIB, com crescimentos de
1,9% no mês e de 18,9% em doze meses.
O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$1,2 trilhão, com aumentos de 2,4% no mês e de 16,7%
na comparação interanual, destacando-se as modalidades de capital de giro acima de um ano,
antecipação de faturas de cartão de crédito e desconto de duplicatas. O saldo do crédito livre a pessoas
físicas alcançou R$1,5 trilhão, após elevações de 2,4% no mês e de 20,8% em doze meses, com aumentos
em crédito pessoal e cartão de crédito.
No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas alcançou R$688,1 bilhões em novembro, queda de
0,4% no mês e aumento de 1% na comparação interanual – este último refletindo a expansão em outros
As concessões totais de
crédito somaram R$445
bilhões em novembro. Na
série com ajuste sazonal,
ocorreu queda mensal de
0,5%, com decréscimos de
1,6% no crédito às empresas
e de 0,5% no crédito às
famílias. No acumulado do
ano, em relação ao mesmo
período de 2020, as
concessões nominais
cresceram 18,1%, com
elevações de 13,3% nas
operações com empresas e
de 22,6% com famílias.
O Indicador de Custo do
Crédito (ICC), que mede o
custo médio de todo o
crédito do SFN, atingiu 18,4%
a.a., elevando-se 0,4 p.p. no
mês e 1,4 p.p. na
comparação com novembro
de 2020. No crédito livre não
rotativo, o ICC situou-se em
24,1% a.a., variações de 0,4
p.p. em novembro e de 1,4
p.p. na comparação
interanual. O spread geral do
ICC situou-se em 12,5 p.p.
(+0,2 p.p. no mês e +0,5 p.p.
na comparação interanual).
A taxa média de juros das concessões de crédito de novembro alcançou 24,3% a.a., variações de 1,2 p.p.
mês e de 5,7 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 15,6
p.p., com variações de 0,4 p.p. e 1,3 p.p., nas mesmas bases de comparação.
No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 34,1% a.a., elevações de 1,4 p.p. mês e de
7,7 p.p. na comparação interanual. No crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 20,3%
A inadimplência total permaneceu estável em novembro, em 2,3%. No crédito livre, esse indicador
registrou relativa estabilidade (+0,1 p.p., 3,1%), enquanto nas operações direcionadas permaneceu em
1,2%.
3. Agregados monetários
A base monetária somou R$413,3 bilhões no mês de novembro, crescimento de 4,3% no mês e
decréscimo de 1,1% em doze meses. No mês, papel-moeda emitido reduziu 0,4% e as reservas bancárias
aumentaram 28,7%.
Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, tiveram impacto contracionista as
operações do Tesouro Nacional (R$33 bilhões), as operações de Redesconto e Linha Especial de Liquidez
(R$9,3 bilhões), as operações com derivativos (R$3 bilhões) e os depósitos de instituições financeiras
(R$20,2 bilhões, compostos por recolhimento de recursos de depósitos a prazo - R$12,6 bilhões,
recebimento de depósitos voluntários a prazo - R$10 bilhões e liberação de recursos de depósitos de
poupança - R$2 bilhões). Atuaram de forma expansionista as operações com títulos públicos federais
(R$84 bilhões, com colocações líquidas de R$76 bilhões no mercado primário e compras líquidas de R$160
bilhões no mercado secundário) e as operações do setor externo (R$0,6 bilhão).
Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$600,5 bilhões no mês, expansão de 0,4% no mês,
efeito da elevação dos depósitos à vista em 1,5% no mês e da diminuição do papel-moeda em poder do
público em 0,7%. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 recuou 1,6% no mês.
O M2 registrou variação negativa de 0,1% no mês, totalizando R$4,2 trilhões. O saldo dos depósitos de
poupança recuou 0,8% no período, somando R$1,0 trilhão, após registrar resgates líquidos de R$12,4
bilhões. O saldo dos títulos emitidos por instituições financeiras avançou 0,1%, totalizando R$2,5 trilhões,
após captações líquidas de R$736 milhões nos depósitos a prazo. O M3 avançou 1,1% no mês, totalizando
R$8,6 trilhões, refletindo o crescimento de 2,4% no saldo das quotas de fundos do mercado monetário
no período, totalizando R$4,2 trilhões. O M4 cresceu 1,1% no mês, totalizando R$9,4 trilhões. Em 12
meses a variação foi de 12,8%.
Em face da divulgação desse novo conceito de renda das famílias, o BCB passa a publicar novas séries de
endividamento das famílias, que corresponde à relação entre saldo das dívidas com operações de crédito
do sistema financeiro e a RNDBF restrita acumulada em doze meses, e de comprometimento de renda
das famílias, que corresponde à relação entre o valor médio estimado para o pagamento do serviço das
dívidas das famílias (principal e juros) e a média móvel trimestral da RNDBF restrita. As novas séries
apresentam níveis inferiores aos das séries anteriores, em função do aumento dos seus novos
denominadores, mas suas trajetórias no longo prazo permanecem essencialmente as mesmas – as
trajetórias podem apresentar maior disparidade no comprometimento, que utiliza no denominador a
média móvel trimestral do indicador de renda, enquanto no endividamento é utilizada a renda acumulada
em 12 meses.
As séries antigas permanecem disponíveis na seção de séries desativadas.