Você está na página 1de 1

Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,

Serviram-me o amor como dobrada fria.


Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.

Vou agora apresentar a linguagem e estrutura do poema:

Está presente uma irregularidade estrófica, rítmica e métrica Também temos versos longos e
soltos. Há pontuação simples e pouco expressiva, evidente na falta de pontos de exclamação.
Não se encontra neologismos, que são palavras criadas pelo poeta, empréstimos e de
substantivos de fonemas.

O poema é formado por uma quintilha, tendo 5 estrofes, uma quadra, um dístico, tem 2
versos, e uma setilha, tem 7 versos.

Em relação aos recursos expressivos temos vários como por exemplo a comparação no verso 2,
comparar o amor com uma dobrada fria. Os recursos expressivos predominantes na poesia de
Álvaro de campos são a hipérbole no verso 9, o poeta exagere onde vai passear, e as
metáforas nos versos 13 a 16 e no verso 19.

Para concluir, o poeta nos reflete uma ideia de “Amor não correspondido” onde podemos
observar o sentimento de angústia, desconforto e nostalgia do poeta ao receber uma dobrada
fria. Além da saudade da infância ao recordar a alegria da sua infância onde recebia amor
mesmo sem pedir.

Você também pode gostar