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Práticas de Laboratório
Fortaleza
2016
Física II
Práticas de Laboratório
Universidade de Fortaleza
Centro de Ciências Tecnológicas
Coordenação de Física
Fortaleza
2016
Física II
Práticas de Laboratório/ (Versão 0.5) . – Fortaleza, 2016-
72 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm.
CDU 00:000:000.0
Prefácio
A Física é uma Ciência que exerce profunda influência em muitas outras áreas do
saber, tais como a Engenharia, a Biologia, a Química, etc. Estudar os fenômenos físicos é
de vital importância para a compreensão dos princípios que regem o mundo e desenvolver
a habilidade de trabalhar com eles, aplicando-os para tornar o abstrato em concreto: é a
essência da tecnologia.
A metodologia usada neste material está de forma a atender o princípio fundamental
da educação moderna. O aluno é direcionado a aprender de forma mais eficaz, desenvol-
vendo outras capacidades e potencialidades como a criatividade, a iniciativa, o raciocínio
lógico, a analogia, a síntese, a transferência de aprendizagem. Assim, a aprendizagem
se dá praticando, buscando informações e soluções por conta própria. Nessa forma de
ensino, a função do professor é a de orientador, que coordena, estimula e auxilia o aluno
no desenvolvimento de suas atividades.
O planejamento deste documento teve como objetivo servir de apoio ao estudante,
visando o ensino mais eficiente, produtivo, interessante e agradável. Contudo, muitas
melhorias podem ainda ser feitas. Para isso, é necessária a colaboração de cada estudante
que venha a usufruir deste conteúdo, enviando suas críticas e sugestões.
Este trabalho foi produzido com o apoio do corpo docente de Física da Universidade
de Fortaleza. A formatação e edição final deste documento foi realizada pelo professor
Roberto Lima, utilizando o software livre LATEX. As figuras foram feitas utilizando o
software live Inkscape. Cada capítulo foi construído, colaborativamente, com o empenho
dos professores que fizeram este projeto acontecer: Anderson Pereira; Daniel Barros Freitas;
Diego Araújo Frota; Einstein Amaral; Francisco de Assis Leandro Filho; Gerardo Majela
Lima Cavalcanti; Iramilson Maia da Silva Filho; Jorge André Costa dos Santos; Maria
Aparecida Tavares; Paulo Willyam Simão de Oliveira; Roberto Lima da C. C. Júnior.
Coordenação de Física.
“Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior.
E, mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição.
Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar.
Tudo o mais é secundário”.
(Steve Jobs)
Lista de ilustrações
1 ROTAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3 Fundamentos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3.1 As variáveis de rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3.2 Rotação com aceleração angular constante . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3.3 As variáveis angulares e lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4 Procedimentos Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2 MOMENTO DE INÉRCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3 Fundamentos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3.1 Energia Cinética de Rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3.2 Momento de inércia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3.3 Torque e a segunda Lei de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3.4 Teorema dos Eixos Paralelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.4 Procedimentos Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 MOMENTO ANGULAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.3 Fundamentos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.3.1 Conservação do momento angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.3.2 Momento angular de um corpo rígido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.4 Procedimentos Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
7 PÊNDULO FÍSICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7.3 Fundamentos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7.4 Procedimentos Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
8 DILATAÇÃO TÉRMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.3 Fundamentos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.3.1 Dilatação em sólidos: linear, superficial e volumétrica . . . . . . . . . . . . 46
8.4 Procedimentos Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
13
1 Rotações
1.1 Objetivo
Posição Angular
θ2
r S
θ1
Deslocamento Angular
Quando um corpo está em rotação, ele está variando a sua posição angular de modo
que num dado momento ela é definida pelo ângulo ✓1 e num instante posterior é definida
pelo ângulo ✓2 de modo que o deslocamento angular entre os instantes considerados é:
✓ = ✓2 ✓1 (rad) (1.1)
Velocidade Angular
A velocidade angular é a taxa com que a posição angular está variando; é a razão
entre o deslocamento angular e o tempo necessário para fazer esse deslocamento.
Definimos a velocidade angular média como:
✓
!m = (rad/s) (1.2)
t
Aceleração angular
Z d! = ↵dt
Z t
!
d! = ↵ dt
!o 0
! !o = ↵t
! 2 = !o2 + 2↵ ✓ (1.9)
16 Capítulo 1. Rotações
Quando observamos os corpos rígidos, a rotação se faz com raio constante, ou seja:
cada ponto observado mantém uma distância constante ao eixo de rotação. Desse modo:
dx d(r · ✓) d✓
v= = =r =r·! (1.11)
dt dt dt
onde v é a velocidade linear de um certo ponto do corpo e ! é a velocidade angular desse
ponto considerado. Na realidade, ! é a velocidade angular do corpo por inteiro.
