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CADERNOS

DE APOIO À
APRENDIZAGEM SE CR E TAR IA
DA EDUCAÇÃO

Matemática

6
SE CR E TAR IA
Unidade 2 – Versão – 24 Abril DA
2021
EDUCAÇÃO

ano
Governo da Bahia André de Oliveira Rocha
Caio Fábio dos Santos de Oliveira
Rui Costa | Governador Cleison Ferreira dos Santos
João Leão | Vice-Governador Cleivani dos Santos Oliveira
Débora de Oliveira Claudino Neres
Jerônimo Rodrigues Souza | Secretário da Educação Elias Antônio Almeida da Fonseca
Danilo de Melo Souza | Subsecretário Emília Isabel Rabelo de Souza
Fabrizia Maria Souza Lacerda Alves
Manuelita Falcão Brito | Superintendente de Políticas Jadson de Souza Conceição
para a Educação Básica Jean Paixão Oliveira
José Fernando S. Rodrigues Junior
Lucas Pablo Ferreira dos Santos
Coordenação Geral Maíza Silveira de Castro Silva
Roberto Cedraz de Oliveira
Manuelita Falcão Brito Thiago Souza Paim
Jurema Oliveira Brito
Letícia Machado dos Santos
Equipe Educação Inclusiva
Diretorias da Superintendência de Políticas Marlene Cardoso
Ana Claudia Henrique Mattos
para a Educação Básica Daiane Sousa de Pina Silva
Edmeire Santos Costa
Diretoria de Currículo, Avaliação e Tecnologias Educacionais
Gabriela Silva de Jesus
Jurema Oliveira Brito Nancy Araújo Bento
Diretoria de Educação e Suas Modalidades Cíntia Barbosa de Oliveira Bispo
Iara Martins Icó Sousa
Colaboradores
Coordenações das Etapas e Modalidades Edvânia Maria Barros Lima
da Educação Básica Gabriel Teixeira Guia
Jean Paixão Oliveira
Coordenação de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jorge Luiz Lopes
Kátia Suely Paim Matheó José Augusto Reis Campos dos Santos
José Raimundo dos Santos Neris
Coordenação de Ensino Médio Márcio Freitas do Nascimento
Renata Silva de Souza Rogério da Silva Fonseca
Shirley Conceição Silva da Costa
Coordenação do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica Silvana Maria de Carvalho Pereira
Letícia Machado dos Santos
Coordenação da Educação do Campo e Escolar Equipe de Revisão
Quilombola Alécio de Andrade Souza • Ana Lúcia Cerqueira
Poliana Nascimento dos Reis Ramos • Ana Paula Silva Santos • Carlos Antônio
Neves Júnior • Carmelita Souza Oliveira • Claudio
Coordenação de Educação Escolar Indígena Marcelo Matos Guimarães • Clísia Costa • Eliana
José Carlos Batista Magalhães Dias Guimarães • Elias Barbosa • Elisângela das
Neves Aguiar • Helena Vieira Pabst • Helionete
Coordenação de Educação Especial Santos da Boa Morte • Helisângela Acris Borges de
Marlene Santos Cardoso Araujo • Ivonilde Espírito Santo de Andrade • Jose
Expedito de Jesus Junior • João Marciano de Souza
Coordenação da Educação de Jovens e Adultos Neto • Jussara Bispo dos Santos • Jussara Santos
Isadora Sampaio Silveira Ferraz • Kátia Souza de Lima Ramos • Letícia
Coordenação Escolar Indígena Machado dos Santos • Maria Augusta Silva • Marisa
Carreiro Faustino • Mônica Moreira de Oliveira
José Carlos Batista Magalhães
Torres • Rosangela de Gino Bento • Roseli Gonçalves
dos Santos • Solange Alcântara Neves da Rocha •
Coordenação da Área de Matemática Sônia Maria Cavalcanti Figueiredo • Tânia Regina
Ivone Machado dos Santos Gonçalves do Vale
Karyne Santiago de Oliveira
Lucas Pablo Ferreira dos Santos Projeto Gráfico e Diagramação
Roberto Cedraz de Oliveira
Bárbara Monteiro
Equipe de Elaboração
Alielton Almeida dos Santos
Anderson Souza Neves
À Comunidade Escolar,
A pandemia do coronavírus explicitou problemas e introduziu desafios
para a educação pública, mas apresentou também possibilidades de inova-
ção. Reconectou-nos com a potência do trabalho em rede, não apenas das
redes sociais e das tecnologias digitais, mas, sobretudo, desse tanto de gen-
te corajosa e criativa que existe ao lado da evolução da educação baiana.

Neste contexto, é com satisfação que a Secretaria de Educação da Bahia dis-


ponibiliza para a comunidade educacional os Cadernos de Apoio à Apren-
dizagem, um material pedagógico elaborado por dezenas de professoras e
professores da rede estadual durante o período de suspensão das aulas. Os
Cadernos são uma parte importante da estratégia de retomada das ativida-
des letivas, que facilitam a conciliação dos tempos e espaços, articulados a
outras ações pedagógicas destinadas a apoiar docentes e estudantes.

Assegurar uma educação pública de qualidade social nunca foi uma mis-
são simples, mas, nesta quadra da história, ela passou a ser ainda mais
ousada. Pois, além de superarmos essa crise, precisamos fazê-la sem com-
prometer essa geração, cujas vidas e rotinas foram subitamente alteradas,
às vezes, de forma dolorosa. E só conseguiremos fazer isso se trabalhar-
mos juntos, de forma colaborativa, em redes de pessoas que acolhem, cui-
dam, participam e constroem juntas o hoje e o amanhã.

Assim, desejamos que este material seja útil na condução do trabalho pe-
dagógico e que sirva de inspiração para outras produções. Neste sentido, ao
tempo em que agradecemos a todos/as que ajudaram a construir este vo-
lume, convidamos educadores e educadoras a desenvolverem novos mate-
riais, em diferentes mídias, a partir dos Cadernos de Apoio, contemplando
os contextos territoriais de cada canto deste “país” chamado Bahia.

Saudações educacionais!

