Você está na página 1de 132

5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.

com

 
FIS

Fábio dos Santos Borges


- Coordenador do curso de pós graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional da Univ. Gama
Filho
- Fisioterapeuta do Hospital Central do Exército
- Professor da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e Universidade Iguaçu (UNIG-RJ)
- Tel.: (021) 9958 9474
- E-mail: fabioborges2000@gmail.com 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 1/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  2
ÍNDICE
Pag.

- Ultra Som ........................................................................... 02 


- Corrente Galvânica ........................................................... 26
- Desincrustação .................................................................. 36
- Corrente Farádica ............................................................ 40
- Corrente Russa ................................................................. 42
- Microcorrente .................................................................. 55
- Eletrolifting ...................................................................... 65
- Eletrolipoforese ............................................................... 72
- Alta frequência ............................................................... 77
- Laser ................................................................................. 83
- Peeling Ultrasônico .......................................................... 97
- Pressoterapia ................................................................... 100
- Endermoterapia............................................................... 104
- Conceitos básicos de eletroterapia ................................ 113
- Mapa dos Pontos Motores .............................................. 117

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 2/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  3
 

INTRODUÇÃO:
Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano.
Onda: É toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem. Propaga
energia e não matéria.
Qualquer objeto que vibra é uma fonte de som. As ondas sonoras podem ser geradas
mecanicamente, como por exemplo com o diapasão. Em fisioterapia / medicina se geram por meio dos
chamados transdutores eletroacústicos.
As ondas mecânicas perceptíveis ao ouvido humano estão compreendidas, aproximadamente,
entre as freqüências de 20 Hz a 20.000 Hz. Quanto maior a freqüência, mais agudo é o som; quanto
menor for a freqüência mais grave é o som.
Os sons de freqüências abaixo de 20 Hz e acima de 20.000 Hz são inaudíveis ao ouvido humano,
sendo denominados, respectivamente, infra-sons e ultra-sons.
A velocidade de propagação do som depende do meio onde ele se propaga e também da sua
temperatura. No ar, a 0ºC, a velocidade é de aproximadamente 330 m/s; a 20ºC, de aproximadamente
340 m/s.
O som, sendo onda mecânica, não se propaga no vácuo. Nos demais meios onde se propaga
pode sofrer reflexão, refração, difração e interferência.
Aproveitando este fenômeno, o homem desenvolveu o sonar dos navios (capaz de mapear o
fundo dos oceanos e localizar corpos móveis). Substituindo os feixes ultra sonoros por ondas
eletromagnéticas, aproveitando o mesmo princípio, o homem desenvolveu e aperfeiçoou o Radar. Hoje
 já se utiliza corriqueiramente os ultra-sons para se verificar o desenvolvimento do feto na vida intra-
uterina ou o estado das vísceras e mal formações.

ULTRA SOM TERAPÊUTICO


Conceito: São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas
faixas terapêuticas encontram-se normalmente na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. Estas ondas são
produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta freqüência, mais ou
menos 870 Khz, que ao incidir sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo
se comprima e se dilate alternadamente, emitindo ondas ultra-sônicas na mesma freqüência da corrente
recebida.
Por terapia ultra sônica entende-se: É o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com
uma frequência superior a 20.000 Hz [11] 
Histórico:
1917- Descoberto por Langevin
1939- Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira aplicação eficaz e
moderna no Hospital Martin Luther de Berlim.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 3/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  4
 
BIOFÍSICA
Propagação: 
As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquidos, gases, e sólidos). Não se
propagam no vácuo.

A propagação
características da energia
de absorção ultra sônica
do meio nose tecidos
biológico reflexãodepende principalmente
da energia ultra sônicadenas
doisinterfaces
fatores:
[3]
ticiduais .
A velocidade da onda ultra sônica é inversamente proporcional à compressibilidade de seu meio
de propagação, ou seja, em um meio mais compressível (ar) a transmissão é mais lenta, porque há mais
espaço entra as moléculas e assim podem ser facilmente comprimidas. Uma molécula percorre uma
distância relativamente longa antes de afetar a mais próxima. Por outro lado, líquidos e sólidos são
menos compressíveis porque suas moléculas ficam mais próximas umas das outras. Um pequeno
movimento já afeta a molécula subsequente, assim líquidos e sólidos têm velocidade de propagação
mais rápida[4].
Ondas de compressão/tração: 
É o modo como se propagam pelo meio, as ondas ultra-sônicas[1, 4]. 

DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO

Impedância acústica: 
Resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas ultra sonoras. Cada tecido tem uma
impedância acústica diferente.
Reflexão: 
Se dá quando uma onda emitida volta ao meio de origem, conservando sua freqüência e
velocidade. A reflexão em uma superfície, ocorre quando a impediência acústica dos meios forem
diferentes[3, 4, 11]. Se os dois meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá.
raio incidente raio refletido 

superfície 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 4/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  5
 
Refração: 
Se dá quando uma onda emitida, passa para outro meio (interfaces diferentes) sofrendo mudança
na sua velocidade, mas conservando sua freqüência. A onda de som penetra no tecido ou interface à
um ângulo (chamado de ângulo de incidência) e sai destes tecidos ou interface a um ângulo diferente
(ângulo de refração).
O feixe ultra-sônico deverá ser aplicado sempre perpendicularmente à superfície de tratamento,
pois um desvio maior que 15º do raio incidente com a linha perpendicular ( ∀ I) provoca um ângulo de
refração de maneira tal que, a onda incidente terá parte refletida e o restante refratada em direção
paralela a superfície ou interface, tornando o tratamento inócuo. 
raio incidente raio refletido

∀ I 
meio 1 
meio 2

* ∀ I = Ângulo incidente ∀ Rf raio refratado 


* ∀ Rf = Ângulo refratado 

Absorção: 
É a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultra-sônicas, onde são

absorvidas
ultra sônicapelo tecido
  [3,4,12] e transformadas
. Garcia em que
(1998) menciona calor. As proteínas
pesquisas são asmostraram
realizadas que mais que
absorvem a energia
o coeficiente de
absorção aumenta quando se eleva a quantidade de proteína presente no meio condutor. Por isso
tecidos ricos em colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultra sônico que os atravessa.
Quanto maior a freqüência do ultra som, menor o comprimento de onda, maior será a absorção.
Consequentemente no ultra som de maior frequencia haverá maior interação das ondas sonoras com os
tecidos superficiais, fazendo com que haja uma menor penetração[4, 11].

COEFICIENTE DE ABSORÇÃO NOS DIFERENTES TECIDOS (FREQ. 1 e 3 MHz)

MEIO
Sangue 10,028
MHz 30,084
MHz
Vaso sanguíneo 0,4 1,2
Osso 3,22 ---
Pele 0,62 1,86
Cartilagem 1,16 3,48
Ar (20°C) 2,76 8,28
Tendão 1,12 3,36
Músculo 0,76 2,28 (feixe perpendic.)
0,28 0,84 (feixe paralelo)
Gordura 0,14 0,42
Água (20°C) 0,0006 0,0018
Tecido nervoso 0,2 0,6
Fonte: Hoogland, 1986

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 5/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  6
 
Os dados referentes aos coeficientes de absorção apresentados na tabela acima nos mostram que
o ar e a água são os dois extremos com maior e o menor índice, respectivamente. Isto nos possibilita
deduzir que o ar é o meio de menor propagação da onda ultra sônica. Outro meio que merece destaque
é a gordura onde o coeficiente de absorção é baixo, decorrente da homogeneidade do tecido. Em todos
os meios podemos observar que a absorção é maior para frequências de 3 MHz, e isto decorre do fato
de que quanto
estruturas maior(moléculas,
sonadas a frequênciafibras,
menor océlulas,
comprimento
etc) é de onda, portanto
menor, o tempo deabsorvem
consequentemente relaxamento das
maior
[4]
quantidade de energia .
Interfaces: 
São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas ultra-sônicas durante a terapia; possuem
impedância acústica diferentes (ar, substância de acoplamento, pele, tecido conjuntivo, músculos,
ossos).

Efeito tixotropo: 
Consiste na propriedade que apresentam os ultra-sons de “amolecerem” (transformar em estado
gelatinoso) substâncias em estado mais sólido [11] 

Atenuação: 
Quando se tem a penetração da onda ultra sônica no tecido orgânico, teremos perdas na
capacidade terapêutica do ultra som que irão acontecer, até chegar a um ponto chamado de atenuação,
ou seja a amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas de ultra-som sob sua forma de
feixe passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som
em uma meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O feixe tem
sua intensidade
espessuras original
específicas. [4, reduzida
11]
. pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com

Cada tecido possui valores diferentes de atenuação, conforme tabela abaixo:


TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)
1 Mhz 3 Mhz
- Osso 2,1 mm ------
- Pele 11,1 mm 4,0 mm

- Cartilagem 6,0 mm 2,0 mm


- Ar 2,5 mm 0,8 mm
- Tendão 6,2 mm 2,0 mm
- Músculo 9,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendiular.) 
24,6 mm 8,0 mm (Tec. Paralelo) 
- Gordura 50,0 mm 16,5 mm
- Água 11.500,0 mm 3.833,3 mm

Fonte: Hoogland, 1986

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 6/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  7
 
Profundidade de penetração: 
A profundidade de penetração é a distância (ou profundidade) a qual a intensidade sônica cai a
10% de seu valor original e serve para verificar se é possível esperar algum efeito terapêutico a esse
nível[11].

Tabela de Profundidade de Penetração.


MEIO 1 MHz 3MHz
- Tecido ósseo 7 mm -------
- Pele 37 mm 12 mm
- Cartilagem 20 mm 7 mm
- Tecido tendinoso 21 mm 7 mm
- Tecido muscular:
Feixe perpendicular 30 mm 10 mm
Feixe paralelo 82 mm 10 mm
- Gordura 165 mm 55 mm 
- Água 38.330 mm 12.770 mm 
Fonte: Hoogland, 1986.
Efeito Piezoeléctrico:
O ultra som é gerado por um transdutor. O transdutor é um dispositivo que transforma uma
forma de energia em outra. O transdutor mais comumente utilizado no ultra som transforma energia
elétrica em
materiais energia mecânica.
policristalinos como oSetitanato
uma pressão
zirconatofordeaplicada
chumboemou cristais de quartzo
no titanato de bárioou
se em outros
produzem
mudanças elétricas na superfície externa desse material piezoelétrico. Isto é conhecido como efeito
 piezoelétrico[11]. Um cristal piezoelétrico tem a propriedade de mudar de espessura se uma voltagem
for aplicada através de sua substância, ou seja, ele irá alternadamente ficar mais espesso e mais
delgado, em comparação com sua espessura em repouso, emitindo com isso ondas sonoras. Guirro &
Guirro (1996) afirmam que o PZT varia sua forma na dependência do pulso elétrico ser positivo (altera
sua espessura) ou negativo (altera seu diâmetro).
Foi descoberto por Pierri e Jacques Curie, em 1880[4].
À medida que a face frontal do transdutor se desloca para trás e para a frente, regiões de
 [12]
compressão e rarefação se afastam desta parte, formando uma onda ultra sônica.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 7/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  8
 
Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. Eles necessitam de uma voltagem alta
para emitiram ondas sonoras[56] 

Modelo de cristal
de PZT utilizado no
ultra som

OBS.1: Atualmente os cristais utilizados nos aparelhos de ultra-som são os cristais cerâmicos, e
os mais empregados no mundo inteiro são os de PZT (Titanato Zirconato de Chumbo). A liga entre
chumbo, zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter
corrente
estrutural,elétrica
maioremrendimento
vibrações mecânicas, ou seja,
acústico, maior os cristaisà cerâmicos
resistência possuem
queda (menos maior estabilidade
sensíveis a choques
mecânicos), e menor preço. Possuem ainda a capacidade de manter suas propriedades piezoeletricas
quando, em uso, atingir temperaturas mais altas [11]. 
Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. Eles necessitam de uma voltagem alta
para emitiram ondas sonoras[11] 
OBS.2:  Os efeitos piezoelétricos no corpo humano são observados especialmente no tecido
ósseo, nas fibras de colágeno e proteínas corporais. É possível que esses efeitos influenciem nos
efeitos biológicos do ultra som.[11] 

Cavitação:[3, 4, 12, 16] 


Estável: As bolhas de gás que são formadas nos líquidos orgânicos sofrem ação das ondas
sonoras, na fase de compressão (são comprimidas e o gás se move de dentro da bolha para o fluido
circundante) e de tração (aumentam sua área e o gás se move do fluido para dentro da cavidade).
Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai
acontecer um um colabamento dessas bolhas e elas vão ganhando energia, e entram em ressonância,
até que “explodem” (devido ao ganho muito grande de energia) e isso provoca um aquecimento muito
grande a esse nível.
Somente a cavitação estável pode ser considerada terapêutica visto que seus efeitos são
basicamente
decorrentes dasnãoaltas
térmicos. Ao contrário,
temperaturas e pressões ageradas
cavitação instável
em razão pode promover
da liberação danos
de energia teciduais
no instante da
 
ruptura da bolha de gás.
OBS.: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de água sobre o cabeçote e
ligarmos o aparelho.
A ocorrência de cavitação instável pode ser minimizada pela movimentação constante do
transdutor e a administração de baixas doses.

Ondas estacionárias

foremOndas estacionárias
refletidas poderão entre
por uma interface ocorrer se parte
meios comdas ondas deacústica
impedância ultra-som viajando Eatravés
diferentes. do tecido,
se as ondas que
incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que seus picos de intensidade se
somam. [3,12]

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 8/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  9
Campo próximo / distante[1, 3, 11, 12] 
Pode-se distinguir duas áreas de um feixe ultra sônico: campo próximo (zona de Fresnel) e
campo distante (zona de Fraunhofer).
O campo próximo possui uma pequena covergência e caracteriza-se por fenômenos de
interferência no feixe ultra sônico que podem conduzir a picos de intensidade que podem causar lesões
tissulares, ou seja, o feixe ultra sônico neste campo possui alta taxa de não uniformidade (alta BNR),
pois existem pontos onde ocorrem alta intensidade e pontos onde ocorrem baixa intensidade, podendo
prover picos de até 5 a 10 vezes maiores que o valor ajustado no aparelho (às vezes picos 30 vezes
mais altos).
O campo distante caracteriza-se por uma baixa taxa de não uniformidade do feixe (baixa BNR),
ou seja, ocorrem ausência quase total de fenômenos de interferência e o feixe é mais uniforme (possui
grande divergência). E a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distância do transdutor.
Para que se possa minimizar o efeitos de picos de intensidade no campo próximo e prover
segurança no tratamento deve-se movimentar o cabeçote durante a aplicação do ultra som, pois isso
torna o campo mais homogêneo (mais uniforme).

Nas daaplicações
cabeçote superfíciedea ultra-som subaquático
ser tratada, pois comodeve-se evitarpróximo
no campo o campohá distante
pontos deaproximando
alta e baixao
intensidade, há a facilitação da complacência dos tecidos (células, moléculas, etc), ou seja, os picos de
intensidade que ocorrem em algumas estruturas orgânicas são repassados para as estruturas vizinhas
onde a intensidade está menor, com isso haverá um equilíbrio entre as doses de ultra som na região
sonada. Isto não ocorre no campo distante, pois como não há áreas com pontos de alta e baixa
intensidade não ocorrerá a distribuição das doses recebidas entre os tecidos (complacência tecidual)
para que haja um equilíbrio da energia sônica recebida, e com isto poderá haver risco de lesão.
Quando se usa o ultra som no método direto sobre a pele o efeito de "alta intensidade" do campo
distante não traz risco de lesão, pois este efeito é minimizado pela atenuação do feixe nas estruturas
orgânicas à medida que penetra (absorção), Em virtude disto, as ações terapêuticas serão produzidas
principalmente no campo próximo.
O comprimento do campo próximo depende do diâmetro do “cabeçote” e do comprimento de
onda. No ultra som de 1 MHz com um cabeçote usual de 5 cm 2, o campo próximo tem uns 10 cm de
comprimento, e para um cabeçote de 1 cm2 o campo próximo mede uns 2 cm de comprimento. No
ultra som de 3 Mhz o campo próximo é três vezes maior, já que o comprimento de onda é
proporcionalmente menor.
Na teoria, o valor do BNR (coeficiente de não uniformidade do feixe) não pode ser menor que 4,
isto quer dizer que sempre deve levar-se em conta a possibilidade de picos de intensidade pelo menos
4 vezes superiores aos valores ajustados. O valor do BNR em cabeçotes bem fabricados situa-se entre
5 e 6. 

CAMPO DISTANTE

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 9/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  10
PROPRIEDADES DO ULTRA-SOM TERAPÊUTICO
- Os ultra-sons têm a propriedade de prevenir contra toda e possível lesão, em algumas regiões
do corpo, por meio da dor perióstica (quando há uma cavitação instável na superfície óssea), que se
manifesta sempre antes de ocorrerem lesões irreversíveis.
- O som na faixa dos megahertz (MHz) não se desloca através do ar[12]. Portanto, quando um
indivíduo está sob tratamento, torna-se essencial (para que o procedimento seja eficaz) a inexistência
de ar entre o transdutor e a pele dele. O método mais comum para evitar este “ar” consiste no uso de
um meio de “contato”, que é uma fina camada de gel ou óleo aplicada à pele antes do tratamento. O
requisito principal para que o agente sirva como meio de acoplamento é que ele tenha uma impedância
acústica similar à da pele (minimiza a reflexão). Para a superfícies do corpo muito irregulares pode-se
usar água num reservatório, e tanto o membro a ser tratado como o transdutor ficam em baixo d’água.
- A área de radiação ultra sônica do cabeçote corresponde a área do cristal onde há emissão de
ondas sonoras, e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação). A ERA é sempre menor que a área
geométrica do cabeçote. E além disso devemos saber que se houver defeito na colagem do cristal ao
cabeçote (diafragma) e ocorrerem espaços vazios a radiação emitida será ainda menor.
- Em virtude do ultra som (com frequência na faixa dos megahertz) não se propagar através do
ar, ocorre intensa reflexão do som caso não haja nenhuma substância à frente do cabeçote quando o
aparelho for ligado. E esta reflexão faz com que o som volte para a região do cristal, podendo trazer
alterações estruturais no equipamento.[12] 
- No implante metálico 90 % de radiação ultra-sônica que chega é refletida e concentra-se nos
tecidos vizinhos (ondas estacionárias). Pôr não se saber qual a quantidade de energia ultra-sônica que é
absorvida por estes tecidos, alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se
resguardarem de possíveis acidentes que poderiam causar lesões, mesmo utilizando intensidade dentro
da faixa terapêutica. O ultra-som não aquece o implante metálico  (Andrews e col. 2000). Situação
semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea, com 30% de reflexão das ondas ultra-sônicas.
Entretanto, Garavello et al (1997) ao pesquisarem, concluíram que o implante metálico pareceu não
induzir a temperaturas excessivamente altas, nem a qualquer outro efeito deletério nos tecidos
circunvizinhos.
- O ultra-som terapêutico normalmente é construído com freqüência de 1 e/ou 3 MHz.
Atualmente a indústria de aparelhos de ultra som voltados para tratamentos estéticos fabricam também
aparelhos com frequência de 5 MHz.
* 1MHz - Lesões profundas
* 3 MHz e 5 MHz - Lesões superficiais
OBS.1.: No tocante à profundidade de penetração, há os seguintes relatos de autores:
1) 1 MHz:
- Segundo Hoogland (1986) penetra cerca de 3 a 4 cm
- Gann (1991) e Draper (1996) mencionam uma profundidade de 2,5 cm a 5 cm
2) 3 MHz:
- Segundo Hoogland (1986) e Draper (1996) penetra cerca de 1 a 2 cm.
- Segundo Gann (1991) penetra menos de 2,5 cm

REGIME DE EMISSÃO DE ONDAS SONORAS


- Segundo o regime de emissão de ondas sonoras, o ultra-som pode ser   Contínuo (lesões
crônicas - grande efeito térmico) ou Pulsado (lesões agudas - considerado atérmico)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 10/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  11
- No regime pulsado há um intermitência na saída das ondas sonoras no cabeçote transdutor.
- Período de Repetição dos Pulsos:
Quase todos os aparelhos de ultra som tem uma frequência de repetição dos pulsos (no modo
pulsado) fixa de 100 Hz. O modo pulsado pode ajustar-se segundo a relação entre a duração do pulso e
o período de repetição dos pulsos de 1:5, 1:10 e 1:20 [11] 

Quanto
Relaçãomenor o tempo de pulso,
Duração menor oPausa
dos pulsos calorentre
produzido.
os pulsos
1:5 (Sub agudo) 2 ms 8 ms*
1:10 (agudo) 1 ms 9 ms
1:20 (muito agudo) 0,5 ms 9,5 ms
Fonte: Hoogland, 1986
* 20% de US / 80% de pausa (sem US)
OBS.: 
a) Entre outras coisas, se o calor produzir dor ou a condição for aguda, um ciclo de trabalho
pulsado deverá ser usado (10% ou 5%), dependendo da agudez. Se for necessário um pequeno efeito
térmico, utilizar um ciclo de trabalho de 20% ao invés de ultra som em modo contínuo. Um ciclo de
trabalho de 20% é muito útil quando houver uma grande quantidade de reflexão do osso subcutâneo,
como em epicondilites.
b) O ultra som contínuo pode ser necessário quando ambos efeitos térmicos e não térmicos forem
necessários. O grau dos efeitos térmicos no modo contínuo pode ser determinado pelos controles de
intensidade do aparelho.
c) Com uma intensidade de 1,5 W/cm2, são necessários 3 a 4 min. para alcançar um nível
terapêutico de aquecimento com o ultra som de 3 MHz, e 10 min. para aquecer o tecido, quando for
ultilizado o ultra som de 1 MHz. (Draper e col., 1993)
- Um equipamento útil para o controle de qualidade dos ultra-sons é a BALANÇA SEMI-
ANALÍTICA (Balança Acústica)[4, 15], onde o transdutor (cabeçote) é seguro acima de um alvo de
absorção de ultra-som ligado à extremidade de um “braço” de balança imersa em água. A deflexão da
balança, devido à pressão acústica, dá uma indicação da produção de força acústica pelo transdutor, e
serve para manutenção da energia ultra-sônica irradiada.
Cabeçote

Suporte

H2O

Cone metálico

0.000

- Apermite
gerado, reduçãoaumentar
das doses na utilização
a intensidade na do ultra som
superfície pulsado,
corporal e consequentemente
e portanto o pouco calor
o efeito do tratamento de
estruturas tissulares mais profundas[11].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 11/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  12
EFEITOS FISIOLÓGICOS
1) Efeito mecânico [3, 11, 16] 
Chamado de micromassagem celular, e é responsável por todos os efeitos da terapia ultra sônica.
Esses efeitos são obtidos tanto no modo contínuo quanto pulsado, e dependendo da intensidade usada
para tratamento, esses efeitos podem ter um influência favorável ou não sobre os tecidos.

A micromassagem
atravessa. A movimentação dos tecidos se deve
dos tecidos às oscilações
aumenta provocadas
a circulação pelo feixe
de fluidos intraultra-sônico que os
e extracelulares,
facilitando a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes.
2) Aumento da permeabilidade da membrana[3, 4, 11, 12, 16] 
Alteração no potencial de membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão), e
conseqüente aumento do metabolismo. Ocorre não só pelo efeito de aquecimento como também pelo
efeito não térmico do US. Este efeito é a base para fonoforese.
3) Efeito térmicos[1, 3, 11, 12, 16] 
Tem por base o efeito Joule. É causado pela absorção das ondas ultra-sônicas à medida que
penetram
exemplo, onasregime
estruturas tratadas.(modo
de emissão A quantidade
contínuo de calormaior
produz geradocalor
depende
que odepulsado),
alguns fatores como por
a intensidade, a
frequência e a duração do tratamento.
4) Vasodilatação[1, 2, 4, 11, 16] 
É considerado como como um fenômeno protetor destinado a manter a temperatura corporal
dentro de limites fisiológicos. Justifica-se, entre outras, por algumas teorias: Há a liberação de
substâncias vasoativas como a Histamina; há inibição do simpático dos vasos, diminuindo sua
resistência tênsil; há aumento do metabolismo e consequentemente aumento do consumo de O2,
aumentando com isso a presença de CO 2, provocando a vasodilatação.

5) Aumento do fluxo sangüíneo[3, 11] 


Em virtude da vasodilatação; e podendo ocorrer através da estimulação reflexa segmentar com
ação na região paravertebral. Andrews e col. (2000) afirmam que o fluxo sanguíneo continua elevado
por 45 a 60 minutos após a aplicação do US.
6) Aumento do metabolismo[1, 2, 3, 12] 
Se dá pela Lei de Van’t Hoff, que relaciona o aumento de temperatura com a taxa metabólica,
mencionando que para cada aumento de 1° C na temperatura corpórea deve ocorrer um aumento de 10
% na taxa metabólica. Young (1998) cita que este aumento seria de 13% da taxa metabólica.

7) Ação tixotrópica[3, 5, 11] 


Propriedade que o ultra som tem de "amolecer" ou "liquefazer" estruturas com maior
consistência física (transforma colóides em estado sólido em estado gel).
8) Ação reflexa[4, 11] 
Ação à distância do ultra som.
9) Liberação de substâncias ativas farmacológicas[1, 11, 12] 
Principalmente a histamina (através da desgranulação dos mastócitos, por exemplo)
10) Efeito sobre nervos periféricos[3, 11] 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 12/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  13
O ultra som contínuo afeta a velocidade de condução nervosa (tanto aumentando como
diminuindo).
Provoca despolarização das fibras nervosas aferentes, com baixa intensidade; com alta
intensidade pode-se obter um bloqueio da condução.
Kramer (1985) afirma que o aquecimento dos tecidos é responsável pelo aumento temporário na
velocidade de condução nervosa observado nos nervos periféricos sonados.
11) Elevação dos níveis intracelulares de cálcio[4, 12, 30] 
12) Aumento das atividades dos fibroblastos[12, 30] 
13) Aumento da síntese de colágeno[4, 12, 30] 
14) Aumento da síntese de proteína [4, 12, 30] 
Aumento da permeabilidade lisossômica
15) Estimulação da angiogênese[12] 
Facilita a formação de novos vasos, atuando na facilitação da cicatrização
16) Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos em colágeno[3, 4] 
Aumenta a extensibilidade, facilitando o alongamento
17) Aumenta a atividade enzimática das células[12] 

EFEITOS TERAPÊUTICOS 
1) Anti-inflamatório[3, 4, 12, 18] 
Segundo Gonçalves & Parizotto (1998) a utilização do ultra som na terapia de reparação cutânea
tem ação importante sobre as diversas fases do processo inflamatório. Sua ação na fase inflamatória
inicial da reparação é uma aceleração do processo, aumentando a liberação de fatores de crescimento
pela desgranulação dos mastócitos, plaquetas e macrófagos. O ultra som atuaria como um acelerador
do processo inflamatório, portanto não como anti-inflamatório. Afirmam ainda que o que se pode
definir como efeitos já confirmados do ultra-som sobre o processo inflamatório e a reparação tecidual
é a possibilidade de potencializar ou inibir a atividade inflamatória dependendo da geração de radicais
livres nos tecidos. Ou por ação direta ou por meio da circulação sanguínea, existe mediação do ultra
som sobre a inflamação, alterações na migração e função leucocitárias, aumento na angiogênese, na
síntese e maturação de colágeno e também na formação do tecido cicatricial.
O ultra som estimula a liberação de grânulos pelos mastócitos, e são estes grânulos que contêm
os agentes quimiotáxicos. A desgranulação dos mastócitos pode ser iniciada pelo aumento intracelular
de íons cálcio. Perturbações da membrana celular, induzidas pelo ultra som, podem aumentar o influxo
de cálcio nos mastócitos. Os monócitos apresentam uma atividade fagocitária, mas a sua principal
função parece ser a liberação de substâncias quimiotáxicas e de fatores de crescimento, que são
essenciais para a formação do tecido de reparação.
Há um consenso no sentido de que o ultra som pode acelerar a resposta inflamatória,
promovendo a liberação de histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de
fibroblastos e colágeno.
Na fase inflamatória do reparo tecidual há interação com vários tipos de células (plaquetas,
mastócitos, macrófagos, neutrófilos) que entram e saem do local lesionado, levando à aceleração do
reparo.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 13/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  14
Como consequência do aumento da circulação sanguínea há um fator de aumento da ação de
defesa (elementos fagocitários do sangue)
2) Analgésico[3, 11] 
Justifica-se por alguns fatores: aumento do limiar de dor com ação nos nervos periféricos;
eliminação de substâncias mediadoras da dor como consequência do aumento da circulação tissular;

normalização do tônus muscular; bloqueio da condução nervosa, etc


3) Fibrinolítico / Destrutivo[11] 
Tem por base a ação tixotrópica do ultra som
4) Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles[1, 4, 11, 12, 18] 
Fase inflamatória: O ultra som pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo a liberação de
histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno.
Fase proliferativa do reparo: Potencialização da motilidade e proliferação dos fibroblastos,
indiretamente através da estimulação ultra sônica dos macrófagos; incremento da velocidade
angiogênica; aumento
ferida, diminuindo da secreção de proteína
significativamente com issoea colágeno
o tamanho(US da pulsátil); estimulação
cicatriz (US pulsátil) da "contração" da
Fase de remodelagem do reparo: O US aumenta a resistência tênsil e a quantidade de colágeno
(o colágeno tipo III é substituído por colágeno tipo I, em resposta ao estresse mecânico promovido
pelo US). Este aumento pode ser maior se o ultra som for usado anteriormente na fase inflamatória e
na fase proliferativa da lesão. O US pulsátil deve ser o utilizado.
Hoogland (1986) indica ultra som no modo pulsado (1:5) com freqüência 3 MHz, com
intensidade abaixo de 0,5 W/cm2. Estimula a produção de fibroblastos, produção de colágeno para o
meio extracelular e organização da matriz de tecido conjuntivo, e as células endoteliais estimulam a
angiogênese.
5) Reflexo[4, 11] 
Tratamento segmentar. Estimulando-se uma região distante da área alvo em tratamento, como
por exemplo em casos de lombociatalgia atuando-se somente na região lombar
6) Relaxamento muscular[3, 11] 
Ação do US pulsado é maior sobre as terminações nervosas envolvidas no processo de contratura
ou tensão muscular; e a eliminação de substâncias químicas estimulantes musculares, como
consequência do aumento da circulação tissular, diminui o tônus reflexo
Segundo Hoogland (1986), com uma frequência de 3 MHz (com ultra som pulsátil) os efeitos de
relaxamento muscular serão maiores.
7) Regeneração óssea[3, 9, 11, 12] 
Algumas pesquisas mostraram que o ultra-som pode produzir um efeito piezoeléctrico no osso
(na molécula de colágeno) que, por sua vez, pode produzir osteogênese; outras mostraram melhora
significativa no retardo de consolidação de fratura.
A fase proliferativa do reparo é subdividida na formação do calo mole e do calo duro.

DOSIMETRIA 
A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 14/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  15
Devemos tomar por base a tabela de redução de 50% da potência para que possamos calcular a
dose eficaz de ultra som que atingirá a estrutura a ser tratada.

Intensidade[11]:
Para a determinação da intensidade correta, em cada caso, devemos tem em mente a dose ideal

que deverá
sonoras nos chegar
tecidos no lugar dosàtecidos
superficiais área da afetados, levando-se
lesão (pele, em consideração
tecido subcutâneo, gordura,a músculos,
atenuação etc)
das ondas
Em qualquer caso, o paciente não pode sentir sensações desagradáveis ou dolorosas. È permitida
uma leve excitação. Se por consequência do tratamento aparecer dor de cabeça, desmaios, fadiga e/ou
outras reações do Sistema Nervoso Autônomo a terapia posterior deve ser administrada numa
intensidade mais baixa.
Quando se usam ultra som pulsado ou contínuo com alta intensidade pode sentir-se uma reação
de calor. Só é permitida uma leve sensação de calor.
- TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)

- Osso 1 MHz2,1 mm 3 MHz ........ 


- Pele 11,1 mm 4,0 mm
- Cartilagem 6,0 mm 2,0 mm
- Ar 2,5 mm 0,8 mm
- Tendão 6,2 mm 2,0 mm
- Músculo 9,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendic.)
24,6 mm 8,0 mm (Tec. Paralelo) (labor.)
- Gordura 50,0 mm 16,5 mm
- Água 11500,0 mm 3833,3 mm
_______________________________________________________________
Fonte: Hoogland, 1986

- EXEMPLOS DE TRATAMENTO: 
- Exemplo 1: Se um feixe ultra-sônico de 1 w/cm2 passar por 50 mm (5 cm) de gordura sua
intensidade cai na metade, ou seja, cai para 0,5 w/cm 2 (de acordo com a tabela acima). 
- Exemplo 2:

Ultra som - 2 Wcm2 

Gordura (20 mm)


Músculo (9 mm)
Tendão (3 mm)
Bursa

Obs.: Ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2 w/cm 2 para 1,6 w/cm2 (atenuação
2 2
de 20%
w/cm 2 = 0,4 w/cm ); ao passar por 92 mm de músculo sua intensidade cairá de 1,6 w/cm  para 0,8
 (atenuação de 50% = 0,8 w/cm ); ao passar por 3 mm de tendão sua intensidade cairá de 0,8
w/cm  para 0,6 w/cm2 (atenuação de 25% = 0,2 w/cm2). Neste exemplo estaria chegando na bursa, 0,6
2

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 15/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  16
w/cm2 de dose de US, após acontecerem as atenuações nos tecidos localizados a cima da área
lesionada.
-Exemplo 3: 
Qual seria a freqüência ideal do ultra som para realizarmos tratamento de tecido cicatricial, em
região lateral de quadril, após cirurgia de artroplastia total de quadril?

pele eObs
nas.: camadas
A freqüência ideal é de
superficiais até3 uma
MHz,profundidade
se levarmos em consideração
mínima de 1 cmque
de há intensa
tecido absorçãoEnaa
muscular.
vantagem está em não se atingir nem a prótese e nem o cimento, considerando-se que a intensidade
nestes locais será desprezível, utilizando-se 3 MHz.

- Os aspectos terapêuticos relacionados a ação do ultra som de 3 MHz na estética têm por base a
barreira imposta pela pele, à penetração das ondas sonoras. Pois como as afecções relacionadas à
estética são praticamente superficiais, a transposição das ondas sonoras através da pele torna-se
relevante. Guirro & Guirro (1996) relatam que a estrutura da pele pode ter cerca de 0,5 a 4 mm de

espessura. respectivamente.
espessura, E suas sub-áreas Portanto,
anatômicas como a epiderme
levando-se em contaeaatabela
dermedetêm cerca de 50
redução 0,12
%mm e 2 mm do
da potência de
US[11], as ondas sonoras do US de 3 MHz atenuariam cerca de 26,5%, após terem passado na epiderme
e derme.

TEMPO DE APLICAÇÃO TERAPÊUTICA


- A duração do tratamento depende do tamanho da área corporal. O tempo máximo de aplicação
que deve ser realizado com o ultra som, deve ser de 15 minutos por área de tratamento, e este tempo se
refere a uma área tratada de 75 –
100 cm2, que é considerda uma superfície máxima que se pode tratar razoavelmente, e deve estar
[11]
relacionada
determinada(para efeito seu
área tenha de estipulação do tempocalculado
tempo de aplicação de tratamento) comde
para mais o tamanho da deve-se
15 minutos ERA .dividir
Caso uma
esta
área em quadrantes e realizar mais de uma aplicação.
- Hoogland (1986) orienta que na prática clínica o tempo de aplicação do ultra-som pode ser
calculado da seguinte maneira: pega-se a área a ser tratada e divide-se pela ERA do ultra-som. Ex:
Numa região que tenha as medidas de 10 cm de comprimento por 4 cm de largura, e realiza-se uma
aplicação com um cabeçote de 5 cm2 de ERA, o tempo de aplicação deverá ser calculado da seguinte
forma: Área ÷ Era = 40/5 = 8 min. de aplicação
- As áreas menores que o cabeçote se tratam, em geral, por poucos minutos (3 a 5 min) usando o
método semiestático.
Obs.1: No tocante à utilização prática do tempo de aplicação calculado, deve-se levar em conta
também algumas peculiaridades relacionadas à patologia como a fase da doença (aguda/crônica),
profundidade da lesão, características físicas (mais ou menos efeito tixotropo), etc. Por isso, em alguns
casos, podemos adotar um tempo máximo terapêutico em 40% a 60% do tempo calculado
inicialmente, ou quem sabe até adotarmos em tempo maior que este.

UTILIZAÇÃO PRÁTICA
- É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o cabeçote e a pele do
paciente, utilizando uma substância que apresente uma impedância acústica próxima à do tecido
humano, do contrário irá persistir uma delgada lâmina de ar, imperceptível ao olho desarmado, entre o
cabeçote e a pele, formando uma interface que irá refletir, quase que totalmente, o feixe ultra-sônico,
ou seja, o objetivo do acoplamento é substituir alguma quantidade de ar existente entre o transdutor e a

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 16/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  17
parte que está sendo tratada, com um material cuja impedância acústica está entre a do metal do
transdutor e a da superfície da pele. [5, 4, 11].
- Segundo Guirro & Guirro (1996), as formulações em gel apresentam uma porcentagem de
transmissão maior do que na forma de creme ou unguento. Andrews e col. (2000) relatam que os
agentes acopladores utilizados comumente são os geis preparados comercialmente, a água e o óleo
mineral, mas que os géis são mais eficientes na transmissão das ondas sonoras e na elevação da
temperatura tecidual até níveis terapêuticos.
- Segundo Casarotto (2000), a água e o gel apresentam os menores coeficientes de reflexão e
atenuação, os maiores coeficientes de transmissão e uma impedância acústica mais próxima da pele,
gerando uma reflexão menor nesta interface.
- Segundo Hoogland (1986), a intensidade máxima que pode ajustar-se para o ultra som
contínuo é de 3 W/cm2. Para o ultra som pulsátil, a intensidade (máxima) pode elevar-se a 5 W/cm2 em
alguns equipamentos[11]. Entretanto, na prática clínica recomenda-se que o ultra-som contínuo deva ser
usado até 2 w/cm2  pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. E o ultra som pulsado
recomenda-se usar até 3 W/cm2 . Entretanto atualmente os fabricantes têm construídos seus aparelhos
com intensidades que vão somente até 2 W/cm2[4].
- O ultra-som pulsado consegue atingir estruturas mais profundas porque a potência máxima
utilizada é [11]
maior que no ultra-som contínuo; e pode ser usado na inflamação aguda pois é considerado
“atérmico” .
- Antes de ser utilizado o ultra-som, torna-se necessário submeter o aparelho a um teste para
verificar se ele realmente está gerando a energia necessária para a terapêutica. É clássico, neste caso, a
Prova da Névoa, que consiste na colocação de algumas gotas de algum líquido (água, álcool, soro
fisiológico, etc.) sobre a superfície do cabeçote e, após ajustarmos o controle de potência (1 watt/cm 2 
em equipamentos novos, ou mais, em equipamentos mais antigos), deve haver a formação de uma
“névoa” fina sobre a superfície do cabeçote (a água não ferve, há uma super agitação das moléculas)
(pode não haver formação de névoa em aparelhos velhos ou que tenham fraca saída de ondas ultra-
sônicas no cabeçote).
- O uso do redutor “facilitaria” o tratamento em áreas de difícil acesso ou irregulares
(extremidades). Mas está totalmente desacreditado pela maioria dos profissionais, e caiu em desuso,
pelo fato de existir a possibilidade de ficar uma bolha de ar entre o cabeçote e o redutor, que reduziria
muito a eficácia da terapêutica, além de não retransmitir toda a energia ultra sônica que sai do
cabeçote. Atualmente tem-se utilizado cabeçotes construídos com a “forma reduzida”, do tipo
convergente, que possuem também a redução do tamanho da ERA

- Nas aplicações que utilizam água (subaquática, bolsa d’água), deve-se ter a preocupação de
utilizar água fervida para que ela perca os gases que nela estão dissolvidos (desgaseificada), pois a
formação de bolhas na superfície do cabeçote constituir-se-á em uma interface que refletirá, quase que
totalmente o feixe ultra-sônico. E uma vez fervida, deve-se evitar agitar a água para que ela não
absorva novamente os gases[11]

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 17/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  18
- Na técnica subaquática o cabeçote do ultra-som pode ser submergido na água sem problemas,
pois os aparelhos nacionais que se conhecem são blindados e indicados para utilização subaquática
(entretanto deve-se verificar as especificações técnicas do aparelho através do manual).

