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INCÊNDIOS FLORESTAIS: MATERIAL COMBUSTÍVEL E

TIPOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS


(FUEL FOREST AND TYPES OF FOREST FIRES)
 A PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS NA FLORESTA
(THE PROPAGATION OF FIRE IN THE FOREST)

FOGO FLORESTAL: REPARTIÇÕES CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS


(FOREST FIRE: BREAKDOWN) (CLASSIFICATION OF FOREST FIRE)

Plantada/
Planted Resinas
(Eucalyptus) (resins)

Castro et al. (2003)

Nativas/
Native
Ana Barbosa (UFLA)
portal on-line
 A PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS NA FLORESTA
(THE PROPAGATION OF FIRE IN THE FOREST)

A frente activa de um fogo florestal tem três características básicas:


(The active front of a forest fire has three basic characteristics)
1) desloca-se (moves)
2) consome combustível (consumes fuel)
3) produz calor na forma de chama (produces heat in the form of a flame)

a intensidade do fogo pode ser entendida como a libertação de energia por


unidade de tempo e por unidade de comprimento da frente do fogo (em kW m-1)
(fire intensity can be understood as the release of energy per unit of time and per
unit of length of the front of the fire (in kW m-1))

Intensidade e severidade do fogo não são sinónimos. A severidade do fogo


refere-se à grandeza do impacto directo e imediato do fogo e reflecte o calor total
libertado pela combustão da biomassa. Já a intensidade do fogo contribui assim
para a severidade do fogo.
(Fire intensity and severity are not synonymous. The severity of the fire refers to
the magnitude of the direct and immediate impact of the fire and reflects the total
heat released by the combustion of biomass. The intensity of the fire thus contributes
to the severity of the fire.)
São três as características dimensionais básicas de uma frente de chamas:
There are three basic dimensional characteristics of a flame front:

a) profundidade (a largura da zona de combustão activa)


depth (the width of the active combustion zone)
a) altura (a extensão vertical) e
height (the vertical extent) and
a) comprimento (a distância da extremidade da chama ao ponto médio da zona
de combustão activa).
length (the distance from the flame tip to the midpoint of the active combustion
zone).
 A PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS NA FLORESTA
(THE PROPAGATION OF FIRE IN THE FOREST)

underground fires surface fires canopy fires

Cochrane (2000)
 CARCATERIZAÇÃO DO MATERIAL COMBUSTÍVEL FLORESTAL
(CHARACTERIZATION OF FOREST FUEL MATERIAL)

Distribuição vertical
Air fuel (Vertical distribution)

Low fuel

Underground
fuel

Distribuição horizontal
(Horizontal distribution)
 CARCATERIZAÇÃO DO MATERIAL COMBUSTÍVEL FLORESTAL
(CHARACTERIZATION OF FOREST FUEL MATERIAL)

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE UMIDADE EM COMBUSTÍVEIS FLORESTAIS...


(SOME CONSIDERATIONS ON MOISTURE IN FOREST FUELS ...)

• A quantidade de água que o combustível florestal contém, é expressa em


percentagem relativamente ao seu peso seco - The amount of water that the forest
fuel contains is expressed as a percentage of its dry weight.

• Folhas vivas, acículas, brotos, ramos e arbustos contêm entre 75 a 300% de umidade
- Live leaves, acicles, buds, branches and shrubs contain between 75 to 300% moisture.

• A variação do teor de umidade é muito maior nos organismos mortos do que nos
vivos - The variation in moisture content is much greater in dead organisms than in
living ones.

• Teor de água do material morto depositado no piso da floresta: varia de 2 a 300% -


Water content of dead material deposited on the forest floor: varies from 2 to 300%.