Jerônimo Rodrigues
UNIDADE
Números, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade.
Objetos de Conhecimento:
1. Fluxograma para determinar a paridade de um número natural; Múltiplos e divisores de um
número natural; Números primos e compostos; 2. Plano cartesiano: associação dos vértices de
um polígono a pares ordenados; Plantas baixas e vistas aéreas; Problemas sobre medidas en-
volvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volu-
me; 3. Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição e sub-
tração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações; 4. Operações
(adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números racionais; 5. Problemas
sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área,
capacidade e volume; 6. Cálculo de probabilidade, como a razão entre o número de resultados
favoráveis e o total de resultados possíveis em um espaço amostral equiprovável. Cálculo de
probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de ocorrências e
probabilidade frequentistas).
Competência(s):
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva; 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas; 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural;
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo; 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comu-
nicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva; 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autono-
mia, consciência crítica e responsabilidade; 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e glo-
bal, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta; 8. Conhecer-se,
apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhe-
cendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas; 9. Exercitar a empatia,
o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e
aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza; 10. Agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Habilidades:
1. (EF06MA04BA) Resolver situações-problema de contagem, que envolvam o princípio multiplicativo, por meio
de estratégias variadas, como a construção de diagramas, tabelas e esquemas sem aplicação de fórmulas; 2.
(EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expres-
sas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios
de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 12, 100 e 1000; 3. (EF06MA16) Associar pares ordenados de números
a pontos do plano cartesiano do 1º quadrante, em situações como a localização dos vértices de um polígono; 4.
(EF06MA05BA) Representar e interpretar o deslocamento de um ponto num plano cartesiano por um segmen-
to de reta orientado; 5. (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento,
massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos
retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais
e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento; 6. (EF06MA07BA) Mobilizar ideias referentes ao contexto
histórico das grandezas e medidas; 7. (EF06MA28) Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de
residências e vistas aéreas; 8. (EF06MA29) Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área
de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que o
perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área; 9. (EF06MA07) Compreender, com-
parar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações
equivalentes; 10. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas
fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para
outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica; 11. (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam
o cálculo da fração de uma quantidade cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de calculadora;
12. (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais
positivos na representação fracionária; 13. (EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais
positivos na representação decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a potenciação, por meio de
estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para verificar a razoabilidade de respostas, com
e sem uso de calculadora; 14. (EF06MA07BA) Mobilizar ideias referentes ao contexto histórico das grandezas e
medidas; 15. (EF06MA05BA) Representar e interpretar o deslocamento de um ponto num plano cartesiano por
um segmento de reta orientado; 16. (EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-
-a por número racional (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade
obtida por meio de experimentos sucessivos.

TEMA: Fluxograma para determinar a paridade de um número natural; Múltiplos e


divisores de um número natural; Números primos e compostos
Objetivos de Aprendizagem: Avaliar a paridade de um número natural; Aplicar os elementos
básicos de um fluxograma; Analisar os múltiplos e divisores de um número natural; Entender o
conceito dos números primos e o seu uso.
Semana Aulas Atividade

1 e 2 Pesquisa e construção de fluxograma sobre critérios de divisibilidade;

1 3 Definição dos primeiros múltiplos de 4 e 5;

4 Definição dos quinto e sexto números primos.

TEMA: Plantas baixas e vistas aéreas; Perímetro de um quadrado como grandeza


proporcional à medida do lado
Objetivos de Aprendizagem: Desenhar e ler uma planta baixa visualizando os ambientes;
Conhecer as principais unidades de medida de cada uma das grandezas; Resolver problemas
que envolvam as grandezas em situações reais e contextualizadas; Localizar um determinado
ponto e visualizar polígonos em um sistema cartesiano.
Semana Aulas Atividade

5 Desenho de uma planta baixa;


2
6 Relacionando unidades de medidas diferentes de uma mesma grandeza;
7 Marcando um ponto no plano cartesiano.
2
8 Definição dos quinto e sexto números primos.

TEMA: Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, mas-


sa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume
Objetivos de Aprendizagem: Localizar um determinado ponto e visualizar polígonos em um
sistema cartesiano; Conhecer as principais unidades de medida de cada uma das grandezas;
Resolver problemas que envolvam as grandezas em situações reais e contextualizadas.
Semana Aulas Atividade
9
Desenho de polígonos no plano cartesiano;
10
3
11 Medindo comprimentos com uma régua;
12 Marcando um ponto no plano cartesiano.

TEMA: Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, adição


e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações
Objetivos de Aprendizagem: Identificar frações à representação de partes de um todo; Reconhe-
cer proporções em frações equivalentes.
Semana Aulas Atividade
13 e 14 Desafios da trilha usando noções de frações, frações equivalentes e subtra-
4
15 e 16 ção de frações.

TEMA: Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com


números racionais
Objetivos de Aprendizagem: Identificar e calcular em uma situação-problema a necessidade da
adição, da subtração, da multiplicação e da divisão de frações.
Semana Aulas Atividade

17, 18, 19, 20, 21, Desafios da trilha usando noções de frações, frações equivalentes
5e6
22, 23 e 24 e subtração de frações.

TEMA: Cálculo de probabilidade, como a razão entre o número de resultados favorá-


veis e o total de resultados possíveis em um espaço amostral equiprovável, cálculo
de probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de
ocorrências e probabilidade frequentistas)
Objetivos de Aprendizagem: Identificar eventos aleatórios; Compreender a noção de probabi-
lidade; Calcular a probabilidade de um evento e expressá-la na forma de fração, de decimal;
Determinar o espaço amostral de um evento; Comparar a probabilidade numérica com a conta-
gem do espaço amostral de eventos simples ou de eventos sucessivos.
Semana Aulas Atividade

7e8 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32 Exercícios sobre lançamento de moedas e dados.
TRILHA 5 Tema: Operações com números naturais

1. PONTO DE ENCONTRO
Jovens Cientistas Ambientais, tudo bem? Vamos iniciar nossa jornada pelo
mundo do conhecimento matemático! Mas antes, vamos nos pôr a par da
situação. A nossa cidade, devido ao modo como vivemos, com poluição das
praias, destruição dos rios e florestas, está para sofrer um ataque de um
terrível monstro de plástico! Ele agora se encontra no meio do oceano, e
o papel de vocês será muito importante para a proteção da cidade! E onde
entra a matemática? Se calcularmos exatamente o tamanho do monstro,
a sua localização, o caminho que ele percorre e outros detalhes, podemos
vencê-lo e salvar a todos. Quais operações vocês sabem fazer com os
números naturais? Como saber se um número é par ou ímpar?