- Hoogland (1986) menciona uma guia de intensidade para o ultra som contínuo:
* 0,3 w/cm2 - intensidade baixa
* 0,3 - 1,2 w/cm22 - intensidade média
* 1,2 - 3 w/cm - intensidade alta
- No caso do ultra som pulsado deve considerar-se um valor médio. Por exemplo, o ultra som
pulsátil de 1 w/cm2 na relação 1:5 equivale ao ultra som contínuo de 0,2 w/cm2[11] .

AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS SÃO: 


a) CONTATO DIRETO[1, 3, 4, 7, 10, 11, 12]  
- É realizada quando a superfície a ser
tratada é razoavelmente plana, sem muitas
irregularidades, permitindo um perfeito
contato de toda a área do transdutor com a
pele.
- Nesta técnica o cabeçote fica em contato
direto com a pele do paciente, entretanto se
faz necessário a utilização de uma
substância de acoplamento visando
minimizar os efeitos da reflexão. 

- A substância de acoplamento deve ter uma impedância acústica próxima à da pele.


Normalmente é utilizado gel industrializado (mais eficaz), podendo-se utilizar também pomada de
petróleo, óleo mineral, etc.
- Para assegurar o tratamento mais uniforme possível de uma área, é necessário manter o
cabeçote de tratamento em movimento contínuo e uniforme. Desta forma haverá uma mudança
contínua da posição das “variações de intensidade”. Este movimento também é necessário para evitar
mudanças na circulação sanguínea, pois o ultra som pode causar estase das células sanguíneas nos
vasos paralelos ao feixe ultra sônico.
- Com o cabeçote em contato com a pele, a técnica de contato direto pode ser realizada de duas
formas:
1) Dinâmica - onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos que
podem ser circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se superpõem
para assegurar o tratamento uniforme da área. Hoogland (1986) afirma que os movimentos devem ser
realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Salgado (1999) diz que os movimentos
devem ser lentos e uniformes. Winter (2001) menciona que deve-se exercer movimentos circulares
muito lentos (em câmera lenta). Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o
transdutor muito rapidamente, podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido, e
que o propósito do movimento é distribuir a energia tão uniformemente quanto possível ao longo do
tecido, passando longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares. Kramer (1984) propõe que
o transdutor deve ser movido lentamente, com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. Na
prática clínica, a velocidade de movimentação do cabeçote corresponde a aproximadamente 1 m a
0,85 m por minuto.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 18/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  19
2) Semiestacionária - onde o cabeçote realiza movimentos de mínima amplitude (movimento
menor que os da técnica dinâmica) sobre a região a ser tratada. Normalmente é utilizado para regiões
pequenas (tendinites, lesões ligamentares, etc).
Obs:  Michlovitz (1996) desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado)
tomando-se por base a Zona de Fresnel (Campo próximo). Nesta zona o ultra-som não é correto, as
ondas sonoras se comportam de maneira desorganizada. Ocorrem picos de intensidade que podem
aumentar
tissulares. muito a dose
Por isso que mexer
deve-se se colocou no potenciômetro,
o cabeçote, fazendo com("pontos
que hajaquentes") podendo causar
uma homogeneização lesõesa
na área
tratar (uniformidade da Zona de Fresnel). Oakley (1978), menciona a possibilidade da formação de um
coágulo sanguíneo, na utilização da técnica estacionária.

b) SUBAQUÁTICA [4, 10, 11, 12] 


- Esta aplicação é indicada para
regiões de superfícies irregulares
(pequenas articulações, proeminências
ósseas, etc), ou quando o paciente
refere dor à pressão do cabeçote
(contusão, etc).

- Esta é a aplicação mais perfeita por suas propriedades ideais de acoplamento (a água permite
perfeito acoplamento, mas é pouco utilizada pela incomodidade e perca de tempo).
- Utiliza-se um recipiente (plástico ou vidro) de tamanho suficiente para conter a água e o
segmento a ser tratado.
- Normalmente os cabeçotes são blindados para a aplicação subaquática.
- De preferência deve-se ferver a água antes, visto que de outra forma o ar presente poderá
depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. Como o ar é um
péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica, deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais. 
- Não há necessidade, nem é importante que o cabeçote toque a pele do paciente, podendo ficar a
1 ou 1,5 cm de distância
- Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento, poder-
se-á calçar uma luva cirúrgica de borracha. Esta medida previne o fisioterapeuta de absorver reflexões
do ultra som dentro da água (o ar retido pela luva forma uma boa camada reflexiva entre a luva e a
pele do fisioterapeuta) e também reduz a possibilidade de uma infecção cruzada, no caso de feridas
abertas.
- De preferência deve-se ferver a água antes, visto que de outra forma o ar presente poderá
depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. Como o ar é um
péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica, deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais[47,
56]
.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 19/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  20
c) BOLSA DE ÁGUA[4, 11] 

- Esta técnica é utilizada onde há


superfícies irregulares e onde
normalmente há a ausência do
recipiente para o US subaquático, ou há
a impossibilidade de se introduzir o
segmento corpóreo tratado num
recipiente adequado (tronco, axila,
ombro, articulações, etc).

- Nesta
colocada sobretécnica é utilizado
a região umaebolsa
a ser tratada, onde plástica
é passadoouode borracha
cabeçote do(luva) cheia de água fervida, que é
ultra-som.
- Deve-se utilizar uma substância de acoplamento entre a pele e a bolsa, e entre a bolsa e o
cabeçote.
- Alguns profissionais contra-indicam esta técnica porque as interfaces formadas por substância
de acoplamento - plástico - água - plastico - substância de acoplamento - pele prejudicariam a
 propagação do feixe ultra-sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). Esta
técnica produz intensa atenuação.
d)  FONOFORESE[1, 4, 10, 11, 12, 16, 30]  
- Esta técnica consiste no método direto, utilizando um medicamento em forma de gel como
meio de acoplamento, ou seja, é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano
mediante a energia ultra sônica. O pulso CONTÍNUO é o mais indicado para o tratamento de celulite.
Formas de utilização:
1) Aplica-se o ultra-som com o gel medicamentoso/cosmético como substancia de acoplamento.
À medida que o gel terapêutico for absorvido e tanto o acoplamento como o deslizamento do cabeçote
ficarem prejudicados, deve-se adicionar mais gel terapêutico ou gel comum (a base de água). Deve-se
evitar de mistuar o gel comum com o gel terapêutico antes de iniciar a aplicação do ultra-som.
2) Massageia-se o gel terapêutico na pele até sua absorção parcial ou “completa”. Em seguida,
aplica-se o ultra-som com gel comum.
3) Aplica-se o ultra-som com gel comum. Limpa-se a região tratada para retirada dos resquícios
de gel comum e massageia-se o gel terapêutico até sua absorção “total”.
- Existem várias vantagens na utilização dessa modalidade de tratamento, entre elas a ação
localizada da droga, com consequente ausência de efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas,
caso a droga não tenha este tipo de ação. Outra vantagem é a somatória dos efeitos inerentes ao ultra
som associados aos efeitos da droga. Esta técnica apresenta ainda a vantagem de que o medicamento a
ser introduzido não necessita ter carga elétrica, isto é, ser polarizado (Guirro & Guirro, 2002).
- Há uma potencialização dos efeitos do ultra-som pelo medicamento utilizado (vice-versa), que
é absorvido
aumento pela pele (autores
da permeabilidade afirmamcelular).
da membrana que a fonoforese seria efetivamente potencializada pelo

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 20/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  21
- Guirro & Guirro (2002), afirmam que as drogas em forma de gel apresentam-se como o tipo
de formulação mais apropriado para esta terapia. E somente alguns produtos com boas características
de transmissão ultra sônica possuem condições físicas ótimas necessárias para a fonoforese, sendo que
as preparações tópicas com baixo índice de transmissão podem diminuir a efetividade da terapia ultra
sônica.
- Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. Pois os que apresentaram, em
todas as formulações, um maior índice de transmissão foram os que utilizaram frequências maiores.
- Andrews e col. (2000), relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de
medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm.
- Cameron e Monroe (1992) investigaram a transmissibilidade de várias substâncias de
acoplamento para a fonoforese, e relataram uma transmissibilidade zero da energia ultra sônica,
utilizando um preparado de hicrocortisona a 10% através de uma camada de 5 mm de espessura do
meio de acoplamento.
- Bare e col. (1996) investigaram um preparado usado na fonoforese de hidrocortisona a 10%
com uma base gel, e não verificaram nenhuma elevação nas concentrações séricas de cortisol após a
fonoforese.
A taxa de transmissão de qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada, antes de ser
usado, pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. (Michlovitz, 1996)
A utilização da onda ultra sônica para a penetração de drogas através da pele pressupõe a
utilização do pulso contínuo[30].
Segundo Guirro & Guirro (2002) na área dermatológica a fonoforese é utilizada principalmente
com enzimas de difusão. Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as
enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável.
Entretanto, Tirrel & Middleman (1978), relataram que existem evidências de que o ultra som
possa alterar a conformação tridimensional das enzimas, podendo então inativá-las.
Stefanovic et al (1959 e 1960), relataram que soluções enzimáticas são inativadas por ultra-sons
na frequência de 3 MHz, com intensidades entre 1 e 3 W/cm 2. Diante desses fatos, Guirro & Guirro
(2002) relataram que deve-se evitar a utilização de enzimas em géis aditivados para fonoforese, pelo
risco de ineficiência terapêutica. Deve-se optar pela iontoforese no caso de tratamento à base de
enzimas de difusão.
e)  REFLEXO SEGMENTAR [4, 11] 
- Na utilização do ultra som nas diversas situações patológicas podemos sonar diretamente as
áreas em tratamento (efeito direto), ou sonar outros lugares que tenham uma relação segmentária com
a área alvo que se queira tratar (efeito indireto). Esta aplicação também é conhecida como Tratamento
Segmentar  e está relacionada com a maioria das aplicações paravertebrais, ou seja, utiliza-se a mesma
técnica do método direto, porém estimulando-se áreas as raízes nervosas paravertebrais, de acordo com
o segmento que queremos estimular, Ex.: Parestesias em MMSS/MMII; ciatalgia; estimulação de
órgãos; estimular pontos trigger nas costelas para úlceras gástricas/intestinais; etc.
- É possível aumentar a temperatura da pele da mão, através do incremento da circulação
irradiando o gânglio estrelado. Efeito similar pode ser obtido no pé se a região inguinal for estimulada,
pois o US atua através no controle nervoso da circulação nesta área.
- Alguns autores recomendam a combinação de aplicação local e paravertebral em todos os
casos.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 21/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  22
INDICAÇÕES
- O início da terapia ultra-sônica para o traumatismo agudo deve-se iniciar somente após 24 a 36
horas, pois o tratamento direto (local) mediante energia ultra-sônica poderá danificar os vasos
sangüíneos em recuperação [11] 
- O importante para o fisioterapeuta é conhecer o comportamento físico e fisiológico do ultra-
som para a prescrição correta nas diversas patologias. As indicações mais comuns são:
1) Processos fibróticos e processos calcificados [20] 
Através do efeito tixotropo. No esporão de calcâneo, por exemplo, o que se desgasta é a ponta do
esporão, formada por tecido cartilaginoso inflamado, pois o que calcificou não se dissolve mais. Num
processo de calcificação em músculos e tendões, o ultra-som aumenta a vascularização na área para
que haja aumento da absorção (utiliza-se ultra-som contínuo). Esses efeitos são maiores no músculo,
pois o tendão tem menor vascularização.
Andrews e col. (2000) mencionam o aumento do fluxo sanguíneo como útil na resolução dos
depósitos de cálcio nas bursas e bainhas tendinosas.
[4, 11]
2)
 Transtornos
Hoogland circulatórios
(1986) (edema,
afirma que efermidadelocal
o tratamento de Raynaud, etc) melhora,
tem pouca   sendo preferível o
tratamento segmentar. Neste caso, os pontos de aplicação são especialmente os pontos trigger nos
músculos.
Guirro & Guirro (1996) afirmam que uma área isquêmica tratada com ultra som pode ter
restabelecida a circulação sanguínea através da formação de novos capilares.
3)  Tecidos em cicatrização (cicatrizes cirúrgicas e traumáticas) / Feridas abertas / úlceras de
decúbito)[3, 4, 11, 12, 16]
Melhora tanto a velocidade de cicatrização como a qualidade da cicatriz. A intensidade depende
da profundidade
meio de contadodaconstitui
cicatriz. Para as cicatrizes
um requisito de feridas
absoluto. que não tenham
A possibilidade de "fechado", a esterilidade
infecção cruzada, desdedoo
cabeçote de tratamento, pode ocasionar problemas em tais casos. Normalmente utiliza-se ultra som
pulsado, na frequência de 3 MHz, com 0,5 w/cm2, para feridas / úlceras abertas.
4) Celulite[4] 
* DEFINIÇÃO:
É a gelificação da substância fundamental amorfa, decorrente de alterações endócrino,
metabólicas e circulatórias, que leva a fibrose com consequente compressão de artérias e nervos,
isquemia e bloqueio de funções.
Trata-se de um tecido pouco oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante
de um mal funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido
conjuntivo.
Chamada também de Fibro edema geloide; Lipodistrofia ginoide.

* HISTOLOGIA
Primeira fase:
- Caracteriza-se por hipertrofia das células adiposas, por acúmulo de lipídios, com deslocamento
do núcleo celular para a periferia.

- Ocorre dificuldade
congestionada. na drenagem
A persistência do liquido
desta congestão intercelular
comprime provocando
os vasos, inundação,
que dilatam-se a área
para suprirficaa
deficiência do fluxo de sangue.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 22/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  23
- A dilatação e distensão da rede venosa aumentam sua permeabilidade provocando
extravasamento de líquido seroso no tecido conjuntivo aumentando a pressão, a congestão e os
fenômenos de bloqueio (círculo vicioso)

Segunda fase:
- O líquido lançado no tecido conjuntivo desempenham papel de corpo estranho neste tecido,
provocando reações químicas, e tentativas de defesa contra esses elementos anormais.
- Ocorre o espessamento dos septos interlobulares, proliferação das fibras colágenas, que
espessa-se e adquire uma consistência gelatinosa

Terceira fase:
- A densificação do meio conjuntivo irrita as fibras do tecido, dissocia-as em fibrilas,
provocando sua rápida mutilação.
- Origina-se um verdadeiro tecido fibroso, envolvendo e comprimindo todos os elementos do
tecido conjuntivo, artérias, veias e nervos, formando uma verdadeira barreira a todas trocas vitais (fase
considerada irrerversível).
Quarta fase:
- Nota-se o espessamento do tecido conjuntivo interadipocitário. O tecido fibroso torna-se
esclerosado, isto é, um tecido muito duro, firme, estanque, aprisionando nas suas malhas os produtos
nutritivos, residuais, a água e os lipídios.
- Nesta fase as lipases não conseguem chegar até os adipócitos.
- O endurecimento tecidual produz-se uma irritação contínua nas terminações nervosas,
resultando em dores a palpação.

* ETIOPATOGENIA:
Fatores predisponentes: Genéticos, idade, sexo, e desequilíbrio hormonal.
Fatores determinantes: Estresse, fumo, sedentarismo, desequilíbrios glandulares, pertubações
metabólicas do organismo em geral (diabetes), maus hábitos alimentares, disfunção hepática.

* ESTÁGIOS DA CELULITE:
Grau 1:
É aquela que é percebida somente através da compressão do tecido entre os dedos ou da
contração muscular
há alteração voluntária.
da sensibilidade Assim sendo, a celulite ainda não é visível somente a inspeção, e não
a dor.
Grau 2:
As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos, sujeitas, portanto a ficarem
ainda maris aprerentes mediante a compressão dos mesmos. Com a luz incidindo lateralmente, as
margens são especialmente fáceis de serem delimitadas (aspecto de “casca de laranja”), já havendo
alterações da sensibilidade.
Grau 3:
Esta já é observada tanto na posição deitada, como sentada ou em pé. A pele fica enrugada e
flácida. A aparência
sensibilidade da aumentada
a dor está pele, por apresentar-se
e as fibras docheia de relevos,
conjuntivo estãoassemelha-se a umdanificadas.
quase totalmente “saco de nozes”, a

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 23/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  24
Grau 4:
Os nódulos gordurosos tornam-se muito volumosos. Estão endurecidos e sensíveis ao toque,
além de ocorrer uma retração tecidual ao redor da célula, provocando grandes depressões na superfície
da pele. As pernas tornam-se pesadas, geladas, inchadas e muitas vezes doloridas.

* TRATAMENTO
- Na avaliação e tratamento da celulite podemos empregar alguns métodos:
1. Palpação
2. Termografia[30] - O método utiliza placas flexíveis, compostas de cristais termosensíveis de
colesterol, cuja função é avaliar e classificar o fibro edema geloide de acordo com a temperatura
cutânea surperficial, diretamente relacionada com alterações circulatórias ocasionadas pelo distúrbio.
Após o contato placa-pele por alguns segundos, surge um "mapa" de cores, indicando diferença de
temperaturas em áreas localizadas da superfície cutânea. A imagem que surge pode ser homogênea ou
não. De maneira geral, quanto mais uniforme for a imagem, com coloração verde ou rosada, menor é o
envolvimento circulatório da área, que clinicamente corresponderia ao grau I ou ausência de fibro
edema gelóide. Já zonas que indicam hipotermia, que no exame aparecem como zonas escuras
("buracos negros" ou "pele de leopardo"), indicam um grau mais avançado.
Embora o exame seja inóculo, por se tratar de uma avaliação não-invasiva, como método
de avaliação único não é seguro, por fatores externos e internos podem alterar significativamente o
resultado do exame, como por exemplo: exposição solar, febre, tabagismo, época do ciclo menstrual,
temperatura e umidade da sala de exames.
3. Bioimpedância[30] 
4. Subcisão[30] - Técnica cirúrgica usada para tratar as depressões do relevo cutâneo. Atua a nível
dermo-hipodermo, deslocando as fibras de alto teor fibrótico. Pode ser realizado a nível ambulatorial.
Após anestesia, um estilete especial em forma de agulha é introduzido. Após inserido, é movimentado
“em leque”, seccionando os septos fibrosos, até que deslizem livremente pelo tecido
As principais sequelas decorrentes da cirurgia, tratadas com US, são as fibroses nodulares
(nos pontos de incisão) e cicatrizes hipertróficas. Guirro & Guirro (2002), orientam uso do US após 24
horas, com frequência de 3 MHz, com intensidade de 0,4 w/cm 2 a 0,6 w/cm2 no modo contínuo ou
pulsado a 50%. O uso do US destina-se a atenuar os hematomas e diminuir a incidência de fibroses
5.Mesoterapia (intradermoterapia)[30]  - Consiste em múltiplas injeções intradérmicas de
substâncias farmacologicas compostas de enzimas, vasodilatadores e de substâncias que auxiliam o
metabolismo do tecido conjuntivo.
6. Fonoforese[30] - Utiliza-se o ultra som de 3 MHz no modo contínuo. O uso do ultra som na
celulite está vinculado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de
substâncias através da pele (fonoforese). Dentre outros efeitos, podemos destacar a neovascularização
com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas,
melhora das propriedades mecânicas do tecido, e a ação tixotrópica nos nódulos celulíticos.
A dose deve ser cuidadosamente selecionada, uma vez que as enzimas de difusão utilizadas na
fonoforese se desnaturam em altas temperaturas, visto que a onda contínua é mais indicada para esta
técnica.

CONTRA INDICAÇÃO
Deve-se ter em mente que, como qualquer recurso terapêutico, os ultra-sons também
apresentam restrições à sua utilização. O quadro clínico do paciente ou o perfil de sua patologia,
aliados ao bom senso do fisioterapeuta, é que decidirão pelo impedimento ao uso. As contra-indicações
mais flagrantes são:

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 24/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  25
1) Áreas com insuficiência vascular[3, 16, 20] 
Pode haver contra-indicação se houver intenso aumento de temperatura dificultando o
arrefecimento da área pelo sangue. E o suprimento sanguíneo deficiente seria incapaz de acompanhar a
demanda metabólica, pois com o aumento da temperatura haveria aumento do consumo de oxigênio, e
como o suprimento sanguíneo (que provê o oxigênio) está deficiente, haveria aumento da presença de
CO2 levando à necrose.
2) Aplicações a nível dos olhos [3, 4, 11, 12, 16, 20] 
Cegueira irreversível (Cavitação no líquido ocular)
3) Útero grávido[3, 4, 11, 12, 20] 
Embora a intensidade que chegaria ao útero fosse mínima, haveria uma tendência a se tratar a
situação com segurança, pois os efeitos do US sobre tecidos em crescimento são desconhecidos. Em
virtude disto, havendo a possibilidade de cavitação no líquido amniótico e ocorrência de malformações
no feto, as aplicações no útero grávido estão limitadas. Além disso, deve-se evitar também o
tratamento de tecidos segmentários correspondentes ao estado gravídico, para evitar qualquer

anomalia.
4)  Sobre área cardíaca[3, 4, 11, 12, 20] 
Pode ocorrer mudança no potencial de ação e pode alterar as propriedades contráteis do músculo
cardíaco.
5) Tumores malignos[3, 4, 11, 12, 16, 20] 
Sobre o tumor: pode-se acelerar o crescimento e as metástases
6) Epífises férteis[4, 11, 12, 14, 16] , 20 
Guirro & Guirro (1996) e Garcia (1998) mencionam que o ultra som provocaria ossificação
precoce e interferiria no crescimento ósseo
Pessina e Volpon (1999) em pesquisa realizada com ultra som na cartilagem de crescimento de
coelhos não verificou alterações morfológicas ou funcionais da cartilagem de crescimento.
Hoogland (1986) afirma que estas regiões ocupavam antes um dos primeiros lugares na lista de
contra indicações, mas que aplicações com ultra som pulsátil e com baixa intensidade podem ser
utilizadas em pacientes com idade abaixo de 18 anos.
7) Testículos/gônadas[11, 12] 

Poderiam ocorrer reações desconhecidas. 


8) ) Sobre tromboflebites / varizes (principalmente trombosadas)[4, 11, 12, 16] 
Pode liberar êmbolos (embolia)
9) Osteoporose[16] 
Garcia (1998) menciona que não há documentação científica adequada sobre o caso. Mas o que
se vê na prática clínica é a ausência de malefícios advindos da utilização do ultra som em pacientes
com osteoporose.
[4, 11, 12, 16 ]
10) Inflamação séptica  
Acelerar a proliferação e favorecer a disseminação do agente infeccioso através do corpo.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 25/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  26
11) Endopróteses[3, 4, 11, 16] 
O cimento de fixação da prótese (metilmetacrilato) possui um alto coeficiente de absorção ultra
sônica e os componentes à base de polímeros poderiam sofrer ação dos efeitos térmicos (US contínuo).
Kottke & Lehmann (1994) afirmam que não há determinação de que a absorção seletiva por estes
materiais leva ou não ao superaquecimento ou mesmo derretimento do material de fixação da
endoprótese.
12) Implante metálico[3, 13, 16] 
Garavello et al (1997) relatam que o implante metálico não induz a temperaturas
excessivamente altas, e que as ondas ultra sônicas refletidas não são capazes de prover qualquer
elevação seletiva de temperatura nos tecidos adjacentes ao implante devido às ondas estacionárias
refletidas neste metal, e segundo Garcia (1998) estes tecidos teriam grande aquecimento se houvesse
osso no local do implante metálico (devido à elevada condutilibilidade térmica do metal que dissipa,
rapidamente, o calor.)
13) Diabetes Mellitus[11] 

Pode ocorrer
reduzindo-se ligeira diminuição da glicemia, gerando sintomas de fadiga. Em geral desaparecem
as doses.
14) Sequelas pós traumática aguda[11] 
Devido aos efeitos tanto térmicos como mecânicos, os vasos sanguíneos em regeneração podem
romper-se conduzindo à hemorragia recorrente. O tratamento local com intensidade baixa só pode ser
administrado após 24-36 horas.
15) Diretamente sobre o marcapasso (ou ondas sonoras desviadas)[20] 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1- Michlovitz, Susan L. - THERMAL AGENTS IN REHABILITATION  - F. A. Davis Co - 3ª Ed. Philadelphia – 1996
2- Guyton, A. C.- FISIOLOGIA HUMANA - Ed. Guanabara - 1988
3- Kottke, F.J., Lehmann J.F. - TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN - Ed Manole - 1994 -
pp. 305-323
4- Guirro, E. e Guirro, R. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed
Manorle - 2ª Ed. - 1996 - pp. 116-129; 222-223
5- Gutman, A.Z., - FISIOTERAPIA ATUAL - Ed Pancast- 1989
6- Omote, N. FÍSICA - Ed. Moderna - 1982.
7- Machado, Clauton M. – ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA – Pancast Ed. - 1991
8- Pauline M. Scott - CLAYTON’S ELECTROTHERAPY E AND ACTINOTHERAPY - Ed. Jims – Barcelona - 1972
9- Guerino, M. R., Luciano, E., Gonçalves, M. e Leivas, T. P. -  APLICAÇÃO DO ULTRA SOM PULSADO
TERAPÊUTICO SOBRE A RESISTÊNCIA MECÂNICA NA OSTEOTOMIA EXPERIMENTAL - Revista Brasileira de Fisioterapia
- Vol. 2, Nº 2 (1997) - Associação Brasileira de Fisioterapia.
10- Lucena, Carlos – TERMOTERAPIA HIPER HIPO – Ed. Lovise - 1990 
11- Hoogland, R. – TERAPIA ULTRASÔNICA – ENRAF NONIUS – Delft, Holanda. 1986
12- Young, S.- TERAPIA POR ULTRA SOM  (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - Kitchen, S. e Bazin, S.) 10ª Edição
- Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – pp. 235-258 - 1998
13- Garavelo, I.; Mazzer, N.; Barbieri, C.H., Andrade, J.M.- EFEITOS TÉRMICOS DO ULTRASOM TERAPÊUTICO
SOBRE OS TECIDOS ÓSSEO E MUSCULAR E SOBRE PLACA METÁLICA IMPLANTADA – Rev. Bras Ortop – Vol. 32 nº 6
– Junho / 1997 – PP. 473-479
14- Pessina, A. L. e Volpon, J. B. –  APLICAÇÃO DE ULTRA SOM TERAPÊUTICO NA CARTILAGEM DE
CRESCIMENTO DOR.
15- Guirro, , Elias, – Rev
COELHO D. ,Bras OrtopF.– Vol.
Serrão, 34 n° 5 –A.Mai
e Bucalon, J. 1999 – pp: 347-354 DE APARELHOS DE ULTRA-SOM
–  DOSIMETRIA
TERAPÊUTICO UTILIZANDO BALANÇA SEMI-ANALÍTICA – Rev. Bras. De Fisioterapia vol.1 n°2, 1996 – pp. 79-82
16- Garcia, E. A. C. - BIOFÍSICA - Ed. Sarvier - 1998 - pp. 173-178

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 26/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  27
17- Zorlu, U., Tercan, M., Ozuyazgan, I., Tasdan, I., Kardas, Y., Balkar, F., Oztürk, F. - COMPARATIVE STUDY OF
THE EFFECT OF ULTRASOUND AND ELECTROSTIMULATION ON BONE HEALING IN RATS   - American Journal of
Physical Medicine Rehabilitation - Vol. 77 n° 5 - September/october 1998 - pp. 427-432
18- Gonçalves, G. & Parizotto, N. A. - FISIOPATOLOGIA NA REPARAÇÃO CUTÂNEA: ATUAÇÃO DA
FISIOTERAPIA - Revista Brasileira de Fisioterapia - V.3. N°1. p. 5-13 - 1998 
19- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- p. 235
20- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. -  REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS  - 2ª Ed. - Ed.
Guanabara Koogan - 2000 - pp. 61-95
21- Gann, N. - ULTRASOUND CURRENT CONCEPTS  - Clin. Management - 1991 - 11: 64-69
22- Kramer, J. F. - EFFECT OF THERAPEUTIC ULTRASOUND INTENSITY ON SUBCUTANEOUS TISSUE
TEMPERATURE AND ULNAR NERVE CONDUCTION VELOCITY - American Journal Physical Medicine - 1985 - 64: 1-9
23- Bare, A. C., McAnaw, M. B., Pritchard, A. E. et al - PHONOPHORETIC DELIVERY OF 10% HYDROCORTISONE
THROUGH THE EPIDERMIS OF HUMANS AS DETERMINED BY SERUM CORTISOL CONCENTRATIONS   - Physical
Therapy - 76:738-747 - 1996
24- Cameron, M. H. and Monroe, L. G. -  RELATIVE TRANSMISSION OF ULTRASOUND BY MEDIA CUSTOMARILY
USED FOR PHONOPHORESIS - Physical Therapy - 72:142-148 - 1992
25- Kramer, J. F. - ULTRASOUND: EVALUATION OF ITS MECHANICAL AND THERMAL EFFECTS   - Arch. Phys.
Med. Rehabilitation - 65:223 - 1984
26- Oakley, E. M. -  DANGERS AND CONTRAINDCATIONS OF THERAPEUTIC ULTRASOUND  - Physiotherapy -
64:173-174 - 1978
27- Draper, D. O., Sunderland, S., Kirkendall, D. T. and Ricard, M. -  A COMPARISON OF TEMPERATURE RISE IN
 HUMAN CALF MUSCLES FOLLOWING APLICATIONS OF UNDERWATER AND TOPICAL GEL ULTRASOUND  - Journal
Orthopedic Sports Phisical
28- Draper Therapy
D. O. - TEN - 17:247-215
MISTAKES - 1993. MADE WITH ULTRASOUND USE: CURRENT RESEARCH SHEDS
COMMONLY
 LIGHT ON MYTHS . - Athletic Training: Sports Health Care Perspectives  - 2(2):95-107 - 1996.
29- Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1992
30-  Guirro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,
 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002
31- Tirrel, M. & Middleman, S. - Shear deformation effects in enzyme catalysis. - Biophys. J. - 23;121-8 - 1978
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,
 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002
32- Stefanovic, V., Djukanovic, A., Bresjanac, M.. & Zivanovic, D. - Ultrasound in enzymes. - Experientia -
14:486-7 - 1960
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,
 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

Chim. -33- Stefanovic,


Belgrade V., Kostic,
- 24:175-8 - 1959I. L., Velasevic, K. & Zivanovic, D. - Effects of ultrasound and enzymes. - Bull. Soc.
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,
 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 27/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  28
 

HISTÓRICO
O Galvanismo é a forma mais velha de eletroterapia. Em 1786, Galvani observou pela primeira
vez a contração dos músculos da pata de uma rã sobre uma placa metálica quando estalava uma
centelha entre os eletrodos de uma máquina elétrica de fricção. As experiências de Galvani tiveram o
duplo mérito de dar início ao estudo da Eletrofisiologia e de demonstrar que um músculo se contrai
sempre que fica sujeito à influência de uma diferença de potencial. Em 1870 Van Bruns investigou e
comprovou a ocorrência de traços de iodeto na urina, após um tratamento com a corrente galvânica.
Entre 1900 e 1912 Leduc demonstrou em experiência que poderia introduzir ions medicamentosos no
[1, 60]
organismo animal (coelhos) provocando efeitos gerais .

DEFINIÇÃO 
É uma corrente contínua de fluxo de elétrons com direção e intensidade constante e com efeitos
polares.
É também conhecida como corrente direta, corrente constante, corrente contínua, corrente
voltaica, corrente unidirecional.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
i


FLUXO DE CORRENTE
O fluxo da corrente dentro da “bateria” se dá do negativo para o positivo. Entretanto é sabido
que no circuito elétrico externamente carregado, os íons convencionalmente fluem do polo positivo
para o negativo.

EFEITOS FISIOLÓGICOS 
a) Produção de calor
Efeito Joule. O transporte da corrente elétrica através de íons produz calor e sua intensidade tem
relação direta com a resistência específica do meio utilizado.

b) Eletrólise (Dissociação)
Fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo
fato de que cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 28/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  29
Por exemplo: Num meio contendo água (H 2O), ao misturarmos cloreto de sódio (NaCl) e
submetermos essa mistura à ação da corrente galvânica ocorrerá uma dissociação eletrolítica do cloreto
de sódio em íons de cloro e íons de sódio.
E no exemplo ora citado ocorrerá o seguinte: o cloro sendo um ion eletricamente negativo, flui para o
polo positivo, perde sua carga elétrica e reagindo com a água produz uma reação ácida (HCl); o sódio,
sendo um ion eletricamente positivo, flui para o polo negativo, perde sua carga elétrica e reagindo
quimicamente com a água produz uma reação alcalina (OHNa).
+

NaCl 

Na + - Cl 

OH H 

 H2O 

NaCl  Corrente Galvânica


OBS: Catodo -
NaOH +  2Na + 2H2O 2NaOH + 2H
- HCl  Anodo +
4Cl + 2H2O 4HCl + O2 
 H2O 

[1, 5]
c) Fenômeno do eletrotônus  
A corrente galvânica altera a excitabilidade e condutibilidade do tecido tratado.
- Aneletrotônus (ocorre no polo positivo): depressão da excitabilidade, que leva a um alívio da
dor.
- Cateletrotônus (ocorre no polo negativo): aumento da excitabilidade, que facilita as atividades
específicas do tecido nervoso.
d) Vasodilatação
É devido à ação da corrente sobre os nervos vasomotores, e provoca uma hiperemia ativa [1]. A
hiperemiasangüínea,
irrigação atinge também estruturas
acarretando maiormais profundas,
nutrição tecidualpor ação reflexa. Com isso há um aumento da
profunda.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 29/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  30
Segundo Andrews e col. (2000), o pH da pele debaixo do catodo torna-se gradualmente
alcalino à medida que íons positivos são atraídos na sua direção, enquanto a pele debaixo do anodo
sofre a reação oposta. E estas alterações químicas induzem uma vasodilatação reflexa,
presumivelmente com a finalidade de manter um pH homeostático.
e) Aumento do metabolismo

regiãoDecorrente
tratada. da vasodilatação e consequente aumento da oxigenação e substâncias nutritivas na
f) Aumento da ação de defesa
Com a vasodilatação e consequente aumento da irrigação sangüínea, haverá um aumento de
elementos fagocitários e anticorpos.
g) Endosmose (Eletroendosmose)
Assim como os radicais químicos, as partículas fluidas também se deslocam e, por regra geral,
seu deslocamento se efetua do polo positivo para o polo negativo.

Esses
amolecer fenômenos
cicatrizes são basicamente
e quelóides, utilizados
e a anaforese (polo +)em duas situações:
na facilitação a cataforese
da derivação (polo
de fluidos no -)edema.
para
Entretanto, são fenômenos considerados por alguns autores como inexpressivos, ou com pouca
finalidade terapêutica.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
a) Analgesia
b) Estimulação nervosa
c) Antiinflamatório

d) Transtornos circulatórios
e) Iontoforese 
CARACTERÍSTICAS DOS PÓLOS
a) Polo positivo (ânodo)
- Repele ions positivos (cátions) - Menor hiperemia (isquemia) - Mais germicida
- Atrai íons negativos (ânions) - Desidrata o tecido - Coagulação
- Analgésico - Atrai 02 - Corroi metais por
oxidação
- Sedante
- Vasoconstrictor  - Ácido
- Detem sangramento
b) Polo negativo (cátodo) 
- Repele íons negativos (ânions) - Maior hiperemia - Causa sangramento
- Atrai íons positivos (cátions) - Hidrata o tecido - Menos germicida
- Estimulante - Atrai H (atrai e libera (bolhas - - Não corroi metais
- Irritante devido ao maior nº de H na - Liquefação
água) - Alcalino 
- Vasodilatador

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 30/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  31
ELETRODOS 
a) Podem ser tipo placas metálicas retangulares protegidas com esponjas, confeccionadas em
chumbo, cobre, latão, alumínio ou estanho.
b) Podem ser tipo caneta eletroestimuladora.
c) Podem ser tipo cuba com água, para o banho galvânico.

d) Podem ser tipo rolo


e) Podem ser tipo tubo
f) Podem ser do tipo máscara
g) Podem ser confeccionada de borracha de silicone
h) Podem ser tipo auto-adesivos (para uso sem iontoforese)

TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS DA CORRENTE GALVÂNICA


a) Quanto menor for a área do eletrodo maior será a concentração de energia.
b) O paciente deverá experimentar uma sensação de formigamento ou ardência agradável quando
submetido à corrente galvânica. Caso o paciente reclame de ardência dolorosa ou qualquer outro tipo
de incômodo, ou ainda aparecer contração dolorosa deve-se diminuir a intensidade ou desligar o
aparelho.
c) Dosimetria: Leitão & Leitão (1995) orientam que a dosagem ideal gira em torno de 0,5 a 1
mA por cm2 de área do eletrodo; Guirro & Guirro orientam para 0,1 mA por cm2 de área de eletrodo
ativo. Soriano et al (2000), orientam que não deve-se ultrapassar nunca a intensidade de 0,05 mA/cm 2 
(Exemplo: Se o eletrodo tem 100 cm2, a itensidade máxima tolerável será de 5 mA (100 x 0,05 = 5
mA). Na prática clínica utiliza-se normalmente de 0 a 20 mA dependendo da sensação de
formigamento referida pelo paciente; a dosimetria do banho galvânico dependerá do tamanho do
recipiente, alguns autores mencionam 15 mA.
d) Deve-se tomar cuidado com a instalação do aparelho de CG na rede elétrica, pois sua
instalação próximo a aparelhos de ondas curtas pode fazer com que haja interferências, causando
oscilações na corrente podendo causar desconfortos ao paciente.
e) Tempo de aplicação: normalmente dura em torno de “15 a 30” min.
f) Os eletrodos devem ser cobertos por esponjas, feltros, ou algodão embebidos em água.
g) O banho galvânico pode ser indicado para aumentar a condutibilidade nervosa e trabalhar a
parte sensitiva, principalmente nos caso de parestesias, nevralgias, lesão de nervos periféricos,
perturbações circulatórias periféricas, contusões, etc...
h) É importante a identificação dos pólos (+ ou -), antes da terapia
i) A sensação de formigamento deve ser homogênea, não poderá se concentrar em um só ponto
do segmento tratado ou da placas
 j) Galvanização corporal (Soriano et al, 2000) - se utilizam faixas confeccionadas com um
material capaz de reter liquidos e faixas em forma de eletrodos com elevada condutividade eletrica. As
faixas podem ser molhadas com agua ou algum material iontoforetico. Normalmente utilizada para
tratar coxas e abdomem. Utiliza-se uma faixa para a parte superior e outra diferente para a parte
inferior, verificando que não haja contato entre elas. Se conectam os eletrodos da corrente galvanica de
maneira que um polo esteja na parte superior e outro na parte inferior. Normalmente a intensidade da
corrente e cerca de 5 mA, e o tempo de aplicação 30 min  

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 31/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  32
INDICAÇÕES
- Processos inflamatórios - Transtornos circulatórios
- Processos álgicos - Estimulação da irrigação sangüínea, etc 
- Lesões de nervos periféricos
- “Alterações de sensibilidade”
- Iontoforese

CONTRA INDICAÇÕES
- Quando o paciente apresenta vertigens[1] durante o tratamento
- Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea
- Marca-passo
- Implantações metálicas no campo de aplicação
[11]
- Locais com solução de continuidade  

TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO


- Convencional: 
Os eletrodos são acoplados na superfície do corpo, utilizando-se sempre um meio para facilitar a
introdução da corrente: esponja, algodão ou feltro embebidos em água quando o eletrodo for metálico;
e ainda também utiliza-se “gel” quando o eletrodo for de borracha de silicone.
- Máscara de Bergoniere: 
Confeccionada em material metálico flexível onde é colocada na hemiface com chumaço de
algodão embebido; na qual é conectado um dos pólos e o outro numa região do corpo para fechar o
circuito
- Eletroestimulação: 
É realizado utilizando a corrente galvânica de forma interrompida, adotando como um dos
eletrodos uma caneta eletroestimuladora que interrompe a corrente provocando estímulos em
estruturas mioneurais. A caneta deve estar acoplada no polo negativo (estimulante)
- Banho Galvânico: 

É umageneralizados.
patológicos forma de emprego da corrente
Utiliza-se galvânica
um recipiente com queágua
se destinam ao tratamento
onde é submergido de processos
o membro a ser
tratado, e coloca-se as placas no interior do recipiente, ou somente o polo positivo , ficando o polo
negativo no corpo do paciente, ou vice-versa. A vantagem da água é permitir contato homogêneo com
os tecidos e reduzir a resistência da pele, devendo para isto, estar com uma temperatura agradável. A
dosagem gira em torno de 15 a 30 mA, pode ser feito com duas cubas.