Aceleração (a)
2. Observe o aparato ilustrado na Figura 2. Enrole uma tira de papel para medir o
perímetro do tambor (CT ) e do disco (CD ). Anote-os na Tabela 1. Vale ressaltar que as
medidas anotadas devem ser escritas com as unidades do instrumento de medida.
3. Faça a medida da altura h a qual o peso (disco metálico) irá cair e anote na Tabela 1.
Leve em consideração que o peso será liberado (posição inicial) do nível da base do
aparato, conforme indicado pela linha tracejada da Figura 2.
1.4. Procedimentos Experimentais 17
Figura 2 – Aparato para análise de momento angular, com disco e tambor acoplados por
um eixo comum.
Tambor
Eixo
Disco
CT
CD
h
m1
m2
4. Com o fio enrolado em torno do tambor, e com o corpo de massa m1 fixo ao fio
(Figura 2), disponha o mesmo na posição inicial segurando no disco. Libere o aparato
de maneira que o mesmo possa girar. Com o cronômetro, meça três tempos de queda
e anote na Tabela 2. Ao final, calcule e anote o tempo médio tm , pois o mesmo será
utilizado como base para as análises.
m1 =
m2 =
5. Repita o mesmo procedimento do item anterior, mas agora utilize o disco. Anote os
valores na Tabela 3.
18 Capítulo 1. Rotações
m1 =
m2 =
19
2 Momento de Inércia
2.1 Objetivo
• Avaliar o efeito de um torque constante sobre um conjunto acoplado livre para girar;
• Fita métrica;
• Balança.
onde essa é uma integral simbólica que significa a integração sobre todo o volume do corpo
rígido considerado, seja ele de uma, duas ou três dimensões.
~⌧ = ~r ⇥ F~ = rF sin ✓ (2.5)
mL2
Ibarra = (2.10)
12
Caso a barra gire ao redor de um eixo “lateral”, devemos aplicar a equação 2.9, o
que levará à:
mL2
Ibarra = (2.11)
3
1. Observe os arranjos exibidos nas Figuras 3 e 4. Em uma de suas mãos, segure a barra
metálica representada pela Figura 3 de forma que sua mão seja o eixo de giro. Na outra
mão, segure a barra representada pela Figura 4 com sua mão posicionada também como
sendo o eixo de giro. Movimente as barras rapidamente fazendo-as girar1 . Anote a
seguir o que você observa, qualitativamente, em relação ao momento de inércia das duas
configurações de barra. Qual configuração impõe mais resistência ao giro? Justifique.
1
Para aumentar a percepção, o giro dado nas barras deve ser alternado: ora em um sentido, ora em
outro.
22 Capítulo 2. Momento de Inércia
Figura 3 – Barra metálica com dois blocos fixos nas extremidades. Eixo central de giro.
Figura 4 – Barra metálica com dois blocos fixos próximo ao centro. Eixo central de giro.
Figura 5 – Barra metálica com dois blocos fixos nas extremidades. Eixo lateral de giro.
3. Utilizando uma balança e uma fita métrica, faça as medidas sugeridas na Tabela 4,
preenchendo-a completamente2 .
2
Os dados quantitativos serão utilizados na seção 8.4.
2.4. Procedimentos Experimentais 23
3 Momento Angular
3.1 Objetivo
• Plataforma giratória
• Banqueta
• Giroscópio de aro.
~ = ~r ⇥ p~ onde p~ = m~v
L (3.1)
r z
mi
pi
ri
y
x
Existe uma conexão entre o momento angular de uma partícula e o torque associado
à força resultante que atua sobre ela. Vamos considerar a variação do momento angular
no tempo:
8
> d~r
~
dL d d~r d~p < dt ⇥ p~ = ~v ⇥ p~ = m~v ⇥ ~v = 0
= (~r ⇥ p~) = ⇥ p~ + ~r (3.2)
dt dt dt dt >: d~p = F~ (Força Resultante)
dt
~ i = ~ri ⇥ p~i
L (3.4)
3.4. Procedimentos Experimentais 27
Li = ri p i = ri v i m i (3.5)
ou seja:
2
Liz = ! mi ri?