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Caros cientistas ambientais, se soubermos o tamanho do monstro como sua
largura, comprimento ou altura, poderemos saber quanto de material vai ser
necessário para pará-lo. Sabia que esses valores normalmente são expressos
na forma de números naturais? E o que é um número natural? São os
números que usamos para contar as coisas. Um, dois, três... Usamos estes
números também para outras coisas, como multiplicações. Para o enfrenta-
mento inicial com o monstro, vamos mergulhar a fundo nas multiplicações,
explorando diferentes maneiras de enxergar uma mesma coisa. Vamos
nessa! Colocar o pé na estrada. Ops! No laboratório de pesquisa.

TRILHA 5 | Tema: Operações com números naturais 1


3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA
Não sabemos ainda o tamanho do monstro, mas podemos descobrir através
dos múltiplos e divisores de um número. Você sabe o que é isso? Também
precisaremos conhecer os números primos, para enviar uma mensagem
secreta criptografada para nossos/as parceiros/as ambientalistas da África
do Sul. Para isso, vamos primeiro entender alguns conceitos.

4. EXPLORANDO A TRILHA
Paridade: Vamos começar do básico. Você certamente conhece alguns
números pares e ímpares. Mas como podemos definir um número par?
Número par é todo aquele que é divisível por dois, ou seja, que ao ser divi­
dido por 2 não deixa resto. O fluxograma abaixo resume a ideia. Observe
com atenção a direção das setas e as mensagens nas caixas:

É SIM É PAR
PENSE EM UM DIVISÍVEL
NÚMERO POR DOIS?
É IMPAR
NÃO

Fluxogramas.
Disponível em: https://youtu.be/LmoKP7_oSa8 Acesso em: 22 dez. 2020.

O vídeo mostra a resolução de uma atividade para completar um fluxo-


grama. Trata-se de uma atividade reflexiva, como construir um fluxo-
grama observando cada característica do número 10 e seus múltiplos e
divisores. Observando também os números que não terminam em 0.

MÚLTIPLOS E DIVISORES:

Em outras palavras, todo número par é um múltiplo de 2. Todo número par


pode ser representado com a multiplicação de 2 por algum outro número.
TRILHA 5 | Tema: Operações com números naturais 2
Pensando a mesma coisa, mas olhando de forma diferente, o número 2 é
divisor de todo número par, incluindo de si mesmo, pois todo número par
pode ser dividido por 2 sem deixar resto.

Percebe como são duas formas diferentes de falar da mesma coisa, porém
através de pontos de vista diferentes? Uma maneira observada a partir da
multiplicação. Outra maneira, através da divisão.

Assim, um número tem infinitos múltiplos. Se formos listar os múltiplos


de 3, por exemplo, seriam: 3 – 6 – 9 – 12 – 15 – 18, e assim por diante,
sempre de 3 em 3. Fique muito atento/a à informação deste parágrafo pois
ela será crucial para analisarmos o monstro!

Os divisores, por sua vez, são finitos. São todos aqueles que dividem um
número sem deixar resto, então não podem ser maiores que ele! Por
exemplo, os divisores de 12 são os números: 12 – 6 – 4 – 3 – 2 – 1. Todos
os divisores, de alguma forma, podem ser multiplicados por outro número
para dar... 12! Entendeu? Múltiplos e divisores são maneiras opostas de
falar de uma mesma coisa.

Conheça mais sobre múltiplos e divisores.


Disponível em: https://youtu.be/lfJcr3mVcSU Acesso em: 22 dez. 2020.

A videoaula mostra que, para obter os múltiplos de um número, temos que


multiplicar esse número por um número natural incluindo o zero, caracte­
rizando o conjunto dos múltiplos de um número. Também aborda as carac-
terísticas dos divisores de um número atendendo ao princípio da divisão
associado à multiplicação.

NÚMEROS PRIMOS:

Ufa! Já vimos informação suficiente aqui para medirmos o monstro e


logo mais faremos isso. Mas, para enviar a mensagem criptografada para
nossos/as colegas na África do Sul, vamos precisar conhecer um último
conceito: os números primos. Esses números com nome engraçado são
aqueles que só tem como divisores o número um, e ele mesmo (que todos
TRILHA 5 | Tema: Operações com números naturais 3
tem), mas nenhum outro. São exemplos de números primos: 2 – 3 – 5
– 7... e assim segue infinitamente. Os números que não são primos, são
chamados de compostos.

Números primos e compostos.


Disponível em: https://youtu.be/YJ8Vsam4-ek. Acesso em: 22 dez. 2020.

O vídeo mostra a diferença entre números primos e compostos. Apresenta


uma forma fácil e rápida para determinar os números primos menores que
100, através do crivo de Eratóstenes.

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Siga as etapas para resolver esse desafio. Vamos nessa!

1 Pesquise os Critérios de Divisibilidade do número primo 3 e


faça um fluxograma no seu diário de bordo (caderno), trazendo
o passo-a-passo para verificarmos se determinado número é
divisível por ele. Faça o mesmo para os números 3 e 5.

2 Estamos recebendo as primeiras respostas dos nossos


aparelhos! A largura do monstro é o terceiro múltiplo de 5 e sua
altura é o sexto múltiplo de 4, em metros! Você pode me dizer
qual o valor da largura e altura do monstro?

3 É urgente medirmos a quantidade de embalagens e materiais


plásticos que tem nesse monstro! Ele é enorme! A quantidade de
plásticos é o centésimo múltiplo de 600! Que quantidade é essa?