APLICAÇÕES CLÍNICAS
Artrite, artralgia, mialgia, neuralgia, neurite, ciatalgia, lombalgia, distensão, artrose, contusão,
transtornos tróficos, fibroses, hidratação dos tecidos, hipoestesia, plegias, Guillain-Barré, paralisia
facial, neuralgia do trigêmeo, lumbago, tendinite, bursite, escoliose, etc...

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 32/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  33
 

IONTOFORESE 
DEFINIÇÃO
É um fenômeno físico que se caracteriza pela penetração de uma substância terapêutica
através da pele íntegra por intermédio da corrente galvânica. É também conhecida como ionização,
iontopenetração, dieletrólise, dieletroforese, e jontoforese.

BASES BIOFÍSICAS DA IONTOFORESE 


a) Lei de Du Fay - cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e cargas de sinal contrário se
atraem.
b) Experiência de Chatzk nº 1: tinha o objetivo de demonstrar a migração iônica e os fenômenos de
eletrólise por ação de corrente galvânica.
- KI
 I  +
 K 

+ _ 

Chatzk pegou uma batata e fez um sulco em sua superfície, colocando iodeto de potássio, e
acoplou eletrodos de corrente galvânica. Ao final de um certo tempo   , ao retirar os eletrodos verificou
que a superfície da batata, no polo positivo, estava azulada devido à reação do amido com o iodo. E no
outro polo não houve coloração

EFEITOS
Experiência de LEDUC: tinha como objetivo demonstrar a penetração de íons e seus efeitos no
organismo pela ação da CG.
I- Convulsões te- 
tânicas 
+
II- Envenenamento
cianídrico  
Sulfato de estricnina água Cianureto Obs: Invertendo a
de potássio polaridade, nada 
aconteceu
I II
OBS: Na prática ambulatorial da iontoforese os efeitos sistêmicos não são importantes nem se
buscam em terapêutica.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 33/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  34
TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO
- É de fundamental importância para a prática da iontoforese, a determinação do polo negativo
ou positivo dos eletrodos. O íon ativo se deduz na fórmula química do medicamento e o pólo usado
deve ser o mesmo do íon ativo.
- Na iontoforese subaquática os eletrodos são representados por recipientes contendo soluções
eletrolíticas.
- Na iontoforese transcerebral o eletrodo ativo (com o medicamento) é colocado sobre um ou
sobre os dois olhos e o eletrodo passivo no buraco occipital (foramen magnum); - 1 a 3 mA para um
olho, e 4 a 5 mA para a técnica binocular, com 30 a 40 min de duração. [34] 
- Os medicamentos devem estar constituídos de partículas ionizáveis e em concentrações
adequadas, porque se estas não são ionizáveis, não penetrarão na pele como desejamos. Concentrações
abaixo do normal não fazem efeito desejado e acima podem ser lesivos à pele e ao organismo.
- Os medicamentos dever ser hidrosolúveis, ou seja, que o produto seja solúvel em água. Por
exemplo: as soluções. Deve-se evitar cremes, pomadas, emulsões, etc. (principalmente os gordurosos) 
[60]
 
- Geralmente, são usados medicamentos em concentrações de 1 a 2 %, colocados em
esponjas/algodão, sempre maiores que a placa para evitar queimaduras.
- A quantidade e a velocidade de liberação da medicação dependem: da voltagem total aplicada,
da duração do tratamento, da resistência da pele ao movimento iônico, do pH local, do potencial de
ionização da medicaçãoou de seu solvente, do tamanho do eletrodo e da concentração da droga no
eletrodo ativo[89, 104] 
- A transferência da medicação ocorre por meio dos portais formados por folículos capilares e
poros da pele[104] 
- Esta técnica libera a medicação em profundidades que variam de 6 a 20 mm[104] 
- Uma vez dentro dos tecidos , a medicação é espalhada por meio de difusão passiva, não sendo
mais afetada pela fonte de corrente[104].
- A taxa dessa difusão é tal que a medicação tende a permanecer mais concentrada dentro dos
tecidos diretamente subcutâneos ao local de introdução e progressivamente menos concentrado nos
tecidos mais profundos e nos tecidos periféricos ao local de tratamento[104] 
- Segundo Guirro & Guirro (1996), os fenômenos eletrosmóticos auxiliam a penetração dos
cátions, pelo deslocamento passivo, e dificultam a dos ânions, que devem exercer deslocamento
contrário à moléculas de água.
- A forma de utilização dos eletrodos na iontoforese é similar à utilizada na galvanização
convencional.
nas Entretanto
mais diversas Raviereconcluiu
patologias, (1970), em
que seu experimentodos
a disposição sobre ionização
eletrodos de mucopolissacarídeos
é fator primordial para a
obtenção de bons resultados. O autor utilizou duas técnicas de colocação de eletrodos, a transversal e a
longitudinal, constatando a relação entre os resultados pequenos e nulos com a técnica longitudinal e
os resultados bons e médios com a técnica transversal.
- Não se pode deixar de mencionar que os efeitos polares desencadeados pela corrente galvânica
também são responsáveis em parte pelos efeitos terapêuticos resultantes da iontoforese. Cabe então
supor que algumas das ações decorrentes da iontoforese são em parte devidas aos efeitos polares da
própria corrente[119].
DOSIMETRIA
- Normalmente utiliza-se igualmente à da corrente galvânica convencional, tendo a preocupação
com a sensibilidade do paciente para não haver lesão com superdosificação.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 34/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  35
- Entretanto, Andrews e col. (2000) e Starkey (2001), relatam que a dose da medicação
liberada durante o tratamento é medida em miliamperes por minuto (mA/min): <Amperagem da
corrente x duração do tratamento>
Ex.: Se a dosagem recomendada da corrente para uma determinada substância medicamentosa
é 50 mA/min, pode-se modular no aparelho 5 mA por um tempo de 10 min. (5 mA x 10 min. = 50
mA/min).
- Andrews e col (2000) relatam que por razões de segurança, a intensidade máxima da corrente
permitida é geralmente de 4 a 5 mA.
- Guirro & Guirro (2002), relatam que o emprego da iontoforese na clínica apresenta-se bastante
limitado nos dias de hoje. Esse não-desenvolvimento talvez tenha se devido à escassez de
experimentos que fundamentam cientificamente as dosagens ótimas de drogas específicas,
relacionando-as ao tempo de aplicação e à intensidade da corrente.
- Soriano et al (2000), relatam que tanto a intensidade por cm2 do eletrodo, como a polaridade do
produto e a duração da sessão, são dados que o fabricante do produto ionizável deve informar, já que
estes parâmetros dependem das características específicas do produto a der introduzido, de seu
tamanho molecular, e de seu comportamento eletroforético, etc. Entretanto, em nenhum caso, a
intensidade indicada deverá ultrapassar o limiar doloroso da pessoa em tratamento, ou em caso de risco
deve-se diminuir a intensidade da corrente e aumentar proporcionalmente a duração da sessão, como
por exemplo: Para uma substância que se deve introduzir a uma intensidade de 4 mA, durante 10
minutos, obter-se-á os mesmos efeitos utilizando-se 2 mA de intensidade por 20 minutos.
- Segundo Low & Reed (2000), a penetração do medicamento é maior durante os seis primeiros
minutos. Segundo os autores, a duplicação do tempo de tratamento (12 minutos) aumenta o índice de
penetração em aproximadamente em 25%. Relatam ainda que após esse período a quantidade de
solução restante é bastante reduzida e que pouco adianta aumentar o tempo de aplicação.

[05, 104, 106, 118]


DESVANTAGENS  
A penetração dos iontes e da própria corrente galvânica nos tecidos humanos é um fenômeno
comprovado e, portanto, fora de discussão. Entretanto, existem alguns fatores que dificultam o
processo de iontoforese:
- O estrato córneo é a principal barreira para a transferência de substâncias através da pele para
dentro dos tecidos[104] 
- A impossibilidade de utilizar esse método para o tratamento de estruturas profundas
- Apenas uma pequeno número de medicamentos tiveram comprovação experimental com a
iontoforese;
- Alguns dos medicamentos, geralmente utilizados, contém íons de ambas as polaridades, o que
dificulta a introdução global do medicamento;
- Certas drogas produzem resultados não-confiáveis, podendo surgir dúvida sobre até que ponto
a droga está sendo de fato, introduzida nos tecidos[106] 
- A quantidade eficaz do medicamento introduzido é difícil de ser determinada[104] 
- A possibiidade de uma concentração da medicação aquém da terapêutica alcançar o tecido-
[104]
alvo  
- A intensidade da corrente e o seu tempo de aplicação constituem fatores óbvios e que impõem
um limite nas possibilidades da terapia, pois, excedidos estes parâmetros, pode haver risco de
lesões[119].
- Os fenômenos eletrosmóticos auxiliam na penetração dos cátions pelo arraste passivo e
dificultam na dos ânions, que devem exercer deslocamento contrário às moléculas de água.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 35/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  36
VANTAGENS[104, 107, 118] 
A iontoforese é um procedimento de efeitos locais indiscutíveis, mesmo que superficiais. Os
benefícios terapêuticos da introdução de medicamentos por esta via são os seguintes:
- Ação localizada do medicamento, podendo este estar em maior concentração na área lesada
- O medicamento não passa pelo fígado, o que reduz a decomposição metabólica da

medicação.
- A droga pode também ficar concentrada em uma área localizada, em vez de ser absorvida no
trato gastrointestinal, resultando em sua liberação local e não-sistêmica.
- O medicamento pode ser introduzido em áreas específicas do corpo, reduzindo de maneira
significativa os efeitos colaterais sistêmicos dos medicamentos adminstrados por via oral, além de ser
evitado o dano tecidual produzido pela introdução de uma agulha.
- Ação mais efetiva e prolongada do fármaco no sítio da lesão
OBS.: Existem aparelhos próprios para a iontoforese construídos com com caracterísicas de
segurança para reduzir o risco de queimaduras, características essas que não são encontradas nos

aparelhos comuns.
automaticamente Estaa impedância
quando característica de segurança
do tecido faz com quealtaosou aparelhos
torna-se excessivamente desliguema
se for desconectada
área de contato[74].

PRECAUÇÕES[74, 82, 118] 


1. Não use duas substâncias químicas debaixo do mesmo elétrodo, ainda que tenham a mesma
polaridade, para uma repulsão mútua; isto pode impedir ou diminuir a penetração desejada. Aplicações
separadas poderiam ser mais eficazes.
2. Evitar medicamentos em eletrodos de polaridade oposta

Reação alérgica e de sensibilidade para transferências de íons são raras comparado a


queimaduras. Seguem sugestões para reduzir tais efeitos[82]:
1. Com alergia para frutos do mar, evite iodo.
2. Evite salicilatos em pacientes alérgicos a aspirina.
3. Pacientes sensíveis a metais que podem reagir com cobre, zinco, magnésio e outros metais.

INDICAÇÕES DA IONTOFORESE
A iontoforese é indicada principalmente em afecções, onde a atuação da eletricidade e do
fármaco se fazem necessário, principalmente afecções cutâneas superficiais, contraturas, cicatrizes de
tendência a quelóide, celulite, gordura localizada, rugas, acne, limpeza e hidratação profunda, nutrição,
umectação, desincrustação, pele flácida, tratamento preventivo da involução cutânea, prevenção ou
atenuação das consequências do envelhecimento, manchas, estrias, aumento da síntese de colágeno,
ativa microcirculação, revitaliazação de células cutâneas, ação antioxidante, atenuação de linhas de
expressão.
- A terapêutica utilizada na celulite visa promover a despolimerização da substância fundamental
amorfa[11].

CONTRA INDICAÇÃO 
- Quando houver cefaléia, vertigens e colapso circulatório.
- Quando forem constatadas irritações cutâneas
- “Perda de sensibilidade”

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 36/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  37
- Paciente com dificuldade de compreensão da técnica
- Áreas cardíacas
- Deve-se evitar aplicar os eletrodos sobre feridas ou pele irritada.

ALGUMAS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA IONTOFORESE ESTÉTICA [87, 118, 122] 

Medicação Polaridade  Ação


- Aminoácidos Positivo Queratinização da pele, e ação sobre os
fibroblastos
- Hidrolisados de algas Positivo Hidrólise de gorduras celulíticas
- Cloreto de sódio Positivo Hidratação para peles envelhecidas
- Thiomucase (hialuronidase) Negativo Anti-celulítico, despolimerizante
- Solução hidroetanólica a 10% (própolis) Positivo Antisséptica e cicatrizante (acne e desincrust.)
- Ácido pantotênico a 5% Positivo Queda de cabelo

- Infusão de sálvia Positivo Adstringente e antisséptica (seborréia e


hi erhidrose
- Extrato de hamamelis Positivo Adstringente/antisséptica (couperrose e acne)
- Extrato de hera Positivo Antiedematoso (celulite e estrias)
- Iodo a 4% Negativo Esclerótico e bactericida
- Citrato de potássio a 2% Negativo Antinflamatório
- Hialuronidase Positivo Antiedematosa, linfoedema, celulite
- Ácido hialurônico hexosamina a 0,2% Negativo Flacidez cutânea
- Benzedamina CIH Positivo Antinflamatório, celulite
- Fosfatase alcalina Negativo Envelhecimento cutãneo e respiração celular
- Óxido de zinco a 2% Positivo Cicatrizante
- Endometacina C Negativo Celulite
- Poliester sulfúrico de mucopolisacarídeo Negativo Desidratação e flacidez cutânea

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- Leitão, Araújo e Leitão, Valéria A. - CLÍNICA DE REABILITAÇÃO - Ed. Atheneu - 1995
2- Guyton, Arthur C. - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996
3- Kottke, F.J., Lehamann J. F. - TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN - 1994 Ed Manole
5- Gutmann, A. Zauner -  FISIOTERAPIA ATUAL - Pancast Ed. – 1989
7- Machado, Clauton M. - ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA - Pancast Ed. - 1991
8- Pauline, M. Scott.- CLAYTONS: ELETROTERAPIA E ACTINOTERAPIA -Ed. Jims -Barcelona 1972
9- Catarina Mabel C. Moreira e Márcia Mª B. Guimarães - Apontamentos do “Curso Intensivo de Eletroterapia – Métodos e
Técnicas” – 1990 – Associação Fluminense de Reabilitação – Niteroi – Rio de Janeiro
11- Girro, Elaine C. O. - Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS  -
Ed Manorle - 2ª Ed.Sheila
12- Kitchen, - 1996e Bazin, Sarah - ELETROTERAPIA DE CLAYTON   - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São
Paulo - 1998
17- Lucena, Carlos - ELETROTERAPIA - Ed Lovise - 1990
27- R.V. den Adel; R.H. J. Luykx -  ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA -  ENRAF NONIUS DELFT - 1990

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 37/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  38
 
34- - Leitão, Araújo - FISIATRIA CLÍNICA - Liv. Atheneu – 1979
60- Macedo, O. R., Turovelzky, H. L., Silva, I. e Teixeira, S. V. – CORRENTE GALVÂNICA E IONIZAÇÃO  – Nouvelles
Esthétiques – Ano X, n° 53 , Fev/2000 – Rio de Janeiro - pp.18-33
74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico  - Ed.
Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001
82- Wing, T. - IONTOPHORESIS FOR CHIROPRACTORS, Part 2 - Chiropractic Economics - September/October - 1993
87- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. - 2001- RJ
89- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. - REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS  - 2ª Ed.
- Ed. Guanabara Koogan
104- Salgado, A. S.- 2000 - pp. 61-95
I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999
105- Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001
106- Harris, P. R. -  IONTOPHORESIS: CLINICAL RESEARCH IN MUSCULOSKELETAL INFLAMMATORY
CONDITIONS  - J. Orthop. Sports Phys. Ther. - 4:109 - 1982
Apud Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001
107- Henley, E. J. - TRANSCUTANEOUS DRUG DELIVERY: IONTOPHORESIS, PHONOPHORESIS   - Physical
and Rehabilitation Medicine - 2:139 - 1991
Apud Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001
118- Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E
PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002
119- Lowe, J. & Reed, A. - ELECTROTHERAPY EXPLANINED - PRUNCIPLES AND PRATICE. - Butterworth Heinemann,
Oxford, 3ª ed. 431p. - 2000
Apud   Girro,
PATOLOGIAS  E. C. O.
- Ed Manorle - 3ª& Ed.
Guirro, R. R.e J.
Revisada - FISIOTERAPIA
ampliada - 2002 DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E
120- Kahn, J. - IONTOFORESE -  In PRINCIPLES AND PRATICE OF ELECTROTHERAPY. Churchill Livinstone, 2 ed. cap
7, pp.119-35 - 1991
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E
PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002
121- Raviere, B. - SIX ANNES DE PRATIQUE DÉ IONISATION DE MUCOPOLYSACCHARÍDASES - G.M. de France, 77,
1970
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E
PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002
122- Soriano, M. C. D., Pérez, S. C., Baqués, M. I. C. - ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA - TEORIA Y
PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA - Sorisa - Espanha - 2000

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 38/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  39
 

INTRODUÇÃO
O procedimento de todo o tratamento estético deve começar por uma limpeza profunda,
adequada ao tipo de pele, pois só assim se poderá proceder a um estudo profundo e conhecer suas
características e necessidades.
A pressão exercida na glândula sudorípara pelo excesso de sebo cutâneo pode levar ao seu
rebentamento na derme dando origem a um processo inflamatório na zona de contato devido a ação
irritante dos ácidos livres, forma-se assim externamente uma papila vermelha que indica a existência
de uma afecção não patológica.
Mesmo sem chegar a esse extremo, uma hiperscereção seborreica contraria uma boa higiene e é
desconfortável e inestética.
Estas manifestações da pele e seus anexos tem despertado o interesse dos especialistas em
cosmetologia e dermo-farmácia entre outros seguimentos, tendo várias fórmulas vindo a ser
apresentadas ao público.
Numa pele livre de qualquer cosmético pode-se concentrar a atenção nos seguintes fatores:
 Secreção sebácea;
 Aspecto granuloso;
 Grau de hidratação;

 Acidentes cutâneos (comedões - pontos negros - vermelhidão - etc)

DEFINIÇÃO
É um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das
peles exageradamente seborréicas[2].
Utiliza-se os efeitos polares da corrente galvânica para obter uma limpeza de substâncias
gordurosas da pele em profundidade[1] 
A desincrustação executa-se com um aparelho calibrado e montado para gerar corrente contínua;
portanto possui como característica o princípio galvânico, isto é, tensão contínua, constante e com
polaridade determinada (pólo positivo e pólo negativo). Atua pelo processo de eletrólise: passa-se uma
corrente elétrica através de uma solução condutora ou eletrólito decompondo-a, de água produz-se
hidrogênio[3].
É importante salientar que a desincrustação tem como objetivo estético retirar de forma suave os
incrustados na superfície epidérmica, que em linguagem estética (operacional) reproduz e/ou significa
limpar.
A atuação da corrente é superficial proporcionando destamponamento pilo-sebáceo, e é
importante observar que não existe, penetração das soluções empregadas nos desincrustadores.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 39/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  40
AÇÃO
Os estudos cosmetológicos confirmam que a utilização de produtos demasiado detergentes ou
solubilizantes energéticos, como o álcool de alta graduação, contribuem para provocar uma
hipersecreção seborreica de caráter reacional "efeito feed- back".
Soriano et al (2000), relatam que não se deve abusar desta técnica , já que poderia se produzir
um efeito "rebote" se as glândulas sebáceas gerassem a gordura que a pele precisa, porém em excesso,
para compensar a que se extraiu por meio do desincruste. Efeito que se tenta evitar.
Mais que simplesmente tirar o excesso de oleosidade da pele, o efeito obtido usando-se corrente
galvânica (que produz sódio por eletrólise e promove a retirada da gordura) é a reeducação do trabalho
das glândulas sebáceas e sudoríparas. Para tanto é sabido que o efeito feed-back ocorre se o trabalho de
desincrustação for executado de tal forma que interfira na produção das secreções ou elimine toda a
nova produção que seria maior para compensar a perda.
A desincrustação busca o equilíbrio do pH, reeducação do trabalho das glândulas sebáceas,
evitando o efeito feed-back, auxiliando na reeducação das glândulas sudoríparas evitando asfixia das
peles alípicas[3].

Busca-se
processo ultrapassar
de aplicação as barreiras
dos princípios da pele, auxiliando na penetração (preparação para posterior
ativos).
A função da assepsia efetuada através da corrente galvânica + cosméticos específicos para o tipo
de pele, proporciona um efeito para impedir a penetração de germes ou agentes nocivos [3].
Esta suave esfoliação clareia a epiderme e proporciona uma receptividade melhor ao tratamento
estético.
A limpeza profunda serve para limpar o folículo pilo-sebáceo do excesso de secreção sebácea,
facilitando a extração de comedões e acne vulgar, na limpeza dos canais foliculares e manutenção da
normalização do estado da epiderme recuperada[3].

formaSegundo Silvade(1999),
de elminação detritoso orgânicos
procedimento de ação eletroquímica,
e inorgânicos resulta
assimilados a nível nas pelesque
epidérmico, alípicas uma
produzem
obstrução na passagem osmótica de cosméticos a serem aplicados.
Segundo Winter (2001), a desincrustação é um procedimento de ação eletroquímica que tem
como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas. Portanto, a
desincrustação é inadequada para o tratamento de peles alípicas. Existem fabricantes de cosméticos
que oferecem uma loção desincrustante para pele seborréica e outra para pele alípica; ora, se a pele
alípica já tem falta de oleosidade, como se pode retirar o pouquinho que lhe resta? Este conceito é
corroborado por Miedes (1999), que diz que a desincrustação está unicamente recomendado em zonas
da pele seborreica.

Paraobter
espera-se as peles lipídicas,das
a eliminação além da reeducação
secreções do trabalho
das glândulas dassem
sebáceas glândulas sebáceas
sua retirada total, epara
sudoríparas,
que, seja
evitado o efeito "feed-back" (em se retirando toda a secreção, será produzida mais para a
compensação); e eliminação dos vestígios de maquiagem, bem como, sujeiras da atmosfera poluída[3].
A solução desincrustante, por exemplo o carbonato de sódio, reage com o sebo saponificando-
[2]
o .
A solução de carbonato de sódio apresenta um pH de 12, o que quer dizer que ela é altamente
alcalina. A pele normal tem um pH de 4,5 a 5,5, levemente ácida. A pele normal tem uma grande
capacidade de amortecer as variações bruscas de pH, porque sua capa ácida contém uma grande
quantidade de ácidos orgânicos dissolvidos  juntamente com seus respectivos sais (ácido láctico e
lactato, ácido do
normalização carbônico de  pirolidon
pH, porque e seusdosais).
uma boa parte manto Apesar disso, convém
hidrolipídico acelerar-se
foi removido o processo da
pela desincrustação.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 40/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  41
Para restabelecer-se rapidamente o pH normal, a pele deve ser lavada após a desincrustação com
água morna, à qual foram adicionadas algumas gotas de vinagre ou limão [1].
Os ácidos graxos do sebo se combinam com um álcali diluído (solução desincrustante), dando
lugar à formação de sabão. Posteriormente, devido o caráter elétrico debilmente positivo do sabão, ele
é extraído com um eletrodo conectado ao polo negativo de uma corrente galvânica[1].

INDICAÇÁO
- Peles seborréicas / oleosas
- Acne / comedões
As peles acneicas ou de tendência acneica, estão como um estado de asfixia, signifcando este
termo a dificuldade que a secreção sebácea tem em ser excretada para o exterior, ficando retido no
canal do folículo piloso. É portanto, conveniente proceder a uma limpeza profunda, que permita à pele
uma melhor troca com o exterior, respirar melhor.
- Preparação para a introdução de substâncias ativas solvidas em meio aquoso por iontoforese.

A desincrustação
em peles excessivamente como tratamento
seborréicas, cujapreparativo para umaaumenta
grande oleosidade iontoforese é utilizadadaprincipalmente
a resistência pele contra a
corrente elétrica. A desincrustação, antecedendo a iontoforese, remove a oleosidade excessiva, abrindo
caminho para a penetração das substâncias desejadas. Os cosméticos ionizáveis são regulados para
agirem em ambiente de pH normal da pele, razão pela qual a pele deve ser lavada após a
desincrustação com água morna levemente acidificada, antes de executar-se a iontoforese[2].

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
No caso da pele, usa-se produto de superfície e no caso do instrumental, pode-se fervê-lo, utilizar

esterilizador/germicida
Nos casos de acne e substâncias
vulgar e próprias
comedõesparao aenxofre
assepsia.e o salicitado de sódio são conhecidos
cicatrizantes e eliminadores dos processos acneicos e comedônicos.
Utiliza-se um eletrodo em forma de  jacaré , gancho  ou rolo  como eletrodo ativo, sendo este
colocado no polo negativo. O eletrodo passivo (polo positivo) em forma de placa de carbono ou de
metal ou bastão pode ser colocado sob o ombro direito ou fixado no braço direito.
Winter (2001), relata a utilização de intensidade entre 0,2 a 1 mA (formigamento leve), com
duração de 10 a 15 minutos aproximadamente. Entretanto, Miedes (1999), diverge intensamente
quando menciona a utilização de intensidade em torno de 1 a 5 mA, com duração de 3 a 4 minutos por
sessão. E que a intensidade deve estar relacionada diretamente com o tamanho do eletrodo. Tamanho
menor, menor intensidade. Soriano et al (2000), mencionam que em virtude da pouca superfície do
eletrodo ativo, se trabalha com uma intensidade que não deve ser superior a 1 a 1,5 mA, dependendo
da sensibilidade e o tipo de pele, e a duração da sessão deve ser de 3 a 4 minutos.
Deve-se colocar algodão embebido em alguma substância desincrustante, envolvendo
corretamente o eletrodo ativo, sem que as partes metálicas possam entrar em contato com a pele
 Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a ser tratada, exercendo
uma pressão uniforme e firme. Os movimentos devem ser retilíneos e ordenados de maneira a
esquadrinhar toda a superfície a ser tratada[2]. Soriano et al (2000), diz que enquanto durar a sessão o
eletrodo deverá manter-se em contínuo movimento  

Pelo fato
ao algodão quedos íons deeste
envolve sódio terem polaridade
eletrodo. positiva, osão
Após a aplicação, atraídosadquire
algodão pelo polo
cornegativo,
cinzenta fixando-os
onde teve
contato com a pele, pois ali deu-se. a saponificação do sebo.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 41/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  42
O algodão embebido deve estar suficientemente umedecido com o desincrustante, porém sem
estar encharcado.
Se o algodão secar durante a aplicação, pode-se umedecê-lo novamente por meio de um conta-
gotas, sem que seja necessário interromper a aplicação. 
Nas peles mistas, que geralmente apresentam seborréia na região do "T" (testa, nariz e queixo), a
desincrustação deve tratar somente as áreas seborréicas.
Segundo Miedes (1999), como solução desincrustante pode-se utilizar:
- Solução aquosa a 10 % de bicarbonato de sódio
- Solução aquosa a 10 % de sal
- Solução aquosa a 5 % de carbonato de sódio
Segundo Winter (2001) pode-se utilizar carbonato de sódio a 1 % (preferível) ou salicilato de
sadio a 2%.
Miedes (1999), sugere que deve haver um intervalo, entre uma sessão e outra, de no mínimo um
mês já que pode aparecer o denominado "efeito rebote" mediante o sebo que foi eliminado [1]. Soriano
et al (2000), relatam que deve haver um intervalo entre as sessões de 15 a 20 dias.
Segundo Miedes (1999), antes de uma desincrustação pode-se realizar:
a) Limpeza superficial para melhorar os efeitos da desincrustação
b) Aplicação de vapor para que com o calor úmido se facilite a penetração do produto
desincrustante.

CONTRA-INDICAÇÕES
- Alergia ao agente desincrustante
- Hipersensibilidade à corrente elétrica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 41-43
2- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 129-133
3- Silva, Mariângela T. - ELETROLIFTING - Ed. Vida Estética - 1998 - pp. 110-113
4- Soriano, M. C. D., Pérez, S. C., Baqués, M. I. C. - ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA - TEORIA Y
PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA - Sorisa - Espanha - 2000

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 42/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  43
 

HISTÓRICO
Nos fins dos anos 70, depois de uma rápida proliferação de unidades de TENS para controle da dor, o
interesse na eleteroterapia foi aumentado pelos registros de pesquisa na União Soviética que afirmaram que a
ativação elétrica regular do músculo era mais efetiva que o exercício no fortalecimento do músculo esquelético
em atletas de elite. Isto aconteceu por volta de 1977 durante um simpósio sobre eletroestimulação
neuromuscular, onde o pesquisador russo Yakov Kots, professor de medicina desportiva na Academia do Estado
em Moscou, apresentou o desenvolvimento de uma técnica de eletroestimulação que poderia aumentar a força
muscular em 30 a 40% em atletas de elite, e também nos cosmonautas russos. Esses ganhos de força eram
maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios. Esta pesquisa resultou em melhorias no
desenvolvimento e no design de uma classe de aparelhos para Estimulação Elétrica Neuromuscular [27, 74] 
Outros benefícios registrados com a técnica de Kots foram o aumento da resistência muscular e a
alteração da velocidade das contrações musculares [105].

CONCEITO
Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001) a corrente originalmente utilizada pelos
pesquisadores soviéticos foi uma corrente alternada simétrica, sinusoidal de 2500 Hz que era modulada
por burst  a cada 10 ms para fornecer 50 bursts por segundo.
Esta forma de estimulação foi promovida comercialmente como "Estimulação Russa"[74, 105].

Segundo
mais ou menosAdel & Luykx
no centro (1990) ode
do espectro pesquisador
frequênciassoviético
utilizadoutilizou
para a bursts
geração dede
50contrações
Hz por se encontrar
tetânicas
(40 Hz a 80 Hz).
A corrente russa pode ser definida com uma corrente alternada de média freqüência, que pode
ser modulada por “rajadas” (bursts) e é utilizada com fins excitomotores[12, 27, 74]
Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100 mA[26].

CICLO

PROPRIEDADES HISTOLÓGICAS, HISTOQUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DA


MUSCULATURA
As fibras musculares foram classificadas de acordo com sua constituição, e que os grupos
musculares em sua maioria eram mistos, ou seja, compostos de mais de um tipo de fibra muscular.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 43/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  44
Em pesquisas realizadas sobre o comportamento clínico da nossa musculatura foram
observados basicamente 2 tipos de fibras musculares: fásicas e tônicas, ou brancas e vermelhas, sendo
as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação[62].
Pesquisadores demonstraram que, com exceção de poucos músculos, o corpo humano só contém
músculos com composição de fibras musculares mistas, e que esta composição das fibras musculares
varia muito de uma pessoa para outra [63]. Guyton (1996) afirma que algumas pessoas podem possuir
número
certo bastante
ponto, maior de fibras
as capacidades rápidas
atléticas que de fibras
dos diversos lentas, e isso obviamente poderia determinar, até
indivíduos.
E foi comprovado também que as primeiras fibras a serem recrutadas para executar o movimento
são as fibras vermelhas, e as fibras brancas só se ativam se for necessário força suplementar. Em
movimentos rápidos as unidades motoras fásicas podem ser ativadas antes que as unidades motoras
tônicas[64].
Atualmente se tem estabelecido uma classificação dos tipos de fibras musculares, baseado na
miosina APTase, de forma mais abrangente, onde são estabelecidos subdivisões para fibras fásicas. [26,
27, 33, 74, 83, 84, 85, 86, 104]

CARACTERÍSTICAS TIPO DE FIBRA MUSCULAR


Tônicas Intermediárias Fásicas
Tipo I Tipo IIa Tipo IIb
S (Slow) FF (fast fatigable) FR (Fast resistent)
SO FOG FG
LO ROG RG
ST FTa FTb

- Diâmetro da fibra muscular 26 mm 28 mm 46 mm


- Tipo de contração Tônica (prolongada)  Tônica(prolongada)  Fásica(breve) 
-- Suprimento vascular
Atividades de enzimas oxidativas Rico
Alta Rico
Médio-alta Escasso
Baixa
- Conteúdo mitocondrial Alto Alto Baixo
- Atividades de enzimas glicolíticas Baixa Alta Alta
- Conteúdo de glicogênio Baixo Alto Alto
- Conteúdo de mioglobina Alto Alto Baixo
- Resistência à fadiga Muito alta Alta Baixa
- Tensão tetânica Baixa Intermediária Alta
- Número de fibras/unidade Pequeno Intermediário Grande
- Frequência de uso Alta Intermediária Baixa
- Ordem de recrutamento Primeiro Intermediária Última
- Tamanho da unidade do corpo celular Pequeno Intermediário Grande
- Veloc. condução do impulso nervoso Baixa (Aα2) Intermediária Alta(Aα1)
- Cor predominante Vermelha (escura) Vermelha Branca
- Conteúdo lipídico  Alto Intermediário Baixo
- Filogênese Velha "Intermediária" Jovem
- Frequência tetânica 10-30 Hz "Intermediária" 35-150 Hz
- Comportamento funcional Estática Dinâmica Dinâmica
- Produção de força Baixa Relativ. alta Alta

Scott (1998) afirma que os músculos humanos são heterogêneos, visto estarem compostos por
uma ampla variedade de fibras musculares distintas. Fibras pertencentes a qualquer unidade motora se
alastram por um grande território, ao invés de ficarem interagrupadas. O uso de técnicas sofisticadas

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 44/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  45
para verificação da distribuição das fibras demonstrou que, com efeito, existem diferenças sutis
dentro de cada unidade motora considerada individualmente.
Salgado (1992), faz alusão a relatos de autores que afirmam que as fibras musculares de uma
unidade motora não ficam todas agrupadas no músculo, mas, que pelo contrário, ficam dispersas por
todo o músculo em microfeixes de 3 a 15 fibras, o que leva à intercalação de microfeixes de diversas
unidades motoras. Esta interdigitação permite que unidades motoras distintas se contraiam, apoiando-
se umas às
possível outras,
ativar não defibras
somente formamusculares
total, comodesecontração
fossem segmentos
lenta semisolados, fazendoalgumas
ativar também com quefibras
não seja
de
contração rápida.
Segundo Enoka (2000), cada músculo humano contém uma mistura dos três tipos de fibras
musculares. E os dois mecanismos que determinam a proporção de tipos de fibras no músculo são a
hereditariedade e o uso.
A foto ao lado mostra a distinção entre os
tipos de fibras musculares, com coloração de
miosina ATPase, em uma seção transversa fina do
músculo do membro anterior de um gato[86].

A foto ao lado mostra a distinção


entre os tipos de fibras musculares, com
coloração de miosina ATPase, em um
corte transversal do músculo esquéletico
humano mostrando os três tipos de fibras
(tipo I, IIa, IIb) [87].

Weineck (1991), mostra nas fotografias abaixo as diferenças que podem existir de um indivíduo
para o outro, sob o ponto de vista genético, com relação à constituição física do músculo em maior
número de fibras brancas ou vermelhas.

A foto à esquerda
vermelhas (representadas mostra
pela cor preta),um músculocom
possuindo de um
isso corredor de provas
maior velocidade rasas resistência)
e pouca (poucas fibras
A foto à direita mostra o músculo de um ciclista (possui muitas fibras vermelhas,
possuindo com isso menor velocidade, entretanto maior resistência)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 45/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  46
 

Obs.: Fibras vermelhas são representadas pela cor preta;


Fibras brancas são representadas pela cor branca;
Fibras intermediárias são representadas pela cor cinza
Músculos que são requisitados para produzirem níveis moderados de tensão por longos períodos
de tempo contêm uma alta porcentagem de fibras musculares resistentes à fadiga. Músculos
requisitados para produzirem níveis de força rápidos e altos por breves intervalos contêm uma alta
porcentagem de unidades fatigáveis fortes e de contração rápida[74].

