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CNV Na Sala de Aula
CNV Na Sala de Aula
INTRODUÇÃO
Na sociedade em que vivemos, a violência é evidente. Ela pode interferir nos nossos
relacionamentos, pode ocorrer em nosso meio de trabalho, pode ser disseminada nas
redes sociais ou mesmo pode acabar causando divisões inexistentes. No entanto, nós
realmente precisamos conviver com a ela?
O B S E RVA Ç ÃO S E N T I M E N TO
As observações são isentas de qualquer Precisamos falar como nos sentimentos
tipo de julgamento e devem ser as mais e isso pode ser mais complicado do que
precisas possíveis. Ou seja: deve-se parece. Na verdade, nós não estamos
evitar generalizações estáticas, trans- acostumados a expressar nossos senti-
formando algo momentâneo em uma mentos de maneira clara por diversos
característica fixa. E como é isso na motivos. Seja por medo da exposição ou
prática? Vamos a um exemplo: “Thiago por qualquer outro.
é um aluno problemático”, neste caso,
deveria ser substituído por “Thiago às Para entendermos melhor a afirmação
vezes tem um comportamento agressivo acima, vamos a um exemplo prático:
e isso pode causar problemas”. Joãozinho diz que não quer participar
da aula de Educação Física porque sente
que é um mau jogador. Mas qual é o
sentimento nessa frase? “Mau jogador”
certamente não é um sentimento. O que
N EC E S S I DA D E
ele sente, na verdade? Ele se sente
triste? Ele se sente desapontado, frus-
trado, excluído?
Devemos ter a consciência de que o que
os outros fazem ou dizem pode ser um D i s t i n g u i r c o m c l a re z a o q u e s e n t i-
estímulo, mas nunca a causa de nossos mos é essencial para a Comunicação
sentimentos. Os nossos sentimentos são Não-Violenta.
resultado de como recebemos as ações
PEDIDO
alheias.
COMUNICAÇÃO
N Ã O-V I O L E N TA
X P E R M I S S I V I DA D E
Por mais que o uso da CNV nos leve a compreender os outros, é importante não confundi-
-la com a permissividade. É importante intervirmos em situações de conflito ou de com-
portamento perturbador. Em um ambiente escolar, com práticas como o bullying e, por
vezes, até mesmo onde agressões físicas ocorrem, a intervenção é ainda mais importante.
Vamos imaginar o cenário: João pegou a bola do Victor e não quer devolvê-la. Victor está
zangado e ameaça agredir o colega, ou mesmo já o agrediu, pois João não está devol-
vendo o objeto.
Mesmo que o primeiro passo da CNV seja a observação, nesses casos mais extre-
mos, a ação necessária é a intervenção para evitar algo mais grave. Quando tiver
certeza de que a situação está controlada, pode-se entender quais são os sentimen -
tos e necessidades presentes naquele contexto. João se sentia excluído da brinca-
deira? Victor estava sendo agressivo durante a brincadeira? Qual seria o motivo de
sua agressividade?
C O M U N I C A Ç Ã O N Ã O-V I O L E N TA
PA R A C R I A N Ç A S
Quando pensamos em uma comunicação entre pessoas, pensamos em algo dinâmico e
de fácil compreensão. Mas sabemos que, na prática, ela pode ser desafiadora. Como,
então, passar algo que pode ser difícil até mesmo para adultos para uma criança?
Basta termos em mente que a CNV deve ser entendida como mais do que apenas
um método comunicativo. Ela é uma maneira de enxergar a vida e as relações entre
humanos, por meio da empatia e da compaixão. É aprender a olhar para dentro de
si e para o outro com novos olhos. Isso pode ser feito reforçando valores como:
Estante Mágica | Comunicação não violenta em sala de aula 5
APRENDER A
OUVIR O OUTRO
Isso pode ser trabalhado com atividades em duplas ou em grupos. Ao propor
t e m a s o u as s unt o s de i nte re s s e dos pequenos ( pode ser jog os eletrônicos ,
de se n h o s , bri nc ade i ras ), é prov áv el que eles queir am falar.
An t e s de c o nc e de r a pal avra par a outr a cr iança, indag ue: “O que foi que a
G a b i a c a bo u de f al ar? ”. El e s podem apenas repetir, mas é o suficiente para
de m o n st r ar para t o do s que o que foi dito foi de fato ouv ido.
PERCEBER COMO OS
RÓTULOS SÃO PREJUDICIAIS
Ró t u l o s e j ul game nt o s po de m ger ar div er sas repercussões neg ativ as, com o
a e x c l u são e o bul l yi ng. Ex i s t e uma ativ idade desenv olv ida por uma profes-
so r a b r i t âni c a i l us tra be m e s s es malefícios par a as cr ianças de uma for m a
c r i a t i va e s i mpl e s .
Ela pegou duas maçãs idênticas e, antes de entrar em sala, sem que as
c r i a n ç a s vi s s e m, bat e u c o m uma delas lev emente no chão. Dentro de sala,
f a l o u m a l da que f o i bat i da no chão, elog iando a outr a. E m seg uida, pedi u
p a r a o s al uno s f az e re m o me s mo.
CONCLUSÃO
A Comunicação Não-Violenta é, em essência, uma forma de nos conectarmos
c o m o s o utro s e de o s re s pe i t ar mos independente de quem sejam. E nsinar
e sse e n t e ndi me nto ai nda na i nfância cer tamente far á com que as cr iança s
se re l a c i one m me l ho r no pre s ente e também que car reg uem essa compre-
e n sã o p ara o f ut uro . Vamo s c omeçar desde já? =)
A C o mun ica ç ã o não-vi olenta tem tu d o
a ve r c o m inteli gênci a em oci onal .
Q U E RO A LFA B ETI Z A R
E M OC IO NAL ME N TE ME U S A LUN O S