4 Agora precisamos enviar essas informações aos nossos


parceiros e parceiras ambientalistas na África do Sul! Para
criptografar a mensagem, nos informe o quinto e sexto
números primos. Dica: na página anterior já temos os primeiros
quatro números primos.

TRILHA 5 | Tema: Operações com números naturais 4


6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA
Que tal desenhar o seu próprio monstro feito de lixo plástico? Como ele
seria? Onde estaria? Que tal ir além, e desenhar uma história em quadri-
nhos contando sua própria história sobre o monstro de plástico? Quem
lutaria com ele? Como seria o final?

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Faça no seu diário de bordo o perfil do monstro. Desenhe as informações
coletadas e calculadas durante a trilha, o tamanho dele e outras informa-
ções técnicas importantes para as equipes de combate a crimes ambien­
tais. Esse relatório será enviado para eles!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Vamos difundir a informação! Crie um cartaz alertando a todos sobre o
monstro de plástico para que tomem cuidado! Faça uma imagem assus-
tadora e use letras grandes e coloridas para chamar a atenção. Faça o que
quiser com esse cartaz: cole em algum lugar, peça para alguém tirar foto e
enviar pelo WhatsApp para conhecidos.

9. AUTOAVALIAÇÃO
Ufa, chegamos ao final de uma etapa! Por hora, conhe-
cemos o monstro. Agora precisamos pensar em como
derrotá-lo antes que cause ainda mais estrago. Mas antes
de avançarmos, que tal avaliarmos como fomos até aqui?
O que você achou dessa trilha? Fez todas as atividades
propostas? Se deixou alguma sem fazer, por quê? Faça
uma autoavaliação da sua trajetória nessa trilha respon-
dendo a essas perguntas, também, no seu diário de bordo.
Parece uma etapa fácil, mas é muito importante!

5
TRILHA 6 Tema: Geometria

1. PONTO DE ENCONTRO
Seja bem-vindo ou bem-vinda, estudante! Nessa trilha, a história continua!
Um dos mais antigos objetos de estudos da matemática é a geometria.
As noções de pontos, retas que se encontram, o tamanho e as formas
das figuras formadas sempre chamaram a atenção. É a matemática que
podemos “pegar” e medir. São as distâncias e os percursos.

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Você, um/a cientista ambientalista que passou tanto tempo apenas nos
laboratórios, agora é o/a responsável para liderar a linha de frente contra o
monstro de plástico encontrado no oceano! A ilha de plástico, de onde ele
vem, está aumentando cada vez mais! E por falar nisso... Você sabe encon-
trar coordenadas no mapa, não é? Conhece figuras geométricas? Para
entender para que lado o monstro está indo também é necessário alguns
conhecimentos matemáticos.

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


As imagens de satélite nos dão as coordenadas da exata localização do
monstro de plástico e dos seus possíveis destinos. E você, grande cientista,
saberá como identificar onde ele está e para onde ele vai? Para isso, além
de saber de sistemas de coordenadas e de figuras geométricas, você precisa
conhecer as unidades de medida. Desde que o ser humano precisou medir
tamanhos, pesar itens no comércio, marcar terrenos, utilizamos as unidades
de medida. Não se preocupe! Estarei sempre por aqui para mostrar todas as
dicas que você precisa saber para resolver estes problemas.
TRILHA 6 | Tema: Geometria 1
4. EXPLORANDO A TRILHA
Figura 1 – Planta baixa

Planta baixa: Vamos começar


nossa exploração falando de
plantas baixas. Apesar desse
nome, não estamos falando de
um vegetal pequeno. Plantas
baixas são desenhos da vista
superior de ambientes, ou seja,
ambientes vistos de cima. Ao
lado temos a planta baixa de
um antigo laboratório. Você já
viu algo assim antes? Onde?

Fonte: SEC/BA, 2021.

Observe que as dimensões estão todas descritas no desenho. Assim,


lendo a planta baixa, podemos imaginar certinho qual o tamanho dos
ambientes.

Unidades de medida: A unidade de medida no desenho acima é o metro (m).


Essa é uma unidade de medida de comprimento, e é a mais adequada para
definir o tamanho de um laboratório, por exemplo. Se quiséssemos medir
o tamanho de uma borracha, por outro lado, a unidade de comprimento
mais adequada seria o centímetro (cm). Como se dá a relação entre o metro

TRILHA 6 | Tema: Geometria 2


e o centímetro, se os dois são medidas de comprimentos? Além do compri-
mento, que outras grandezas podem ser medidas? Pare um pouco e reflita.

Que unidades usamos para medir o tempo? Horas, segundos, dias,


anos, séculos... Nas embalagens dos alimentos, como está descrita
a quantidade do produto? Se for sólido, em gramas (g), ou quilo-
gramas (Kg). Se for líquido, em litros (L), ou mililitros (mL). Que
unidades usamos para medir a temperatura? Que outras coisas
podemos medir e quais suas unidades?

Localizando uma coordenada: Acho que podemos dar um passo adiante


na nossa história. Você sabe o que é GPS? Para identificar o local, a posição
de alguém ou algum lugar no planeta usamos um sistema de coordenadas
cartesianas. Uma coordenada são duas informações que, juntas, localizam
um ponto. No sistema cartesiano, os pontos são representados por dois
números, separados por ponto e vírgula, dentro de parênteses. Um número
representa a localização horizontal e, o outro, a localização vertical. Veja
na Figura 2, por exemplo, estão marcados os pontos (1; 6), (5; 6), o ponto (7; 3)
e o ponto (2; 1). Você consegue identificar quais são?

Figura 2 – Sistema de Coordenadas Cartesianas

Fonte: SEC/BA, 2021.

TRILHA 6 | Tema: Geometria 3


Polígonos no plano cartesiano: É por isso que no mapa mundi sempre
podemos ver linhas verticais e horizontais desenhadas. Elas existem
para nos dar, através das coordenadas, a localização de qualquer coisa
no mundo. No caso, os satélites identificaram que o monstro de plás-
tico encontra-se na coordenada (3; 2), conforme mostrado na Figura 3.
Sabemos, também, que Salvador encontra-se no ponto (2; 3) e Gana, um
dos países africanos mais próximos da Bahia, no ponto (3; 4). Dois desses
pontos estão marcados. A figura está sem identificação. Os sensores
alertam: com as correntes marítimas, cientistas de Gana estão suspeitando
que o monstro está se direcionando para lá, mas existe a possibilidade,
a depender das condições climáticas, dos ventos mudarem a direção e o
monstro migrar para o litoral da Bahia!