COMPORTAMENTO CLÍNICO DA MUSCULATURA:

a) Musculatura de contração lenta (Tônica) 


Se caracterizam por um baixo nível de atividade de miosina ATPase, por uma menor velocidade
de contração e por uma capacidade glicolítica menos desenvolvida que suas congêneres de contração
rápida. Entretanto, as fibras de contração lenta contêm mitocôndrias relativamente volumosas e
numerosas, e é essa concentração de mitocôndrias, combinada com os altos níveis de mioglobina, que
empresta às fibras de concentração lenta sua pigmentação vermelha característica. Existe uma alta
concentração de enzimas mitocondriais necessárias para sustentar o metabolismo aeróbico (oxidativo).
Assim sendo, essas fibras são resistentes à fadiga e bem apropriadas para o exercício aeróbico
prolongado. [33]
As fibras musculares lentas são utilizadas para as atividades contínuas[12]. Poderíamos, então,
pensar que elas praticamente “não necessitariam ser trabalhadas”, pois bastaria ficar de pé para
exercitá-la (musculatura estática ou postural)[83]. Resistente e dinâmica, suporta intensa atividade e têm
grande capacidade de contração, o que permite, aliás, a movimentação de todo o corpo.

b) Musculatura de contração rápida (Fásica) 


As fibras musculares de contração rápida possuem uma alta capacidade para a transmissão
eletroquímica dos potenciais de ação, um alto nível de atividade de miosina ATPase, um nível rápido
de liberação e captação do cálcio pelo retículo sarcoplasmático e de um alto nível de renovação
(turnover ) das pontes cruzadas, características essas que se relacionam todas com sua capacidade de
gerar energia
contração e derapidamente
elaboração depara produzir
tensão contrações
das fibras rápidas
de contração e vigorosas.
rápida A velocidade
é duas a três intrínseca
vezes maior de
que aquela
das fibras classificadas como contração lenta. São fibras que dependem essencialmente do sistema
glicolítico a curto prazo e bem desenvolvido para a transferência de energia.[33].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 46/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  47
Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas na atividades explosivas e rápidas, assim
como em outras contrações musculares vigorosas, que dependem quase que inteiramente do
metabolismo anaeróbico para a produção de energia. As capacidades metabólicas e contráteis dessas
fibras são igualmente importantes nos desportos com paradas e arranques e mudanças de ritmo tipo
basquete ou hóquei de campo, que às vezes necessitam de energia rápida que somente as vias
metabólicas anaeróbicas podem fornecer.[33] 

Segundo
utilizadas Scott (1998),
nos momentos em queelahácansa-se com de
necessidade facilidade e não tolera
breves momentos contrações
de força intensa.prolongadas. São
Só é trabalhada com exercícios extenuantes e realizados numa freqüência rápida. Em virtude
disto alguns profissionais que cuidam da estética corporal afirmam que ela seria a responsável pela
flacidez e diminuição do tônus, em virtude das fibras vermelhas estarem constantemente sendo
requisitadas nas nossas atividades diárias mais costumeiras. Mas na prática clínica o que se vê é que o
desuso, a imobilização e também o descondicionamento físico podem gerar a flacidez e a hipotonia,
não só nas fibras brancas, mas também nas fibras vermelhas, o que muitas vezes torna difícil apontar
qual a fibra muscular verdadeiramente responsável pela flacidez.
c) Musculatura intermediária 
Dentro da subdivisão da fibra de contração rápida (tipo II), a fibra IIa é considerada
intermediária, pelo fato de sua velocidade de contração rápida estar combinada com uma capacidade
moderadamente bem desenvolvida para a transferência de energia tanto aeróbica (com um alto nível da
enzima aeróbica desidrogenase succínica ou SDH) quanto anaeróbica (com um alto nível da enzima
anaeróbica fosfofrutocinase ou PFK). Essas são as fibras rápidas-oxidativas-glicolíticas (RGO). A
fibra IIb possui o maior potencial anaeróbico e constitui a "verdadeira" fibra rápida-glicolítica (RG) [33,
86]
 

Composição de Fibras Musculares[26, 27] 

- Gastrocnêmio - 46,9 % a 56,9 % de fibras tônicas


- Glúteos - 41,2 % a 71,5 % de fibras tônicas
- Sóleo - 69,8 % a 100 % de fibras tônicas
- Tibial anterior - 56,6 % a 80,5 % de fibras tônicas
- Ílio-Psoas - 37 % a 60,9 % de fibras tônicas
- Vasto medial - 53,5 % a 79,8 % de fibras tônicas

OBSERVAÇÕES: 
Unidade motora é difinida como a unidade funcional básica do músculo esquelético, sendo esta
constituída pelo motoneurônio e pelas fibras musculares que inerva[104].
As fibras musculares de uma unidade motora pertencem ao mesmo tipo, o que põe em evidência
a função das mesmas, na expressão dos tipos de fibra e nas suas características de contração, ou seja,
as fibras inervadas por uma unidade motora possuem propriedades bioquímicas, físicas,
ultraestruturais e contráteis similares, o que nos mostra a importânci do motoneurônio ao controloar
todos estes parâmetros[113].
O tamanho do corpo celular do motoneurônio está relacionado ao número de fibras musculares
por ele inervadas. Grandes motoneurônios possuem corpos celulares maiores, axônios de maior
diâmetro
Isto e assim
se adequa uma velocidade
melhor de condução
às fibras musculares mais alta
fásicas, emelas
já que comparação
precisamcom os pequenos
fornecer neurônios.
força explosiva de
curta duração ou de alguma forma uma força adicional de duração mais longa. A movimentação do
componente fásico é de alguma forma mais rude porque a unidade motora é maior, são as primeiras a

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 47/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  48
entrarem em atividade quando se exige uma reação inesperada e rápida do músculo. Este fato pode
ser visto comparativamente dentro do mesmo músculo[12, 26] 
O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -70 mV[26];
O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -90 mV[26].
Quando uma pessoa se exercita com níveis aeróbicos quase máximos, como na corrida de meia

distânciadeouenergia
mistura na natação, ou nos
aeróbica desportos são
e anaeróbica, tipoativados
basquete, hóquei
ambos os de campo
tipos ou futebol,
de fibras que exigem
musculares.  [33] uma
Segundo Faulkner e col. (1990), a insuficência, contenção ou restrição da performance muscular
e da atividade elétrica muscular aparenta ser dependente da velocidade, pois exercícios rápidos, com
maior velocidade, são mais afetados pelo resfriamento do que os mais lentos, com menor velocidade,
sugerindo assim que as fibras musculares de contração rápida são mais susceptíveis ao resfriamento.
Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001), durante contração muscular voluntária, as
unidades motoras são recrutadas de uma maneira dessincronizada. Isto é, unidades motoras não são
todas ativadas no mesmo instante no tempo. As frequências de descarga de unidades motoras
recrutadas em contração voluntária também não são todas as mesmas. Algumas unidades podem ser
descarregadas
em frequênciasa menores.
baixas frequências fixasque
Uma questão enquanto outras podemenfrentaram
os neurocientistas descarregarpor
irregularmente até mesmo
anos foi: como o SNC
sabe quais motoneurônios ativou com a finalidade de produzir um nível particular de contração? Agora
existem evidências que indicam que motonerurônios são recrutados na maioria das contrações numa
sequência ordenada. O comando do SNC para iniciar a contração muscular primeiro ativa os menores
(maior resistência interna) motoneurônios alfa. Se mais força é requerida para devidamente executar
uma atividade, os sinais do comando do SNC são aumentados e progressivamente os motoneurônios
maiores (baixa resistência interna) são ativados. Enoka (1988) e outros autores, mencionam que este
recrutamento, primeiramente descrito por Henneman, tem uma sequência conhecida como Princípio
do Tamanho de Henneman.
Portanto, uma vez que o tamanho do motoneurônio alfa é relacionado com o tipo de fibras
musculares inervadas pelo neurônio, o recrutamento de unidades motoras em contração geralmente
seguirá de unidades motoras do tipo lenta para unidades do tipo intermediária e finalmente para
unidades do tipo rápida com o aumento do nível de contração. Aquelas unidades motoras designadas
para gerarem tensão por relativamente longos períodos sem fadiga substancial (tipo lenta e
intermediária) são então usadas em sua maioria nas contrações volitivas. Unidades do tipo rápida, que
são capazes de produzir altos níveis de tensão por períodos muito curtos, são usadas apenas
ocasionalmente, em contrações de alto nível de força[74, 105] 
Andrews e col. (2000), explicam que uma razão para a eletroestimulação ser mais eficaz aos
pacientes do que apenas o exercício, reside na diferença nos padrões de recrutamento e de acionamento
(disparo) entre a eletroestimulação e as contrações musculares voluntárias. Em uma contração
voluntária, o recrutamento das unidades motoras no músculo esquelético obedece a um padrão quando
o influxo do SNC determina o início da contração em um músculo (como citado no parágrafo acima),
 já no início da reabilitação, o treinamento típico com exercícios normalmente envolve um peso mais
baixo, para evitar o estresse excessivo da articulação sesionada. Portanto, as fibras de contração rápida
seriam recrutadas apenas raramente (pois são recrutadas com esforço suplementar), assim sendo,
receberiam poucos efeitos de treinamento em virtude deste exercício. Com a eletroestimulação a
articulação pode ser estabilizada e as fibras de contração rápida pode ser recrutadas com cada
contração. Starkey (2001), relata que a estimulação elétrica estimula os nervos motores de grande
diâmetro do tipo II a se contraírem antes das fibras do tipo I. Como as fibras do tipo II são capazes de
produzir mais força, o vigor da contração aumenta.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 48/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  49
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE RUSSA
É uma corrente alternada, com freqüência portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média
freqüência), modulada em bursts com baixa frequência[12, 74].
As frequências de estimulação necessárias para a geração de uma força resultante ou somação
tetânica uniforme são diferentes; fibras musculares lentas (possuidoras de tempos de contração e
relaxamento mais lentos) fazem somação em frequências de estimulação mais baixas, enquanto que as
fibras musculares de contração mais rápida geram forças maiores e uma contração tetânica uniforme
em frequências mais altas[12] 
A estimulação de um músculo ou fibras neuro-musculares com frequências maiores que a sua
velocidade de despolarização/repolarização máxima, faz com que essas fibras de despolarizem na sua
frequência própria, tornando a despolarização assíncrona, ou seja, a cada pulso de corrente não
corresponde a uma despolarização da fibra. E isto se dá basicamente por dois aspectos[26, 61, 74]:
a) Pode haver a possibilidade da frequência média ter um valor acima da frequência de
despolarização máxima das fibras nervosas motoras (algum ponto entre 1000 e 3000 Hz), pois durante
a estimulação alguns pulsos podem coincidir com o período refratário absoluto causando maior
dificuldade na repolarização. O retorno ao potencial de repouso da membrana torna-se cada vez mais
demorado, terminando por não mais se estabelecer enquanto durar a estimulação.
b) Em virtude da frequência elevada, ocorre intensa fadiga da placa motora terminal com a
estimulação elétrica, não permitindo que essa placa motora converta os impulsos elétricos em
despolarização da membrana da fibra muscular. O nervo então demonstra um fenômeno de
acomodação que faz com que o período refratário se torne cada vez mais longo. 
Para prevenir o que foi exposto acima pode haver necessidade de se interromper a frequência
média, em intervalos que devem coincidir com o término de cada despolarização, evitando que fibra
nervosa seja bombardeada durante o período refratário. Nestas configurações, a fibra se desporaliza na
frequência de modulação (interrupção), conservando sua sensibilidade à estimulação elétrica. [26, 61] 

Encontra-se
modulação na formana de
corrente
rajadasrussa as características
há uma de interrupção
interrupção durante a qual a citadas
correnteacima,
é nula,pois em favorece
e isso virtude daa
prevenção de fadiga na placa motora. 
Portanto a interrupção da média frequência em diversas frequências baixas (modulação), permite
o trabalho das diferentes fibras musculares, de acordo com as velocidades ótimas de despolarização de
cada tipo de neurônio motor (fibra fásica ou tônica). Pois segundo Hoogland (1988), se trabalharmos
com correntes alternadas não moduladas com uma frequência acima de 3000 Mhz a unidade motora
se descarregará em sua própria frequência não permitindo que a estrutura muscular altere sua
morfologia, não há nenhum efeito específico no músculo. Mas quando se usa correntes alternadas
moduladas  (como a corrente russa) um padrão de despolarização pode ser imposto ao axônio
promovendo alterações morfológicas e histoquímicas na musculatura, em proporção à frequência
imposta artificialmente (fibras fásicas ou tônicas).
Correntes alternadas com frequências entre 2000 e 4000 Hz são utilizadas por ser relativamente
agradável, dificilmente ferem a pele, e causam uma tensão máxima no músculo quando usadas com
intensidade suficientes. Este tipo de corrente também permite valores de corrente (amperagem) mais
altos, geralmente acima de 100 mA, que não é permitido com frequências menores, de acordo com os
padrões IEC (Normas de segurança para equipamentos eletromédicos - IEC 60601-2.10, obrigatórias
no mundo). Frequências menores contudo são utilizada, e a vantagem aqui é que, com a corrente russa,
o músculo pode ser tensionado por mais tempo[26].
Teoricamente, como a frequência de estimulação é aumentada, a oposição ao fluxo de corrente
(impedância)
bursts pelo tecido
de estimulação comcai. Isso temportadores
frequências levado aonadesenvolvimento
variação de 2000dea estimuladores que empregam
4000 Hz. Esperava-se que tais
aparelhos fossem capazes de produzir níveis mais altos contração muscular com menos desconforto

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 49/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  50
para o paciente que os estimuladores mais tradicionais disponíveis que produzem estimulação de 1 a
100 Hz. Estudos de pesquisa publicados até hoje não comprovaram essa afirmação[74].

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA CORRENTE RUSSA (podem variar de acordo com o


tipo/fabricação do aparelho) 
 Freqüência portadora - 2500 Hz (e 4000 Hz)
- baixa frequência para a estimulação muscular. - É corrente de média freqüência que vai gerar a
corrente
- Ciclo - Constitui-se da rajada (burst) de pulsos de média frequência mais o intervalo entre as
rajadas.
- Porcentagem do ciclo  - Corresponde à quantidade de corrente dentro da rajada. Pode ser de
20% - 30% - 50% (Ex.: 20% = 20% de corrente (rajada) e 80% de intervalo (sem corrente)
OBS: Quanto maior a porcentagem de corrente dentro do ciclo, mais agressiva ou com maior
intensidade o paciente vai sentir a corrente.
- Freqüência de modulação - é a frequência de ciclos por segundo, ou seja, é a corrente de baixa

frequênciatrazem
aparelhos que será
umutilizada para
parâmetro a estimulação
fixo muscular.
de 50 Hz (como Normalmente
proposto vai de
anteriormente por0Kots).
a 150 Hz, mas alguns
OBS: A modulação da freqüência vai obedecer à característica da fibra (fásica ou tônica), e a
porcentagem do ciclo vai obedecer a situação do paciente (estado de saúde, fase da doença, etc).
- Intensidade - Normalmente vai de 0 a 150 mA, podendo variar até 200 mA (de acordo com o
fabricante)
- Tempo de contração (tempo ON )- É a sustentação da estimulação. Normalmente vai de 0 a 30
Seg. (quanto tempo vai ficar passando a corrente pro paciente).
- Tempo de repouso (tempo OFF) - Quando não há contração, não passa corrente. Normalmente

vai de-0Em
a 30alguns
Seg. aparelhos é possível encontrar um Timer, para o controle do tempo total de
estimulação; e Rampas de subida e descida de corrente.
- Regime de emissão de corrente pelos canais:
a) Modo sincronizado: A corrente e emitida em todos os canais ao mesmo tempo durante o
tempo ON , e cessa sua emissão durante o tempo OFF .
b) Modo recíproco: A corrente é emitida num grupo de canais (normalmente a metade do
numero de canais) enquanto os canais restantes ficam inoperantes. A seguir, os canais inoperantes
iniciam a emissão de corrente, enquanto os canais anteriormente operantes cessam a emissão.

c) Modo
normalmente seqüencial:
para a drenagemA de
corrente é emitida através dos canais de forma seqüencial. É utilizado
líquidos.
d) Modo continuo: A corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma
ininterrupta. É utilizado normalmente para analgesia.

BENEFÍCIOS EXTRAS 
- Se consegue ativar 30% a 40% a mais das unidades motoras com a corrente russa que nos
exercícios comuns e os tratamentos convencionais. Pois com a estimulação elétrica ocorre a
modulação do nervo motor alfa e não despolarização do neurônio (como no movimento ativo) tendo
assim características
simultaneamente. [26] de despolarização artificial tornando possível ativar todas as unidades motoras
 
- Aumento da força muscular a curto prazo

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 50/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  51
- Melhor qualidade da estabilidade articular durante a fase de imobilização

PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO 
a) Determinar, em alguns casos, que tipo de músculo será tratado (tônico ou fásico)
b) Exigir o máximo em todas fases do tratamento (trabalhar com doses no limite do suportável e
afascicular
duração odamúsculo,
sessão deve
e nãoserpode
de acordo com a condição
haver sensação do paciente
de fadiga). (não pode
Snyder-Mackler produzir
e col. (1994)dor, não pode
relatam que
deve-se encorajar o paciente a utilizar a mais alta intensidade tolerável, pois existe uma relação linear
entre a força ganha e a intensidade da contração estimulada.
c) Observar que o tipo de corrente dever ser o mais agradável possível
d) Observar que o músculo que se vai trabalhar deve estar normal, e o nervo motor intacto
e) Deve-se tomar cuidado com a amplitude articular nas contrações isotônicas nos casos de
bloqueio articular (pode haver lesão tendinosa)
f) Certificar-se que não há lesão em músculos, tendão, ligamento e fáscia (podem exacerbar)
g) Evitar fadiga (por alterações bioquímicas (glicogênio) ou o risco de estímulo em somente um
tipo de fibra muscular (fásica ou tônica) sobrecarregando-a)
h) Evitar modificações não desejadas na composição da fibra muscular (nas freqüências
inadequadas para a característica da fibra muscular pode haver modificação na fibra nervosa e
consequentemente na fibra muscular) 

MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR 


Plasticidade do Tecido Conjuntivo Muscular  

Estímulosa agir
que passaram elétricos
comosobre ostônicas,
fibras motoneurônios mudaram
ou vice-versa, ou as características
seja, interferindo de algumas
sobre fibras fásicas
os motoneurônios
podemos interferir sobre as fibras musculares. Em geral a transformação de fibras musculares fásicas
em tônicas transcorre com maior facilidade do que o caminho inverso. [26, 33] 
A partir daí existiu uma facilidade da “transformação” de fibras fásicas em tônicas através de
mudanças em seus potenciais. Esta plasticidade está ligada à frequência de estimulação e é uma
propriedade que é inerente das células musculares[26].
“Esta mudança nas características bioquímicas-fisiológicas das fibras musculares pode ocorrer
também através da atividade muscular intensa (treinamento) e talvez da inatividade, pois a estrutura da
fibra muscular se adapta para função como o músculo é funcionalmente usado”  [27,33, 86]. A resposta de
uma unidade
músculo motora
responde comisolada a umcontração,
uma breve único potencial de ação
e em seguida é chamada
retorna
contração espasmódica. O
ao seu estado de repouso. Se mais
de um impulso fornecido dentro de um intervalo mais breve que o tempo do ciclo de contração-
relaxamento da unidade motora, o músculo não retornará ao seu estado de repouso, e neste caso diz-se
que as forças geradas por cada impulso estão em somatório  ou se  fundem. Sob uma frequência de
estimulação suficientemente elevada, é produzida uma contração fusionada, tetânica, ou contínua, pois
as flutuações das forças de cada impulso são, sob um ponto de vista prático, indiferenciáveis[12, 27].
Para quase todos os músculos esqueléticos se necessita uma frequência mínima de 7 Hz para
provocar uma contração tetânica. Frequências inferiores provocam contrações simples
(espsmódica)[74].
As contrações tetânicas mais agradáveis são obtidas com uma frequência entre 40 e 80 Hz. [27].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 51/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  52
Tem-se constatado que a composição das fibras musculares se modifica ao ser exposta a um
período prolongado de excitação produzida por correntes elétricas. Esta modificação pode depender
principalmente da freqüência com que se despolariza o nervo motor por meio de corrente elétrica[26, 33].
Na maioria dos casos, se reduz a velocidade de contração das células musculares. Com esta
modificação a fibra muscular adquire a função ou a característica de fibra tônica, ou seja, torna-se mais
vermelha e a capilarização aumenta. Mas nem sempre esta mudança é desejada, principalmente

aquando necessita-se
trabalhar de função
estes músculos comdinâmica do músculo.
funções mais A modificação
dinâmicas, é reversível
pois a estrutura desde que,sepassemos
da fibra muscular adapta à
função conforme o músculo é utilizado funcionalmente. Com isso chega-se à conclusão que a
frequência de despolarização da fibra muscular é o fator determinante para as propriedades
características da fibra muscular[26].
A denervação do músculo também produz alterações nas propriedades características da fibra
muscular. Em experimentos com fibras musculares denervadas, a mudança para fibras brancas é mais
óbvia que com fibras musculares inervadas. Pode-se concluir à partir da literatura disponível que a
plasticidade está ligada à freqüência de estimulação e que a plasticidade é uma propriedade que é
inerente das células musculares. Nem mesmo parece ser necessário evocar um potencial de ação na
célula muscular. A transformação das fibras musculares também ocorrem com estimulação subliminar.
Isto mostra também uma dependência similar à freqüência[26] 
Segundo Hoogland (1988), em linhas gerais podemos dizer que:
- Para trabalharmos um músculo com função postural ou para que este músculo tenha um
trabalho mais estético (músculatura estática - fibras tônicas), é necessário usar uma freqüência mais
baixa, na ordem de 20 Hz a 30 Hz, isto garante o avermelhamento das fibras em questão;
- Se desejarmos que este músculo tenha ou realize uma função mais dinâmica (fibras pálidas) é
necessário que seja usado uma freqüência mais alta, na ordem de 50 Hz a 150 Hz, isto garante que as
fibras musculares tornem-se brancas.
- A conservação da mudança na estrutura da fibra muscular é principalmente determinada pelo
uso funcional do músculo. Se esta função não se adequar à estrutura da fibra muscular, então esta fibra
irá se adaptar rapidamente. Isto se aplica particularmente para as fibras musculares brancas
"fásicas"[26] 
Segundo Hoogland (1988), a utilização da corrente russa na plasticidade muscular permite:
- Fortalecimento do músculo sem que produza modificação na composição da fibra muscular,
utilizando-se frequência portadora entre 2000 e 3000Hz;
- Fortalecimento do músculo com o objetivo de modificar a composição da fibra muscular,
utilizando-se uma frequência portadora em torno de 4000 Hz, e frequências moduladas de
aproximadamente 20 Hz para transformar em tônicas, e 100 Hz para transformar em fásicas;
- Excitação subliminar prolongada para modificar a composição da fibra muscular, sem
fortalecimento do músculo.
OBS.: Há uma aumento de torque à medida que a frequência aumenta, porém , a partir de 100
Hz não existe mais essa correspondência. Conclui-se então que as melhores frequências de estimulação
situam-se entre 20 Hz e 100 Hz.[61] 
 Modificação na Composição Muscular
- Frequência baixa - 20 Hz a 30 Hz - boa estimulação para transformação de fibras fásicas em
[26, 27]
tônicas . Scott (1998) e Spring e col. (1995) mencionam estimulação a 10 Hz.
- Freqüência alta - 150 Hz - boa estimulação para transformação de fibras tônicas em
fásicas 27] 
[26,

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 52/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  53
Salgado (1999) faz menção a alguns autores relatando que com o avanço dos conhecimentos
sobre a fisiologia da contração muscular induzida por eletroestimulação e com a modernidade dos
aparelhos, também podemos, recrutar seletivamente as fibras musculares. Assim, com uma frequência
inferior a 20 Hz, o trabalho é mais direcionado para a endurance muscular (fibras do tipo I - lentas),
diminuindo de maneira significativa a fadiga muscular. Com uma frequência superior a 20 Hz,
produzimos uma contração tetânica. A estimulação de baixa frequência, a 10 Hz, promove uma
aumeanto da capacidade aeróbica oxidatva das fibras do tipo I (majoritárias nos músculos extensores),
levando a um aumento de vascularização. S o nosso objetivo for trabalhar as fibras rápidas,
necessitameos apenas aumentar a frequência de estimulação para valores compreendidos entre 35 e 70
Hz..
O esquema a seguir mostra que dependendo da freqüência adotada na estimulação, as fibras
fásicas podiam adotar comportamento e características de fibras tônicas, e isto poderia ser mantida se
se mantivesse a estimulação e a função do músculo.

Fonte: Scott (1998)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 53/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  54
A existência de uma interação neural entre os membro, é uma ponto do qual não se duvida. A
maior prova disso foi obtida quando fizeram a denervação do músculo sóleo (músculo lento) de
coelhos e fizeram a reinervação cruzada com o músculo gastrocnêmio (músculo rápido), o que levou à
troca das propriedades do sóleo, que passou a ter características de músculo rápido. Inesperadamente,
o músculo sóleo da perna contralateral (na qual não fizeram qualquer tipo de alteração) também, mas
de maneira menos significativa, exibiu o mesmo tipo de mudanças. A explicação para estes ganhos de
força e estas alterações, é que elas só foram possíveis devido à influência dos fatores neurais[116].

INDICAÇÕES 
1) Estimulação e/ou fortalecimento em condições patológicas, tais como:
a) Onde a contração muscular voluntária é inibida por alguma lesão
b) Onde a ação muscular não ocorre sob controle voluntário sem prática (assoalho pélvico na
incontinência urinária, hálux valgo, pé plano, etc)
c) Onde deve-se aprender uma nova função muscular (transplante de músculo ou "nervo")

d) Onde é necessário
e) Estabilização mostrar que
de articulações a contração pode ocorrer normalmente ("fingimento")
(luxações)

f) Pós operatório (meniscectomia, fraturas,


ruturas ligamentares)
g) Em situações onde se deseja aumentar ou
manter a força muscular

h) Incontinência (fortalecimento dos músculos do esfincter externo)


i) Recuperar a sensação da contração nos casos de perda de sinestesia
 j) Recuperar a sensação da tensão muscular (tônus)

2) Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como:


a) aumentar a capacidade de “sprint”
b) aumentar a capacidade de salto
c) aumentar a capacidade de resistência

3) Modificação do tecido muscular (de acordo como frequência que se vai utilizar)
OBS.: Utilizando a estimulação elétrica, o fortalecimento muscular acontece artificialmente. A
força obtida deste modo não é funcional e será perdida logo se a musculatura não for usada. Assim, o
fortalecimento de músculos com corrente elétrica deve ser combinado com treinamento da função
[27]
específica do músculo.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 54/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  55
4) Estética (evitar flacidez em abdômen, glúteos e membros inferiores; tonifica e fortalece
musculos no pos-parto, pos-
emagrecimento, etc)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 55/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  56
CONTRA-INDICAÇÕES 
- Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absoluta)
- Inflamações articulares em fase aguda
- Fraturas não consolidadas
- Espasticidade (exceto para a técnica de inibição funcional)
- Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológica (denervação, etc)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2- Arthur C. Guyton, MD - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996
12- Scott, O. -  ATIVAÇÃO DOS NERVOS MOTORES E SENSITIVOS   (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON   - Kitchen, S. e
Bazin, S.) - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998 - pp. 69; 73-74; 113-117
14- Delamare, A. - Revista LES NOUVELLES Esthétiques  - Ano VIII - nº 42 - Maio / Junho de 1998 - Rio de Janeiro - Brasil
26- Hoogland, R. - STRENGTHENING AND STRETCHING OF MUSCLES USING ELECTRICAL CURRENT   - B.V. ENRAF
NONIUS DELFT - Holanda - 1988
27- Adel, R.V.; Luykx, R. H. J. -  ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA -  ENRAF NONIUS DELFT - 1990

 Humano33- William
- Ed. D. McArdle,
Guanabara KooganFrank I. Katch,
 - 3ª Ed. - Rio dee Janeiro
Victor L. Katch - FISIOLOGIA DO ESFORÇO - Energia, Nutrição e Desempenho
- 1992
61- Longo, G. J. - KLD Biosistemas Eq. Eletr.- ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA FORTALECIMENTO E ALONGAMENTO
 MUSCULAR - Amparo-SP - 1999
62 - Janda, V -  MUSKELFUNCTIONSDIAGNOSTIK, MUSKELTEST UNTERSUXHUNG VERKÜRZTER MUSKEIN,
UNTERSUCHUNG HYPERMOBILITÄT  - VERLAG ACCO- BELGICA – 1979
63- Johnson, M.A., et al -  DATA ON DISTRIBUTION OF FIBRE TYPES IN THIRTY-SIX HUMAN MUSCLES. NA AUTOPSY
STUDY . Journal of the neurological science, 18, 1973, pp. 111-129.
64- Kuo, K. H. M. e H.P. Clamann - COACTIVATION OF SYNERGISTIC MUSCLES OF DIFFERENT FIBER TYPES IN
FAST AND SLOW CONTRACTIONS - American Journal of Physical Medicine, vol 60, n° 5 1981, pp. 219-238
74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico  - Ed.
Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001- pp. 68; 105-108;115;126;137;147
83- Santos, Ângela - FISIOTERAPIA ESTÁTICA - Novartis Biociências S.A. - São Paulo - 1998
84- Judge, M.D. et al. - PRINCIPLES OF MEAT SCIENCE  - 2ª Ed. - Dubuque, Kendall/Hunt Publishing Company, 1989. - p.
351
85- Smith, L. K., Weiss, E. L., Lehmkuhl, L. D. - CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM  - 5ª Ed. - Ed. Manole - 1997 p.
103
86- Enoka, R. M. - BASES NEUROMECÂNICAS DA CINESIOLOGIA - Ed. Manole - 2ª Ed. - 2000 - pp. 149-152
87- Junqueira, L. C. & Carneiro, J. – HISTOLOGIA BÁSICA – Ed. Guanabara Koogan – 9ª Ed. – 1999 – pp. 169-170
88- Weineck, J. - BIOLOGIA DO ESPORTE - Ed. Manole - 1991 - pp. 42-45
89- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. -  REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS   - 2ª Ed. - Ed.
Guanabara Koogan - 2000 - pp. 61-95
101- Faulkner, J. A., Zerba, E., Brooks, S. V. -  MUSCLE TEMPERATURE OF MAMMALS: COOLING IMPAIRS
 MOST FUNCTIONAL PROPERTIES  - Am. J. Physiol., v.28, p.259-265 - 1990
Apud Guirro, R., Adib, C., Máximo, C. - OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CRIOTERAPIA: UMA REVISÃO -
Revista Fisioter. Univ. São Paulo, v.6, n.2, p.165, ju7l/dez. - 1999
103- Snyder-Mackler, L., Delitto, A., Stralka, S. W., and Bailey, S. L. - USE OF ELECTRICAL STIMUALTION TO
ENHANCE RECOVERY OF QUADRÍCEPS FEMORIS MUSCLE FORCE PRODUCTION IN PATIENTS FOLLOWING
 ANTERIOR
Apud CRUCIATE
Andrews, R.,LIGAMENT
Harrelson, G.RECONSTRUCTION - Phys. Ther. - FÍSICA
L. & Wilk, K. E. -  REABILITAÇÃO 74-901-907
DAS -LESÕES
1994 DESPORTIVAS   - 2ª Ed. - Ed.
Guanabara Koogan - 2000 - pp. 61-95
104- Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999
105- Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001
113- Kannus, P., Jozsa, L., Renström, P. et al. - THE EFFECTS OF TRAINING, IMMOBILIZATION AND REMOBILIZATION
ON MUSCULOSKELETAL TISSUE. 1. TRAINING AND IMMOBILIZATION  - Scan. J. Med. Sci. Sports - 2:100-118 - 1992a 
Apud Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico  - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999
114- Enoka, R. - MUSCLE STRENGHT AND ITS DEVELOPMENT. NEW PERSPECTIVES  - Sports Med. - 6:146-168 - 1988
Apud Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico  - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999
115- Spring, W. et al. - FORÇA MUSCULAR - TEORIA E PRÁTICA  - 1ª Ed. são Paulo - Livraria Santos - 1:59 - 1995
Apud Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico  - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999
116- Srihari, T., Seedorf, V., Pette, D. -  IPSI AND CONTRALATERAL CHANGES IN RABBIT SOLEUS MYOSIN BY CROSS-
 REINNERVATION  - Pflügers Archiv - 390:246-249 - 1981
Apud Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico  - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 56/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  57
 

HISTÓRICO 
Em 1925 utilizou-se folhas douradas carregadas de eletricidade para prevenir cicatrizes de
varíola. 
Em 1977 comprovou-se um auxílio na aceleração de consolidação óssea com uso de
microcorrentes[12]. 
Em 1982 Cheng e col.[36]  iniciaram um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação das
microcorrentes, onde demonstrou o aumento da concentração de ATP, aumento da síntese de proteína,
aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular.

Em(yorkshire)
laboratório 1983 demonstrou-se a biosíntese
com o uso das de colágeno
microcorrentes[12]
 . dérmico e epidérmico em porquinhos de
Em 1993 pesquisadores mostraram efeitos das microcorrentes na terapêutica antitumoral, que
podem ser potencializados quando associados com a terapia de interleucina-2 e bleomincina[12].
Em 1994 mostrou-se resultado efetivo na redução de massa tumoral em lesões cutâneas de
melanoma humano, e provável diminuição metástica.

DEFINIÇÃO
Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na
faixa dos microamperes e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas ou
alternadas.
Também chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation).
Segundo Robinson e Snyder-Mackler (2001) o modo normal de aplicação dos aparelhos de
microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas
e, como resultado, os pacientes não têm nenhuma percepção da sensação de formigamento tão
comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos (estimulação subliminar).  Já Starkey
(2001), relata que esta forma de estimulação elétrica tende a ser aplicada em nível sub-sensorial ou
sensorial muito baixo, com uma corrente que opera a menos que 1000 microamperes.
Craft (1998) afirma que a microcorrente trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica
mensurável, e que isso é compatível com o campo electromagnético do corpo.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Robinson e Snyder-Mackler (2001) afirmam que não foi desenvolvido nenhum padrão industrial
para o qual os tipos de correntes são produzidas por aparelhos frabricados nessa classe.
Starkey (2001), relata que os etimuladores com microcorrentes podem liberar correntes
contínuas, alternadas, em pulsadas ou não (em uma ampla variedade de formas de onda).
Atualmente no mercado podemos encontrar alguns tipos de microcorrentes que podem ter como
forma de onda os exemplos abaixo:
a) Formas de ondas individuais com características de pulso monofásicos retangulares, que
revertem periodicamente a polaridade[74]

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 57/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  58
 
2,5 s 2,5 s

b) Algumas formas de microcorentes trazem um formato de pulso com uma rampa de amplitude
automática para a série de pulsos distribuídos[74, 80] 

c) Outras formas de microcorentes trazem um formato de pulso retangular distribuídos de forma


monofásica

d) E algumas formas trazem uma corrente contínua em forma de trens de pulso, com intervalos
entre eles.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 58/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  59
e) Alguns aparelhos trazem corrente alternadas com pulsos bifásicos simétricos retangulares ou
bifásicos assimétricos

Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a


1000 microamperes. Os controles de frequência geralmente permitem ajustá-la de 0,5 Hz a 900 Hz (ou
[74]
em atéA1000 Hz de) pulso de microcorrente é maior que outros tipos de eletroestimulação, como por
duração
exemplo o TENS. Um pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0,5 segundo, que é cerca
de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS. E estes aparelhos liberam no corpo uma corrente
elétrica com amperagem de cerca de 1/1.000 do TENS[73, 105]..
Wing (1989) menciona que a duração de pulso da microcorrente é sempre igual ao intervalo
entre os pulsos, independente da frequência.
O plano de atuação das microcorrentes é profundo, podendo atingir um nível muscular, e
apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.
Em comparação com o TENS, a terapia das microcorrentes além de diminuir ou eliminar a dor
acelera o processo curativo
As microcorrentes têm características subsensoriais não causando desconforto ao paciente[37]
Levando em conta as diversas considerações clínicas, uma efetividade máxima em aparelhos de
microcorrente deveria provavelmente incluir estimulação monofásica com catodo e anodo, com trens
de pulso com ondas que trocam de polaridades de dois a quatro segundos para permitir que ambas as
polaridades possam ser aproveitadas e permitir que as células selecionem a polaridade desejada[80] 
Obs.: 1 miliamper = 1000 microamperes

EFEITOS FISIOLÓGICOS 
a) Restabelecimento da bioeletricidade tecidual 
Pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesado.
Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos da lesão. Isto é,
porque quando uma lesão acontece, uma carga positiva forma-se na área lesionada e joga para cima a
diferença de voltagem potencial, servindo como uma bateria bioelétrica que espera ser ligada. Como as
membranas ficam menos permeáveis ao fluxo de íons (especificamente potássio e outros íons
positivos), e mais isolada eletricamente, o fluxo intrínseco de bioeletricidade é forçado a levar o
caminho de menor resistência. Portanto a bioleletricidade evita áreas de alta resistência e vai em
direção ao caminho mais fácil, geralmente evitando a lesão pela circulação sangüínea ao redor dela,
isto
árearesulta em diminuição
lesionada da condutância
diminui a capacitância elétrica
celular, na área
e como da ferida.gera
resultado, O decréscimo do efluxo
a inflamação elétrico
a cura na
é assim
[12, 35, 73, 80]
diminuída.  

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 59/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  60
Pesquisadores relatam que, através do dano tecidual ou através de atividade normal do
músculo, um acúmulo de cargas, devido a elétrons em excesso, pode ser gerado. O acúmulo de cargas
pode constringir arteríolas, ativando assim a corrente bioelétrica. Porém as vênulas (no final de
capilares) não constringem num campo elétrico. Então íons e células carregadas (neutrófilos, por
exemplo) podem migrar através das veias e através de poros vazados das vênulas pós capilares para o
local da lesão. Devido a lesão relatar mudanças na polaridade do potencial elétrico (que altera as
propriedades de isolação elétrica da membrana capilar), o vaso capilar fica menos permeável ao fluxo
de células carregadas e íons necessários para a cura[79, 80].
A correta aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo de corrente
endógena. Isto permite à área traumatizada a recuperar sua capacitância. A resistência deste tecido
lesionado é então reduzida permitindo a bioeletricidade entrar para a área para restabelecer a
homeostase. Portanto a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um catalizador útil na
iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas que ocorrem no processo de cura.
[12, 35, 73]
 
Alguns autores afirmam que após uma lesão no corpo e rompimento de sua atividade elétrica
normal, a terapia por microcorrente pode produzir sinais elétricos semelhantes aos que acontecem no
corpo humano quando este estiver recuperando tecidos lesionados.   Wing (1989) menciona que
mensurações realizadas em cotos de amputação da ponta do dedo de uma criança encontraram
microcorrentes com intensidade em torno de 10 a 30 µA. Becker (1985) afirma que o corpo humano é
polarizado positivamente ao longo do eixo espinhal central e negativamente perifericamente. A
voltagem normal conferida foi de 10 µA, porém quando uma fratura ocorre a voltagem é diminuída
para zero. Cinco dias depois a voltagem está apontando ligeiramente para o normal, e antes do décimo
dia a voltagem conferida é quase normal. No 15° dia a voltagem já é normal. Os equipamentos de
microcorrente especificamente são projetados para imitar e ampliar os sinais bioelétricos minuciosos
do corpo humano. Estes equipamentos trabalham ao nível celular criando um veículo de corrente
elétrica para compensar a diminuição da corrente bioelétrica disponível para o tecido lesionado. Isto
aumenta a habilidade do corpo para transportar nutrientes e resíduos metabólicos das celas na área
[35, 36, 77, 78, 80]
afetada
b) Síntese de ATP (Adenosina Tri Fosfato)
90% do ATP total utilizado nos trabalhos celulares, é formado durante o metabolismo da glicose.
Com a energia liberada pela oxidação subsequente dos átomos de hidrogênio que são liberados durante
a glicólise. Enzimas presentes nas mitocôndrias clivam cada átomo de hidrogênio em um íon H+ e um
elétron. Posteriormente utilizam os elétrons para combinar o oxigênio dissolvido dos líquidos,
formando ions hidroxila. A seguir os íons hidrogênio e hidroxila se combinam para formar moléculas
de água, esse mecanismo de formação de moléculas de ATP é chamado mecanismo quimiosmótico.
Esse mecanismo se dá pela ionização do hidrogênio, pela formação de cadeia de transporte de elétrons
e pela removidos
foram formação de
doságua. Durante
substratos a primeiraOs
alimentares. etapa ocorreque
elétrons a ionização dos átomos
são removidos de hidrogênio
dos átomos que
de hidrogênio
entram então na cadeia de transporte de elétrons. Durante o transporte desses elétrons ocorre a
liberação de energia que é utilizada na síntese de ATP. Esse processo gera uma elevada concentração
de ions positivos na membrana externa da mitocôndria e de ions negativos na membrana interna[2, 33].
A energia do transporte de elétrons é primariamente para bombear prótons para o exterior da
mitocôndria, formando a carga positiva no exterior da membrana mitocondrial, isso forma um
gradiente de prótons. Esse gradiente forma uma força próton motriz que leva a síntese de ATP. Isso
ocorre porque a membrana interna é impermeável aos prótons, estes só podem retornar ao interior da
mitotocôndria e desfazer o gradiente através de sítios específicos localizados na membrana interna,
esses sítios são constituídos pelo complexo ATPase, e é esse complexo que une o ADP com ATP.
Então podemos dizer que o processo de síntese de ATP esta intimamente ligado a um processo elétrico
fisiológico. Esse processo é acelerado pela ação da microcorrente que aumenta a formação desse
gradiente de prótons, fornecendo à membrana externa íons positivos, e íons negativos para a

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 60/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  61
membrana interna, aumentando assim a diferença elétrica entre as duas membranas aumentando
assim a força próton motriz, força essa que leva à formação de ATP.[36, 72, 73] 
Esta formação de ATP motivada pela estimulação elétrica com microcorrente ocorre
basicamente desta forma: Durante a eletroestimulação, os elétrons reagem com as moléculas de água
pelo lado catódico para produzir íons hidróxilos (-OH), enquanto que no lado anódico, prótons (H+)
são formados. Assim, entre a interface anódica e catódica, um gradiente de prótons e um gradiente
potencial
do campoatravessa
elétrico eo atecido e o meio
diferença é criado. Emdevem
de concentração, consequência disto,
mover do os prótons,
anodo sobreDesde
para catodo. a influência
que a
razão de formação de prótons na interface anódica é igual à razão de consumo de prótons na interface
catódica, o pH do sistema (meio e tecido) permanece sem interferência. Quando a migração de prótons
alcança a membrana mitocondrial H+-ATPase, os ATP serão formados. A oxidação dos substratos,
que é acompanhada pela migração dos prótons através das membranas, pode igualmente ser estimulada
eletricamente pela corrente induzida de prótons, ativando um processo de feedback.[36, 73, 80] 
Estudos realizados por Cheng e col. (1982), mostraram que o uso de microcorrentes a 500
A aumentou a produção de ATP, que aumentou o transporte de aminoácidos, e estes dois fatores
contribuiram para um aumento da síntese de proteína.

A adenosina
de ATP, a principal fontetrifosfato
de energia(ATP) é umsão
celular, fator essencialpara
requeridas no processo
controlardefunções
cura. Grande quantidade
primárias como o
movimento dos minerais vitais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio, para dentro e para fora das
células. Isto também sustenta o movimento dos resíduos para fora da célula. Tecidos lesionados tem
resistência elétrica mais alta e também são pobres em ATP. Como mencionado anteriormente, quando
um músculo ou tecido experimenta um trauma, a passagem da corrente biolétrica é obstruída,
resultando em impedância elétrica.