X X
Lz = Liz = ! mi ri?
i i
mas Z
X
2 2
I = lim mi ri? = r? dm
mi !0
i
L = I! (3.7)
onde omitimos o índice z do momento angular pois iremos tratar apenas de situações onde
o momento angular de um corpo rígido será paralelo ao eixo de rotação (analisaremos
apenas situações onde o momento de inércia é uma grandeza escalar).
L L
i f
Ii If
28 Capítulo 3. Momento Angular
4.1 Objetivo
• Plano Inclinado;
• Cronômetro;
• Fita métrica;
x = R✓ (4.1)
R
x
30 Capítulo 4. Rotação e Translação Simultâneos
v = Vcm
v = - Vcm
v = Vcm
v = Vcm
v = Vcm
v = 2Vcm
v = Vcm
4.3. Fundamentos Teóricos 31
vcm = !R (4.4)
v
v v
v
v
v
1. Monte um plano inclinado de acordo com a Figura 13. Para este procedimento deverão
ser utilizado três objetos de diferentes geometrias: cilindro, esfera e anel. Cada um
deve ser solto separadamente e alguns dados devem ser extraídos para preencher a
Tabela 5. Três tempos de descida (t1 , t2 e t3 ) deverão ser medidos a fim de se obter o
tempo médio de descida t.
Cilindo
Esfera
Anel
33
5.1 Objetivo
• Determinar o empuxo;
• Dinamômetro.
• Béquer;
• Proveta.
1586, demonstrou que a pressão exercida por um líquido sobre uma superfície, depende da
altura da coluna do líquido e da área ocupada pela superfície, independendo do tamanho
do recipiente. Blaise Pascal (Matemático e Físico francês, 11623 – 1662) descobriu que a
pressão exercida sobre os fluídos, era transmitida com progressiva diminuição por todas
as partes do mesmo e que ela atuava normalmente sobre todas as superfícies. Este é
o chamado Princípio de Pascal na qual se baseia a construção de vários dispositivos
hidráulicos (prensa, freio) e que a rigor, constituem-se espécies de alavanca.
E
Vf
P
Mas, como já foi visto, a intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa
deslocada. Sendo assim:
E = mf g = ⇢f Vf g (5.2)
5.4. Procedimentos Experimentais 35
5.3.2 Flutuação
Quando pousamos um pedaço de madeira na superfície de uma piscina, a madeira
começa a afundar na água porque é puxada para baixo pela força peso. À medida que o
bloco desloca mais e mais água, o módulo da força de empuxo E, ~ que nesse caso aponta
para cima, aumenta. Finalmente, E ~ se torna igual ao módulo da força peso P~ e a madeira
para de afundar. A partir desse momento, o pedaço de madeira permanece em equilíbrio
estático e dizemos que está flutuando na água. Em todos os casos:
2. Meça numa proveta graduada 130 mL de água e coloque no béquer vazio. Determine a
massa do conjunto béquer + água, e calcule a massa específica (densidade) anotando na
Tabela 6.
Água
Álcool
Alumínio
Ferro
37
6.1 Objetivo
• Massas de 50g;
• Cronômetro;
• Molas.
Figura 15 – Sistema massa-mola, com uma massa m e uma mola de constante elástica k.
k
(a) m Sistema em equilíbrio
k
(b) m Mola totalmente comprimida
k
(c) m Mola totalmente alongada
-xm 0 xm
m! 2 x = kx
m! 2 = k
✓ ◆2
2⇡
m = k
T
4⇡ 2
m 2 = k
T
6.4. Procedimentos Experimentais 39
1. Coloque uma mola no suporte e depois acople uma massa m = 200 g (quatro massas
de 50 g), conforme a Figura 16. Meça a deformação xm sofrida pela mola1 quando a
massa é acomplada. Anote o valor de xm .
k k
xm
m
3. Com a massa m acoplada à mola, faça algumas deformações xm , anote os períodos para
cada uma, e complete a Tabela 7.
1
Atenção à referência zero da escala.
40 Capítulo 6. Movimento Harmônico Simples
Deslocamento xm T (s)
2 cm
4 cm
6 cm
50
100
150
200
41
7 Pêndulo Físico
7.1 Objetivo
• Pêndulo Composto;
• Transferidor;
• Cronômetro;
⌧⇡ (mg✓)h (7.2)
que tem o formato da lei de Hooke na forma angular (⌧ = ✓). Assim, um pêndulo físico
executa um movimento harmônico simples, se a amplitude angular ✓max do seu movimento
for pequena (✓max ⇡ 5 ). Podemos notar que o termo mgh da equação é equivalente a
constante de torção da lei de Hooke na forma angular. Assim, o período de oscilação de
um pêndulo físico (pequenas oscilações) é dado por:
s
I
T = 2⇡ , (pêndulo físico) (7.3)
mgh
42 Capítulo 7. Pêndulo Físico
O
h
G
px
py
onde I é o momento de inércia do pêndulo em relação a um eixo que passa através de seu
ponto de suspensão, perpendicular ao plano de oscilação, e h é a distancia entre o ponto
de suspensão e o centro de massa do pêndulo oscilante.