Figura 3 – Mapa Mundi

Disponível em: https://pa-


laciodaarte.vteximg.com.
br/arquivos/ids/222087-
1000-1000/Stencil-Acrilex-
-21x15-1518-Mapa-Mundi.
jpg?v=637111665784370000
Acesso em: 13. jan.2021.

Vídeos complementares:

Planta baixa de ambientes familiares


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MebUeFSJgIs.
Acesso em: 13 jan. 2021.
O vídeo mostra como construir plantas baixas de ambientes fami-
liares a partir de diferentes pontos de referência. É a representação

TRILHA 6 | Tema: Geometria 4


planificada de uma construção, como se estivesse numa folha de
papel, sendo considerada a primeira etapa de uma construção que tem
como objetivo planejar e ajudar na execução da obra, possibilitando
visualizar a medida de cada cômodo. A planta baixa vem descrita em
escala, isto significa que cada parte do desenho representa o tamanho
real, devendo estar destacadas as entradas e saídas e as medidas de
cada parede.

Assista ao vídeo:
Coordenadas Cartesianas
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OgZej6gCAZI.
Acesso em: 13 jan. 2021.
O vídeo mostra como se dá a construção do Plano Cartesiano e, através
de suas coordenadas, é possível representar pontos. Define e apresenta
um pouco da história da origem do Plano Cartesiano e de seu autor, o
filósofo René Descartes.

É sempre importante, também, buscar mais informações no seu livro didá-


tico. Procure no índice o capítulo que trata deste conteúdo e aprofunde seu
conhecimento!

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Antes de mais nada, precisamos atualizar a documentação do nosso labora-
tório! Como vimos no exemplo acima, a planta baixa que temos é do antigo
laboratório em que trabalhávamos. Faça no seu diário de bordo a planta
baixa do atual laboratório. Seja bastante criativo/a! Use instrumentos como
régua, transferidor, compasso, e coloque sempre as medidas de tudo.

1 Se o metro e o centímetro são as duas unidades de


comprimento, qual a relação entre elas?

2 Volte ao texto, na parte de polígonos no plano cartesiano, e

TRILHA 6 | Tema: Geometria 5


marque no mapa (Figura 3) a localização de Gana.

3 Pegue uma régua e ligue os pontos. Que polígono se forma


quando ligamos a localização do monstro, a localização de
Salvador e a de Gana?

4 O monstro está mais perto da Bahia ou de Gana?

5 A África do Sul disse que enviará reforços para combater o monstro


de plástico. Ela fica no ponto (4; 1). Você pode marcá-lo no mapa?

Oh, não! Quando a equipe de reciclagem chegou na coordenada correta


viram que já era tarde demais... O monstro de plástico estava seguindo em
direção à Bahia! Preparem-se!

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Sabendo que o monstro está vindo para a Bahia, precisamos mais do que
nunca cuidar dos nossos resíduos plásticos! Você sabe se, próximo de onde
você mora, existe algum local que faz coleta seletiva? Pergunte para as
pessoas e pesquise na internet. Será que você consegue descobrir? Anote no
seu diário de bordo onde fica esse local e faça um pequeno cartaz numa folha
de papel convidando as pessoas a levarem seus materiais recicláveis para
lá. Peça para algum adulto tirar foto do cartaz e mandar nos grupos de redes
sociais, dos/as amigos/as, familiares e outras pessoas que moram no bairro,
no WhatsApp, por exemplo, ou cole em algum lugar visível para todos.

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Faço novas perguntas a você, pequeno e pequena cientista:

Quantos materiais plásticos você tem em casa? Você sabe quanto


tempo um objeto plástico pode demorar para se degradar natural-
mente? Que maneiras criativas temos para reutilizar embalagens?
Escreva essas perguntas no seu diário de bordo e pesquise pelas

TRILHA 6 | Tema: Geometria 6


respostas, anotando-as também. Faça um pequeno texto falando
sobre o assunto.

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


A mudança começa em cada um de nós! Faça coleta seletiva na sua casa.
Tome cuidado com o destino que você dará para os materiais plásticos.
Separe-os, reutilize sacolas plásticas e, se essa prática estiver fazendo você
se sentir bem, divulgue e compartilhe falando do assunto com as pessoas
que você gosta.

9. AUTOAVALIAÇÃO
E assim chegamos até o final desta trilha. Sabemos que o monstro de plás-
tico está vindo em direção aos mares da Bahia e precisamos nos preparar!
Mas por enquanto, escreva no seu diário de bordo como foi sua experi-
ência até aqui: Gostou? O que você achou? Faça uma autoavaliação de seu
processo de trabalho.

a) Você leu tudo direitinho até entender?


b) Você fez todas as atividades propostas aqui?
c) Qual o seu ponto positivo para esta atividade? E qual o
seu ponto negativo?
d) Em que você pode melhorar para percorrer as
próximas trilhas?

Até mais!

7
TRILHA 7 Tema: Números racionais

1. PONTO DE ENCONTRO
Seja bem-vindo/a, estudante! Nessa trilha, a história continua. Sabemos
que os números não servem só para contar, mas também para representar
“partes”. As “partes” aparecem de diversas formas. Quantos plásticos do
monstro são embalagens de salgadinho, por exemplo? Essas e outras infor-
mações vão ser cruciais para entendermos o monstro e só os números
racionais podem nos ajudar. Vamos lá!

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Chegou o momento da batalha! Lembre-se, você é um/a cientista ambien-
talista que está na linha de frente para derrotar esse monstro. Para isso,
precisamos observar melhor as partes de que esse monstro é feito, e como
essas partes se relacionam. E para traçar a melhor estratégia e derrotar o
monstro, precisaremos calcular com os números racionais. Esses números
podem estar escritos na forma fracionária (quando o número vem em
forma de fração do tipo a/b) ou na forma decimal (quando tem uma vírgula
separando a parte inteira da decimal). Você já conhece esses números? O
que você sabe sobre eles e as formas de representá-los? A depender da situ-
ação, será melhor usar uma forma de representação ou outra.

