“Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa

esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer.
À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis
antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele que
vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está
escrito: ‘Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44)’.” (1 Pedro 1,13-16)

O Senhor novamente nos faz um convite, uma proposta: buscarmos

a nossa santidade em todas as ocasiões. A santidade é o atributo divino
daquele que é separado pelo Senhor para viver o projeto dEle, para fazer
sua vontade. A coisa mais importante da nossa vida espiritual precisa ser a
nossa santidade. Esse deve ser o nosso maior objetivo como cristãos:
Aspirar o Reino dos Céus, buscar as coisas de Deus. Quando focamos nesse
objetivo, compreendemos que muitas coisas neste mundo são secundárias,
mas que a salvação da alma é o mais importante. Nós estamos aqui de
passagem. Estamos no mundo, mas somos do Céu.

Precisamos ter esse desejo em nosso coração: ser pessoas santas.

Mas isso não acontece de uma hora pra outra. A santificação é um processo
diário. O nosso objetivo diário precisa ser progredir espiritualmente. Não
estacionar. Temos que crescer na fé, crescer em Deus. Preciso me tornar, a
cada dia, uma pessoa melhor para Deus. Para isso, preciso deixar a vida
velha pra trás. Deixar de lado as coisas que me atrapalham, que me
impedem de progredir, de dar passos na fé. Muitas vezes nos mantemos
estacionados espiritualmente porque, apesar de nos esforçarmos, ainda
nos mantemos presos às coisas que o mundo nos ofertam.

Dois amigos moravam de um lado do rio, para ir a uma festa do

outro lado pegaram um barco, remaram uns 15 minutos e foram. Era por
volta de vinte horas. Chegando na festa, se divertiram, beberam. Lá pelas 3
horas da manhã, um disse ao outro: “Temos que ir embora, do jeito que
estamos bebendo, senão formos agora, não vamos conseguir chegar”. Lá
pelas três e meia pegaram o barco e começaram a remar, e remaram,
remaram. Passaram-se trinta minutos e não chegavam. Já era quatro e meia
da manhã e não chegavam. Lá pelas seis da manhã o efeito do álcool estava
passando, o dia raiando, e então eles viram. “Nós não desamarramos o
barco”.

Eles se esforçaram, mas o barco estava amarrado. Nós nos

esforçamos, mas muitas vezes não desamarramos a corda que nos mantém
atados aos nossos pecados, à nossa falta de perdão, aos nossos desejos
mundanos, aos falsos valores deste mundo. Não progredimos porque não
nos desamarramos deles. Para avançarmos, precisamos desamarrar essa
corda, senão, não vamos progredir, avançar, caminhar na fé. Tudo o que
vivemos a cada dia, é para sermos formados para o céu, para nos santificar.

Santidade é um caminho de desapego, de renúncia. É um processo

que exige que nossos corações estejam abertos à graça e à santidade de
Deus, e fechados às coisas deste mundo. A Palavra de Deus é o que nos
guia, nos direciona, nos coloca nos trilhos da santidade.

Quando a Palavra de Deus, diz “sede santos, porque Eu sou santo”,

Deus está dizendo isso para mim e para você. Aqui, o convite é para sermos
semelhantes a Deus, para que possamos ser perfeitos como o Pai. Temos
de ser santos porque nós somos de Deus!

O cristão verdadeiro é aquele que tem meta. Temos que fixar os

olhos em Jesus, Ele é nossa meta, não deixemos que o mundo nos atropele,
que nossos desejos e desvalores nos afaste do Senhor. Jesus sofreu toda a
sua Paixão e Morte para que pudéssemos novamente caminhar com
Senhor. Precisamos cultivar intimidade com Deus e o relacionamento com o
Espírito Santo.

Viver a santidade é se encher de Deus. Nos enchermos de Seu

amor, de sua misericórdia. É sabermos dizer sim ao chamado de Deus. É
entregarmos nossa vontade a Ele e confiarmos em sua providência. É
aprender a depender de Deus em todos os momentos.

A única alegria verdadeira é a que vem do Senhor. Não desistamos

da nossa santidade, só ela pode salvar a nossa casa! Onde habita um santo,
habita a vitória de Deus!