A impedância elétrica causa uma redução no suprimento sanguíneo, oxigênio, e nutrientes para o
tecido, conduzindo a espasmos teciduais. A circulação diminuída causa uma acúmulo de resíduos
metabólicos, resultando em hipóxia local, isquemia, e metabólitos nocivos que levam à dor. Quando
isto ocorrer, é sinal que a produção de ATP está reduzida. Os impulsos elétricos do corpo precisam de
uma corrente necessária para superar a barreira de impedância inerente ao tecido traumatizado. Isto
também, resulta em um obstáculo da própria habilidade do corpo para começar o processo curativo até
o tecido se recuperar substancialmente do trauma. [35, 36, 73, 78] 
Criação de um gradiente de prótons através da microcorrente

célulasComo a microcorrente
lesionadas reabastece
e os resíduos o ATP,metabólicos
dos produtos os nutrientespodem
podemfluir
novamente
para forafluir
daspara dentro
células. Istodasé
primordial para o desenvolvimento da saúde dos tecidos. O ATP também abastece os tecidos de

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 61/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  62
energia necessária para produzir novas proteínas e aumentar o transporte de íons através das
membranas.
Cheng e col. (1982), utilizaram aparelho de microcorrentes com corrente contínua para o
aumento da produção de ATP.
A microcorrente atuando diretamente no organismo de síntese de ATP, leva a um aumento do
ATP celular local em até 500%.[35, 36]
c) Transporte ativo de aminoácidos 
Segundo Guyton[2], as moléculas de praticamente todos os aminoácidos são demasiadamente
grandes para sofrer difusão através dos poros das membranas celulares. Então o único meio de
transporte significativo dessa substância para o interior da célula é através do transporte ativo.
Este mecanismo de transporte ativo depende diretamente da energia liberada pelas moléculas
de ATP, e o aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e
consequentemente aumenta a síntese de proteínas como foi verificado por Cheng (1982) (intensidade
variando entre 100 e 500 microamperes).[36] 

d) Síntese de proteínas 
Foi constatado que correntes constantes de 100µA a 500µA aumentam o transporte ativo de
aminoácidos e consequentemente a síntese de proteínas em 30% a 40%. Quando a corrente foi
aumentada estes efeitos bioestimulatórios foram invertidos, e correntes que excederam 1000 µA (1
mA) reduziram o aminoacido isobutirico cerca de 20 % a 73 %, e a síntese de proteína diminuiu mais
de 50%. O mais importante é que a microcorrente aumentou a geração de ATP em cerca de 500%.
Porém, aumentando-se a corrente entre 1 mA a 5 mA diminuiu-se a produção de ATP, e a 5 mA, a
produção de ATP coloca-se abaixo dos níveis de controle.[36, 73, 78, 80] 
Cheng e col. (1982), através de pesquisas em vitro, relatam que as intensidades acima de
1000µA inibem a respiração celular.

O produção de ATP aumentada também provê a energia que tecidos exigem formar novas
proteínas, para aumentar a síntese de proteína, e aumentar o transporte de íons. Juntos, estes processos
são elementos

iniciais para o desenvolvimento de tecidos saudáveis[35].


e) Aumenta o transporte de membranas 
Em virtude do aumento da produção de ATP ocorre a intensificação do transporte ativo através
da membrana[36] 
 f) Ação no sistema linfático
Uma pequena quantidade das proteínas plasmáticas vaza continuamente, através dos poros
capilares para o líquido intersticial. Se não forem devolvidas ao sangue circulante, a pressão
coloidosmótica do plasma cairá a volumes demasiadamente baixos, o que faria com que perdesse
grande parte de seu volume sanguíneo para os espaços intersticiais. Uma importante função do sistema
linfático é a de devolver as  proteínas plasmáticas do líquido intersticial de volta à circulação do
sangue. Ocasionalmente, ocorrem anormalidades no mecanismo das trocas líquidas nos capilares que
resultam em edema, que significa passagem excessiva de líquido para fora do plasma e para o líquido
intersticial, com a consequente tumefação dos tecidos. E entre as várias causas está o bloqueio do
sistema
permite linfático, que impededaso retorno
que a concentração proteínasdaplasmáticas
proteína, que
caiafica no interstício,
a volume para oenquanto
muito baixo, plasma, oque
quea

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 62/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  63
concentração de proteína no líquido intersticial aumenta muito; duas causas que, isoladas ou em
conjunto, produzem a transudação excessiva de líquido para os tecidos[2, 13, 99].
A microcorrente aumenta a mobilização de proteína para o sistema linfático. Quando são
aplicadas microcorrentes em tecidos traumatizados, proteínas carregadas são postas em movimento, e a
migração para o interior dos tubos linfáticos torna-se acelerada. A pressão osmótica dos canais
linfáticos é então aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço intersticial[73].
OBS.: Embora possa parecer que uma microcorrente com corrente contínua produziria
melhor os efeitos descritos acima, muitos protocolos de terapia com microcorrentes utilizam
corrente alternada (interrompida em pulsos ou não) [111].

EFEITOS TERAPÊUTICOS
1) Analgesia
Como resposta à utilização das microcorrentes e em consequência do restabelecimento da
bioeletricidade tecidual, o SNC transmite uma mensagem de diminuição do quadro álgico, diminuição
esta que é gradativa e cumulativa.[37] 
2) Aceleração do processo de reparação tecidual
Pesquisas mostraram que o intracrescimento dos fibroblastos e o alinhamento das fibras de
colágeno foram incrementados com a estimulação de microcorrentes (corrente contínua - 20 e 100
microamperes). E a resposta máxima dos fibroblastos foi observada nas proximidades do catodo.[12] 
Pesquisas também mostraram que a corrente direta (polo negativo) retarda o crescimento das
bactérias, onde com a associação dos mecanismos de defesa normais aumentou a destruição dos
microrganismos infecciosos.[12] 
Andrews e col (2000), relatam que o efeito bactericida das microcorrentes, com corrente
contínua, ocorre no polo negativo, e no polo positivo ocorre uma exarcebação da reepitelização
induzida.[89] 
A excitação elétrica de uma ferida aumenta a concentração de receptores de fator de crescimento
que aumenta a formação de colágeno[35, 74].
Microcorrentes parecem aumentar a multiplicação de células em tecido conjuntivo, e aumenta a
velocidade de formação de colágeno novo em feridas de tendão[74, 76]. 
O colágeno, a proteína mais comum no reino animal, pode se comportar como um semicondutor.
Um semicondutor é um material que oferece baixa resistência para pequenas correntes, enquanto
permite a pronta transmissão delas. Inversamente, um semicondutor opõe transmissão a grandes
correntes com resistência muito alta. Semicondutores normalmente são cristais, e o colágeno em
muitas estruturas tem propriedades cristalinas. Colágeno debaixo de tensão gerará potenciais elétricos
pequenos do mesmo modo que ocorre no osso ( efeito piezoelétrico ). Como um meio semicondutor, o
colágeno poderia ser a rede que leva correntes pequenas por toda parte do corpo[76].
A reversão de polaridade na aplicação de microcorrente parece reiniciar os processos de reparo
de ferida. Coagulação sanguínea e trombose ocorrem em baixo do ânodo mas não em baixo do cátodo.
Quando a polaridade é invertida, o cátodo é capaz de fazer com que a formação do coágulo em baixo
do ânodo fique mais solúvel. [73] 
Um médico da equipe olímpica do Canadá utilizou microcorrentes, com eletrodos implantados,
com intensidade em torno de 10-20 µA em rupturas de tendões e ligamentos. A corrente acelerou a
recuperação dos atletas feridos, encurtando o período normal de recuperação de 18 para apenas 6
meses[80].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 63/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  64
3) Reparação de fraturas / aumento da osteogênese  
Eletrodos de aço com 5 a 20 microamperes produziram melhor crescimento ósseo[75] 
4) Antiinflamatório[74, 76] 
5) Bactericida

feridaNum processo
por sua de cicatrização
ação bactericida. o poloa negativo
Quando de uma
ferida deixar de corrente diretainverte-se
ser infectada deve ser colocado sobredoa
a polaridade
[12]
eletrodo sobre a mesma, para que o polo positivo possa fazer a promoção do reparo.  
Feridas contaminadas com Pseudomonas e/ou Proteus apareceram estéreis após vários dias de
eletroestimulação[74].
Embora a maioria dos estudos mencionam que usa-se polo negativo para inibir crescimento
bacteriano e polo positivo para promover a cura, estudos recentes mencionam o uso de correntes que
alternam entre o positivo e o negativo (correntes unipolares). Pesquisadores, após estudo em animais,
apoiam esta técnica, sugerindo que ela é melhor para a cura de feridas[74].

6) Autores
resultando afirmam
em hipóxia que espasmode muscular
local, acumulação metabólitospós trauma,
nocivos, deficiência
e dor, conduzemdeà redução
fluxo sanguíneo
da síntese
de ATP. A utilização de microcorrentes ao restabelecer a síntese de ATP, pode devolver a cura nestes
casos.[36, 73, 78] 
7) Edema / inchação[73, 74, 76]
Com a ação da microcorrente no sistema linfático, aumentando a absorção do líquido intersticial,
podem ocorrer respostas positivas na resolução de edemas.
8) Relaxamento muscular[74, 76] 

9) Melhora de fadiga muscular pós exercícios utilizando a microcorrente em cima dos músculos
durante vinte minutos após os exercícios[74].
OBS.:  Não há nenhuma dúvida de que a cura de certos tipos de danos está significativamente
acelerada por aplicação apropriada de microcorrente, e muito disto está associado com o aumento da
produção de ATP (energia) e síntese de proteínas dentro das células[76].

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
- Um grande erro é utilizar os aparelhos de microcorrentes do mesmo modo que se utiliza os
aparelhos de TENS. Por exemplo, o TENS pode ser aplicado sobre o outro lado da coluna num
tratamento de uma dor nas costas. Isto não funciona com a tecnologia das microcorrentes, que deve ser
aplicada preferencialmente sobre o local da dor[35]. 
- Segundo Kirsch e Lerner (1987) freqüências de 80 ou 100 Hz às vezes produzem resultados
mais rápidos ao tratar problemas articulares inflamatórios (por exemplo, artrites, bursites, tendinites,
etc.), mas estas freqüências não contribuem para resultados a longo prazo, assim o tratamento deve
sempre ser completado usando uma baixa freqüência. Deve-se fixar o nível de intensidade à posição
confortável mais alta, que normalmente é cerca de 500 - 600 microamperes para eletrodos tipo sondas,
embora às vezes menos para os elétrodo de prata. Eletrodos de borracha de silicone (com carbono) têm
uma resistência de cerca de 200 ohms, enquanto elétrodos de prata têm uma resistência de cerca de 20
ohms. Os elétrodos de prata trabalham mais efetivamente com microcorrentes.

- Ossejam
para que efeitos das microcorrentes
alcançados são finais
os resultados cumulativos,
de cura,normalmente deveminiciais
embora resultados ser tomadas muitas
possam doses
ser vistos
[35]
durante ou após as primeiras sessões .

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 64/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  65
- As microcorrentes pode ser utilizadas basicamente de 2 formas:
a) Utilizando eletrodos b) Utilizando eletrodos
convencionais (borracha de tipo sonda (bastonetes,
silicone, auto-adesivo, etc) cotonetes, etc)

Segundo Miedes (1999), os movimentos com os eletrodos tipo sonda poderiam ser classificados
desta forma:
- Manobras suaves, lentas e com pouca pressão (estimulação sanguínea)
- Manobras com pressão suave e ligeiramente mais rápidas (que a anterior), seguindo o sentido
da drenagem linfática (antiedematoso e drenagem linfática)
- Movimentos de vai-e-vem, afastando sem pressão e aproximando com uma pressão média,
como se pretendesse "beliscar" a pele (estimulação sanguínea e fibroblástica, melhora a síntese de
fibras de colágeno e elastina)
Para Soriano et al. (2000), o uso dos eletrodos tipo sonda podem promover os seguintes efeitos:
- Drenagem línfatica – movimentando os eletrodos no trajeto das correntes linfáticas
- Estimulação da epiderme e circulação sanguínea – movimentos de vai-e-vem realizando
“besliscões” na pele promovendo hiperemia

 
- Estimulante muscular – movimentos de encurtamento muscular (região facial inferior); e
movimentos de estiramento muscular (região frontal e periorbicular

Obs.:
maneira emOs eletrodos
"X". tipo sonda
Por exemplo, podem ser
o primeiro posicionados
pulso na área
de tratamento podeaoter
redor
umados tecidos-alvo
sonda de uma
posicionada no
quadrante superior esquerdo e a sonda oposta, no quadrante inferior direito, em relação ao local da
lesão. No próximo pulso, as sondas seriam colocadas nos quadrantes superior direito e inferior
esquerdo. O tratamento deve progredir dessa maneira, com as sondas sendo giradas ao redor dos
tecidos-alvo, em direções e distâncias variáveis, incluindo as colocações medial-lateral e ântero-
posterior[105].
Obs.: Alguns
aparelhos
oferecem
outras opções
de eletrodos
como luvas,
máscaras,
pregadores
auriculares,
etc. 
http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 65/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  66
INDICAÇÕES
- Na estética a utilização da microcorrente deve-se basear nos seus efeitos fisiológicos e
terapêuticos. As aplicações que mais se destacam são:
a) Acne (antinflamatório, cicatrizante, bactericida, e antiedematoso)
b) Involução cutânea (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das fibras

colágenas,
c) potencializa a circulação
Pós operatório linfática
de cirurgia diminuindo
plástica edema)
(cicatrizante, antinflamatório, e antiedematoso)
d) Estrias (rearranjo das fibras colágenas)
e) "Cansaço" muscular facial (eliminação de metabólitos celulares, relaxamento muscular,
restabelecimento da bioeletricidade tecidual)
f) Celulite (antiedematoso)
g) Pós peeling (cicatrizante, antinflamatório, restabelecimento da bioeletricidade tecidual)
h) Iontoforese

etc
Craft (1998) afirma que a terapia de microcorrentes rejuvenesce tecidos sem deixar cicatrizes, e é
a forma natural de curar mais rápida do mundo.
As microcorrentes também podem ser utilizadas em outras indicações, tais como:
- Cicatrizes
- Rupturas miotendinosas
- Tendinites, tenossinovites
- Outros tipos de pós operatório imediato
- Úlceras de decúbito
- Sindromes dolorosas
- Síndromes linfáticas
- Recuperação de queimaduras
- Recuperação de queimaduras

OBS.: Segundo Starkey (2001), podemos tomar como precaução as seguintes situações:
- O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou dores de
cabeça
- O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um
tecido cicatricial. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da
cicatriz.
- Fraturas
Segundo Wing (1989), até esta data, a melhor evidência de pesquisa a favor da estimulação com
microcorrentes apoia a utilização do polo negativo (catodo) como sendo o mais efetivo para o reparo e
regeneração de ossos e nervos, enquanto a estimulação com microamperes no polo positivo (anodo)
aparece com mais efetividade na cura de lesões de pele.
etc

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 66/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  67
CONTRA-INDICAÇÕES
- Alergia ou irritação à corrente elétrica
- Sobre útero grávido
Deve-se ter precaução porque a excitação elétrica pode afetar, teoricamente, os sistemas de
controle endócrinos (ainda não há comprovação) [35, 73, 74,].

- Eixo cardíaco
- Eixo de marca-passo [35, 73].

OBS.: Segundo Starkey (2001), podemos tomar como precaução as seguintes situações:
- O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou dores de
cabeça
- O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um
tecido cicatricial. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da
cicatriz.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
2- Arthur C. Guyton, MD - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996
12- Watson, T. - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS  (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  -
Kitchen, S. e Bazin, S.) - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998 - pp. 312-336
13- Gardner, W. D. e Osburn, W. A. –  ANATOMIA DO CORPO HUMANO – São Paulo – Ed. Atheneu – 2ª Ed. – 7:381-384 –
1980
33- William D. McArdle, Frank I. Katch, e Victor L. Katch - FISIOLOGIA DO ESFORÇO - Energia, Nutrição e Desempenho
 Humano - Ed. Guanabara Koogan  - 3ª Ed. - Rio de Janeiro - 1992
35-.Kirsch, D L. e Lerner, F. N. - ELETROMEDICINA: O OUTRO LADO DA FISIOLOGIA   - Guia Oficial da Academia
Americana de controle da dor - 1987
36- Cheng N. - THE EFFECT OF ELETRIC CURRENT ON ATP GENERATION, PROTEIN SYNTHESIS, MEMBRANE
TRANSPORT IN RAT SKIN  - 1982
37- Alcaíde, Alexandre R. - TERAPIA POR MICROCORRENTES ELÉTRICAS  - Jornal FisioBrasil - Nº 8 - Março - 1998 - RJ
72- Marzoco, A. -  BIOQUÍMICA BÁSICA – Ed. Guanabara – Rio de Janeiro - 1990
73- Kirsch, D. L. & Mercola, J. M. - THE BASIS FOR MICROCURRENT ELECTRICAL THERAPY IN CONVENTIONAL
 MEDICAL PRACTICE - Journal of Advancement in Medicine - Volume 8, Number 2 - 1995
74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico - Ed.
Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001 - pp. 74
75- Brighton, C.T. - THE TREATMENT OF NON-UNIONS WITH ELECTRICITY - J Bone Joint Surg (Am) - 1981; 63:847-51
76- Morgareidge, K. R. & Chipman, R. D. -  MICROCURRENT THERAPY  - Physical Therapy Today/Spring-1990; 50-53
77- Craft, J. - MASSAGE YOUR HORSE WITH HEALTH, LOVE, AND JOY - Hawaii: Dr. Joy Craft, - 1998.
78- Becker, R. - THE BODY ELECTRIC  - NY: William Morrow and Co, Inc., - 1985.
79 - Stanish, W. - THE USE OF ELECTRICITY IN LIGAMENT AND TENDON REPAIR. - Physician Sports Med. - 1985 - 13:
108-116.
80- Wing, T. - MODERN LOW VOLTAGE MICROCURRENT STIMULATION : A comprehensive overview. - Chiropractic
Economics - 1989 - 37: 265-271.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 67/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  68
 

INTRODUÇÃO
"LIFTING" é uma palavra inglesa que significa "levantamento". Em dermoestética se utiliza
para designar um tratamento que tem como finalidade produzir um levantamento da pele e estruturas
adjacentes com o fim de prevenir rugas, flacidez e envelhecimento cutâneo.
O Eletrolifting desenvolveu-se em 1952, que pela sutileza de sua corrente, proporcionou
resultados que se imaginavam serem satisfatórios[3].

DEFINIÇÃO
É uma técnica em que se utilizam microcorrentes variáveis de baixa frequência, com impulsos de
muita baixa eduração
superficiais preveniredesta
intensidade,
forma o com a finalidadecutâneo
envelhecimento de produzir
[1]
. um levantamento dos estratos mais
Também chamada de "Micrólise" ou "Galvanopuntura".

AÇÃO
O objetivo mais amplo do uso do eletrolifting é suavizar, atenuar, eliminar alterações das linhas
de expressão que se formam na face devido a contração dos músculos. Atua a nível celular restaurando
a camada colágena e estimulando a produção de elastina, utilizando justamente a mesma arma que a
pele, utiliza microcorrentes.
A lesão das células do estrato espinhoso obriga o organismo a uma reação reparadora. As células
abaixo do sulco da ruga são células atróficas, de tamanhos menores e de qualidade inferior à dos seus
vizinhos. A ponta da agulha provocará a necrose de algumas destas células. Em resposta à lesão,
haverá uma dilatação dos pequenos vasos da derme correspondente à região lesada, resultando num
edema discreto. Logo em seguida, a taxa mitótica do estrato basal regional aumentará. As células
recém-formadas preencherão o espaço das células lesadas cujos restos serão eliminados por fagocitose
e o líquido excedente absorvido pela circulação linfática[2].
Guirro & Guirro (2002), relatam que ocorre um carreamento de partículas hidratadas para a
região pericatódica (polo negativo).
O eletrolifting, na verdade, ativa colágeno e elastina (proteínas albuminoides), fazendo uma
compactação e reagregação das fibras para a dissimulação parcial ou total das linhas de expressão e
suas variações. Esta técnica consiste no deslocamento da proteína da própria pele, através da corrente,
para preenchimento dos sulcos que formam as rugas.
Silva (1998), salienta que o termo albumina utilizado até pouco tempo, é incorreto, pois a
albumina somente seria ativada com penetração intra-vascular, e caso isso fosse executado ocorreria
sangramento, mais traumatismo na pele.

EFEITOS
Segundo Winter (2001), por causa da necrose ínfima, ocorre uma necrose por liquefação que se
limita a algumas células epidérmicas. Esta necrose é provocada pelas substâncias alcalinas que se
formam no polo negativo pela ação do componente galvânico da microcorrente sobre os líquidos da
substância fundamental.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 68/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  69
Seus efeitos podem variar de caso a caso, com duração entre 3 semanas até 6 meses (devendo
ser retocado). A durabilidade do tratamento está condicionada à execução completa mais
manutenção [2, 3].

APARELHO

Trata-se de um aparelho (próprio para eletrolifting) com a intensidade reduzida ao nível de


microamperes.
A técnica pode ser realizado com eletrodos em formas de agulhas[2, 3] ou transcutâneos[1].
Quando utiliza as agulhas como eletrodos, a técnica consiste numa eletrólise epitelial através de
agulhas acopladas ao catodo de uma microcorrente galvânica.
Trabalha-se com uma agulha fina, porém rígida. Ela deve ser pontiaguda para penetrar
facilmente na pele (ao contrário da agulha para depilação definitiva, que deve ser flexível e com ponta
arredondada).
A agulha pode ser do tipo descartável ou esterelizável.

Na aplicação
Utiliza-se porgaze
algodão ou meioembebidos
de eletrodos
emtanscutâneos, na maioria
cosméticos cujos emativos
produtos formatêm
de bastões deslizantes.
efeitos hidratantes,
tensores, reafirmantes ou revitalizantes (iontoforéticos).

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
- O procedimento técnico consiste da estimulação das rugas e linhas de expressão de forma
individual até que seja obtida uma hiperemia em todo o trajeto da ruga[118].
- Deve-se limpar a pele e passar um algodão embebido em álcool antes da introdução das
agulhas
- Deve-se encaixar a agulha no porta-agulha do aparelho, que é conectado ao polo negativo.
- O polo positivo (passivo) encontra-se ligado a um bastão a ser segurado pela cliente. Ou pode-
se acoplá-lo a um eletrodo de borracha de silicone e fixá-lo no ombro ou braço direito.
- Segundo Guirro & Guirro (2002), a intensidade na técnica onde não há introdução da agulha
("deslizamento"} é de 300 microamperes. No caso de se optar pelo procedimento invasivo, a
intensidade da corrente deve ser diminuida uma vez que é de conhecimento geral que a umidade do
estrato córneo da pele varia intensamente em relação à idade e que este estrato apresenta alta
resistência à passagem de corrente.
- Silva (1997) orienta regular a amperagem na faixa de aproximadamente 180 até 200
microamperes.
- Segundo Silva (1998), a dosagem a ser utilizada pode ser:
a) 74 microamperes para peles sensíveis, eudérmicas e alipicas;
b) 86 microamperes para peles mais resistentes, lipídicas e seborreicas.
Segundo Guirro & Guirro (2002), os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting em
rugas podem ser divididos em três grupos:
- Deslizamento da agulha dentro do canal da ruga
- Penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga
- Escarificação - método de deslizamento da agulha no canal da ruga, diferencia-se pela agulha
ser posicionada a noventa graus, ocasionando uma lesão do tecido

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 69/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  70
As três técnicas produzem resultados animadores, atenuando sobremaneira as rugas e linhas
de expressão. Entretanto, as duas técnicas que desencadeiam um processo inflamatório (invasiva e de
escarificação), proporcionam resultados mais rápidos.

Procedimento de introdução da agulha:


- Introduzir a agulha na pele da cliente
- Com a agulha inserida na pele,
levantá-la, produzindo suave deslocamento
- Aguardar 3 ou 5 segundos, até que a
pele comece a esbranquiçar
- Abaixar a agulha deixando a pele em
sua posição natural
- Tirar a agulha 

A punturação deverá ser feita de maneira rápida e precisa, e a sensação tende a ser muito
desagradável. Portanto, deve-se colocar a agulha com firmeza e precisão[3].
Após o levantamento, aguarde o tempo necessário para o tipo de ruga, abaixe a pele e retire da
mesma forma, ou seja, com precisão e rapidez.
O tempo para cada punturação deverá ser de 4 segundos. Esta regra persiste quanto maior for a
idade cronológica, pois nos biotipos com boa hidratação, o tempo de cada punturação será de 3
segundos[3]. Winter (2001), orienta aguardar 3 ou 5 segundos, até que a pele comece a esbranquiçar.
A agulha deve ser introduzida entre as camadas da epiderme (estrato espinhoso). Por não atingir
a derme, não haverá sangramento. A agulha também não deve ser introduzida muito superficialmente,
porque a lesão das células já totalmente corneificadas não terá o efeito desejado. Por outro lado, a
agulha também não deve atingir a derme, porque o estrato basal não deve ser lesado.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 70/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  71
Após ter trabalhado a ruga em toda sua extensão num só lado, prosseguir da mesma maneira
pelo seu outro lado, de forma que os canais feitos pela agulha formem um "X" que atravessa a pele por
baixo da ruga.
Cada penetração da agulha deverá ser feita com espaço de 05, cm a 1,0 cm, entre as punturações
na pele.
Deve-se inserir a agulha num ângulo de 45 graus em relação à superfície da pele. E a agulha
deve atravessar a ruga por baixo, porém sem que sua ponta saia do outro lado da ruga. Não deve
sangrar[3, 5].

45° Pele
Poro

O comprimento da agulha é de no máximo 4 mm, e é confeccionada de material inoxidável[3, 5].


O design da caneta, mais a agulha colocada, proporcionarão uma penetração máxima de 2 mm:
a) Na região nasogeniana e na região frontal - 2,0 mm;
b) Na região orbicular da pálbebra e região perioral - 1,0 mm
c) Na região ao redor dos lábios - 1,0 mm.
Ao final da punturação de uma linha, deve-se avaliar se todo o espaço entre as punturações e a
linha como um todo está suavemente hiperêmico. Caso não esteja é necessário retoque. Mas se houver
interrupção na linha hiperêmica, retoque onde a cor é natural.
Guirro & Guirro (1996), relata que a estimulação química dos capilares da pele determina uma
hiperemia ativa e o consequente aumento da circulação local, desta forma são intensificadas os
processos metabólicos, a nutrição, a função e a regeneração do tecido subepidérmico.
Embora as rugas também corespondam histologicamente a uma atrofia de pele, a lesão por
agulhas nas regiões acometidas promovem uma sensação não muito agradável. Devido a este fato,
[6]
alguns terapeutas proferem a técnica de delizamento, sem a penetração .
OBS.: Segundo Guirro & e Guirro (2002):
1) A intensidade da corrente é dada pela sensibilidade do paciente, sendo diferente em regiões
distintas.
2) Deve-se testar a corrente cada vaez que for mudar a região de estimulação, questionando a
sensibilidade da cliente.
3) Caso o procedimento seja invasivo, não repetir o tratamento, antes que todo processo seja
reabsorvido (em média duas vezes por semana, com intervalo de três ou quatro dias, dependendo da
capacidade reacional da cliente)
4) Se o procedimento for de deslizamento, pode-se efetuar o tratamento quantas vezes a cliente
desejar (duas ou mais vezes por semana)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 71/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  72
5) Indivíduos com a pele seca poderão relatar ausência de sensibildade à corrente nas primeiras
aplicações, já que a resistência de sua pele à passagem de corrente está aumentada.
6) Um parâmetro para se observar a melhora do tecido, em resposta à estimulação elétrica, é o
aumento gradual da sensibilidade à corrente com intensidades menores.
Pode-se, ao final, aplicar compressas geladas de chá de camomila ou de água boricada sobre a
[2]

região Por
tratada . de uma técnica invasiva, há necessidade de se questionar a paciente quanto à sua
ser tratar
predisposição para o aparecimento de quelóides, assim como a diabetes, pois neste último caso a
cliente apresentará uma disfunção das fibras colágenas dificultando a regeneração[4].
OBS.1: A agulha deve entrar nos folículos pilosos (poros) por serem aberturas naturais do tecido
que proporcionam o deslizar da agulha. A abertura-invaginação natural apresenta a vantagem de não
traumatizar a pele, ou causar qualquer tipo de sensação desagradável[3].
OBS.2: Quando se utiliza laserterapia após a aplicação do eletrolifting , com o objetivo de
acelerar o processo, os resultados são praticamente nulos, devido a radiação LASER apresentar uma
ação antinflamatória, interferindo assim nas reações fisiológicas desencadeadas pela corrente
contínua[4].

- CUIDADOS COM AS AGULHAS


* Se as agulhas não são do tipo descartável, elas devem ser cuidadosamente esterilizadas.
* A esterilização pode ser feita, entre outras formas, de três maneiras:
a) Imersão em solução esterilizante
b) Por autoclave
c) Por esterilizador a ar seco

INDICAÇÃO
- Acentuação do sulco naso-labial por flacidez da musculatura (deve-se adicionar
eletroestimulação facial)
- Atenuação de rugas de expressão entre as sobrancelhas e na testa por rigidez muscular
(adicionar exercícios de relaxamento)
- Atenuação de rugas de elastose (ao redor dos lábios)
- Envelhecimento cutâneo
- Tonificação cutânea

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 72/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  73
- Estrias

A pele estriada apresenta modificações nas fibras colágenas, na substância fundamental amorfa e
nos fibroblastos. A forma do fibroblasto também varia nas diferentes lesões, sendo a forma globular
predominante na estria[6].
Guirro & Guirro (1996) relatam que os fibroblastos, células derivadas do mesênquima, possuem
uma capacidade de replicação baixa que pode ser modificada em resposta a estímulos controlados. Os
fibroblastos retêm a capacidade de se dividirem; assim como o tecido epitelial, o tecido conjuntivo
tambémintensidade
baixa é capaz de mostrou-se
se regenerar.eficiente
Na estriapara
esta célula está aquiescente,
aumentar sendo que
sua replicação bemo como
estímulo
daselétrico
fibras de
e
substâncias produzidas pela mesma. No tocante à neovascularização, os efeitos da inflamação aguda e
da corrente contínua se somam, promovendo um edema brando com uma hiperemia bastante
pronunciada. A regeneração propicia o retorno de todas as funções inerentes à pele, inclusive a
sensitiva que se encontrava grandemente diminuída, e neste caso especificamente, a sensibilidade
dolorosa, pois à medida que vai havendo a regeneração tende a chegar a níveis próximos do normal
A elastose focal linear em alguns pacientes pode representar a hiperplasia de fibras elásticas em
resposta a alguma lesão ou alteração tecidual. Ela pode ocorrer isolada ou associada a estrias atróficas,
e em último caso pode ser considerado como um processo regenerativo das estrias[6].

de queA arelutância na aceitação


fibra elástica não se de tratamentos
regenera. eficazes
Estudos de estriasmostraram
preliminares está baseada
queprincipalmente no fato
ocorre um acentuado
aumento no número de fibroblastos jovens, uma neovascularização e o retrono da sensibilidade
dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica, e como consequência uma grande melhora no
aspecto da pele, que fica muito próxima do normal. Entretanto, o resultado do tratamento pode variar
em diferentes indivíduos, como em qualquer outro tratamento de diversas afecções. Este fato está
centrado na capacidade reacional de cada indivíduo[6].
Guirro & Guirro (2002), relatam que com a estimulação elétrica as fibras colágenas sofrem
algum tipo de reorientação. E que o processo de regeneração da estria está baseado na compilação dos
efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação aguda.

após aPoucos minutos


aplicação, apósmotivadas
e são a lesão aparecem a hiperemia
por substâncias e o liberadas
locais edema, que nãolesão,
pela ocorrem imediatamente
responsáveis pela
vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos. Toda a zona é preenchida por um exsudato

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 73/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  74
inflamatório composto de leucócitos, eritrócitos , proteínas plasmáticas e fáscais de fibrina. O
processo de epitelização inicia-se simultaneamente, obrigando as células epidérmicas a penetrar pelo
interior das fendas formadas pela agulha, e estimuladas pela formação de fibrina originada pela
hemorragia da microlesão. No início praticamente não sangra, porém com o passar das sessões
observa-se um sangramento ou rompimento de pequenos vasos, que são totalmente reabsorvidos
(pequenas bolsas de sangue que se tornam violáceas, amareladas e em seguida a tonalidade da pele
volta ao normal). Este processo inflamatório será absorvido em um período de tempo variável,
ocorrendo na média de 2 a 7 dias[6].

Conforme o progresso da reação inflamatória e epitelização, surgem na profundidade da lesão os


fibroblastos, e se produz paralelamente uma proliferação rápida de caplilares por gemação das vênulas
existentes, que conforme avançam até as áreas lesionadas vão destruindo a rede de fibrina. Os
fibroblastos cumprem então suas funções sintetizadoras 9a estimulação fibroblástica tem importante
papel no processo regenerativo da atrofia tecidual na estria)[6].
Segundo Guirro & Guirro (2002), a resposta à agressão, no caso específico da perfuração da pele
pela agulha, pode finalizar com a recuperação da estria, restituindo a sua arquitetura original. As
estimulações subsequentes só poderão ser realizadas quando o processo inflamatório cessar por
completo, evitando assim o risco de desenvolver uma inflamação crônica desencadeada pela
persistência do estímulo inflamatório agudo.
Que a persistência da resposta inflamatória após o tratamento com a microcorrente pode variar
entre o primeiro e o quarto dia pós-estimulação[6].

Silva et al (1999), em pesquisa envolvendo mulheres entre 15 e 60 anos com estrias verificaram:
- Que a cor da pele é de extrema significatividade, mostrando que na pequena amostragem de
pacientes com pele negra a regeneração foi mais rápida e evidente do que naqueles de pele clara
- Quando a resposta inflamatória foi mais duradoura, entre 3 e 4 dias, o resultado foi melhor
- Que pacientes com dificuldades de cicatrização não obtiveram o resultado esperado
- Que a coloração das estrias interferiu nos resultados, uma vez que as mais jovens, de cor
vermelha, responderam melhor que as mais antigas, de cor branca.
No caso de a cliente apresntar níveis elevados de glicocorticoides, endógenos ou exógenos como,
por
riscoexemplo, na sindrome
para a cliente [6]
. de Cushing, a terapia não deve ser efetuada, sob pena de resultados pobres e

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 74/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  75
Não se deve tomar sol com o processo inflamatório ativo (pelo perigo de manchar a pele); só
quando o processo já estiver debelado[6].
Em clientes que relatam o resurgimento do processo inflamatório sem que tenha havido
estimulação prévia, as aplicações devem ocorrer com intervalo maior, já que o processo inflamtório
pode estar ativo, mesmo que externamente não produza sintomas[6].
Segundo Guirro & Guirro (2002), procedimentos que produzam aumento de circulação no local
de aplicação parecem interferir positivamente na qualidade da resposta inflamatória: uso de alta
frequência (equipamento que produz ozônio e um faiscamento na pele, promovento aumento da
circulação), produtos que aumentam a circulação, uso de correntes polarizadas previamente (polo
negativo em cima das estrias que vão ser estimuladas).
Antes da puntura do tecido, deve-se higienizar a pele e/ou esfoliá-la, com a finalidade de
diminuir a resistência à corrente e evitar infecções. Pode-se utilizar produtos com a finalidade
requerida, ou simplesmente álcool a 70%[6].
O número médio de sessões gira em torno de 10, podendo este número ser ultrapassado sem
contra-indicações. Tratamentos infalíveis a todas as pessoas não existem [6].

incisãoSegundo
paralelaGuirro & Guirro
subacutãnea. Não(2002),
se devea invadir
penetração da agulha deve aser
perpendicularmente efetuada
pele sobre a estria, com
estriada.
Se as estrias ocorrem durante a gravidez, o tratamento só poderá ser iniciado quando os níveis
hormonais regredirem aos níveis anteriores à gravidez[4].
O tratamento não deve ser iniciado na puberdade, por ser tratar de um período de grandes
alterações hormonais que acreditam alguns autores, ser a causa do aparecimento das estrias[4].

CONTRA-INDICAÇÃO
- Sobre feridas recentes
- Alergia ou irritação à corrente elétrica ou ao cosmético
- Hipersensibilidade dolorosa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 63-66
2- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 129-133
3- Silva, Mariângela T. - ELETROLIFTING - Ed. Vida Estética - 1998 - pp. 31
4 - Girro, Elaine C. O. - Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E
PATOLOGIAS  - Ed Manole - 2ª Ed. - 1996
5- Silva, Marizilda, T. - ELETROTERAPIA EM ESTÉTICA CORPORAL - Ed. Robe - 1997 - pp. 5-8
6- Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS
E PATOLOGIAS   - Ed
7- Silva, E. B. Manorle - 3ª Ed.
M., Takemura, I., Revisada
Schwartz,e S.
ampliada - 2002 DO TRATAMENTO DE REGENERAÇÃO DE
M. - ANÁLISE
ESTRIAS COM O USO DO GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA FILTRADA CONSTANTE STRIAT® EM
MULHERES ENTRE 15 E 16 ANOS. - Trabalho de conclusão do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná,
Curitiba - 1999.
Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,
 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 75/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  76

INTRODUÇÃO
No início da década de 80, na França, um grupo de médicos começou a utilizar, em medicina
estética, e acupuntura, correntes polarizadas ou mistas, para tratamento da adiposidade, celulite
fibrótica ou nodular (Silva, 1997).
Antigamente na eletroterapia clássica existiam somente tratamentos para a obesidade a base de
corrente galvânica aplicada com grandes eletrodos superficiais sobre a área, e, a grande novidade dos
métodos atuais consiste tanto na forma de aplicar a corrente, como em seu mecanismo biofísico de
atuação. Hoje em dia, é realizado o tratamento da celulite e da obesidade mediante correntes que são
aplicadas com agulhas, introduzidas nas áreas de tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995).

CONCEITO
A eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos
graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente especifica de baixa freqüência (ao
redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo sua
destruição e favorecendo sua posterior eliminação (Soriano et al., 2000).
Em seu início, a eletrolipoforese se aplicava por meio de eletrodos em forma de finíssimas
agulhas diretamente implantadas no panículo adiposo, realizada apenas por equipe médica (Soriano et
al., 2000). Segundo Guirro & Guirro (2002), a indústria de equipamentos da área de estética criou a
eletrolipoforese com placas transcutâneas na tentativa de ampliar o mercado de venda. 

PROPRIEDADES
A eletrolipoforese terapêutica atua a nível do tecido adiposo, produzindo sua destruição e
eliminação. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos, provoca a nível local, uma serie de
modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise (Soriano et al., 2000).
De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos proporcionados
pela eletrolipólise são:
1) Efeito Joule
Em virtude do efeito Joule, a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho
que produz calor ao atravessar o mesmo. O aumento de temperatura que é produzida na
eletrolipoforese, não atinge tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente com uma intensidade
muito pequena, porém suficiente para contribuir para instalação de uma vasodilatação com aumento de
fluxo sangüíneo local. Desta forma é estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de
calorias e melhorando o trofismo celular (Soriano et al., 2000).

2) Efeito eletrolítico
Em condições normais a membrana celular é semipermeável, que separa dois meios de
composição iônica diferente: o meio intracelular é eletronegativo e o meio extracelular é

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 76/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  77
eletropositivo. O campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipoforese, induz o movimento
iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular. A célula tende a manter seu
potencial elétrico de membrana normal, e essa atividade consome energia a nível celular (Soriano et
al., 2000; Parenti, 2001).