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Certamente você, um/a grande cientista, já conhece os números racio-
nais. Na forma fracionária, usaremos esses números para visualizar a
quantidade de cada tipo de plástico que tem no monstro. Já sabemos que
são 7 tipos, 7 partes diferentes, e que cada uma precisa ser destinada para
TRILHA 7 | Tema: Números racionais 1
um lugar específico. Então será através das proporções que vamos saber
quanto temos de cada tipo. Além disso, também vamos precisar juntar
algumas dessas partes, pois alguns tipos de plástico, às vezes, vão para
lugares diferentes, outros para lugares iguais.

4. EXPLORANDO A TRILHA
Mas então, o que é uma fração? Se os números são como coisas que
a gente conta; e, se quando dividimos, separando em partes, podemos
também representar essas partes com números? Sim! Para isso usamos
as frações. E por isso as frações trazem em si a ideia da divisão, mas
não apenas como um número dividido por outro! As frações indicam em
quantas partes algo foi dividido e quantas partes você quer considerar.
Vamos explicar melhor: elas são escritas com um número em cima do
outro separados por uma barra. O número de cima, chama-se nume-
rador e indica quantas partes estamos considerando. O número de baixo,
chama-se denominador e indica em quantas partes algo foi dividido.

Figura 1 – Monstro

Disponível em: https://www.h0rse.


com/greenpeace-plastic-monster/
Acesso em: 20 jan. 2021.

Fração como parte do todo

No nosso caso, o “todo” é o monstro inteiro de plástico! Consta nos relató-


rios que (dois quintos) é composto só por embalagens de salgadinho. Isso

TRILHA 7 | Tema: Números racionais 2


quer dizer que se dividíssemos ele em 5 partes iguais, 2 delas seriam só
de embalagens de salgadinho! A fração não nos diz a quantidade, nos diz
a proporção! Mas, sabendo que os relatórios mais recentes afirmam que o
monstro está composto de 60.000 objetos plásticos, podemos saber quantas
embalagens de salgadinhos são através de contas matemáticas. Para saber
quantos objetos temos em (dois quintos), primeiro precisamos saber
quantos objetos tem em (um quinto), ou seja, . Mas como
não é um quinto, são (dois quintos), é preciso calcular .
Temos no monstro 24.000 (vinte e quatro mil) embalagens de salgadinho!

Figura 2 – Barras

Disponível em: https://www.todamateria.com.br//operacao-com-fracoes Acesso em: 26 jan. 2021.

Frações equivalentes
Quando temos duas frações diferentes, mas que representam uma mesma
quantidade, elas são chamadas de frações equivalentes. Não é igual, mas
representa a mesma quantidade. As barras de chocolate foram cortadas
em tamanhos diferentes, por isso são representadas por frações diferentes,
mas as quantidades separadas são iguais. Então essas frações, apesar de
diferentes, são equivalentes. São numericamente iguais como representado
na Figura 2.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/fracoes-equi-
valantes.htm Acesso em: 20 jan. 2021.

TRILHA 7 | Tema: Números racionais 3


Soma e subtração de frações
Fechamos um acordo com uma cooperativa de reciclagem que aceitará
todas as garrafas PET e todos os tubos de PVC. Querem saber, antecipa-
damente, quantos objetos plásticos irão receber. Os relatórios apontam
que temos (um quinto) do monstro composto por garrafas PET e (três
décimos) são tubos de PVC. Como no caso das embalagens de salgadinho,
podemos calcular quantos objetos cada uma dessas frações representam e
depois somá-las. Ou melhor, podemos somar as frações e depois verificar
quantos objetos a fração resultante representa. Para somar ou subtrair
frações observe com atenção a Figura 3. Note bem: vamos usar essa
mesma operação lá na frente!

Figura 3 – Soma de frações

Fonte: CEDRAZ, Roberto. SEC/BA, 2021.

Como já sabemos, são 60.000 (sessenta mil) objetos plásticos ao todo.


Para saber quantos objetos são (vinte e cinco cinquenta avos), primeiro
calculamos (um cinquenta avos): . Depois, para
calcular (vinte e cinco cinquenta avos) é preciso realizar a operação:
. Trinta mil embalagens! A cooperativa de reciclagem
precisa mesmo se preparar...

E observe! Metade do monstro é de garrafas PET e PVC! Sabemos que uma


metade pode ser representada pela fração (um meio). Assim, e são
frações equivalentes, pois representam uma mesma porção,
como dito acima!

TRILHA 7 | Tema: Números racionais 4


Multiplicação e divisão de frações
As frações também podem ser multiplicadas e divididas, assim como os
números inteiros. A multiplicação entre duas frações é simples. Multi-
plica-se numerador com numerador e denominador com denominador.
Acompanhe: . Se existe multiplicação, existe potenciação!
Veja o exemplo: .

Para dividir uma fração por outra, primeiro invertemos a segunda fração e
depois, simplesmente multiplicamos as duas frações. Observe a operação:
.

Fonte: CEDRAZ, Roberto. SEC/BA, 2021.

Vídeos Complementares:

Números quebrados, as frações.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WbMr8HDNUFo
Acesso em: 20 jan. 2021.

Uma aula prática sobre frações. Como podemos utilizar frações no dia a
dia, por meio da apresentação de diversas situações cotidianas, o vídeo
mostra como e por quê são necessárias as frações. A comparação entre
frações e o conceito de frações equivalentes também são abordados.
Assista ao vídeo, link a seguir:

Números quebrados, os decimais


Disponível em: https://youtu.be/o3mKu6wq8rY
Acesso em: 20 jan. 2021.

Neste vídeo são apresentadas situações em que números decimais são


utilizados, tendo como exemplo o sistema de pontuação atual na compe-
tição das escolas de samba no carnaval paulista. A relação entre fração e
números decimais também é abordada no vídeo, assim como as regras de
arredondamento.