Podemos analisar o caso de uma barra oscilante conforme a Figura 18. Temos que
o momento de inércia da barra (em relação ao centro de massa) pode ser obtido utilizando
o cálculo integral1 , e possui valor I = mL2 /3. Dessa forma podemos ter:
s s
mL2
I
T = 2⇡ = 2⇡ 3
(7.4)
mgh mgh
T2 L2
= (7.5)
4⇡ 2 3gh
4⇡ 2 L2
g = (h = L/2) (7.6)
T 2 3h
3. Ponha o pêndulo físico para oscilar com um ângulo de 10 , meça o período com o
cronômetro e preencha a Tabela 9.
1
Consultar livro didático.
7.4. Procedimentos Experimentais 43
O
G
Media 5T T
1
2
3
Media
45
8 Dilatação Térmica
8.1 Objetivo
• Balão volumétrico;
• Bico de Bunsen;
• Termômetro.
fendas para que essas estruturas possam dilatar quando a temperatura aumentar, sem
que aconteçam as rachaduras. Assim como todos os casos descritos acima, o dente e os
materiais utilizados nas obturações também sofrem dilatação térmica, no entanto eles têm
diferentes coeficientes de dilatação, o que significa que um dilata mais que o outro. Por
exemplo, comida muito quente e bebidas geladas excessivamente podem provocar danos
aos dentes quando eles se dilatam ou contraem. Um dos possíveis danos são as quebras
dos dentes e as cáries que podem acontecer quando há dilatação das obturações.
L = Lo ↵ T (8.1)
Lo L
To
T
L
Dilatação Superficial
Chamaremos de dilatação superficial a dilatação de objetos cuja área é maior do
que a espessura. É o caso de uma placa metálica. Para facilitar a compreensão do caso,
1
Utilizando dados experimentais.
8.3. Fundamentos Teóricos 47
Tabela 10 – Valores dos coeficientes de dilatação linear para os materiais usados na aula
prática de dilatação.
Material ↵ (C 1
)
Aço 1, 2 ⇥ 10 5
Alumínio 2, 4 ⇥ 10 5
Cobre 1, 7 ⇥ 10 5
Latão 1, 8 ⇥ 10 5
A = Ao T (8.2)
A o To
ΔA
A T
Dilatação Volumétrica
Chamaremos de dilatação volumétrica a dilatação de objetos onde todas as dimen-
sões possuem dilatações consideráveis. É o caso de sólidos como esferas, caixas, cilindros
e líquidos. Para facilitar a compreensão do caso, observemos um bloco de volume Vo a
uma temperatura To ilustrado na Figura 21. O material possui um coeficiente de dilatação
linear ↵. Quando esse bloco (ou qualquer outro objeto tridimensional) sofrer um aumento
de temperatura T , o mesmo sofrerá uma variação positiva no seu volume (dilatação
volumétrica), de tal forma que:
V = Vo T (8.3)
Vo
To
V ΔV
T
1. Monte o aparato experimental conforme na Figura 22. Fixe os tubos metálicos (um
por vez, ou um por bancada) rosqueando o manípulo, porém sem muita pressão, basta
encostar a ponta do manípulo no tubo. A outra extremidade do tubo deve encostar na
ponta do medidor de dilatação (relógio comparador) de tal modo que o ponteiro dê
uma volta completa. Não esqueça de zerar o relógio comparador. Coloque 50 cm3 de
água no balão de destilação.
Balão de
destilação
4. Ligue a fonte térmica (bico de Bunsen). Espere que a água entre em ebulição e que o
vapor percorra a parte interna dos cilindros ocos (corpos de prova). Aguarde até que o
sistema entre em equilíbrio térmico e meça a temperatura nesse momento. Anote o
valor na Tabela 11.
6. Leia no relógio comparador o valor da dilatação sofrida pela barra e anote na Tabela 11.
8.4. Procedimentos Experimentais 49
Aço
Alumínio
Cobre
Latão
51
Referências