• Umidade de extinção: a probabilidade de ignição é praticamente nula, para a maioria


dos combustíveis florestais, quando o teor de água é maior do que 25 a 30% -
Extinguishing humidity: the probability of ignition is practically zero, for most forest
fuels, when the water content is greater than 25 to 30%
 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO FOGO
(EVALUATION OF FIRE BEHAVIOR)

1. Fogo hipotético ou possível: planeamento e avaliação da gestão de combustíveis.


(Hypothetical or possible fire: planning and evaluation of fuel management)
• comportamento do fogo em matos (Fernandes, 2001)
(fire behavior in bush (Fernandes, 2001))
• em pinhal bravo (Fernandes et al., 2009).
(in wild pine forest (Fernandes et al., 2009))
2. Fogo provável: indexação do perigo de incêndio; pré-planeamento da supressão de
incêndios; planeamento do fogo controlado.
(Probable fire: indexing the fire hazard; pre-planning for fire suppression; controlled fire
planning).
• Sistema Canadiano FWI (condições meteorológicas presentes e passadas)
(Canadian FWI System (present and past weather conditions))
• Modelo semi-empírico de Rothermel (1972)
(Rothermel's semi-empirical model (1972))
 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO FOGO
(EVALUATION OF FIRE BEHAVIOR)

3. Fogo a decorrer: uso no combate a incêndios (avaliação da área a atacar, predição da


evolução das frentes do fogo, definição dos meios necessários e do seu posicionamento)
ou na monitorização de fogos controlados.

(Fire in progress: use in firefighting (assessment of the area to be attacked, prediction of the
evolution of the fire fronts, definition of the necessary means and their positioning) or in the
monitoring of controlled fires).

• Detecção remota em tempo real


(Real-time remote sensing)
• Estações meteorológicas
(Meteorological stations)
• Comunicação eficiente
(Efficient communication)
 ÍNDICES DE RISCOS DE INCÊNDIOS: “PERIGO DO FOGO”

Basicamente:

1. O comportamento climático é convertido em números que são


relacionados com uma escala de cinco níveis de grau de perigo;

2. São baseados em dados meteorológicos para a previsão, porque eles


refletem, com certa precisão, a vulnerabilidade da vegetação ao fogo.

3. A tendência do grau de perigo à ocorrência do fogo é calculada


diariamente e de forma acumulativa.

4. Mais usual no Brasil: Fórmula de Monte Alegre (FMA) – Índice adaptado às


condições brasileiras.
 MODELOS DE PROPAGAÇÃO

TODO ESSE CONHECIMENTO NOS REMETE AO ESQUEMA DE MODELOS DE PROPAGAÇÃO

PREVENIR
Gleyce Dutra (UFJVM) - Portal on-line
PRA NÃO TER QUE
Mesmo com trabalhos eficientes, situações de
fogos intensos e inesperadas é IRREVERSÍVEL, COMBATER
ficando o controle de forma NATURAL quando
cessa o combustível.
 SOLUÇÕES?

Postos de
vigilância e torres Equip. e
de observação Maquinas
Aceiros

Compromissos amb.
e pesquisas
GEOTECNOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO,
PREVISÃO E MONITORAMENTO

Brigadas e
Capacitações

Gestão de combustíveis
Queima controlada
SISTEMAS DE ANÁLISE À VULNERABILIDADE E PREDIÇÃO AO
FOGO, SUPORTE À QUEIMA CONTROLADA
 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E GEOPROCESSAMENTO

ANÁLISES DE RISCOS

• Mapeamento de Riscos de Incêndio (AMC)


• Geração de Índice de Perigo de Ignição, de Combustibilidade e de Incêndio
• SIG e Sensoriamento Remoto para Análise de Suscetibilidade ao Fogo
 MODELAGEM AMBIENTAL

Ignição, Comportamento do fogo e Modelos MODELOS DE PROPAGAÇÃO


de combustíveis : Múltiplos Componentes.

Autômatos celulares probabilísticos: possibilita o estabelecimento de uma relação explícita


entre os parâmetros do modelo e os fatores que influenciam no comportamento do fogo.