TRILHA 7 | Tema: Números racionais 5


5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA
Vamos lá porque o trabalho não pode parar!

• A cooperativa vai receber 30.000 objetos, que são (um meio) do


total. Metade do monstro! Isso é um grande passo! Quantas formas
diferentes de frações equivalentes você consegue escrever no seu
diário de bordo? Lhe desafio a encontrar pelo menos 3. São infinitas!

• Ah, temos uma novidade! A cooperativa acaba de mandar uma


mensagem, informando que devemos dividir as garrafas PET em
duas embalagens iguais. Que fração do monstro estará em cada
embalagem? Sabemos que o monstro tem 60.000 embalagens; e
que delas é de garrafas PET, que precisará ser dividida por duas
embalagens. Que fração do monstro estará em cada embalagem?
Quantas garrafas essa fração encontrada representa?

• Agora um desafio! Tirando as embalagens de salgadinho, as


garrafas PET e os tubos de PVC, qual a quantidade de objetos
restante? Anote no diário de bordo pois ainda precisaremos encon-
trar outra cooperativa que aceite esse material todo!

• Escreva no diário de bordo seus cálculos, especificando se você


está considerando, ou não, as garrafas PET verdes.

Viva! Com todas essas ações, conseguimos nos desfazer do monstro!

6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA


Agora que o perigo está afastado, muitas pessoas estão curiosas sobre esse
monstro! Faça uma miniatura dele de verdade! Monte ou desenhe o seu
próprio monstro de plástico, compartilhe em suas redes sociais. Coloque
sua obra artística em algum local público!

Quando as pessoas o virem, vão lembrar do perigo que o plástico pode


causar. Pesquise na internet por “monstro de plástico do Greenpeace” para
ampliar suas ideias. Veja um exemplo na Figura 4.
TRILHA 7 | Tema: Números racionais 6
Figura 4 – Monstro de plástico do Greenpeace

Disponível em: https://


www.forbes.com/sites/
janetwburns/2019/04/18/
monster-puppets-to-nestle-
-single-use-plastics-are-rava-
ging-our-planet/#4f098b513070
Acesso em: 20 jan. 2021.

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Faço novas perguntas a você, pequeno e pequena cientista: essa história do
monstro de plástico acontece no seu cotidiano, de alguma forma? Você já
viu rastros desse monstro em algum rio, córrego, ou praia que tenha ido?
Esse monstro está perto de nós na vida real?

Escreva um texto no diário de bordo (caderno), contando uma história de


seu cotidiano em que esse monstro invadiu seu bairro. Não esqueça de
destacar como você junto com outras pessoas o derrotaram.

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Como vimos, todos temos responsabilidade contra esse monstro terrível!
Por isso, não podemos deixar nossa consciência, nossa atitude positiva
guardada apenas para nós. Que tal contar a história do monstro de plás-
tico para alguém? Expor em algum lugar público o seu próprio monstro de
plástico também é um grande gesto de conscientização das pessoas. Que
tal consumir menos plástico, ou descartar corretamente nos locais de reci-

TRILHA 7 | Tema: Números racionais 7


clagem? De que forma você pode espalhar a informação? Conte-me tudo
isso em seu diário de bordo.

9. AUTOAVALIAÇÃO
E assim finalmente, chegamos ao final dessa nossa caminhada. Anote no
seu diário de bordo como foi sua experiência nessa trilha: Gostou? O que
achou? Faça uma autoavaliação (avalie a si mesmo).

a) Você leu tudo direitinho, mais de uma vez, até entender?

b) Você fez todas as atividades propostas aqui?

c) Quais os pontos positivos? E os negativos? Onde você


pode melhorar para ficar esperto/a nas próximas trilhas?

Por hora, o monstro está derrotado. Mas será que é para sempre? Justifique
sua resposta no caderno.

Bom trabalho!

8
TRILHA 8 Tema: Probabilidade

1. PONTO DE ENCONTRO
Seja bem vindo/a, estudante! Nesta trilha, a história continua e temos a
missão de não deixar o monstro voltar! Ao lançar uma moeda para cima
não é possível prever qual resultado vai ocorrer, ou seja, não podemos ter
a certeza se sairá cara ou coroa. Porém, podemos calcular a chance ou
Probabilidade da ocorrência desse resultado. Nesta trilha, entenderemos
bem o que isto significa.

2. BOTANDO O PÉ NA ESTRADA
Na nossa última trilha derrotamos o monstro de plástico, encaminhando
cada material reciclável para seu destino adequado. Agora precisamos
garantir que ele não surja novamente! E como vamos fazer isso? Quais
as probabilidades desse monstro retornar? Se tomarmos ações dife-
rentes, será que poderemos alterar as chances deste monstro voltar?
Para responder estas e outras perguntas, vamos primeiro entender um
pouquinho deste conceito, a probabilidade. Veja o exemplo a seguir:

Uma moeda possui duas faces, a cara e a coroa. Observe as faces de


uma moeda.

Figura 1 – Faces de uma moeda

Disponível em: https://cara-


oucoroa.blogosfera.uol.com.
br/2018/02/20/voce-sabe-o-
-que-significam-aquelas-li-
nhas-nas-moedas-de-um-re-
al/ Acesso em: 27 jan. 2021.

TRILHA 8 | Tema: Probabilidade 1


1 Agora pegue uma moeda e lance para o alto e registre os
resultados da face (cara ou coroa) que cairá voltada para cima
(anote em seu diário de bordo).

3. LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Você se sentiu confortável com o problema acima? Agora veja o problema a
seguir e vamos treinar!

Qual a probabilidade de ocorrer um número ímpar no


lançamento de um dado?

Vamos refletir:

a) Quantos resultados diferentes são possíveis no lançamento


desse dado?

b) Quantos desses possíveis resultados são ímpares?

A princípio identificamos quais são os possíveis resultados no lançamento


desse dado. Nesse caso, são seis números: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Depois verificamos
quantos desses possíveis resultados são ímpares. No caso, três números: 1,
3 e 5. Todos os possíveis resultados no lançamento do dado são chamados
de espaço amostral. Nesse caso, o espaço amostral é 6. Já a quantidade
de possíveis resultados ímpares é chamado de possibilidades favoráveis.
Nesse caso, as possibilidades favoráveis são 3.