3) Efeito de estímulo circulatório


O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito Joule) contribui em parte para a
instauração de uma vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações
promovendo uma ativação da microcirculação. Foi demonstrado que a freqüência de 25 Hz é mais
eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas (Silva, 1995; Soriano et al., 2000).
4) Efeito neuro-hormonal
O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo. Longe de um simples
reservatório, o adipócito possui uma intensa atividade metabólica: forma triglicerídeos (liposíntese) e
os armazena, decompondo-os (lipólise) segundo a demanda do organismo. A mobilização das gorduras
de reserva, ou seja a lipólise , se realiza graças a uma enzima hormonio-dependente a
triglicerideolipase (Guyton & Hall, 2002; Soriano et al., 2000).
Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Os ácidos
graxos assim produzidos são em grande parte, expulsos da célula a menos que estejam em um local
com excesso de glicose, e que voltam a formar triglicerídeos; ao contrário, o glicerol liberado, não
pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose (Soriano e col., 2000).
Guyton (1996), relata que cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de
gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex supra-
renal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase.
O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa,
enquanto a estimulação parassimpática diminui. (Junqueira & Carneiro, 1999; Soriano et al., 2000).
O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina):
a ativação destas últimas se efetua por itermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinquinases,
o que determina a ativação de lipase tissular (Soriano et al.,2000).
Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa freqüência durante a eletrolipoforese, produz-
se uma estimulação da sistema simpático, e como conseqüência ocorre a liberação de catecolaminas
com aumento do AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos. Trabalhos
realizados com esta técnica demonstram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina,
horas subseqüentes ao tratamento (sabe-se que em condições basais o glicerol não é detectado na
urina). Este fato indica ativação da lipólise que se produz (Parienti, 2001; Soriano et al., 2000; Silva,
1995)
Em conjunto, e como conseqüência de todos os efeito mencionados, se induz um aumento do
catabolismo local, que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde a primeira
sessão (Soriano et al., 2000).

AÇÃO
A microestimulação elétrica ativa as fibras do tecido conjuntivo subcutâneo, que favorecem a
drenagem linfática e sangüínea, provocando uma melhora da qualidade e aspecto da pele (Soriano et
al., 2000). Corroborando, Silva (1995) explicita que o estímulo circulatório produzido pela corrente
elétrica, tem grande importância na drenagem da área.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 77/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  78
Segundo Pinto (1996), a aplicação dessas finas agulhas, ligadas a uma corrente de baixa
intensidade, cria um campo elétrico entre elas, ocorrendo uma modificação no meio intersticial,
favorecendo as trocas metabólicas e ainda, a lipólise.
Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), existe muita discussão sobre qual o mecanismo de ação
destas correntes aplicadas na eletrolipoforese; ainda que os resultados clínicos são em geral
concordantes e muito positivos, há pouca experimentação básica que permita definir claramente a sua
forma de atuação. De todos os modos há, ao menos, dois efeitos claramente envolvidos:
- O estímulo circulatório que produz toda corrente contínua, seja interrompida ou não, e que
tem grande importância na drenagem da área.
- O estímulo da lipólise, diretamente ou indiretamente pela excitação das terminações nervosas
simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores
beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase, potencializando a lipólise dos triglicerídeos em
glicerol e ácidos graxos.
Estudos histopatológicos vem demonstrando o efeito deste tipo de tratamento sobre os adipócitos
(diminuição no tamanho, alterações na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma
base orgânica par os efeitos clínicos constatados (Zaragoza & Rodrigo, 1995).
Guirro & Guirro (2002) relatam que os efeitos das correntes no organismo estão bem
catalogados, porém os textos que descrevem os tratamentos são pouco científicos, e seus reais efeitos
devem ser melhor investigados.

TECNICA DE APLICAÇÃO
Zaragoza & Rodrigo (1995), relatam que os eletrodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de
comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso único. As correntes são contínuas, mas existem algumas
correntes utilizadas para a prática da eletrolipoforese que são alternadas. Segundo Parienti (2001), o
pulso bifásico assimétrico (como o pulso do TENS), é uma forma de onda largamente utilizada na
eletrolipoforese. Silva (1995) menciona que as agulhas podem medir entre 4, 5, 7, e 12 cm,
introduzidas a nível hipodérmico, utilizando-se uma distância de 4 cm entre elas. Parienti (2001),
sugere agulhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidável ou em prata, descartáveis, medindo de
0,25 a 0,3 mm de diâmetro com comprimentos que variam de 1 a 3 cm, ou de 10 a 12 cm. Parenti
menciona ainda que as agulhas mais grossas (0,30 mm) apresentam melhor efeito.
A frequência de aplicação oscila entre 5 a 50 Hz, segundo escalas crescentes (15 Hz, 20 Hz, 35
Hz, etc.) (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Parienti (2001), sugere uma frequência de 5 a 500 Hz. A técnica
de aplicação consiste em colocar o paciente em posição cômoda, com a área de tratamento exposta.
Nesta “zona” de tratamento devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela, de acordo com
a saída dos cabos no aparelho. As agulhas são separadas por mais de 5 cm, de modo que cubram toda a
área a tratar.
suportável Se inicia(Zaragoza
do paciente uma sessão aumentando
& Rodrigo, a intensidade gradativamente, partindo até o limiar
1995).
O processo é considerado invasivo, aliado a efeitos sistêmicos devido ao longo tempo de
duração: 50 minutos (Guirro & Guirro, 2002). Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), a duração da
sessão gira em torno de uma hora, após costuma-se aplicar algum tratamento complementar como:
Estímulo muscular, drenagem linfática, estimulação de pontos de acupuntura, etc. Quase sempre é
somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina controlada para favorecer a saída de água
intra-celular.
Quanto ao aspecto intensidade da corrente, nos deparamos com algumas divergências entre
alguns autores. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), a intensidade de aplicação varia entre 2 a 10
mA. Já Parienti sugere de 5 a 40 mA. Entretanto, para Soriano et al. (2000) a corrente utilizada na
eletrolipoforese é a microcorrente. Portanto a intensidade praticada está abaixo de 1 mA.
Soriano et al. ainda revelam que a intensidade da corrente aumentará em função do umbral de
sensibilidade, de forma que não resulte em dor intensa na pessoa tratada. Vale ressaltar, que a pessoa

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 78/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  79
tratada deve notar uma sensação de "pico máximo não doloroso" e esta será ajustada segundo a
tolerância do mesmo, preocupando-se com a acomodação individual. Havendo a acomodação, a
intensidade deverá ser aumentada quantas vezes forem necessárias.
Para Parienti (2001), é necessário que o paciente sinta sensação de picadas que chegam ao limite
do desagradável. Durante a sessão e preciso aumentar progressivamente a intensidade da corrente
durante o processo de acomodação.
As sessões podem ser semanais, com um mínimo de 6, podendo alcançar até 10, devendo-se
levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais, sendo que para julgar os
resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Parienti (2001),
sugere uma aplicação por semana, e segundo o autor, os resultados tornam-se mais significativos após
a 3ª sessão.
Na aplicação com agulhas estas deverão ser de boa qualidade, estéreis, mantendo em todo
momento medidas de assepsia (desinfetando a pele a ser tratada) (Soriano e col., 2000). Essas agulhas
podem ser esterilizadas e reutilizadas para o mesmo paciente por 6 a 8 aplicações (Silva, 1995).
Quando há o aparecimento de dor durante a introdução da agulha, significa que a mesma está
mal posicionada ao entrar em contato com as aponeuroses da pele, que são estruturas ricamente
inervadas. As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido cutâneo, a nível do panículo adiposo
(Soriano e col., 2000)
Parienti relata que não deve ocorrer nenhum sangramento e nenhuma dor deve ser manifestada.
Esses fatos garantem a implantação correta da agulha no tecido adiposo.
Na prática, deve-se posicionar o paciente numa posição cômoda e relaxada; a área a tratar deve
estar desnuda e desinfetada (assim como a mão do operador); introduzir as agulhas utilizando o "tubo
guia" fornecido junto com as agulhas de acupuntura; pressiona-se o tubo na pele, para esticá-la, e dá
um golpe rápido no topo da agulha, inserindo-a perpendicularmente á superfície cutânea por cerca de 1
cm (as agulhas podem ser introduzidas obliquamente, dependendo da habilidade do operador)
(Parienti, 2001). A partir daí, inclina-se a agulha, na direção do tecido subcutâneo realizando
movimentos giratórios introduzindo-a. Após a agulha introduzida, conecta-se os eletrodos (tipo
"jacaré") nos pares de agulhas correspondentes à área que se deseja tratar. Pode-se fixar as partes das
agulhas quedos
colocação ficam externamente, com esparadrapo, para que não haja incômodo ao manipulá-las com a
eletrodos.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 79/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  80
INDICAÇÕES
A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada, celulite e
lipodistrofia localizada. Há também indicação pós lipoaspiração, como complemento da cirurgia.
Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do
perímetro em abdome, coxa e quadril. Há também, discreta, porém não espetacular, perda de peso,
melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. Os autores mencionam
também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas.
Parienti (2001) indica a eletrolipoforese nas complicações de "placas onduladas" após a
lipoaspiração e a ptose abdominal e das nádegas.

CONTRA-INDICAÇÕES
Segundo Soriano et al. (2000), não existe nenhuma região do corpo onde o método está contra
indicado, sempre e quando a indicação seja correta.
Silva (1995), Parienti (2001) e Soriano et al. (2000), narram algumas contra-indicações da

eletrolipoforese:
• Transtornos cardíacos (alteração do ritmo e da condução; insuficiência cardíaca) e portadores
de marca-passo e cardiopatias congestivas;
• Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada;
• Gravidez em qualquer idade gestacional;
• Paciente renais crônicos (insuficiência renal)
• Trombose venosa profunda ou estado venoso catastrófico.
• Patologias ginecológicas, tipo fibroma uterino;
• Utilização de medicamentos, como corticosteróides, e anticoagulantes ;
• Progesterona;
• Neoplasias;
• Alterações dermatológicas na área a tratar (Dermatites, dermatoses, feridas, inflamações,
eczemas, etc.)
• Epilepsia 
Possíveis complicações e efeitos secundários podem ocorrer quando a eletrolipoforese trabalha
com a implantação de agulhas no panículo adiposo, sem normas de assepsia adequada. Pode aparecer
hematoma nessauma
poderá ocorrer área,pequena
o que não traráde
auréola complicações.
eritema pelaNo método dedecorrente
passagem aplicação
nade agulhas
pele superficiais,
que desaparecerá
por si só e sem tratamento em poucas horas. Há também a descrição do aparecimento de pequenos
pontos necróticos superficiais no local de introdução da agulha. As causas que podem determinar a
aparição deste incidente não estão claras, entretanto, caso apareçam estes processos, sua cura ocorrerá
sem maiores complicações (Soriano et al., 2000).
Parienti (2001) menciona que a técnica realizada de forma inadequada pode levar a ocorrência de
alguns incidentes:
- O paciente sente dor no momento exato da implantação da agulha
- Surgem equimoses após a sessão, devido a pequenas veias superficiais que são picadas
desastrosamente ou, então, por um erro na manipulação de implantação atingindo tecido muscular
- No final da sessão, a retirada da agulha causa sangramento

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 80/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  81
- Durante a sessão, o paciente queixa-se de leves contrações musculares, é preciso verificar
se as agulhas não atingiram o plano muscular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Patologias.
GUIRRO, E. C. . O.
2002 Ed & GUIRRO,
Manole R.Revisada
- 3ª Ed. R. J. Fisioterapia
e ampliada. Dermato
pp. 380 - Funcional – Fundamentos, Recursos e
2. GUYTON, A. C. 1996 - Fisiologia Humana - Ed Guanabara Koogan – RJ.
3. GUYTON, A .C. & HALL, J.E. – 2002 - Tratado de Fisiologia Médica – Ed. Guanabara Koogan - 10°
Edição – RJ.
4. JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J.1999 – Histologia Básica – Ed. Guanabara Koogan. 9ª Ed. pp. 169-17.
5. NAOUM, P. C.- 1999- Eletroforese – Técnicas E Diagnósticos. Ed. Santos - São Paulo, 154 pp.
6. PARIENTI, I. J. 2001. Medicina Estética. Ed. Andrei. pp. 58-68
7. PINTO, E. B. S; ERAZO, P. J; MUNIZ, A. C. Superficial liposuction body contouring. Clinics in Plast. 1996.
Surg., 23:4. Apud.  GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos,
Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada.
8. SILVA, M.T. Eletroterapia em Estética Corporal. 1995. Ed. Robe – 1° Edição - São Paulo – pp. 59-64.
9. SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada - Teoria y
Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 120-123
10. ZARAGOZA, J.R. & RODRIGO, P. Electroestética. 1995 . Ed. Nueva Estética – 1° Edição - Espanha – pp. 61-67.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 81/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  82
 

INTRODUÇÃO

Formação do campo eletromagnético


Um campo eletromagnético é um espaço onde agem forças magnéticas que se formam em torno
de um condutor elétrico.

Quando há uma corrente elétrica num condutor, não somente o condutor é submetido a
alterações, mas também a região que o circunda sofre modificações. Forma-se um campo
eletromagnético em volta do condutor.
Quanto maior a intensidade da corrente no condutor, tanto mais forte é o campo eletromagnético
ao seu redor. O efeito eletromagnético aumenta consideravelmente, quando o condutor não está
disposto linearmente, mas em forma de espiral. Neste caso, as linhas magnéticas encontram-se tanto no
interior da espiral quanto envolvem-na exteriormente. Falamos de uma bobina.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 82/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  83
Sempre quando o campo eletromagnético ao redor do condutor se desfaz, ele se desprende do
condutor e parte em direção ao infinito. Enquanto há corrente alternada no condutor, ondas
eletromagnéticas são geradas.
Uma onda é a propagação de uma oscilação. A quantidade de oscilações por segundo dos
elétrons de um condutor determina a frequência das ondas geradas por este condutor. Por comprimento
de onda entende-se a distância que uma onda percorre, até que uma nova onda se desprenda do
condutor.
A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no vácuo é constante e corresponde à
velocidade da luz, ou seja, 300.000 km por segundo. Quanto maior for a frequência das ondas, tanto
menor será a distância entre elas, ou tanto menor será o comprimento de onda.
As ondas eletromagnéticas são uma forma de energia. As ondas podem ser captadas por antenas.
Uma antena é um condutor elétrico capaz de emitir ou receber ondas eletromagnéticas.
O francês Jean D'Arsonval iniciou estudos sobre os efeitos do campo eletromagnético no
organismo ao final do século dezenove.

Os
As efeitos biológicos
estruturas dascontêm
orgânicas ondas muitas
eletromagnéticas
moléculas externamente neutras, chamadas de dipolos,
cujas cargas internas estão dispostas assimetricamente. Um exemplo para os dipolos é a molécula de
água onde a carga negativa concentra-se sobre o oxigênio, enquanto a carga positiva fica ao lado dos
hidrogênios. Os dipolos, quando expostos a um campo eletromagnético, orientam-se de maneira que
seu lado de maior carga negativa se direcione ao polo positivo. A mudança da polaridade da corrente
alternada força os dipolos a acompanharem as oscilações do campo eletromagnético. Quando o ritmo
das oscilações é muito rápido, como ocorre numa corrente de alta frequência, as rotações dos dipolos
também são extremamente rápidas, (acima de 300 milhões de vezes por segundo. Neste caso, a energia
eletromagnética é transformada em calor, porque a rotação rápida dos dipolos provoca atrito entre eles.
As moléculas das substâncias apolares (por exemplo as gorduras), sofrem somente uma ligeira
deformação quando expostas ao campo eletromagnético, sem no entanto entrarem em rotação[1, 3].
Segundo Winter (2001), os aparelhos de alta frequência devem manter uma distância de 6 metros
de aparelhos de, corrente galvânica ou corrente farádica, quando usados simultaneamente. Os cabos
dos outros agem como antenas, captando as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos de alta
frequência. Isto pode danificar o aparelho e é perigoso para o cliente que está sendo tratado

GERADOR DE ALTA FREQUÊNCIA


Conceito
É um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, entre 100.000 e 200.000
Hz, com uma tensão que oscila entre 25.000 e 40.000 V e uma intensidade da ordem de 100 mA[2] 
Constituição física
O aparelho consiste num gerador de alta frequência, num porta-eletrodos e em diversos eletrodos
de vidro.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 83/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  84
As correntes de alta frequência, alta voltagem e baixa intensidade são geradas por um
dispositivo eletrônico que consta de vários circuitos transistorizados que transformam, retificam e
posteriormente produzem correntes de alta frequência a partir da corrente elétrica de uso doméstico
que se é provida através da rede.
Os eletrodos de vidro são ocos e contêm em seu interior um vácuo parcial, quer dizer, ar rarefeito
ou um outro gás. A passagem da corrente provoca uma ionização das moléculas de gás, as quais, sob o
forte da
nível impacto
pele[1]energético,
. tornam-se fluorescentes. Os eletrodos provocam a formação de ozônio ao

AÇÃO
A passagem de ondas eletromagnéticas por ar ou outros gases rarefeitos, provoca a formação de
ozônio, como acontece por exemplo na ozonosfera do nosso planeta (as ondas eletromagnéticas do sol
passam pelo ar rarefeito da ozonosfera, gerando ozônio)[1].

PROCESSOS QUÍMICOS NOS ELETRODOS.


O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O2) e
em oxigênio atomar (atômico) (O). A grande ação desinfetante do ozônio reside na grande
agressividade do oxigênio atomar (atômico) nascente, que é liberado durante a decomposição do
ozônio[1]. O3 O2 + O
O envelhecimento celular está ligado a ação dos radicais livres, e o oxigênio é um dos
precursores desta ação, através da oxidação das estruturas orgânicas. O oxigênio atomar é o oxidante
mais agressivo depois do flúor. Ele é um radical livre.
Baseado nas considerações sobre os radicais livres, os eletrodos de alta frequência, produtores de
ozônio a nível da pele, devem ser utilizados pela esteticista criteriosamente, pois não é lógico que um
tratamento estético,
frequência, que visa
pondo todo atenuar
o resto doe tratamento
atrasar os efeitos do envelhecimento,
a perder. A corrente deutilize os eletrodosquando
alta frequência, de alta
[1]
empregada descriteriosamente, é um meio de se envelhecer mais rápido!  

EFEITOS
a) Fisiológicos
- Térmico
O principal efeito das correntes de alta frequência ao atravessar o organismo é a produção de
calor. Do efeito térmico se pode deduzir outro efeito como o de vasodilatação periférica local. Devido
ao calor gerado, se consegue um aumento [2] do fluxo sanguíneo e por tanto se produz uma melhora do
trofismo, oxigenação e metabolismo celular .
É um efeito comum a todas as formas de aplicação: Se acentua mais nos casos em que o eletrodo
se coloca a uma ligeira distância da pele, que quando está em contato direto.
O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. Por isso para
efeitos destrutivos (fulgurações) se usam eletrodos de pouca superfície (em forma de ponta) já que
concentram em um ponto os efeitos térmicos.
O efeito térmico obtido é diretamente proporcional ao tempo de aplicação. Os tratamentos mais
habituais duram entre 3 e 5 min[2].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 84/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  85
- Vasodilatador e hiperemiante local
Aparece como consequência do efeito térmico. Os eletrodos de vidro têm um efeito estimulante
sobre a pele, pois aumentam a circulação periférica local[1, 2].
-  Aumento da oxigenação celular

b) Terapêuticos
-  Bactericida e anti-séptico (a formação de ozônio ao nível da pele tem ação desinfetante)
As faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio (O2) do
ar, o ozônio (O3) através da corrente elétrica. O ozônio formado é muito oxidante e por tanto é um bom
bactericida, germicida e anti-séptico em geral[2] 
-  Melhora do trofismo dérmico / Regenerador tecidual
-  Antinflamatório
Obs.: Há que se ressaltar que este tipo de corrente não tem nenhum efeito de excitação
neuromuscular[2].

INDICAÇÕES
• Desinfeção após a extração das eflorescências acnéicas
• Fulguração de eflorescências acnéicas inflamadas
• Desinfecção e estimulação da circulação sanguínea do couro cabeludo
• Feridas abertas (contaminadas ou não)
• “Psoriase”

CONTRAINDICAÇÕES
- Marca-passo cardíaco
- Gestantes
- Implante metálico local (aquecimento perigoso)
- Distúrbios de sensibilidade
- Pele com cosméticos inflamáveis (álcool e éter)

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Os eletrodos que se utilizam para a aplicação das correntes de alta frequência são geralmente
tubos ocos de vidro. Em seu interior há geralmente o vácuo ou tem um gás como o neon.
Para introduzir-se o eletrodo no porta-eletrodos, deve-se manter este último numa posição
vertical com a finalidade de evitar que o eletrodo acidentalmente se solte e quebre.
Se conectam geralmente por pressão que, por sua vez, está conectado mediante um cabo ao
console gerador da corrente de alta frequência.
Alguns porta-eletrodos levam um interruptor que atua sobre a passagem da corrente. Com isso se
consegue fazer circular a corrente no momento de ter o eletrodo na posição correta e ativado o
interruptor

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 85/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  86
Antes de ligar-se o aparelho, o eletrodo deve encontrar-se encostado na pele do cliente. Isto
evita que o cliente tome um susto. Enquanto o aparelho permanecer ligado, o eletrodo deve manter o
contato com a pele[1].
A junção entre o eletrodo e o porta-eletrodos não deve tocar o pele do cliente, pois ele sentiria
um choque elétrica muito forte. Também o esteticista não deve jamais encostar.
Ao aplicar a corrente de alta frequência mediante eletrodos ocos de vidro aparecem
diferentemente tonalidades, sendo as mais habituais:
- Violeta - em seu interior há vácuo
-  Laranja - em seu interior há introduzido certa quantidade de gás neon.
Obs.: O eletrodo de tonalidade laranja produz os mesmos efeitos que o violeta porém de uma
forma mais suave[2].
Com a finalidade de aumentar a ação do eletrodo, este pode ser passado ligeiramente afastado da
pele, ou sobre uma gaze seca. Normalmente é utilizado para casos de acne muito graves, etc.
TIPOS DE ELETRODOS
 Em forma de cogumelo:
Ele tem grande utilidade para a desinfecção da pele após a conclusão da fase de extração durante
a limpeza de pele. Considerando que a exposição ao ozônio é de pouca duração e levando-se em conta
o benefício da desinfecção, a utilização dos eletrodos de vidro por 2 ou 3 minutos é justificável neste
caso e não provocará danos.

A forma do eletrodo não é importante, O


eletrodo
porém seuemtamanho
forma não
de cogumelo é oimportância.
mais prático,
tem a mínima A
forquilha (eletrodo para a região do pescoço) é
dispensável, porque o cogumelo trata esta região com
a mesma eficiência.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 86/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  87
 Em forma de bico:
O eletrodo de bico (cauterizador), provê uma fulguração (chuva de faíscas) na pele da cliente.
Com o aparelho já ligado deve aproximar-se da pele o suficiente para que parta dele uma chuva de
faíscas, a qual deve ter como alvo a lesão em questão (lesões inflamadas de acne (pústulas, pápulas,
nódulos). Conforme a gravidade da lesão, aplica-se a chuva de faíscas durante 1 a 2 segundos.

 Em forma de pente:


Tem a finalidade de estimular a circulação sanguínea e desinfetar o couro cabeludo. O couro
cabeludo deve estar limpo e sem produtos. O pente deve ser movimentado levemente em movimentos
de pentear sobre couro cabeludo. A aplicação deve ter uma duração máxima de 10 minutos. O
tratamento será completado pela aplicação de cosméticos (não usar o eletrodo antes da aplicação de
produtos sensíveis à oxidação), massagens manuais e vibratória e aplicação de raio infravermelho.
Obs.: Existem outros tipos de eletrodos que podem ser fornecidos, de acordo com o fabricante
(em forma de Barra de metal ou espiral, em forma de forquilha ou "T", lápis, etc)

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 87/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  88
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Tipos de aplicação[2, 4] 
a) Aplicação direta ou efluviação
Se consegue aplicando diretamente o eletrodo sobre a área a tratar. Geralmente se utilizam
eletrodos de superfície plana que se aplicam deslizando-os sobre a pele em forma de massagem suave.

com aÉárea
importante
a tratar.comprovar
Igualmenteque antes zerar
deve-se de deixar passar ado
os controles corrente,
aparelhoo eletrodo
antes de jáseparar
estejam em contato
o eletrodo da
pele. Durante o tratamento não se deve separar o eletrodo da superfície corporal tratada.
b) Aplicação a distância ou com faíscas.
Neste caso o eletrodo se mantém a uma curta distância da pele (milímetros) porém sem
contactar em nenhum momento. Como consequência da alta voltagem da corrente, saltam faíscas
desde a superfície do eletrodo à superfície da pele da pessoa tratada. Isso se deve a que a corrente que
se acumula na superfície do eletrodo passa para o organismo.
Por efeito da alta voltagem da corrente, se produz uma grande diferença de potencial entre o

eletrodoa corrente.
passar e a pele. O ar, que inicialmente não é condutor da eletricidade, se torna condutor deixando
Nesta caso há que levar em conta a sensibilidade da pessoa tratada a este tipo de pequenas
descargas elétricas.

c) Aplicação indireta ou saturação.


Consiste na aplicação da corrente de alta frequência através do eletrodo em forma de barra
metálica que a pessoa tratada segura em uma mão, após ele ter sido inserido no porta eletrodo. A
esteticista tratará a cliente com as mãos, pois se esta pessoa está em contato físico com a terapeuta, o

fenômeno
pontos de alta frequência
de contato se levará
tenham lugar a cabosemelhantes
uns efeitos através do organismo
aos que se desta últimamediante
verificam pessoa, uma
com oaplicação
que nos
direta.
Se se aproveitam estes fenômenos durante a aplicação de uma massagem, se conseguirá que aos
efeitos da mesma se unam os da aplicação direta da corrente de alta frequência e os do cosmético
empregado se é que se utiliza.
Obs.: Após o término das aplicações, desliga-se o aparelho, tira-se o eletrodo do porta-eletrodos
e limpa-se o eletrodo com algodão embebido em álcool 70%.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 88/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 185-206
2- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 68-75
3- Scott, S. - DIATERMIA POR ONDAS CURTAS   (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - Kitchen, S. e Bazin, S.) 10ª Edição -
Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – pp. 235-258 - 1998
4- Arnould-Taylor, W. - PRINCÍPIOS E PRÁTICA DE FISIOTERAPIA - Ed. ArtMed - 4ª Ed. - 1999 - pp. 143-144

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 89/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  90
 

INTRODUÇÃO/HISTÓRICO 
Analisando o significado da terminologia  LASER (Light Amplification by Stimulated Emission
of Radiation) por partes, dizemos que a amplificação da luz aporta alta concentração de energia
conseqüente do grande número de fótons dos quais é constituída, e o fenômeno da emissão estimulada
constitui-se da emissão de luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de energia
aos átomos.
Reportando num breve histórico sobre o laser, iniciamos com Albert Einstein, que em 1917
expôs o “Princípio Físico da Emissão estimulada”, sobre o qual o fenômeno laser está apoiado.
Seguindo, em 1953, Townes, Gordon e Zeiger construíram o primeiro oscilador que operava na banda
de ondas milimétricas - MASER (amplificador de microondas pela emissão estimulada de radiação).
Ainda 1953, Townes e Schawlow demonstraram a possibilidade de construir um laser; em 1955,
Maiman construiu o laser a rubi; em 1961, no Hospital Presbiteriano de Nova York, se realizou com
êxito a primeira cirurgia a laser; a extirpação de um pequeno tumor de retina. A partir desta e de outras
experiências cirúrgicas ficou evidenciado, de forma empírica, que a radiação laser estimularia a
cicatrização de maneira acelerada.
Em 1962, foi desenvolvido o primeiro laser semicondutor. Dois anos mais tarde, o laser a gás e o
primeiro laser molecular de dióxido de carbono. Sinclair e Knoll adaptaram o laser à prática
terapêutica.

BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO LASER 


Princípios Elementares 
1) Espectro Eletromagnético - é o conjunto de ondas eletromagnéticas, proveniente da variação
de seus comprimentos de onda e, consequentemente, de suas freqüências. O espectro eletromagnético
engloba variados grupos de ondas eletromagnéticas.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 90/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  91

 
2) Monocromaticidade - A luz produzida por um laser é “monocromática”, ou seja, tem “uma
só cor”; a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de uso terapêutico agrupa-se em torno de um
único comprimento de onda, com uma amplitude muito limitada da faixa de ondas. Em contraste, a luz
gerada por outras fontes é formada por uma enorme variedade de comprimentos de onda, algumas
vezes variando desde o ultravioleta até o infravermelho, oque resulta na sensação da cor branca,
quando a luz colide com a retina de um observador humano.
3) Colimação - Na luz de um laser, os raios de luz ou fótons produzidos pelo aparelho de laser
são, para todas as finalidades práticas, paralelos, praticamente inexistindo qualquer divergência da
radiação emitida, ao longo da distância percorrida. Esta propriedade mantém a potência óptica do
aparelho enfeixada numa área relativamente pequena ao longo de distâncias consideráveis e, até certo
ponto, mesmo durante o trajeto dos tecidos.
4) Coerência - A propriedade de coerência denota várias coisas. Todos os fótons de luz emitidos
pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. E as depressões e picos das ondas de luz
emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo (coerência temporal), diz-se que tem a mesma fase. E
as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial).[12, 49] 

EFEITOS DA RADIAÇÃO LASER DE BAIXA POTÊNCIA


Como vemos, a energia depositada nos tecidos se transforma imediatamente em outro tipo de
energia ou efeito biológico. As modificações ou efeitos que surgem na própria partícula absorvente e
na região circundante são chamados efeitos primários: bioquímicos, bioelétricos e bioenergéticos.
O laser de baixa potência não produz efeito térmico. Este efeito somente existe nos laser
cirúrgicos com potências superiores a 1 W. Nestes, há uma conversão direta da energia aplicada em
efeito calórico, provocadas em parte pelo efeito mecânico.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 91/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  92
 

Radiação Soft-Laser

Absorção

Bioquímico
Bioelétrico Efeitos primários ou diretos
Bioenergético

1- Estímulo ä microcirculação Efeitos indiretos (locais, regionais, e gerais)


2- Estímulo trófico celular

1- Efeito analgésico
2- Efeito antiinflamatório Efeitos terapêuticos
3- Efeito antiedematoso
4- Efeito cicatrizante

Ao estudarmos a ação do laser e sua interação como o organismo, observamos os efeitos


como conseqüência desta interação, e que dividimos didaticamente em primários, secundários e
terapêuticos.

1- Efeitos Primários ou Diretos 


Os efeitos primários da radiação laser de baixa potência estão subdivididos em efeito
bioquímicos, efeito bioelétrico e efeito bioenergético.
a) Efeito bioquímico: 
Basicamente a energia absorvida da radiação laser pode provocar dois efeitos bioquímicos:
1) Liberação de substâncias pré-formadas: ocorre em função da incorporação à radiação laser, de
histamina, serotonina, acetilcolina, βendorfina, e prolactina. Deve se destacar que não há referências
quanto à produção destas substâncias, mas apenas a liberação de parte do contingente já produzido.
2) Modificação das reações enzimáticas normais: tanto no sentido de excitação quanto no sentido
de inibição.
3) Estímulo na produção de ATP no interior das células, provocando a aceleração da mitose, fato
que ocorre quando há um aumento proporcional da ATP nas células.

b) Efeito bioelétrico:
A a ação do laser é dupla:
- de modo direto atua estabilizando o potencial de membrana em repouso;
- de modo indireto aumenta a quantidade de ATP produzida pela célula.

c) Efeito Bioenergético
As radiações laser proporcionam às células, tecidos e organismos em conjunto, uma energia
válida que estimula, em todos os níveis, seu trofismo e fisiologismo, normalizando as deficiências e
equilibrando suas desigualdades, e isso diz respeito à normalização energética que a radiação laser
proporciona ao bioplasma.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 92/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  93
 
2 - Efeitos Secundários e Indiretos
Os efeitos primários, provocados diretamente pela absorção da radiação laser proporcionam
dois grandes efeitos indiretos: Estímulo à microcirculação e trofismo celular

a) Estímulo à microcirculação:
Este efeito é proporcionado pela ação da radiação sobre os “esfíncteres pré-capilares”,
válvulas que existem na entrada da rede capilar ao final da rede de arteríolas.
Estes esfíncteres trabalham alternadamente, abrindo ou fechando a passagem para a rede
capilar distribuindo o fluxo sangüíneo e conseqüente alternância das regiões a serem irrigadas.
Provavelmente em decorrência da ação da histamina liberada pela radiação laser, ocorre
paralisação deste esfíncter pré-capilar e, como conseqüência, o fluxo sangüíneo se vê aumentado.

b) Estímulo ao Trofismo Celular:


Entre os tecidos estimulados, podemos destacar:
- Estimulação da reparação do tecido ósseo;
- Aumento do trofismo na pele;
- Neoformação de vasos a partir dos já existentes

3- Efeitos Terapêuticos
Como conseqüência das alterações descritas nos itens relativos a efeitos primários e
secundários, a radiação a laser de baixa potência proporciona os seguintes efeitos terapêuticos:

Antiinflamatório:
A partir de qualquer lesão tecidual, são liberadas substâncias como a histamina e a
bradicinina, que são potencializadas pelas prostaglandinas, além de outras como a serotonina e a
fosfolipase-A. Estas substâncias, além de outros fenômenos, irão sensibilizar os receptores dolorosos,
aumentar a permeabilidade venular e provocar a dilatação de artérias e arteríolas.
Como conseqüência do aumento da permeabilidade venular ocorre extravasamento de
plasma, formando-se assim o edema.

partir dosAparentemente o efeito antiinflamatório da radiação laser de baixa potência justifica-se a


seguintes pontos:
- Interferindo na síntese de prostaglandinas. Como elas desempenham um importante papel em
toda instalação do processo inflamatório, a sua inibição determina uma sensível redução nas alterações
proporcionadas pela inflamação.
- Estimulando a microcirculação que irá garantir um eficiente aporte de elementos nutricionais e
defensivos para a região lesada, favorecendo a sua resolução.

Analgésico:

seguir: O efeito analgésico proporcionado pelo laser de baixa potência se explica por vários fatores, a

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 93/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  94
a) A nível local, reduzindo a inflamação, provocando a reabsorção de exsudatos e favorecendo
a eliminação de substâncias alógenas. O caráter antiinflamatório, por si só, já proporciona a redução da
dor. A eliminação, por exemplo, de substâncias ácidas ou outras consequentes de fagocitose, que
sensibilizam os receptores dolorosos, também favorecem a analgesia.
b) Interferindo na mensagem elétrica durante a transmissão do estímulo da dor, mantendo o
gradiente iônico, ou seja, mantendo o potencial de membrana e evitando que a mesma despolarize.
Esta ação, como consequência, proporcionará uma menor sensação dolorosa.
c) Liberação de ACTH (corticoide natural do corpo)
d) Estimulando a liberação de β-endorfinas, direta ou indiretamente.
e) Provocando a normalização e o equilíbrio da energia no local da lesão
f). Estimula a liberação de serotonina (no LCR)

Antiedematoso:
Um dos resultados da instalação do processo inflamatório é o surgimento do edema,
conseqüente do aumento da permeabilidade venular e do inevitável extravasamento do plasma, o que
desencadeia uma série de fenômenos proporcionando congestão que, a grosso modo, dificulta a
resolução do processo inflamatório em si.
A ação antiedematosa do laser pode ser justificada a partir dos seguintes fatos:
- Estímulo à microcirculação: proporciona melhores condições para a resolução da congestão
causada pelo extravasamento de plasma que forma o edema.
- Diminuição da prostaglandina/histamina

Cicatrizante:
Dos efeitos terapêuticos que se destacam no uso do laser, o estímulo à cicatrização mostra-se
eficiente. Tal poder terapêutico se explica por:
- incremento à produção de ATP, que proporciona um aumento da velocidade mitótica das
células.
- estímulo à microcirculação, que aumenta o aporte de elementos nutricionais associada ao
aumento da velocidade mitótica, facilitando a multiplicação das células.
- formação de novos vasos a partir dos já existentes, gerando melhores condições para uma
cicatrização rápida e esteticamente superior.
 [49]
- Aumento da síntese de colágeno.  

TIPOS DE LASER
A luz gerada pelo laser pode ser liberada de modo contínuo, pseudocontínuo ou pulsado [8, 10]. Os
lasers contínuos emitem energia de maneira constante. Os pseudocontínuos são, na realidade, pulsados,
mas os pulsos são muito rápidos, e o intervalo entre eles é extremamente curto, gerando energia
virtualmente contínua. Os pulsados emitem energia com pulsos variáveis (long ou short pulses) e
intervalos também variáveis. Os long pulsed lasers, como, por exemplo, o flashlamp pumped pulsed
dye, apresentam pulsos na ordem de 0,5 mseg. Os short pulsed apresentam pulsos de 10 a 500 nseg e
incluem os Q-switched Ruby, Alexandrite e Neodimio-Yag. Nestes tipos de lasers o tecido alvo é
aquecido em tão pouco tempo, que explode, e ondas de impacto supersônicas são criadas a partir da
alta temperatura atingida[8] 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 94/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  95
Dependendo do tipo de laser temos alterações clínicas e histológicas específicas peculiares no
tecido alvo. A forma de liberação de energia, seja pulsada, contínua ou pseudocontínua, influi no tipo
de resposta tecidual. As características da pele ou tecido alvo tratado também são de grande
importância. O conceito de cromóforo deve ser exposto e designa um grupo de átomos que confere cor
a uma substância e absorve um comprimento de onda específico. Os principais cromóforos da pele são
a oxiemoglobina e a melanina. Lesões vasculares contém pigmento de oxiemoglobina, tornando-se
alvo para a luz do laser absorvida por esse pigmento. O mesmo acontece com lesões ricas em pigmento
melânico[9] 
Outro ponto a ser ressaltado é o conceito de fototermólise seletiva. Introduzido por Anderson e
Parrish, (1983), postula que a absorção tecidual seletiva por um tipo de luz acarreta a destruição
seletiva desse mesmo tecido (em outras palavras, há destruição seletiva do tecido alvo a partir da
absorção de um tipo de luz). Assim, uma lesão cutânea pode ser tratada com um tipo de comprimento
de onda que corresponda ao pico de absorção do cromóforo contido nessa lesão.
Por fim, o comprimento de onda específico de uma laser a ser utilizado deverá ser absorvido
pelos cromóforos específicos no tecido. Em geral, o comprimento deve ser o mais próximo do pico de
absorção do cromóforo a ser irradiado, evitando “competição” com outros cromóforos presentes, e
suficiente longo para atingir camadas mais profundas da pele[3].
A cor de qualquer coisa depende das radiações eletromagnéticas que refletem quando sobre ela
incide a luz. Assim, num objeto vermelho, podemos ver esta cor porque quando sobre ele incide a luz
as ondas vermelhas são refletidas, e são absorvidas todas as demais[2].
O laser é um raio de luz, e como tal cumpre o fenômeno descrito: o laser de cor verde será
especialmente absorvido pela hemoglobina vermelha do sangue[2].
Tendo em vista que a pele sobre a qual incide o laser é rica em diferentes pigmentos e
cromóforos, é este um conceito amplamente difundido para justificar a utilização de certos lasers em
dermatologia e processos de fisioterapia dermato-funcional[2].
Cada cromóforo mostra uma faixa de absorção característica para certos comprimentos de onda.
A pele contém diferentes pigmentos ou cromóforos com diferentes espectros de absorção. O grau de
absorção de um laser determinado depende em grande parte da concentração presente de seu
cromóforo específico[2].
O coeficiente de absorção dos principais pigmentos se mostram da seguinte maneira: A melanina
(presente na epiderme e folículo piloso) absorve radiações com comprimento de onda inferior a 1200
nm de uma forma relativamente uniforme. A hemoglobina pelo contrário, tem faixas fortes de
absorção nas cores amarelo, azul, verde e ultravioleta. A água, não absorve em absoluto radiações com
comprimento de onda inferior a 1000 nm [2].
Quando maior o comprimento de onda da luz visível, maior a penetração no tecido. Assim:
ultravioleta<azul<verde<amarelo<vermelho<infravermelho[3].
Classificação do tipo de laser segundo a substância ativa geradora da radiação
1) Laser sólido
a) Neodimio-YAG
Emite radiação na faixa do infravermelho com comprimento de onda de 1064 nm, sendo pulsado
e com duração de pulso de 10 nseg., podendo alcançar elevadas potências de emissão. É usado em
oftalmologia, para coagulação de tecido vascular, em tratamentos endoscópicos e para obter efeitos
fototérmicos no tratamento de lesões cutâneas pigmentadas e tatuagens de cor azul, preto e verde[2, 3, 8].
b) Alexandrite
Possui comprimento de onda de 755 nm, próximo à luz infravermelha do espectro, e que pode
alcançar elevadas potências de irradiação. Seu pulso dura cerca de 100 nseg, e seu longo comprimento

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 95/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  96
de onda permite grande penetração na pele. Sua principal vantagem é que é bem absorvido por
pigmentos, porém pouco absorvido pela hemoglobina. É aplicado fundamentalmente na eliminação de
tatuagens de pigmentos azul, preto, verde, e cinza e lesões pigmentadas benignas e ultimamente em
tratamentos de depilação[2, 3].
c) Flashlamp pumped pulsed dye laser
O FPDL é um laser pulsado. Atua no comprimento de onda 585, 590, 595 e 600 nm, portanto luz
amarela[8,9].
Em 585 nm, a penetração é cerca de 1,2 nm, o que melhora, a absorção pela oxiemoglobina e
diminui a destruição da melanina[8]..
As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto, telangiectasias, nevo
rubi. granuloma piogênico. Particularmente para as manchas vinho do porto, vários autores consideram
o FPDL o tratamento de eleição[3].
d) Érbio
É pulsado, com duração de pulso de 350 microseg., e atua na faixa de 2940 nm, no espectro
invisível. A principal indicação é o tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo 2. Comparado ao laser
de CO2 apresenta coeficiente de absorção cerca de 20 vezes superior, havendo menor dissipação de
energia A penetração é 20 vezes menor do que a do laser de CO2. Ele promove excelente tratamento
para ablação tecidual leve com menor eritema no pós-operatório[3].

