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Hazard Ratio

Cálculo Amostral
Erro aleatório tipo II
Medicina Baseada em Evidências - Unilago
Flávio H. A. Morita
Questão • P – Adenocarcinoma de
pâncreas pós-ressecção cirúrgica
clínica macroscópica completa;
• I – Adjuvância com Gemcitabina;
• C – Observação;
• O – Sobrevida livre de doença e
global.

• Como desenharíamos o estudo?


The CONKO-001 Randomized Trial

Oettle H, Neuhaus P, Hochhaus A, Hartmann JT, Gellert K, Ridwelski K, Niedergethmann M, Zülke C, Fahlke J, Arning MB, Sinn M, Hinke A, Riess H.
Adjuvant chemotherapy with gemcitabine and long-term outcomes among patients with resected pancreatic cancer: the CONKO-001 randomized trial.
JAMA. 2013 Oct 9;310(14):1473-81. doi: 10.1001/jama.2013.279201. PMID: 24104372.
Qual seria a medida de associação mais adequada
para essa comparação?
Hazard ratio
• Medida mais complexa do que o RR e o OR;
• Hazard:
• Número de indivíduos que tiveram o desfecho/Tempo – pessoas/unidade de tempo.
• Considera não só a presença ou não do desfecho, mas também o tempo livre do mesmo;
• Utilizado em estudos de coorte ou ensaios clínicos – principalmente os que apresentam um
seguimento de longo prazo;
• Leva em conta o tempo de exposição – pacientes são randomizados em tempos diferentes – maior
tempo de acompanhamento, maior contribuição;
• HR = Hazard do grupo intervenção/Hazard do grupo controle:
• 1 – neutro;
• 1 > proteção;
• 1 < dano.
Hazard ratio
• Incidência cumulativa do desfecho;
• Probabilidade condicional;
• Pode variar ao longo do tempo:
• Aumenta:
• Câncer incurável:
• Tempo limitado de vida –
mais próximo do óbito com o
passar do tempo.
• Diminui:
• Câncer submetido a tratamento
com intenção curativa:
• Conforme o tempo passa e
não há sinais de recidiva –
menor a probabilidade de
recorrer o câncer.
• Nessas situações em que o Hazard varia ao
longo do tempo, deve-se utilizá-lo!
• Diferencia melhor se a intervenção tem algum
impacto no adiamento do desfecho.
Hazard ratio
• Risco de apendicite aguda ao longo da vida:
• Não diminui ou aumenta;
• Não está se afastando ou se aproximando do desfecho;
• Hazard não se altera, mesmo em um seguimento longo;
• Utilização do HR não traz um diferencial em relação ao RR.
• Medida relativa - Pode superestimar o impacto do efeito.
The CONKO-001
Randomized Trial

Oettle H, Neuhaus P, Hochhaus A, Hartmann JT, Gellert K, Ridwelski K,


Niedergethmann M, Zülke C, Fahlke J, Arning MB, Sinn M, Hinke A,
Riess H. Adjuvant chemotherapy with gemcitabine and long-term
outcomes among patients with resected pancreatic cancer: the
CONKO-001 randomized trial. JAMA. 2013 Oct 9;310(14):1473-81. doi:
10.1001/jama.2013.279201. PMID: 24104372.
Cálculo do tamanho amostral
• Idealmente, os estudos deveriam ser populacionais;
• Impossibilidade de estudar toda a população – Amostras:
• Menor a amostra – Menos representativa – Menor precisão ou
poder;
• Maior a amostra – Mais representativa – Maior precisão ou poder
estatístico.
• Tamanho amostral vai depender:
• Precisão ou poder estatístico necessários para que o estudo seja
conclusivo;
• Comportamento da variável em estudo:
• Trabalhos prévios que levantam uma suspeita;
• Experiência de vida.
Cálculo do tamanho amostral
• Descritivo:
• Precisão desejada – Amplitude do intervalo de confiança;
• Desvio padrão.
• Analítico:
• Poder estatístico de encontrar uma associação;
• Associações fracas necessitam de um grande tamanho amostral;
• Associações fortes podem ser confirmadas com tamanho amostral menor.
• Qual a magnitude de uma associação que tem relevância clínica?
• Número de desfechos.
Erro aleatório tipo II
• Erro sistemático x Erro aleatório;
• Erro aleatório tipo I:
• Rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeira devido ao acaso;
• “mentira”;
• Tolerância de 5% (p 0,05).
• E quando o p não foi estatisticamente significativo, podemos acreditar na
hipótese nula, na não diferença entre os grupos intervenção e controle?
• Erro aleatório tipo II:
• Rejeitar a hipótese alternativa quando ela é verdadeira devido ao acaso;
• “omissão”;
• Tolerância de 20%;
• Falta de poder estatístico:
• Poder estatístico 80%.
Frente a um estudo
negativo:
• Investigar a presença de erro aleatório tipo II;
• Metodologia - Estudo foi planejado para ter um poder
estatístico de pelo menos 80% - Cálculo do tamanho
amostral?
• Metodologia - Para um poder de 80%, qual o tamanho
amostral planejado?
• Resultados - O número de participantes randomizados foi
o mesmo do planejado?
• Metodologia – Qual a incidência do desfecho esperada no
grupo placebo - Número de desfechos?
• Resultados - Número de desfechos do grupo placebo foi
semelhante à premissa esperada?
• Metodologia - Diferença de desfechos entre os grupos que
o estudo se propõe a encontrar – clinicamente relevantes:
• Redução Relativa do Risco 20%.
Quando suspeitar de um erro Nítida diferença nos
resultados entre os
aleatório tipo II? grupos, porém sem
significância estatística.
Obrigado!
fhmorita@gmail.com

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