Lógica Fuzzy: reconhecimento das variáveis em relação a existência do que consiste uma base de
regras no relacionamento entre as mesmas.
EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DE GEOTECNOLOGIAS, SIG E
MODELOS AMBIENTAIS
 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

1. Modelo de Rothermel (1972): modelo de propagação empírico completo e


relativamente geral, baseado (quase exclusivamente) em experiências laboratoriais.
baseado no balanço global de energia. Para a aplicação do modelo é necessária a
descrição de um conjunto de parâmetros relativos à vegetação (combustível) no sentido
de se determinar a taxa de propagação e a intensidade da frente de fogo. Este conjunto
de dados permite a agregação dos complexos de combustível em modelos de
combustível, sendo os mais utilizados

2. O modelo RisQue (Nepstad et al.,2004) mensura o risco de ocorrência de fogo através


da avaliação da quantidade de água disponível no solo em resolução de 8 km e espaço
de tempo mensal

3. O modelo FISC (Soares-Filho et al, 2012) possui componentes de ignição, propagação


e carbono de incêndio para modelo fogo de sub-bosque baseado em processos e
desenvolvido para florestas tropicais
Soares-Filho et al. (2012)
 REFERÊNCIAS

• Cardoso, M.F.; Hurtt C.G.; Moore, B.; Nobre, C.A.; Prins, E.M. Projecting future fire activity in Amazonia. Global
Change Biology, v. 9, p. 656 – 669, 2003.
• Nepstad, D.C.; Lefebvre, P.; Silva, U.L.; Tomasella, J.; Schlesinger, P.; Solórzano, L.; Moutinho, P.; Ray, D.; e
Guerreira Benito, J. Amazon drought and its implications for Forest flammability and tree growth: a basin
wide analysis. Global Change Biology, v. 10, p. 1–14, 2004.
• ALMEIDA, R. Forest Fire Risk Areas and Definition of the Prevention Priority Planning Actions Using Gis.
1994
• FERRAZ, S. F. de B., VETTORAZZI, C. A. Mapeamento de risco de incêndios florestais por meio de sistema de
informações geográficas (SIG). Scientia Forestalis, São Paulo, n. 53, p. 40-48, 1998.
• GAYLOR, H. P. Wildfires - Prevention and Control. Robert J. Brady, Bowie, 1974. 319p.
• MORTON, D. C., et al. Understorey fire frequency and the fate of burned forests in southern
Amazonia. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, 2013, 368.1619: 20120163.
• NEPSTAD, D. C., MOREIRA, A., & ALENCAR, A. (1999). A floresta em chamas: Origens, impactos e prevenção
de fogo na Amazônia. Brasilia, DF, Brazil: Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil.
• -SALAS, J. & CHUVIECO, E. Geographic Information Systems for Wildland Fire Risk Mapping. Wildfires 1994,
3: 2, 7-13
• SILVESTRINI, Rafaella Almeida, et al. Simulating fire regimes in the Amazon in response to climate change
and deforestation. Ecological Applications, 2011, 21.5: 1573-1590.
• SOARES-FILHO, Britaldo, et al. Forest fragmentation, climate change and understory fire regimes on the
Amazonian landscapes of the Xingu headwaters. Landscape Ecology, 2012, 27.4: 585-598.
• SOARES, R,V.; BATISTA, A.C. Incêndios florestais: controle, efeitos e uso do fogo. Curitiba: FUPEF. 2007, 263p.
• SOUSA, C. PINHEIRO, D. GRILO, F. GUERREIRO, J. MENDONÇA, M. CARIDADE, M. L. CASTRO, M. MESQUITA, P.
ALMEIDA, R. 1996. Relatório do Projecto de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal - CRIF 2ª Fase.
www.terravista.pt
• VOSSELMAN, G.; MAAS, H. Airborne and Terrestrial Laser Scanning. Amsterdam: Whittles Publishing, 2010,
318p.

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