4. EXPLORANDO A TRILHA
Tudo certo com você até aqui? Vamos continuar o caminho com um novo
desafio:
TRILHA 8 | Tema: Probabilidade 2
João e Ana estão brincando de jogar dados, lançando um dado de
cor branca e um de cor preta ao mesmo tempo. A cada jogada eles
registram o resultado obtido. Observe os dois primeiros lança-
mentos realizados por eles.

Figura 2 – Lançamento de dados Figura 3 – Lançamento de dados

Disponível em: https://www.bing.com/images/search? Acesso em: 4 fev. 2021.

Você já se perguntou quais são os possíveis resultados que João e


Ana podem obter ao lançar os dois dados para cima? Preencha a
tabela abaixo e descubra!

Figura 4 – Quadro de probabilidades

(1 ,1), (1, 2), (1, 3), ( ), ( ), (1, 6)


( ), ( ), ( ), ( ), ( ), ( )
( ), ( ), ( ), ( ), ( ), ( )
( ), ( ), ( ), ( ), ( ), ( )
( ), ( ), ( ), ( ), ( ), ( )
Fonte: PAIVA, Manoel. Ma-
temática: 2º ano. 1. ed. [S. l.]:
( ), ( ), ( ), ( ), ( ), ( ) Moderna, 2000.

Logo, a possibilidade de resultados é 36. Então, 36 é o espaço amostral do


lançamento destes dois dados.
TRILHA 8 | Tema: Probabilidade 3
1 De acordo com o quadro (Figura 4) preenchido por você, quais
são as possíveis somas que podem resultar do lançamento dos
dois dados?
2 Qual soma tem maior probabilidade de ser obtida?
3 Você já se perguntou qual a probabilidade de, ao lançar esses
dois dados para cima, a soma de suas faces ser um número
maior ou igual a 9? Justifique.
4 E qual a probabilidade, da soma dos dois dados, ser um número
maior que 12? Justifique.

5. RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA


Agora vamos usar essas informações para fazer a escolha de ações que
diminuam a probabilidade do monstro de plástico voltar. Chegou ao seu
laboratório o estudo mais recente trazendo 4 conjuntos de ações (Quadro 1),
onde apenas uma será escolhido. Cada conjunto de ações contém atitudes
favoráveis e desfavoráveis ao não-retorno do plástico ao oceano! O conjunto
de ações escolhido tem que representar a maior probabilidade do material
plástico ir para uma condição favorável, não se esqueça! Escolha bem!

QUADRO 1 – Destino do material didático

CONJUNTO
FAVORÁVEIS DESFAVORÁVEIS
DE AÇÕES
Reutilização; Diminuição de
A Lixo comum
consumo

Lixo comum; Chão da


B Reciclagem
rua; Deixar na mesa
Lixo comum; Chão da
Reciclagem; Diminuição de consumo;
C rua; Deixar na mesa;
Reutilização
Jogar no mar

Reciclagem; Diminuição de consumo; Lixo comum; Chão da


D
Artesanato; Reutilização rua; Deixar na mesa
Fonte: CEDRAZ, Roberto. SEC/BA, 2021.
TRILHA 8 | Tema: Probabilidade 4
6. A TRILHA É SUA: COLOQUE A MÃO NA MASSA
Agora é com você! Você observou que para resolver as situações-problema
propostas até aqui foi necessário aplicar o conceito de probabilidade, iden-
tificando o espaço amostral (todos os resultados possíveis) e as possibili-
dades favoráveis (a possibilidade de possíveis resultados)? Pense agora em
uma situação na qual seja necessário usar estes conceitos e socialize com
as pessoas que estão com você. Vamos lá, mãos à obra!

7. A TRILHA NA MINHA VIDA


Aqui, nesta trilha, pudemos analisar algumas situações reais que
envolvem alguns dos conceitos que já estudamos. Agora, propomos que
escreva um pouco sobre como foi essa experiência para você, descre-
vendo se consegue perceber situações em que esses conteúdos aparecem.
Tente lembrar de situações que você já vivenciou e escreva sen, daqui para
frente, mudou alguma coisa na sua forma de ver a matemática. Desde já,
parabenizamos pela sua produção!

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Sabemos que para combater o Monstro é necessário combater a poluição
reutilizando e reciclando o máximo de material. Sabendo disso, faça uma
pesquisa, em livros ou internet, sobre o tempo de duração do lixo no meio
ambiente (garrafas pet, borracha, vidro etc). De posse dessa informação,
converse com seus familiares sobre qual deles tem maior probabilidade de
poluir o ambiente, levando em consideração os que são mais utilizados e
os que demoram mais para se decompor. Por fim, faça uma busca no seu
quintal/área externa da sua casa, recolha e descarte de forma adequada
todo o lixo que pode ser reciclável e assim vamos evitar que o monstro do
lixo volte. Escreva um breve texto sobre a sua pesquisa e a limpeza dessa
área. Bom trabalho!

TRILHA 8 | Tema: Probabilidade 5


9. AUTOAVALIAÇÃO
Que legal! Chegamos ao final da nossa caminhada. Espero que sua
bagagem esteja lotada de conhecimentos. Foi muito bom estar com você
nesta trilha. Parabéns por ter chegado até aqui.

Agora convido você a fazer um momento de reflexão sobre o que você está
levando nessa bagagem. Esse momento é fundamental para os nossos
próximos passos. Para isso, peço que responda apenas algumas perguntas
no seu diário de bordo:

a) Você reservou um tempo para realizar esta atividade?


b) Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo
programado?
c) O que você achou mais interessante nesses conteúdos e
nesses exemplos que nós trabalhamos nessa trilha?
d) Essa atividade lhe possibilitou ver a matemática com
um olhar diferente do que você tinha antes? Se a sua
resposta for sim, descreva o que mudou.
e) Você acha que consegue aplicar na sua vida as
aprendizagens dessa aula? Comente.

Obrigado/a pelas respostas! Até a próxima trilha!

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