2) Laser gasoso
Neste grupo deve-se estabelecer uma diferenciação entre os gases neutros, como o laser de
HeNe; os gases ionizados, como o laser de Argônio; e os gases moleculares, como o laser de CO2.
a) Hélio-Neônio (HeNe)

Possui um comprimento
fundamentalmente de eonda
bioestimulantes de[2]632,8
tróficos . nm, na faixa do vermelho, e apresenta efeitos
É obtido a partir da estimulação de uma mescla de gases (hélio e neônio na proporção de 9:1) e
possibilita uma radiação visível, com comprimento de onda de 632,8 nm ou 6328 A, o que confere ao
mesmo a cor vermelha.
Uma câmara que contém a mistura gasosa é atravessada por uma corrente elétrica contínua. Essa
corrente elétrica faz com que os elétrons das moléculas do hélio saltem para órbitas mais distantes do
núcleo. Desse modo promovem choques entre átomos de hélio e neon, transferindo energia para o
neon. A partir dessa energia, elétrons dos átomos de neon saltam para órbitas mais distantes do núcleo.
Para que possam retornar à órbita original necessitam perder a energia recebida, o que se dá pela
emissão de fótons.
Essa câmara possui espelhos que refletem os fótons e mantêm a estimulação da mescla gasosa. A
esse mecanismo chamamos “Câmara de Ressonância Óptica”. Essa câmara é que promove a efetiva
ampliação da luz. Um dos espelhos é semitransparente permitindo que parte dos fótons gerados
atravessem o espelho, obtendo-se então o feixe de raio laser, que podemos observar.
b) Argônio
Possui comprimento de onda entre 485 e 515 nm (488-514 nm), o que corresponde a cor verde-
azul. É um aparelho contínuo e com penetração de 1 a 2 mm na pele. Os principais cromóforos que
absorvem o laser de argônio são a oxiemoglobina e a melanina. Associadamente, o excesso de calor
gerado pelas altas fluências necessárias à penetração na pele leva à necrose de estruturas vasculares e
não vasculares na derme papilar. O resultado final pode apresentar destruição térmica difusa e não
específica da pele. Cerca de 5 a 38 % evolui com distúrbios de cicatrização, e 20% com
hipopigmentação definitiva [11].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 96/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  97
As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto, angioma,
telangiectasias, nevo rubi. b) lesões pigmentares benignas: lentigo simples, manchas café, nevo azul,
queratose seborréica, melasma, hiperpigmentação pós inflamatória[8, 11].
Apresenta-se como útil instrumento para destruir lesões dermatológicas superficiais e coloridas,
hemangiomas, tratamentos oftalmológicos, e tratamentos endoscópicos[2].
c) CO2 
É um dos mais utilizados na medicina estética. Capaz de emitir elevadas potências de radiação
com um comprimento de onda de 10600 nm, faixa do infravermelho, podendo ser contínuo ou pulsado.
É o típico laser de corte e cirurgia, entretanto se for emitido de forma pulsada tem seu uso expandido
para aplicações cutâneas como técnicas de resurfacing, eliminação de lesões hiperpigmentadas
superficiais. Utilizando-o com lentes divergentes se consegue aumentar a superfície de irradiação
diminuindo sua densidade de potência[2].
Não há um cromóforo específico que absorva o laser, ocorrendo, portanto, absorção não seletiva
da luz pela água intra e extracelular. Após o tecido ter sido irradiado, ocorre necrose de coagulação da
epiderme e derme[12].

Diz-se
afastado. No que
modoo laser está concentra-se
focado, focado quandoaltaa caneta
energiadoemlaser está próxima
pequena da pele,corte
área, havendo e desfocao quando
do tecido. No
[8, 12]
modo desfocado, ocorre vaporização do tecido, sem destruição de estruturas mais profundas .
As principais indicações são cirurgia a laser onde se deseja evitar qualquer sangramento cutâneo,
verrugas virais, condiloma acuminado, tumores benignos da pele, lesões pré-malignas (papulose
bowenóide, queratose actínica, queilite actínica) e cirurgia de unha “encravada” [8, 12].
d) Cobre
O laser de cobre (vapor ou brometo de cobre) opera em duas faixas do espectro fotométrico: 511
e 578 nm. Em 511 nm, emite luz verde, sendo usado para o tratamento de lesões pigmentadas; e, em
578 nm, emite luz amarela, para tratamento de lesões vasculares[3].
As principais indicações são: a) lesões vasculares: manchas vinho do porto, angioqueratoma,
telangiectasias de calibre maior, granuloma piogênico, malformações vasculares outras; e b) lesões
pigmentares: lentigo, queratose seborréica, efélides, etc.[8].

3) Laser diodo ou semicondutor


a) Arsenieto de gálio (AsGa)
Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 904 nm, em forma pulsada de
maneira que cada pulso alcança potências de grande densidade energética (W), porém como potência
[2]
média se obtém um laser de baixa potência .
O laser As-Ga é uma radiação obtida a partir da estimulação de um diodo semicondutor, formado
por cristais de arsenieto de gálio, e por isso também é chamado de laser semicondutor ou laser diódico.
Considere dois cristais de arsenieto de gálio. Adicionando-se telúrio a um deles, estaremos
conferindo ao mesmo características elétricas positivas, pois o resultado da reação proporcionará falta
de elétrons. Ao segundo cristal será adicionado zinco, o que conferirá ao mesmo características
elétricas negativas, pois da reação resultará um número excessivo de elétrons. Unindo-se os dois
cristais formar-se-á um diodo. Uma corrente elétrica contínua aplicada a este diodo proporcionará a
combinação dos elétrons em excesso em um dos lados aos “vazios” existentes no outro lado. Destas
combinações nascem certas quantidades de energia que, amplificadas pelas extremidades polidas do
diodo, escapam do mesmo na forma da radiação laser.
b) Arsenieto de gálio-alumínio (AsGaAl)
Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 830 nm, de forma contínua[2].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 97/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  98
c) Índio-Gálio-Alumínio-Fórforo (InGaAlP)
Emite radiação com comprimento de onda de 670 nm, na faixa do vermelho. Possui barras de
múltiplos diodos, que dão um aspecto "divergente" à radiação emitida, permitem tratar superfícies de
maior dimensão. A vantagem deste tipo de laser é seu maior rendimento e eficiência elétrica, e seu
menor tamanho[2].
Os equipamentos mais utilizados na prática fisloterapêutica até o momento são os de Hélio-
Neônio (HeNe) e Arsenieto de Gálio (AsGa). Recentemente foram lançados no mercado nacional os
de Alumínio-Gálio-Indio-Fósforo (AlCaInP) e Arsenieto-Gálio-Alumínio (AsGaAl), os quais possuem
características específicas, segundo a tabela abaixo. Uma das vantagens dos equipamentos de AlGaInP
e os de AsGaAl está fundamentada na potência média emitida (30 mW, a qual é muito superior ao do
HeNe (2mW) ou mesmo do AsGa. A outra vantagem é decorrente do fato do material gerador
(sernicondutores) estar na forma de um diodo, o qual facilita o projeto do aparelho, bem como a sua
utilização, em relação ao de HeNe, já que não há necessidade de fibra óptica. Várias empresas
fabricantes de laser de baixa potência já lançaram novos equipamentos com potência média de 30 mW
no mercado nacional[1].
LASERS USADOS EM FISIOTERAPIA:
TIPOS DE LASER COMPRIMENTO FORMA DE ONDA FEIXE POTÊNCIA DE
DE ONDA PICO
HeNe 632,8 nm Contínua Visível (vermelho) 2 a 10 mW
AsGa 904,0 nm Pulsada Invisível 15 a 30 W
AlGaInP 670,0 nm Contínua Visível (vermelho) 15 a 30 mW
AsGaAl 830,0 nm Contínua Invisível 30 mW
Fonte: Guirro & Guirro (2002)

Técnica de aplicação do Laser Hélio-Neônio (He-Ne)


A emissão desse tipo de laser se dá de maneira contínua, ao contrário do laser As-Ga, onde a
emissão ocorre em regime pulsado (pacotes de energia).
Obs.: Existe tipos de aparelhos de HeNe que emitem radiação de forma pulsada.[12, 49] 
A radiação laser obtida através da mescla de gases hélio e neônio se tem mostrado com
grande poder terapêutico tanto em lesões tidas como superficiais como em lesões profundas. Porém,
cabe ressaltar que, comparativamente ao laser As-Ga, apresenta potencial terapêutico mais destacado
em lesões superficiais, como é o caso de lesões dermatológicas, estéticas ou em processo de
cicatrização.

Formas de aplicação[50] 
Por ser visível, o laser He-Ne permite um maior número de formas de aplicação quando
comparado ao laser As-Ga. São elas:
- Aplicação por pontos: Consiste na irradiação de um determinado ponto sobre o corpo do
paciente. Normalmente são necessários vários pontos para que toda área a ser tratada seja irradiada.
Normalmente, cada ponto se distancia 1 cm do outro.
- Aplicação por varredura: Consiste na aplicação onde se movimenta, à maneira de um pincel, a
caneta aplicadora, fazendo com que o ponto iluminado “varra” toda uma região.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 98/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  99
OBS 1: Em geral e sempre que possível, a “cabeça” ou sonda de tratamento deve ser aplicada
com uma firme pressão na área do tecido a ser tratado, isto torna a aplicação mais segura, pois reduz a
possibilidade de visualização acidental. Contudo, a principal razão da chamada técnica de contato é a
maximização da irradiância ou da densidade de potência no interior do tecido alvo, assegurando um
aumento na eficácia do tratamento. Pois a técnica de contato possibilita que o operador ao pressionar a
caneta de tratamento nos tecidos possa tratar com mais eficiência as lesões situadas mais
profundamente. [12] 
OBS 2:  Entretanto há situações em que a laserterapia não pode ser aplicada pela técnica de
contato. estas situações são, principalmente os casos em que a aplicação seria dolorosa demais, ou em
que há necessidade de uma técnica asséptica. Se a caneta for utilizada afastada da pele deve distar,
aproximadamente cerca de 0,5 a 1 cm da superfície de tratamento, e sua incidência ser
 [12]
perpendicular.  
OBS 3: Nos equipamentos geradores de laser He-Ne de emissão direta utiliza-se, para viabilizar
aplicações zonais, a conexão de lentes divergentes na saída da ampola de gás. [45, 50] 
O uso de lentes divergentes possibilita que, na medida em que se afaste a caneta
aplicadora da superfície do paciente, o spot   formado pela radiação laser He-Ne aumente. Tal fato
viabiliza a aplicação
variam entre 5 e 10%,por zona em
de acordo comequipamentos de material
a qualidade do emissãoutilizado
direta. Ocorrem
na lente.perdas
 [50]
  de potência que
Além das lentes divergentes pode ser usado outro acessório, como a fibra ótica, que é
utilizada para minimizar o inconveniente de se manusear a ampola de gás [45, 50]. No entanto, sua
utilização é pouco praticada em virtude de existir intensa atenuação da potência e a qualidade das
fibras comercializadas no Brasil e baixa.

Técnica de aplicação do Laser de Arsenieto de Gálio (As-Ga)


Como já foi dito sobre a utilização do laser He-Ne, ambos os tipos de laser apresentam potencial
terapêutico elevado
se destaca em lesõesemsuperficiais,
lesões superficiais e profundas.
o laser As-Ga Porém,
apresenta comparativamente
potencial ao laser He-Ne,
terapêutico destacado que
em lesões
profundas, do tipo articular, muscular, etc.
O fato de não ser visível limita o laser As-Ga no que se refere às formas de aplicação.
Não que aplicações por zona ou mesmo em varredura sejam contra-indicadas, mas como não é
possível ver a dimensão da zona que se está irradiando, nem mesmo ter a idéia da dispersão que o
afastamento da caneta aplicadora apresenta quando de uma aplicação em varredura, é aconselhável
que, com este tipo de laser, se utilize apenas a aplicação por pontos encostando a caneta aplicadora na
pele do paciente pois ao afastarmos a caneta o feixe de laser abre-se em forma de leque perdendo-se
concentração energética.

DOSIMETRIA
Em fisioterapia dermato-funcional é fundamental o uso dos lasers vermelhos e classicamente o
de He Ne, já que se atua sobre estruturas superficiais e geralmente o efeito desejado é o efeito trófico
(cicatrizes, estrias, tonificação cutânea, rugas, etc.). Com ele se realizam aplicações puntuais sobre a
estrutura a tratar. Quanto mais afastado estiver um ponto do outro, maior densidade energética (dose)
deverá ser empregada. A distância ideal de um ponto a outro é de 1 cm e não deve passar de 5 cm [2].
Atualmente, a dose mais habitualmente empregada se situa entre 10 e 20 J/cm 2, levando-se em
conta
obtémque
comquando
dose se busca
mais um efeito
baixas. trófico
Quando se setratam
empregam doses agudos
processos altas, e pode-se
o efeito antiinflamatório se
chegar a realizar

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 99/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  100
tratamentos diários (cicatrização de uma ferida, por exemplo), e que em processos crônicos se
espaçam as aplicações e se utilizam doses mais altas[2].
Guirro & Guirro (2002) mencionaram que alguns autores preconizam que a densidade de energia
a ser depositada deve situar-se entre 1 a 6 J/cm2. Sugerem a seguinte tabela:
- Ação antinflamatória ..........1 a 3 J/cm2 
2

-- Ação
Ação circulatória ................ 12 aa 34 J/cm
antálgica .................... J/cm2  
- Ação regenerativa ...............3 a 6 J/ cm2 
Existe atualmente, uma linha de conduta no tocante a parâmetros dosimétricos que giram em
torno de um dose padrão, que refere-se a 3 a 4 J/cm 2. E para que o profissional possa utilizar a dose
ideal no paciente, seguindo a dose padrão, este deve observar algumas peculiaridades:
a) Parâmetro relacionado à evolução da enfermidade
- Casos agudos - doses menores que a dose padrão
- Casos crônicos - doses maiores que a dose padrão
b) Parâmetro relacionado à idade
- Idosos - doses menores que a dose padrão
- Jovens/crianças a partir de 12 anos - doses maiores que a dose
c) Parâmetro relacionado à nutrição e hidratação
- Desidratados e desnutridos - doses menores que a dose padrão
- Hidratados e nutridos - doses maiores que a dose padrão

d) Parâmetro relacionado ao condicionamento físico


- Sedentários - doses menores que a dose padrão
- Atletas - doses maiores que a dose padrão
e) Parâmetro relacionado à gordura
- Maior espessura - doses maiores que a dose padrão
- Menor espessura - doses menores que a dose padrão
f) Parâmetro relacionado à melanina
- Indivíduo claro - doses menores que a dose padrão
- Indivíduo escuro - doses maiores que a dose padrão
Ao incidir um feixe de luz em qualquer superfície, é produzido necessariamente um processo de
reflexão que será variável segundo seu ângulo de incidência e o estado da superfície em que este
incide. Se aplicarmos sobre a pele pomadas, líquidos ou simplesmente não eliminarmos sua própria
secreção sebácea, todos estes elementos formarão uma barreira que irá incrementar a reflexão de
qualquer feixe luminoso acima de seu nível normal. A eliminação da secreção sebácea assim como a
incidência perpendicular da irradiação aumentam a quantidade de energia absorvida[1].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 100/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  101
TERAPÊUTICA
Fórmula para Cálculo de Tempo de Aplicação[50] 
Para conhecer o tempo de aplicação necessário para uma certa dose de radiação laser, o
fisioterapeuta deverá:
1- Saber qual dose (J/cm2) deseja aplicar

2- Conhecer a potência de emissão utilizada (fornecida)


3- Conhecer o tamanho da área a ser irradiada.
A potência de emissão é uma informação normalmente fornecida pelo fabricante do aparelho
emissor.
Quando a área a ser tratada é de apenas um ponto, como a área da ponta da caneta aplicadora,
que também é informada pelo fabricante, elimina-se a terceira dúvida: conhecer o tamanho da área a
ser irradiada. Já quando a área a ser tratada é uma região maior que um ponto (zona ou varredura), esta
área deve ser calculada.

Calculando o Tempo de Aplicação


Conhecendo os três pontos já citados, basta aplicar a fórmula abaixo para conhecer o tempo
de aplicação necessário:
T (s) = Dose desejada (J/ cm 2) x Área (cm2)
Potência (w)
 Apêndice Matemático/Exemplos
Para facilitar a dinâmica que envolve o cálculo de tempo de aplicação, apresenta-se a seguir
alguns de
tempo itens relativos ás unidades de medidas e conversões, e também alguns exemplos de cálculo de
aplicação.
Unidades de Medida
- Potência: Sempre medida em watts
- Área Sempre medida em cm2 

Conversões
- 1 mw = 0,001 w
- 1 mm = 0,1 cm

Fórmulas
Na técnica de varredura normalmente utiliza-se as fórmulas para cálculo da área de um retângulo
ou quadrado: Base (b) x Altura (h) (varredura)

INDICAÇÕES LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM FISIOTERAPIA DERMATO-


FUNCIONAL

a) Envelhecimento cutâneo e rugas


Os resultados obtidos com a laserterapia, para o tratamento das rugas, não pode ser comparado
com os resultados das cirurgias plástico-estéticas. A ação do laser se dá em nível celular, promovendo

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 101/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  102
o crescimento do colágeno, com o qual se consegue restituir a tensão da pele, obtendo-se
interessantes melhoras da expressão facial em pacientes com idades compreendidas entre os 30 e 50
anos, com sinais de envelhecimento da pele[4].
Não se deve irradiar a zona compreendida nos limites ósseos da cavidade ocular, e tampouco
sobre a pálpebra.  Fica também proibida a irradiação sobre as rugas do pescoço, correndo-se o risco de
hiperativar a glândula tireóide[1].
b) Acne
O laser produz muitos efeitos interessantes na acne em fase comedoniana, inflamatória ou
cicatricial (antiinflamatório, analgésico, e cicatrizante). Quando se trata de uma acne infecciosa, o laser
deve ser acompanhado de uma cobertura antibiótica adequada[2].
c) Pós depilação elétrica
Por seu poder de regeneração celular (reepitelização), acelerador do metabolismo celular,
antiedematoso, antiinflamatório e analgésico, se obtém excelentes resultados de normalização e
cicatrização do tecido[2].
d) Celulite
O laser de baixa potência produz um estímulo da microcirculação, e favorece a reabsorção do
edema, tem uma ação analgésica e melhora o trofismo e cicatrização do tecido[2].
e) Flacidez tegumentar
Pelo seu efeito biológico sobre a reconstrução do tecido conectivo (fibras elásticas e colágeno),
pelo aumento da regeneração celular que produz (reepitelização), pelo seu efeito acelerador do
metabolismo celular estimula a produção de novas fibras elásticas e colágenas, e pelo seu efeito geral
biorregulador, será de máxima utilidade no tratamento da flacidez[2]..
f) Estrias

Os melhores
aplicações tópicas, resultados do na
como ocorre tratamento
maioria das
dos estrias se obtêm
tratamentos com a combinação
dermoestéticos, farmacológica
não sendo ou
tão brilhantes
quando se utiliza exclusivamente o laser. Os melhores resultados encontrados no tratamento das estrias
estão por volta de 50% de recuperação. Esta ação do laser é exercida em nível celular, aumentando o
número de fibras de colágeno e conseqüentemente a tensão epidérmica, melhorando
consideravelmente o aspecto da pele[5].
O tratamento com laser é mais efetivo quando aplicado imediatamente após o aparecimento da
estria, conseguindo revitalizar a pele e suavizar a coloração da estria. Do contrário, só se logrará
melhorar ligeiramente seu aspecto[2, 5].
Observa-se uma melhora da atividade metabólica do tecido, e consequentemente uma maior
[1]
lentidão no seu estabelecimento .
Foram demonstrados resultados efetivos na aparência de estrias utilizando laser pulsado com
comprimento de onda de 585 nm[6].
A prática mostra que para se observar os primeiros resultados da terapia laser em estrias, é
necessário um número elevado de aplicações[1]. 
g) Cicatrizes pós-traumáticas e pós cirúrgicas
Quanto mais recente for o processo, melhor o resultado. Em cicatrizes cirúrgicas o tratamento
pode iniciar-se imediatamente depois de finalizar a intervenção, em cujo caso os resultados podem
chegar a fazer com que a cicatriz regrida imperceptivelmente[2].
A utilização de um outro tipo de laser vem em função da patologia a tratar. Assim, quando se
tratam processos profundos que cursam com inflamação e com dor se utiliza fundamentalmente o laser
infravermelho tendo em vista que sua capacidade de penetração é maior, e que a prática tem

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 102/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  103
demostrado que seus efeitos são fundamentalmente antiinflamatórios e analgésicos. Pelo contrário,
quando se tratam processos superficiais e se busca um estímulo trófico se usam fundamentalmente os
lasers vermelhos já que sua ação é mais superficial e produz efeitos demostrados de estimulação do
metabolismo e do trofismo dos tecidos[2].
A ação do laser no reparo tecidual se deve: a um aumento na tensão de ruptura de cicatrizes,
maior velocidade de cicatrização, modificação da motricidade do sistema linfático, possibilidade de
[1]
angiogênese e resultados animadores em cicatrizes eritematosas, hipertróficas e pigmentadas .
O laser de HeNe atua no processo de orientação das fibras de colágeno, provavelmente por ação
nos fibroblastos, que se depositam ao longo da região em processo de reparo[7].

CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS
- Irradiação sobre massas neoplásicas ou paciente portadores de neoplasias, e carcinoma
- Irradiação direta sobre a retina
- “Irradiação sobre focos de infecção bacteriana”

- Áreas de hemorragia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional –
Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 380
SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada
- Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 262-274

TOREZAN,
indicações. L. A.deR.
Anais Bras. & OSÓRIO,1999.
Dermatologia. N. –74(1);13-20,
Laser em Dermatologia:
jun/fev. princípios físicos, tipos e
TRELLES, M. A. - Laser para la salud y la estetica. Biblioteca nueva Estetica. Barcelona. 2ª ed.
1983. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional –
Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292.
VELLA, J. L. C. La terapia laser em medicina estetica. Jornadas latino-americanas. 1978. Laser
en Medicina, publicado pelo C.D. Laser, Colômbia. Apud.  GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R.
J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole -
3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292.
McDANIEL, D.H; ASH, K.; ZUKOWOSKI, M. Treatment of stretch marks with the 585 nm
flashlamp pumped pulsed dye laser. 1996. Dermatol. Surg. 22:332-7. Apud. GUIRRO, E. C. O. &
GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias.
2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460
MANSKE, P.R. & LESKER, B. S. Histologic evidence of intrinsic flexor tendon repair in
various experimental animals: na in vitro study. 1984. Clin. Orthop. Rel. Res. 182:297-304. Apud. 
GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos,
Recursos e Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460
GOLDMAN, L. Biomedical aspectos of the Laser; New York. Springer Verlag. 1967;1-8
ANDERSON, R.R. & PARRISH, J.A. Selective phototermolysis: precise microsurgery by
selective absortion of pulsed radiation. Science. 1983; 220:524-7
SPICER, M.S. & GOLDBERG, D.L. Lasers in Dermatology. JAAD. 1996;34:1-25

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 103/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  104
APFELBERG, D.B.; MASER, M.R.; LASH, H. Argon Laser treatment of cutaneous vascular
abnormalities: progress report. Am Plast Surg. 1978;1:14
Sheila Kitchen e Sarah Bazin - ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª
Edição brasileira - São Paulo - 1998
GOLDMAN, M.P & FITZPARTRICK, R.E. Cutaneous laser surgery, 1ª ed. St. Lowis-Missouri:
Mosby 1994.
22- GUYTON, A.C - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996
44- HERRERA G. - DOSIMETRIA E TERAPIA LASER - Graficas Esga - Malaga 
45- HERRERO, C -  LA PRÁTICA APLICADA EN LA TERAPÊUTICA LASER  - Gráfiques
Canigó - Barcelona
46- SOBOLEWSKI, C.- NOÇÕES DE RAIO LASER E SUAS APLICAÇÕES CLÍNICAS -
Campinas, 1987.77p.
49- MICHLOVITZ, S. L. - THERMAL AGENTS IN REHABILITATION  - F. A. Davis Co - 3ª Ed.
Philadelphia 1996

50- VEÇOSO, M. C. - LASER EM FISIOTERAPIA - Ed. Lovise Científica, São Paulo - 1993
51- COLLS, J. - LA TERAPIA LASER, HOY - Centro de Documentación Láser de Meditec, S.A.,
Barcelona, 1984
43- SANTOS, E. C. -  AS MICROONDAS NA FISIOTERAPIA - UMA REALIDADE ATUAL - Ed
Lovise -1995 - SP

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 104/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  105

Também chamada de Microvibração de Alta Frequencia.

CONCEITO
É uma técnica que se baseia na utilização de uma vibração mecânica de muita pequena amplitude
e alta frequência que se aplica sobre a superfície da pele mediante uma espátula metálica

AÇÃO

Sua
sistema deação principal
vibração consiste
mecânica na eliminação
de uma de se
espátula que células mortas
contacta da superfície
diretamente com cutânea mediante
a superfície uma
da pele
uma elevada frequência.

PROPRIEDADES
A espátula que se utiliza não é plana, pois apresenta um ângulo aberto no centro a fim de que ao
inverter-se sua posição, se pode aplicar comodamente pela ponta ou pela parte plana respectivamente
onde se consegue dois efeitos básicos diferentes:
1- Aplicando a ponta da espátula: o movimento vibratório ocorre de tal maneira que ao tocar a
ponta da espátula
eliminando, na pele asas células
desta forma, partículas semidesprendidas
mortas. Esta aplicaçãoda sesuperfície cutânea
complementa chegam
com o usoa de
saltar,
um
cosmético desincrustante que, ajudado pelo movimento mecânico da microvibração, consegue
“saponificar” o sebo incrustado no poro. Seguidamente se elimina o “sabão” assim formado e o resto
de partículas pela mesma vibração de alta frequencia na ponta da espátula.
2- Aplicando a parte plana a espátula: Ao inverter a posição, é a parte plana da espátula que
realiza uma micropercussão cutânea proporcionando uma micromassagem cutânea. Esta forma de
aplicação se realiza geralmente após a técnica anterior. Se for usado um cosmético de bom fator de
penetração, a absorção por parte da pele se vê favorecida.

EFEITOS FISIOLÓGICOS
Ao eliminar as capas superficiais da epiderme se estimula a renovação do tecido cutâneo. Este
método esfoliante, de natureza fundamentalmente mecânica, é menos agressivo para a pele que outros
de tipo químico a base de cosméticos específicos.
Mediante a eliminação das células mortas da superfície da pele se conseguem efeitos
revitalizantes aos que se acrescenta à melhora nos processos de intercâmbio e oxigenação da pele.
Se associarmos ao peeling ultra-sônico a eliminação de sebo mediante a desincrustação, se
conseguem os efeitos de uma limpeza cutânea em profundidade.
A micropercussão proporciona uma micromassagem e uma ligeira elevação da temperatura na
qual se conseguem efeitos sedantes das terminações nervosas e melhora da circulação sanguínea
periférica.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 105/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  106
INDICAÇÕES
Peles desvitalizadas, hiperqueratósicas e seborreicas, para realização de limpezas profundas da
pele onde está contra-indicado o uso de produtos químicos esfoliantes.
Pode ser utilizado sobre toda a área do rosto nos tratamentos faciais e em zonas
hiperqueratosicas do resto do corpo.

EQUIPAMENTO
Os equipamentos estão formados por uma estrutura central de onde se pode programar a
frequencia do movimento e o tempo de duração do tratamento. Na maior parte dos equipamentos
existe um gerador de corrente galvânica que se aplica através da mesma espátula vibradora. Com isso
se consegue que os efeitos do microvibrador se somem aos da iontoforese, onde a penetração de
cosméticos de natureza eletrolítica na fase da aplicação da espátula plana se vê acentuada.
A espátula de aplicação está inserida em um aplicador que se adapta na mão do terapeuta com a
finalidade de facilitar a aplicação. Em seu interior se encontra o dispositivo gerador da microvibração
de alta frequencia, que se transforma a corrente elétrica que chega, em vibração mecânica que se
transmite para a espátula.
Se o equipamento estiver associado a um sistema de corrente galvânica, a espátula atuará como
um eletrodo, de polo positivo ou negativo, segundo seu programa em função do tipo de cosmético
usado. Neste caso é necessário um eletrodo dispersivo que se conectará à cliente em uma superfície da
pele próxima à de tratamento. A corrente galvânica também pode ser utilizada no processo de
desincruste.

CUIDADOS E PRECAUÇÕES

-- Levar
Constatar que a acliente
em conta a tratar não
sensibilidade apresenta
cutânea nenhumapessoas
das diferentes contra-indicação
tratadas
- Deve-se tomar cuidado com zonas da pele sensíveis como o pescoço, interior dos braços e coxas, seios e próximo
de boca e olhos.
- Vigiar a resposta da pele ao longo do tratamento
- Evitar pressões muito fortes que podem lesionar o sistema natural de proteção cutânea.

HIGIENE E LIMPEZA
- Depois de cada aplicação, desmontar a espátula do aplicador sobre a qual está inserida,
realizando uma lavagem com sabão desinfetante e posteriormente introduzir em uma solução
germicida apropriada.

TECNICA DE APLICAÇÃO
A aplicação pode ocorrer independentemente pelo bordo ou pela parte plana da espátula, porém
o mais efetivo é a combinação de ambas as técnicas e incluindo outros tratamentos estéticos.
Peculiaridades da técnica de aplicação:
- Deve-se acomodar a cliente adequadamente e retirar os objetos metálicos da região a tratar
caso haja utilização da corrente galvânica.
- Antes do tratamento deve-se realizar uma limpeza da superfície da pele, desmaquiando, se
for preciso, com cosméticos apropriados.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 106/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  107
- Pode-se pulverizar sobre a superfície da pele uma solução desincrustante, em seguida
aplicando a vibração mecânica mediante o bordo da espátula. Quando a pele estiver seca é necessário
voltar a pulverizar a substância desincrustante. Para esta aplicação deve-se colocar a espátula com a
cavidade para baixo, formando um ângulo de 45° aproximadamente com a superfície da pele. Este
seria um procedimento de limpeza.
- Pode-se aplicar em seguida, um cosmético de efeitos tróficos e revitalizantes sobre a
superfície
Se da pele.
o cosmético Neste
tiver caso,iônico
caráter deve-se inverter aassociar
poder-se-á espátulaa procedendo a aplicação
corrente galvânica comdasua
através parte plana.
espátula. Este
seria procedimento de regeneração.

CONTRA INDICAÇÕES
- Feridas e lesões da pele
- Dermatites de qualquer tipo
- Varizes, varicosidades e telangiectasias

-- Inflamações
Tromboses eagudas
tromboflebites
- Linfangites

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 149-153

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 107/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  108

CONCEITO
É um recurso terapêutico que se utiliza de aparelhos para a aplicação de uma pressão mecânica
sobre os membros inferiores, abdome e membros superiores para estimular o retorno venoso e linfático
(Miedes, 1999; Starkey, 2001).

PROPRIEDADES
Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995) existem dois tipos de pressoterapia, que são a de
pressão negativa e a de pressão positiva.

ser deAs unidades


cristal, de pressão
de metal ou denegativa,
borrachaou
ememdiferentes
forma de ventosa, consistem
tamanhos, emdepender
o qual irá aplicadores
da que
áreapodem
a ser
tratada, conectando-se ao tubo de aspiração-compressão que se une ao mecanismo que produz
vácuo. Estas unidades podem controlar o ritmo de desempenho e o poder de aspiração (Zaragoza &
Rodrigo (1995).
As unidades de pressão positiva se utilizam de um compressor que introduz ar em aplicadores
especiais, para braços (“luvas”) e pernas (“botas”), com o propósito de estímulo circulatório. Pode-se
citar dentro desta, a compressão pneumática estática e a compressão pneumática dinâmica e
intermitente (Miedes, 1999; Guirro & Guirro, 2002; Zaragoza & Rodrigo (1995).
A compressão estática não é mais empregada, em virtude das altas e constantes pressões
(externas)
residuais ea ainda
que o membro
prejudicarafetado é submetido
o sistema podendo
venoso. Porém promover opneumática
a compressão colapso nos vasos utilizada
dinâmica linfáticosé
conhecida como seqüencial. De acordo com o número de compartimentos ou câmaras com regulagens
individuais da pressão, nas botas ou nas luvas, pode-se denominar os equipamentos de
unicompartimentais ou equipamentos multicompartimentais (Guirro & Guirro, 2002).
Nos equipamentos unicompartimentais a pressão aplicada é uniforme na câmara, mas a pressão
exercida no membro se diferencia conforme o diâmetro local da área a ser tratada, assim como na Lei
de Laplace. Esta lei afirma que a pressão exercida em uma região é inversamente proporcional ao raio
naquele ponto. O que ocorre nestes equipamentos é que o gradiente de pressão se estabelece da porção
distal para a proximal. Tratando-se da aplicação em membros inferiores, o gradiente de pressão será
maior no2002;
Guirro, tornozelo diminuindo
Prentice, 2002). de maneira gradativa até a coxa que alcança maior diâmetro (Guirro &

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Foram citados três parâmetros para ajuste de grande parte dos aparelhos de compressão
pneumática intermitente: a pressão de insuflação; seqüência de tempo ligado/desligado; e o tempo total
de tratamento. De acordo com alguns protocolos de tratamento, uma pressão próxima da pressão
sangüínea diastólica juntamente com o conforto do paciente são necessários para chegar-se a uma
pressão terapêutica. Qualquer pressão que seja superior à pressão capilar arterial de aproximadamente
30 mm/Hg pode estimular a reabsorção do edema e o movimento linfático, porém o valor da pressão
sangüínea diastólica deveria ser a pressão máxima, pois sendo mais elevada poderia fechar o fluxo
sanguíneo arterial com uma resposta tecidual incômoda (Airaksinen, 1989; Evans, 1980; Kobi &
Denegar, 1983).

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 108/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  109
Prentice (2002), relatou que quanto a seqüência de tempo ligado/desligado, há muitas
variações. Alguns protocolos utilizam uma seqüência de 30 segundos ligado por 30 segundos
desligado, outros protocolos adotam 1 minuto ligado por 2 minutos desligado e existem protocolos que
invertem isto com 2 minutos ligado por 1 minuto desligado. Ainda há protocolos que fazem a relação 4
minutos ligados para 1 minuto desligado.
E quanto ao tempo total de tratamento, na maioria dos casos 10 a 30 minutos parecem
apropriados.umSe número
necessário o edemamaior
estiverdeaumentando
aplicações dodetratamento
volume ouporresistindo ao ettratamento
dia (Brewer pode ser
al., 1990; Quillen &
Rouiller, 1982; Rucinski et al., 1991).
Nos equipamentos multicompartimentais há divisão de compartimentos que são confeccionados
sobrepostos para evitar garrote entre uma câmara e outra, sendo no mínimo três compartimentos que
enchem separadamente podendo ou não ter regulagem individual. A pressão intermitente também pode
ser encontrada nestes aparelhos com múltiplos compartimentos que inflam de distal para proximal
reduzindo gradualmente em cada compartimento, tentando imitar os movimentos da massagem
manual para remoção de edema (Kim-Sing & Basco, 1987; Klein et al. , 1988; Lemley et al., 1993).
De acordo com Guirro & Guirro (2002) se o equipamento possuir regulagem individual em
cada compartimento,
para determinar devedoserseguimento
a pressão considerada a média
distal entrecada
e ajustar a pressão sistólica ecom
compartimento diastólica do paciente
um decréscimo de
20 mm/Hg (por exemplo, pressão sistólica 120 mm/Hg e pressão diastólica 80 mm/Hg, valor médio
100 mm/Hg para o compartimento do pé, 80 mm/Hg para o compartimento da perna e 60 mm/Hg para
o compartimento da coxa). Estes ainda relatam que as pressões terapêuticas variam de acordo com o
local de aplicação, de 40 a 60 mm/Hg nos membros superiores e entre 60 e 100 mm/Hg nos
membros inferiores.
Entretanto, outros autores relataram que as pressões terapêuticas aplicadas com este recurso têm
como base os valores de pressão normal do sistema circulatório, sendo a pressão arterial média de
120 mm/Hg , a pressão venosa média de 40 mm/Hg e a pressão linfática média de 20 mm/Hg.
Para o favorecimento da entrada de líquido no interior do sistema venolinfático, é necessário exercer
uma pressão de 40 mm/Hg. Utilizando-se uma pressão de 20 mm/Hg favorece-se somente a entrada de
líquido no meio linfático (Prentice, 2002; Soriano et al., 2000 ).
A pressão intermitente pode ser ajustada nos equipamentos unicompartimentais com ciclos de
compressão/descompressão que podem variar na duração de 120 segundos de compressão para 60
segundos de descompressão a 180 segundos de compressão para 90 segundos de descompressão
(Guirro & Guirro, 2002; Prentice, 2002).
Prentice (2002) tratando a unidade de compressão pneumática intermitente com equipamentos
multicompartimentais como bombas de compressão linear, mencionou que em alguns aparelhos a
duração de cada ciclo de pressão é pode ser de120 segundos. Inicialmente a célula (compartimento)
distal é pressurizada
pressurização distal aprosseguindo
célula mediana esteé ciclo durante
insuflada, 90 segundos.
e apos decorridosVinte
maissegundos após o oinício
vinte segundos mesmoda
ocorre na célula proximal. Ao final do período inicial, são necessários 30 segundos para o retorno de
todas as células para 0 (zero) de pressão e então repete-se o ciclo.
Alguns autores (Starkey, 2001; Fond & Hecox, 1994) mencionaram que antes de iniciar o
tratamento de compressão pneumática deve-se tomar alguns cuidados como:
1) Assegurar-se de que o paciente não apresente nenhuma contra-indicação;
2) Verificar a pressão arterial do paciente momentos antes do tratamento;
3) Realizar a medida de circunferência da área a ser tratada registrando-a;

4) Informar ao paciente sobre a técnica que será desenvolvida com o mesmo, as sensações
esperadas e a duração do tratamento;
5) Inspecionar a pele do paciente;

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 109/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  110
6) Remover objetos como jóias, relógios, etc.
7) Como medidas de higiene, aconselha-se cobrir a área a ser tratada com stockinette (malha
tubular) ou material similar, tomando cuidado para não deixar áreas enrugadas;
8) Posicionar o paciente em uma posição adequada e confortável à área de tratamento;

9) Inserir a área a tratar no compartimento respectivo;


10) Conectar o aparelho à unidade de compressão, de acordo com os tubos de entrada e saída;
11) Ajustar o tempo de insuflação/desinsuflação ou seqüência de tempo ligado/desligado, a
pressão de insuflação e determinar o tempo total de tratamento;
12) Solicitar a o paciente que realize exercícios leves de amplitude de movimento durante o ciclo
desativado ou desligado, se for necessário;
13) Durante o tratamento é necessário que o fisioterapeuta permaneça junto ao paciente
certificando-se que este não está experimentando algo desconfortável, como dor ou sensação de
formigamento.

EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS


A pressoterapia funciona através de um sistema de ajuste de pressões externas com finalidades
terapêuticas proporcionando os seguintes efeitos fisiológicos e terapêuticos (Miedes, 1999; Soriano et
al., 2000):
- Favorece a circulação de retorno, tanto linfática como venosa;
- Estimula a reabsorção dos líquidos intersticiais e de toxinas retidas;
- Aumenta a elasticidade vitalizando os tecidos;
- Sendo realizado o desbloqueio sobre o território dos linfonodos, melhora na drenagem linfática
atuando sobre os vasos linfáticos;
- Com um efeito antálgico e relaxante, este método promove a reabsorção dos edemas.

APLICAÇÕES CLÍNICAS
Alguns autores (Lafeber, 1992; Matzdorff & Green, 1992; McCulloch, 1981; Soriano et al.,
2000) comentaram que as unidades de pressão positiva podem ser aplicadas em casos como:
Linfedemas e edemas venosos; fibroedema gelóide (celuite); obesidade; melhora do trofismo e
recuperação da elasticidade cutânea; prevenção de varizes; edema traumático ocorrido após lesão
de tecidos moles; edema crônico em certos tipos de doenças neurológicas com inabilidade de
movimentar um membro; úlceras estáticas desenvolvidas com presença de líquido no espaço
intersticial por longo tempo; amputação de um membro na qual o coto tende a desenvolver uma
tumefação pelas posições dependentes; insuficiência renal, pois pacientes em diálise tendem a
desenvolver um edema em extremidades e hipotensão; insuficiência arterial, pacientes que
apresentam claudicação intermitente com o objetivo de aumentar o retorno venoso; edemas pós-
cirúrgicos, como em pacientes que desenvolvem linfedema pós-mastectomia; em pós-cirúrgico
estético como lipossucção e lipoesculura para restabelecer a normalidade da área; e reduzir a
possibilidade de desenvolver trombose venosa profunda (TVP) no pós-operatório pela inatividade.
A compressão pneumática foi utilizada num estudo com o objetivo de avaliar os efeitos agudos
da compressão
panturrilha juntospneumática intermitente
em indivíduos (CPI)
normais, em na região
indivíduos da coxa,e em
claudicantes na indivíduos
panturrilha,arteriopatas
e na coxa quee
foram submetidos a enxerto bypass infra-ingüinal para isquemia de extremidade. Foram utilizados 16

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 110/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  111
extremidades de indivíduos normais, 17 extremidades de claudicantes e 16 extremidades de
arteriopatas. A compressão pneumática intermitente foi realizada com pressão máxima de
insuflação e desinsuflação de 120 mm/Hg e 0 mm Hg respectivamente, o tempo de 4 segundos para
insuflação e 16 segundos de desinsuflação, e 1 segundo entre este ciclo no compartimento da
panturrilha e o início do ciclo na coxa. Os resultados mostraram que a compressão pneumática
intermitente aplicada somente na coxa ou em combinação com a aplicação na panturrilha produz
uma melhora do fluxo arterial e do fluxo infra-inguinal (enxerto). Foi relatado também que a escassez
de métodos conservadores disponíveis, para indivíduos com baixo fluxo sanguíneo em extremidades,
permite que a compressão pneumática intermitente torne-se uma opção terapêutica não-invasiva;
segura com benefícios para a indivíduos com claudicação intermitente e indivíduos submetidos a
enxerto bypass infra-ingüinal (Delis et al, 2000).
CONTRA-INDICAÇÕES
Deve-se evitar a aplicação da compressão intermitente em quadros recentes de
tromboflebite; insuficiência cardíaca congestiva (ICC); edema pulmonar agudo; trombose venosa
profunda conhecida (TVP); neoplasias; inflamações agudas; infecções cutâneas; fratura não
consolidada; quadros nos quais a pressão lesaria ainda mais as estruturas como na síndrome de
compartimento; varizes importantes; transtornos de tensão arterial (Fond & Hecox, 1994; Soriano et
al., 2000; Starkey, 2001).

BIBLIOGRAFIAS
1. AIRAKSINEN, O. 1988. Treatment of post-traumatic edema in lower legs using intermittent pneumatic compression. Scand J
Rebah Med. 20: 25-28.
2. AIRAKSINEN, O. 1989. Changes in post-traumatic ankle joint mobility, pain and edema following intermittent pneumatic
compression therapy. Arch Phys Rehab. 70: 341-344.
3. AIRAKSINEN, O. 1991.  Intermittent pneumatic compression therapy in post-traumatic lower limb edema: computed
tomography and clinical measurements. Arch Phys Med Rehab. 72: 667-670.
4. ANGUS, J.; PRENTICE, W.; HOOKER, D.. 1994. A Comparison of two intermittent external compression devices and their
effect on post acute ankle edema. J. Ath. Train 29(2): 179.
5. BREWER, K., PRENTICE, W., HOOKER, D. 1990. The effects of intermittent compression and cold on reducing edema in
 post-acute ankle sprains. University of North Carolina, Chapel Hill, NC.
6. BUNCE, I. H.; MIROLO, B. R.; HENESSY, J.; WARD, L.; JONES, I. 1994. Post-mastectomy lymphoedema treatment and
measurement. The Med. J. Aust.
7. CARRIERE, B. 1988. Edema - Its development and treatment using lymph drainage massage. Clin Manag Phys Ther 8(5):
19-21.
8. DELIS, K. T.; HUSMANN, M. J. W.; CHESHIRE, N. J.; NICOLAIDES, A. N.. 2000. Effects of intermittent pneumatic
compression of the claf and thigh on arterial calf inflow: a study of normals, claudicants, and grafted arteriopaths. Surgery, vol. 129,
n° 2, pp. 188-195.
9. DUFFLEY, H.; KNIGHT, K. 1989.  Ankle compression variability using elastic wrap, elastic wrap with a horse shoe, edema II
boot na air stirrup brace. Ath Train. 24: 320-323.
10. EVANS, P. 1980. The realling process at the cellular lever: a review.  Physiotherapy. 66:256-59.
11. EZE, A. R; COMEROTA, A. J; CISEK, P; HOLLAND, B. S; KERR, R P; VEERAMASUNENI, A. J;
COMEROTA, Jr. 1996.  Intermittente calf and foot compression increses lower extremity blood flow. Department of Surgery, Eemple
University School of Medicine, Philadelphia, PA. Am J Surg. 172: 130-135.
12. FLICKER, M. 1993.  Na analysis of cold intermitent compression with simultaneous treatment of electrical
stimulation in the reduction of post acute ankle lymphaedema. Unpublished master’s thesis. University of North Carolina, Chapel Hill,
NC.
13. FOLDI, E., FOLDI, M. , WEISSLEDER, H. 1985. Conservative treatment of lymphoedema of the limbs. Angiology.
171-180.  
14. FOND, D., & HECOX, B. 1994. Intermittent pneumatic compression. In Hecox, B, Mehreteab, T, Weisberg, J. :
Physical agents : a comprehensive text for physical athlete, Norwalk, Conn. Appleton & Lang.
15. GARDNER, A. 1990.  Reduction of post-traumatic swelling and compartment pressure by impulse compression of
the foot. JBJS. 72-B: 810-815.
16. GNEPP, D. 1984.  Lymphatics. In Staub, N. Taylor. A. editors: Edema. Raven Press. New York. pp. 263 – 298.
17. GUYTON, A. C. & HALL, J. E. 1997. Tratado de fisiologia médica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 31:
319-323.
18. Manole,GUIRRO,
Patologias. 3ª ed., pp. E.
452;C.461
O., GUIRRO, R.R.J. 2002. Fisioterapia Dermato-Funcional – Fundamentos, Recursos e
19. KIM-SING, C., BASCO, V. 1987. Postmastectomy lymphedema treated with the Wright Linear Pump. Can J. Surg.
30(5): 368-370.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 111/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  112
20. KLEIN, M. , ALEXANDER, M. , WRIGHT, J. 1988. Treatment of lower extremity lymphedema with the
Wright Linear Pump: a statistical analysis of a clinical trial. Arch Phys Med Rehab. 69: 202-206.
21. KOBI, P. & DENEGAR, C. 1983. Traumatic edema and the lymphatic sistem . Ath Train 18:339-41
22. LAFEBER, F. 1992.  Intermittent hydrostatic compressive force stimulates exclusively the proteoglycan synthesis of
ostearthritic human cartilage. British J Rheumatology. 31(7): 437-442.
23. LEMLEY, T. , PRENTICE, W., HOOKER, D. 1993.  A comparison of two intermittent compression devices on
 pitting ankle edema. J Ath Train. 28 (2): 156-157.
24. MATZDORFF, A., GREEN, D. 1992.  Deep vein thrombosis and pulmonary embolism:prevention, diagnosis, and
treatment. Geriatrics 47(8): 48-52, 55-57, 62-63.
25.
61: 1452-1453. McCULLOCH, J. 1981. Intermittent compression for treatment of chronic stasis ulceration:a case report. Phys Ther
26. MEIRELLES, M.C. 1994. Estética. Ed. Vida Estética: RJ.
27. MIEDES, J.L.L. 1999. Electroestética Aplicada à Estética Integral. Videocinco, 15: 157 – 167.
28. PRENTICE, W. E. 2001.  Modalidades Terapêuticas em Medicina Esportiva. 4ª ed. São Paulo: Manole, pp. 308-
319.
29. QUILLEN, W., ROUILLER, L. 1982.  Initial management of acute ankle sprains with rapid pulsed pneumatic
compression and cold. JOSPT. 4: 39-43.
30. RUCINSKI, T., HOOKER, D., PRENTICE, W. 1991. The effects of intermitent compression on edema in post-acute
ankle sprains. JOSPT. 14(2): 65-69.
31. SORIANO, M. C. D.; PEREZ, S.C. & BAQUÉS, M.I.C. 2000. Electroestética Professional Aplicada – Teoria y
 prática para la utilización de corrientes en estética. 1ª ed. Espanha: Sorisa, pp. 195-204.
32. SPENCE, A. P. 1991. Anatomia Humana Básica. 2ª ed. Manole: 4, pp. 308-310, 340-345.
33. STARKEY,C. 2001.  Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 2ª ed. Manole.
34. ZARAGOZA, J.R. ; RODRIGO, P. 1995. Electroestética- Manual Prático de Aparatologia. Barcelona:  Nueva
Estética, pp. 297-303.
35. WILKERSON, J. 1991. Treatment of the inversion ankle sprain through synchronous application of focal compression and
cold. Ath Train. 26: 220-237.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 112/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  113

INTRODUÇÃO
O termo vacumterapia é muito simples para definir as novas possibilidades do uso do vácuo,
aparecendo com isso um novo conceito: Terapia Subdérmica Não Invasiva (NIST), onde o uso de
"cabeçotes" especialmente desenhados permitem uma aplicação dinâmica na terapia de aspiração,
podendo abranger grandes áreas e permitir a realização de variado número de manipulações distintas
com objetivos e efeitos fisiológicos diferentes (Soriano et al., 2000).
A endermoterapia surgiu na França, nos anos 70, indicado para suavizar cicatrizes e padronizar a
fisioterapia; porém, os pacientes tratados com a endermoterapia também mostraram uma melhoria no
contorno do corpo e textura de pele. Desde então, várias máquinas estiveram em uso na França como
um método alternativo por alterar distribuição de gordura no plano subcutâneo. Os autores começaram
um estudo para determinar a segurança e eficácia desta técnica (Ersek et al. 1997)

CONCEITO
Segundo Soriano et al. (2000), é uma técnica de aspiração que atua a nível hipodérmico
realizando uma massagem atraumática a pressão negativa.
Guirro & Guirro (2002), definiram como uma técnica de tratamento com equipamentos
especificos, que utiliza a aspiração (sucção), associado a uma mobilização tecidual através de "rolos"
motorizados, localizados num cabeçote.
Os autores mencionam ainda que o método tem origem francesa sendo denominado também de
"
 palper roler"   (palpar - rolar), onde realiza uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea,
permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial.

EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS


1. Drenagem linfática
Estudos de Linfocintigrafia revelaram um aumento no fluxo linfático no membro tratado (300%),
comparado com o membro sem tratar. Este aumento em fluxo linfático foi prolongado e durou 3 horas
pelo menos depois do tratamento completado (Watson et al., 1999).

Segundo
linfáticas, Soriano
realiza-se um etboa
al.drenagem
(2000), quando a manipulação
linfática. do (2001),
Ferrandes et al cabeçote ocorreque
relatam seguindo as vias
as técnicas de
mobilizam os tecidos por aspiração ainda não provaram ser eficazes nem inócuos para a drenagem
linfática. Guirro & Guirro (2002), relatam que não há dados concretos que confirmem a hipótese de
drenagem linfática provida pela endermoterapia, tendo em vista que na técnica de drenagem linfática
(manual e pressoterapia) se realiza uma pressão positiva no tecido, sendo que a endermoterapia utiliza
uma pressão negativa através do vácuo.
Orienta-se utilizar o modo pulsado de sucção, principalmente a nível ganglionar, assim como
menor nível de vácuo[2].
2. Melhora da qualidade cutânea[2, 8] 
Aumento da produção de colágeno

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 113/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  114
3. Desobstrução dos poros e dos folículos sebáceos[2] 
Produzindo um efeito tipo esfoliação, e deixando a pele mais suave enquanto a estica.
4. Melhora do fluxo sanguíneo 
Tanto a nível do segmento celulítico como do tecido adiposo, o pregueamento tecidual
contribuirá ativamente para sua revascularização (estas áreas se enchem de sangue) [2].

O aumento
tratamento (400%),doe dura
fluxopor
de mais
sangue
de 6cutâneo
horas[9] alcança seu pico de perfusão em 10 minutos após o
5. Regulação térmica da pele[2] 
Através da vasodilatação e eliminação do suor.
6. Exercício vascular[2] 
Produz uma ginastica vascular, semelhante a uma vasoconstricção-vasodilatação, mais forte, e
retardando seu envelhecimento (esclerose). Este exercício vascular contribui para desbloquear a
circulação fazendo com que o sangue e o oxigênio fluam intensamente para os tecidos celulítico e
adiposo (caracteristimente mal irrigados), melhorando o trofismo celular, e favorecendo e acelerando a

drenagem de toxinas, e também


7. Antienvelhecimento [2, 8]atuando ao nível da microcirculação.
 
Através da mobilização e descongestionamento dos tecidos, assim como aumento da produção
de colágeno.
8. Prevenção de fibrose[2] 
Ao nível das cicatrizes, mediante a mobilização dos tecidos, melhor oxigenação e regeneração.
9. Redistribuição de células de gordura[9] 

PROPRIEDADES
A sucção opera gerando uma prega cutânea constituída pelas distintas estruturas que se
encontram debaixo desta[2].

A prega cutânea variará de acordo com a distorção e elementos que a integram em função de
distintos fatores: área, idade, estado da pele e tecidos (flacidez, tensão, tônus, etc.), tipo de celulite,
grossura de cada capa tissular, as aderências a tecidos profundos, a presença de fibrose ou cicatriz,
etc[2].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 114/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  115
Quanto mais tecido gorduroso houver na área, menor será a quantidade de fibras musculares
implicadas na formação da prega[2].
É importante vigiar o grau de aspiração especialmente nas áreas com pouco panículo adiposo,
pois poderiam lesionar miofibrilas e fibras musculares[2].

Nas áreas mistas de celulite e tecido adiposo, as fibras musculares estarão menos influenciadas
pela aspiração, não fazendo parte da prega dos tecidos aspirados [2].
Entretanto, além dos fatores próprios do tecido ou da área a tratar, a distorção e o grau de
aspiração dos tecidos está em função de três fatores próprios do aparado que se utiliza[2]:
a) Potência do motor
Habitalmente os equipamentos de endermoterapia medem a potência de aspiração em mililibras
ou libras.
Em alguns casos a capacidade máxima de sucção dos aparelhos é muito forte, e se não forem
adotadas medidas de precaução, pode-se produzir petéquias, hematomas, etc., que mesmo sendo
transitório considera-se um efeito indesejável; por isso recomenda-se que antes de iniciar qualquer
tratamento deve-se realizar um teste de sensibilidade sobre a área a tratar.
b) Perdas de ar
Há possíveis perdas de ar entre o motor e a superfície cutânea a tratar.
Quanto menores forem estas perdas, mais se aproximará da potência de aspiração programada à
potência real de aspiração.
Naqueles aparelhos em que por seu desenho ou construção gerarem perdas de ar, quer na
mangueira e suas conexões, ou no próprio cabeçote, a potência real de aspiração será sempre inferior à
potência programada. 
c) Tamanho da superfície de contato do cabeçote
Quanto maior for o diâmetro do cabeçote de aplicação, maior será a distorção dos tecidos para
uma mesma pressão de aspiração; entretanto, no transcurso do tratamento deve-se sempre adequar a
pressão, de modo que se houver troca de um cabeçote pequeno para um de maior diâmetro dever-se-á
diminuir a pressão do motor para que a sensação de aspiração seja a mesma.
Deve-se realizar um teste de sensibilidade ao iniciar o tratamento e a cada vez que se trocar de
cabeçote ou de área de tratamento.
OS CABEÇOTES
Os equipamentos de vácuo dispõem de cabeçotes de vários tamanhos, para poder adaptar-se
melhor à superfície a tratar[2].
As formas dos cabeçotes variam segundo o fabricante, e vão desde quadrada a redonda. A
maneabilidade do cabeçote quadrado, em virtude de sua forma, é menor que a redonda. Eles
normalmente apresentam a incorporação de rolos motorizados ou não, e uma válvula de escape que
permite realizar giros e outros tipos de manipulações. Alguns cabeçotes redondos permitem o

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 115/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  116
movimento em todas as direções por possuírem bolas ao invés de rolos. Os cabeçotes grandes
podem apresentar depressões em seu interior que durante a sucção acentuam ainda mais as distorções
(tensão-distensão) das estruturas que integram a prega succionada[2].
ASPIRAÇÃO
Normalmente, os equipamentos podem dar mais potência que a requerida pelo profissional ou
suportável pelo paciente. Isto deve gerar precaução ao se aumentar a sucção.
Em alguns aparelhos a sucção pode realizar de dois modos distintos: contínuo ou pulsado. O
modo contínuo realiza uma sucção constante, enquanto o modo pulsado atua de modo intermitente. No
modo pulsado, os tempos de sucção e repouso podem ser regulados[2].

TECNICA DE APLICAÇÃO
MANIPULAÇÃO[2] 
É importante após o tratamento da celulite realizar manipulações de drenagem seguindo os
principais troncos linfáticos, iniciando com o esvaziamento ganglionar, utilizando modo pulsado com

níveis
de baixos de sucção. Após o esvaziamento, as manipulações se realizam seguindo as normas gerais
drenagem.
As principais manipulações sugeridas são:

- Deslocamento linear 
O cabeçote de desloca seguindo uma linha reta sobre a área a tratar. Se emprega ao realizar um
teste, na preparação para as manobras principais, e drenagem.

- "Oito" grande
Se realizam manipulações em forma de oito trabalhando em modo contínuo, elegendo a pressão
obtida no teste de sensibilidade. Tem finalidade hiperemiante e de remodelação. Realiza uma
mobilização e remoção dos tecidos. Se usa nas fases de trabalhos localizados.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 116/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  117

"Oito" pequeno
Manobra idêntica ao oito grande, porém de menor tamanho e mais rápido. É especialmente
indicado para incidir nas áreas críticas do problema com uma ação muito hiperemiante.

- Zig-zag
Trabalhando em emissão pulsada se realiza um movimento em zig-zag mudando a direção do
cabeçote nos momentos de repouso da sucção. É também uma manobra hiperemiante e de
remodelação  

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 117/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  118
- Percussão-sucção 
Trabalhando de modo contínuo e com pressões altas, se realiza um aplicação rápida em forma de
percussão sobre a pele alternando momentos de sucção (quando o cabeçote se apoia sobre a pele) com
momentos de repouso com o desprendimento do cabeçote da superfície cutânea. Tem um efeito
fundamentalmente tonificante de sucção e remoção dos tecidos

- Deslocamento circular 

Enquanto
deslocando linearsedorealizam
cabeçote círculos durante o deslizamento, mantém-se a sucção contínua e o

- Deslocamento-vibração 
Se apoia o cabeçote e se desloca linearmente enquanto que se realiza uma ligeira vibração no
sentido perpendicular, mantendo em todo o momento a sucção do tecido. É uma manobra altamente
hiperemiante e tonificante enquanto ajuda a remoção de tecidos 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 118/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  119
Observações:
- As técnicas supracitadas podem ser realizadas de forma única ou combinadas com outras
técnicas manuais ou eletroterápicas.
- É aconselhável a associação com o ultra som nos tratamentos da celulite. Neste caso, utiliza-
se primeiramente o ultra som seguindo da endermoterapia.

TESTE DE SENSIBILIDADE[2] 
Sua finalidade é dupla: estudar o possível risco de fragilidade capilar e a sensibilidade à dor das
áreas hipersensíveis (como em casos de celulite compacta)
Este teste deve se realizar sempre antes de empregar qualquer tratamento e deve ser repetido com
cada mudança de cabeçote ou de área de tratamento.
Para realizar o teste de sensibilidade o paciente deve estar deitado. No teste com as mãos, são
realizadas manobras manuais de prega (beliscar e "rolar" a prega cutânea) para determinar as áreas
críticas ou pontos álgicos do problema. Estas áreas onde se realizará o teste, deverá coincidir

especialmente comusando
Com o teste as áreaso do tratamento.
aparelho, utiliza-se a sucção contínua, se programa uma pressão média de
partida. É preferível empregar o teste com valores baixos e ir aumentando em função dos resultados
iniciais se for necessário. Deve-se apoiar o cabeçote e se deslocar linearmente sobre as áreas críticas a
tratar realizando uma única passada. Se observar o aparecimento de uma hiperemia local, esperar 10
segundos. Transcorrido este tempo, a hiperemia deve ter desaparecido. Se isto não ocorrer, a pressão
utilizada no teste foi excessiva para ser utilizada no tratamento desta pessoa, para o uso deste cabeçote,
ou para tratar esta área testada. Neste caso deve-se repetir o teste diminuindo a pressão.
A pressão programada nunca deve ser dolorosa, ainda que o tempo de desaparecimento da
hiperemia for curto.
A pressão ideal de tratamento é aquela em que aparece uma ligeira hiperemia, porém que ao final
de 10 segundos desaparece. Este valor de referência é o que se emprega na maioria das manipulações
(oito grande e pequeno, deslocamento-vibração, deslocamento circular...). Este valor pode ser
praticamente aumentado em dobro para realizar a manipulação de percussão-sucção.
Se o objetivo for a drenagem, deve-se empregar pressão inferior a aquela obtida no teste
(praticamente a metade).

OBS.: Soriano et al. (2000) recomendam duas sessões de tratamento por semana, no máximo
três, deixando sempre um dia de intervalo entre elas.

INDICAÇÕES
1. Celulite
Tendo em vista que na celulite ocorre alteração do colágeno, que favorece a fibroesclerose dos
septos conjuntivos interlobulares, a endermoterapia melhora a maleabilidade do tecido, atuando
inclusive nas fases mais avançadas do distúrbio, amenizando as imperfeições da pele[1].
Soriano et al. (2000) indicam a endermoterapia na celulite para favorecer a ruptura de fibroses,
desbloquear os tecidos, estimular a circulação sanguínea, mobilizar as gorduras e ativar o metabolismo
dos adipócitos, tonifica e restaura a elasticidade normal da pele.
As manobras devem ser realizadas no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele,
para evitar flacidez tecidual[1].

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 119/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  120
2. Pré e Pós cirúrgico[2] 
Ajuda a amenizar a capa fibrosa da hipoderme, antes da cirurgia, facilitando a passagem da
cânula em técnicas como a lipoescultura e liposucção; ajuda a reabsorver os edemas e hematomas pós
liposucção; uniformiza os tecidos após a lipescultura, liposucção, e lipoclasia (elimina as
irregularidades); junto com o ultra som ajuda a desagregar as fibroses persistentes em pós cirurgias;
melhora a qualidade das cicatrizes pós cirúrgicas.
3. Constipação intestinal[2] 
Incidindo a nível abdominal e seguindo o trajeto do colon.
4. Obesidade generalizada[2] 
Para modelar a silhueta, assim como tonificar e restaurar a elasticidade normal da pele.
5. Para evitar cirurgia[2] 
Quando deseja-se evitar intervenções cirúrgicas como a lipoescultura, liposucção e lipoclasia.
6. Desordens do tecido conectivo[2] 
Cicatrizes, estrias, etc..
7. Complemento às técnicas de remodelação corporal[2] 
Principalmente em técnicas de eletroestimulação, mesoterapia, lipoclasia, etc.
8. Desordens musculares[2] 
Casos de mialgias e contraturas (através da massagem)
9. Drenagem linfática[2] 
Segundo Soriano et al. (2000) em caos de estase de líquidos (edema) venosa ou linfática
10. Queimaduras
Evitar seqüelas de fibroses e aderências cicatriciais

CONTRA-INDICAÇÕES[2] 
1. Fragilidade vascular
2. Tumores
3. Não aplicar sobre olhos ou ouvidos
4. Hipertensão arterial não controlada
Em virtude da drenagem linfática desembocar na corrente sanguínea podendo aumentar, de
forma transitória, a pressão sanguínea.
5. Gestação
Evitar no abdome e nas áreas vizinhas
6. Tratamento com anticoagulantes
7. Varizes, flebites e tromboflebites
8. Afecções da pele
Erupções, infecções, inflamação, feridas, etc

9. Diabéticos

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 120/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  121
PRCAUÇÕES
1. Cuidado com as áreas umbilical e inguinal (utilizar pressões baixas) [2] 
2. Regular a pressão em função do tipo de pele, musculatura e sensibilidade, para que não haja
dor  Pode ser importante a realização de uma teste de sensibilidade antes de qualquer tratamento[2] 
[2]

3. Utilizar baixas pressões em casos de drenagem linfática, para maior efetividade[2] 


[2]
4. Trabalhar em cima da pele completamente limpa e livre de qualquer tipo de cosmético  
5. Uso de malha de contenção corporal para garantir maior higiene ao tratamento; atenuar
eventual desconforto provocado pela aspiração e pinçamento da prega cutânea; facilitar as
manobras e o deslizamento dos roletes em todas as regiões; Preservar de certa  forma a
integridade do tecido conjuntivo.

PESQUISAS
Um estudo composto de 22 mulheres entre as idades de 24 e 48 anos, mostrou que todas as 22
mulheres completaram pelo menos sete sessões de tratamentos. Seis destas 22 mulheres completaram
todas as 143sessões
tratamento, tiveramdos tratamentos
um aumento em prescritos. Dase 22
peso de corpo umamulheres
redução que completaram
de diâmetro setedesessões
do corpo de
1.38 cm.
Três das seis pacientes que completaram todas as 14 sessões de tratamento tiveram um aumento em
peso corporal e uma redução do diâmetro de corpo de 2.85 cm. Todas menos uma das pacientes
tiveram uma diminuição no índice de diâmetro de corpo ao final de ou 7 ou 14 sessões de tratamento. 
(Ersek et al. 1997).
Buscando resultados estatisticamente mais precisos, Chang et al. (1998) realizou um estudo
composto de 85 mulheres entre as idades de 21 a 61 anos. Dentre os 85 pacientes, 46 pacientes
completaram sete sessões de tratamento e mostraram uma redução de índice circunferência corporal de
1.34 cm, enquanto 39 pacientes que completaram 14 sessões de tratamentos mostraram uma redução
índice de
de corpo, circunferência
mesmo corporal
havendo perda de 1.83
ou ganho decm.
pesoFoi
navista umados
maioria diminuição
casos. em índice de circunferência
Benelli et al (1999) notaram uma interação da Endermologia com os efeitos do estrogênio,
quando compararam os efeitos clínicos observados em alguns pacientes que sofreram tratamento
regular, como por exemplo, o retorno da menstruação em pacientes com amenorréia e efeitos tróficos
na pele e tecido conjuntivo subcutâneo. Para isso, compararam com observações durante o período
pós menopausa durante terapia de substituição hormonal. Os autores concluíram também que a
endermologie é recomendado pos-liposucção para maximizar o contorno corporal e reduzir
irregularidades estruturais.
La Trenta & Mick (2001), mostraram que o uso da endermologia depois do ultra som
precedendo
aparecimentoa delipoplastia
celulite e melhorou
redução daostaxa
resultados
de revisãopós-operatórios comnão
subseqüente, mas respeito a redução
demonstrou no
nenhuma
melhoria significante, usando antes do ultra som pré lipoplastia, no que diz respeito a melhora do
contorno do corpo.
Adock et al. (1998), em estudos realizados em porcos yucatan, verificaram com o uso da
endermologia, mudanças de arquitetura nos tecidos tratados, com acumulação de colágeno denso
(130%), faixas longitudinais de colágeno na camada média e profunda de tecido subdérmico; também
foi observado alguma distorção e rompimento de membranas de célula de adipócitos. O tratamento
com a endermologia não evocou uma cura de ferida clássica ou resposta inflamatória, não evidenciou
qualquer aumento da vascularidade tecidual ou divisão celular. Nenhuma evidência de mobilização de
tecido gorduroso foi achada, e nenhum produto de desarranjo da gordura ou metabólico foi detectado
no sangue ou urina. O tratamento não causou diminuição em densidades de tecido subcutâneo.
Nenhuma evidência de dano na pele ou no músculo foi notado.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 121/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. 2002 . Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos,
Recursos e Patologias. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 381
2. SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. 2000 - Electroestética Professional Aplicada -
Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - pp. 183-194
3. FERRANDES, J. C; THEYS, S; BOUCHET, J. Y. 2001. Reeducação Vascular nos edemas dos membros
inferiores. Ed. Manole. pp. 128. Apud.  GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato - Funcional –
Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada  
4. ERSEK, R.A.; MANN, GE; SALISBURY, S.; SALISBURY, A.V. 1997. Noninvasive mechanical body
contouring: a preliminary clinical outcome study. Aesthetic Plast Surg Mar-Apr;21(2):61-7
5. CHANG P, WISEMAN J, JACOBY T, SALISBURY AV, ERSEK RA. 1998. Noninvasive mechanical
body contouring: (Endermologie) a one-year clinical outcome study update. Aesthetic Plast Surg Mar-Apr;22(2):145-53
6. BENELLI L, BERTA JL, CANNISTRA C, AMRAM P, BENHAMOU G. 1999. Endermologie: humoral
repercussions and estrogen interaction. Aesthetic Plast. Surg. Sep-Oct;23(5):312-5
7. La TRENTA, G.S. & MICK, S. L. 2001. Endermologie after external ultrasound-assisted lipoplasty
(EUAL) versus EUAL alone. Aesthetic Surg J, Mar/Apr • Vol. 21 • Number 2
8. ADCOCK, D.; PAULSEN, S., DAVIS, S.; NANNEY, L.; SHACK, R. B. 1998. Continuing Medical
Education Examination-Body Contouring Analysis of the Cutaneous and Systemic Effects of Endermologie in the Porcine
Model. Aesthetic Surg J Nov/Dec • Vol. 18 • Number 6
9. WATSON, J.; FODOR, P. B.; CUTCLIFFE, B.; SAYAH, D.; SHAW, W. 1999. Physiological Effects of
Endermologie: A Preliminary Report. Aesthetic Surg J. Jan/Feb • Vol. 19 • Number 1

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 122/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  123

INTRODUÇÃO
ELETRICIDADE - É a parte da física que estuda as manifestações elétricas.
Histórico 
Tales de Mileto, no século VII A.C., conhecia a propriedade apresentada pelo âmbar amarelo
(resina fóssil de cor amarela empregada em joalheiria e ornamentação), de atrair corpos leves quando
atritado por um pano (lã). Daí a origem da palavra eletricidade; pois, em grego, elektron significa
âmbar.
Divide-se em: Eletrostática e Eletrodinâmica.

ELETROSTÁTICA
É a parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso.
Cargas Elétricas 
Todos os corpos são formados por um grande número de átomos. Os átomos, no seu núcleo
central, possuem prótons e nêutrons; em torno do núcleo circundam os elétrons.
O próton tem carga positiva, o elétron carga negativa, e o nêutron não possui carga elétrica.

Dizemos
elétrons. que um
Se elétrons corporetirados
forem está no ou
estado neutrono
colocados quando
corpooneutro,
númeroeste
total de prótons
passará a um éoutro
igualestado,
ao de
denominado eletrizado.
Se um corpo ganha elétrons, fica carregado negativamente, pois tem excesso de elétrons.
Se um corpo perde elétrons, fica carregado positivamente, pois tem excesso de prótons.
ÍON  - é o átomo que tenha adquirido carga elétrica pelo ganho ou perda de elétrons.
Classificam-se em cátions (positivos) e ânions (negativos)

ELETRODINÂMICA

É a parte da física que estuda os corpos elétricos em movimento.


Para que os elétrons possam se deslocar de um lado para outro, é necessário que uma “força” os
impulsione. A essa força chamamos de força eletromotriz, e ela ocorre quando, em determinado
material, temos zonas com falta ou excesso de elétrons (Diferença de Potencial (DDP).
A Diferença de potencial ou tensão mostra o desequilíbrio elétrico existente entre os pólos de um
gerador.
A unidade de medida da DDP é o Volt. (110 / 200 Volts)
Corrente elétrica 

É um fluxo
os extremos de umordenado
condutor.de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial entre

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 123/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  124
A quantidade de fluxo de elétrons através de um condutor se conhece como intensidade da
corrente. A intensidade da corrente é proporcional à tensão aplicada; ou seja, quanto mais alto o valor
da tensão (diferença de potencial), maior a intensidade da corrente que circula no circuito (força
eletromotriz).(fios e componentes do equipamento).
A unidade de medida da intensidade da corrente é o Ampére. Na prática fisioterápica,
utilizamos aparelhos com seus submúltiplos - o miliAmpére (mA) e o microAmpére (A).
Na prática, a diferença de potencial necessária á circulação de uma corrente, para suprir as
necessidades de um equipamento, é proporcionada por pilhas e baterias secas, baterias eletroquÍmicas,
baterias solares ou pela corrente residencial obtida através de geradores eletromecânicos.
Os metais, que permitem fácil movimentação das cargas elétricas através de sua estrutura, são
chamados condutores de eletricidade.
Borracha, plástico e mica não permitem uma boa movimentação de cargas elétricas, sendo
denominados isolantes ou dielétricos.

Classificação da corrente elétrica:


a) Corrente contínua  - quando a corrente é unidirecional, ou seja, seus elétrons se deslocam numa
única direção (isto ocorre quando um gerador pode manter os extremos de um circuito carregados
negativo e outro positivo); seu gráfico possui apenas uma fase (positiva ou negativa), e possui efeitos
polares.
i

t
Se esta corrente é interrompida por períodos, onde não ocorre fluxo de corrente, passará a ser
chamada de corrente galvânica interrompida. 
b) Corrente alternada - quando a corrente é bidirecional, ou seja, seus elétrons ora se deslocam numa
direção ora em outra (isto acontece quando um gerador de corrente alternada origina uma troca
contínua de polaridade nos extremos de um circuito); seu gráfico possui duas fases (positiva e
negativa), e não possui efeitos polares. 
i

Farádica 
t

Resistência
É uma dificuldade oferecida pelo condutor à passagem da corrente elétrica.
Quando elétrons fluem através de um condutor, eles colidem com os átomos existentes no material
do condutor, transferindo energia para estes átomos. Isto leva ao aquecimento do condutor. A unidade
utilizada na mensuração desta energia é o joule. 

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 124/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  125
Resistor é um dispositivo eletrônico capaz de oferecer uma resistência pré-determinada à
passagem da corrente elétrica.
Os resistores podem ser apresentados de diversas formas e tamanhos, dependendo do fim a que se
destinam.
A potência do resistor é medida em Watts (1 joule/segundo).

Freqüência 
A frequência é uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz), ela refere-
se à freqüência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um
segundo[104].
Divide-se em:
a) Baixa freqüência - na faixa de 1 Hz a 1.000 Hz
b) Média freqüência - na faixa de 1.000 Hz a 100.000 Hz
c) Alta freqüência - de 100.000 Hz em diante

A freqüência
percepções também
menores, umainterfere
vez quenoaltas
limiarfreqüências
sensitivo, sendo que freqüências
apresentam resistênciasmaiores
menoresdesencadeiam
da pele à
passagem da corrente elétrica. Comparando correntes de diferentes freqüências, 50 e 400 Hz. constata-
se que a corrente de 400 Hz apresenta uma resistência cerca de 80 vezes menor que a de 50 Hz.
Formas de pulso 
As correntes utilizadas na prática clínica podem apresentar várias formas de pulso (onda) das
quais são decorrentes às suas denominações. As formas de pulso mais comuns são: triangular,
quadrática, senoidal (sinusoidal) e contínua
Os pulsos podem ser monofásicos, quando estão somente em uma fase (positiva ou negativa) e dão
origem
polares. a efeitos polares, ou bifásicos, quando se descrevem nas duas fases e não originam efeitos

Pulso bifásico assimétrico único Pulso bifásico simétrico único

Obs.: Os pulsos simétricos tendem a ser menos dolorosos quando aplicados a uma grande massa
muscular, pois há uma quantidade igual de estimulação sob ambos os eletrodos[110] 
Tempo de duração de pulso (cronaxia) 
É o tempo que perdura a estimulação elétrica, ou seja, é o tempo de duração da passagem da
corrente para os tecidos. É medido em milisegundos ou microsegundos.

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 125/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  126
Valores da cronaxia dos nervos motores[104]:
- Membros superiores - 150 a 250 microsegundos
- Membros inferiores - 250 a 400 microsegundos
- Músculos do tronco - 250 microsegundos

A duração de pulso ideal para provocar contrações musculares máximas varia entre 300 a 500
microssegundos. As durações de pulso menores que 1 milisegundos (ms) não são capazes de estimular
músculos desnervados, independente da intensidade da corrente[105].
O intervalo entre um pulso e outro chama-se pausa, intervalo ou repouso.
Modulação 
É qualquer alteração (ou programação) que se faz na corrente original. Pode ocorrer devido às
variações de largura e amplitude de pulso, da freqüência da corrente ou em trens de pulso.
Eletrodos 
Têm como função básica transmitir a corrente, que está sendo produzida no equipamento, ao
paciente.
Podem ser confeccionados com diversos tipos de material: chumbo, cobre, tela de latão, alumínio,
silicone, auto-adesivo (gel), etc
Possuem várias formas de utilização: em forma de placas quadradas, retangulares e redondas,
colocadas sobre a pele; em forma de tubos, máscaras, canetas, banhos, etc  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
02- Arthur C. Guyton, MD - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996
10- N. Omote - FÍSICA - 1982 Ed. Moderna
12- Sheila Kitchen e Sarah Bazin - ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São
Paulo – 1998
16- Ângelo Machado - NEUROANATOMIA FUNCIONAL - Liv. Atheneu - 1988
25-- CORRIENTES DIADINÂMICAS  - B.V. ENRAF NONIUS DELFT - Holanda - JAN 1986
27- R.V. den Adel; R.H. J. Luykx -  ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA -  ENRAF NONIUS DELFT -
1990
104- Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico  - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 126/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  127

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 127/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  128

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 128/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  129

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 129/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  130

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 130/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  131

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 131/132
5/28/2018 Apost.Eletrotermofoto -Fabio Borges-slidepdf.com

  132

http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges 132/132

Você também pode gostar