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Para Maquiavel, a Religião é uma criação humana que não deve ser corrompida (I – 10),
pois esta é um instrumento de unificação. Sua função coerciva e persuasiva é importante
e eficaz quando o governante passa a usar os mandamentos de Deus.
Na obra de Maquiavel, O Príncipe, ele escreve uma manual de como o príncipe deve se
portar para manter o poder. Ali ele apresenta a política em uma visão real, diferente da
Idade Média, em que a política estava atrelada a ética.
Se antes a religião estava atrelada à política como uma busca do bem comum, o
governante como representante de Deus na terra, em Maquiavel a religião surge como
um instrumento para buscar benefícios políticos essenciais, como a obediência civil. Ou
seja, Maquiavel rompe com o ideal de política traz para o âmbito real.
Maquiavel, Nicolau. Comentário Sobre a Segunda Década de Tito Lívio, p440. Trad:
Sérgio Bath. Editora UnB.
____ O Príncipe, p 108. Trad: Antonio D’Elia. Editora Cultrix.