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1.

Unidade de medida

Na física, experimentos são feitos e para isso são necessárias medidas, e


normalmente números são usados para descrever os resultados de tais
medidas. Esses números são denominados grandezas físicas. Duas grandezas
físicas que descrevem um carro é o peso e a potência dele.

Essas grandezas, para terem algum significado precisam de alguma


referência. Por exemplo, ao dizer que uma porta mede 2 metros, na verdade
quer dizer que ela mede duas vezes um metro, sendo 1 metro a referência.
Exemplo:

2𝑚 → 2. (1𝑚)

As unidades de medidas então, devem estar presentes nas contas de forma


que a mesma faça sentido, assim como elas podem ser anuladas. Por
exemplo, o número 2 não quer dizer nada sem uma unidade de medida. Em
uma conta qualquer, caso chegue no final e a equação está desta forma:

𝐸 = 2+3

O resultado de 2 + 3 é 5, porém, isso está certo? 5 o quê? Caso as


unidades estivessem presentes desde o ínicio, pode ser que o resultado
estivesse assim:

𝐸 = 2𝑠 + 3𝑚

2 segundos + 3 metros? Isso não faz sentido, não existe soma entre tempo
e distância. Sabendo disso, pode-se notar que alguma coisa na conta está
errada e então procurar tal erro. O uso de unidades de medidas nas equações
previne boa parte dos erros.

Além disso, como unidades de medidas são referências, é possível


transforma-las. Por exemplo, como mudar 8 metros para quilômetros? Sabe-se
que, um quilometro é igual à 1000 metros. Ou:

1𝑘𝑚 = 1000𝑚
Perceba que isso é uma equação, então, modificando-a para que o metro
esteja isolado:

1𝑘𝑚
1𝑚 =
1000

Logo, para transformar o metro em quilômetro, basta substitui-lo por sua


igualdade na equação. Assim:

1𝑘𝑚
8𝑚 → 8. (1𝑚) → 8. ( ) → 0,008𝑘𝑚
1000

9𝑘𝑔.𝑚
Esse foi um exemplo fácil, mas se eu quiser mudar para
𝑠4
toneladas.nanômetro por hora a quarta? Parece difícil, mas é mais fácil do que
parece. Primeiro, facilita se escrevermos dessa forma:

(1𝑚)
9. (1𝑘𝑔).
(1. 𝑠 4 )

Agora basta escrevermos cada refêrencia. Sabe-se que 1 tonelada é igual à


1000 quilôgramas:

1𝑡
1𝑡 = 1000𝑘𝑔 → 1𝑘𝑔 =
1000

1 nanometro é igual à 10−9 m:

1𝑛𝑚
1𝑛𝑚 = 10−9 𝑚 → 1𝑚 =
10−9

E 1𝑠 4 é igual a quantas horas à quarta? Para qualquer tipo de conversão


assim, basta elevar o número igual à referência, então se 1 hora são iguais à
3600 segundos, 1 hora a quarta são iguais à 3600 segundos a quarta:

1ℎ𝑜𝑟𝑎4
1ℎ𝑜𝑟𝑎 = 3600𝑠 → 14 ℎ𝑜𝑟𝑎4 = 36004 𝑠 4 → 1𝑠 4 =
36004

Agora basta substituir todos os valores por suas igualdades no ínicio:

1𝑛𝑚
(1𝑚) 1𝑡 ( −9 )
9. (1𝑘𝑔). 4
→ 9. ( ) . 10 4
(1. 𝑠 ) 1000 (1ℎ𝑜𝑟𝑎 )
36004
Agora basta resolver:

1,51.1021 𝑡. 𝑛𝑚
ℎ𝑜𝑟𝑎4

2. Movimento Retilínio
2.1. Velocidade Média

Imagine um carro de corrida, ele está inicialmente em repouso, e então


começa a se movimentar, e após um determinado período de tempo ele
percorre um distância, e então para novamente. Se esse carro se deslocou no
tempo, significa que ele teve uma velocidade. Vamos supor, que em dez
segundos ele percorreu duzentos metros, qual a velocidade média dele? A
velocidade média é a velocidade necessária para ele se deslocar determinada
distância em uma quantidade de tempo, logo:

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 = ∆𝑥 = 200𝑚;

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒𝑚𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜 = ∆𝑡 = 10𝑠;

∆𝑥
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑚 = ;
∆𝑡

200𝑚 20𝑚
𝑉𝑚 = → 𝑉𝑚 =
10𝑠 𝑠

Olhando as unidades e como elas se dividem percebe-se o porquê da


unidade de velocidade ser em metros por segundo. A velocidade média é uma
grandeza vetorial e depende das direções e sentidos dos vetores, porém isso
não será necessário para esse estudo.

2.2. Velocidade Instantânea

Quando se fala de velocidade média, não é possível definir qual a


velocidade que o veículo tem em um tempo qualquer, por exemplo, qual a
velocidade do carro aos 3 segundos? Para isso, é necessário o conceito de
velocidade instantânea. Olhando a figura 1, vimos que a velocidade adquirida
entre os pontos P1 e P2 é a velocidade média.
Figura 1

A velocidade média é dada para essa grande distância, enquanto que para
encontrar a velocidade instantânea deve-se aproximar o P1 e P2 até o tempo
necessário para percorrer a distância tender a zero, como mostra a figura 2.

Figura 2

Em linguagem matematica, quando algum limite tende a zero, denomina-se


derivada em função a esse limite. Ou seja, se a velocidade média é:

∆𝑥
𝑉𝑚 =
∆𝑡

Então a velocidade instântanea é:

∆𝑥 𝑑𝑥
𝑉𝑥 = lim → 𝑉𝑥 (𝑡) =
𝑡→0 ∆𝑡 𝑑𝑡

Essa definição é importante pois é possível achar a velocidade instantânea


de qualquer função de distância.
Sabendo que a função da distância de determinada partícula é:

3𝑚
𝑥(𝑡) = 4𝑚 + .𝑡
𝑠

Qual a velocidade instantânea da partícula aos 3 segundos? Derivando:

𝑑𝑥 3𝑚
𝑉𝑥 (𝑡) = =
𝑑𝑡 𝑠

Isso significa, que independente do tempo, a velocidade instantânea é igual.


Para a função:

8𝑚 2𝑚
𝑥 (𝑡) = . 𝑡 + 3 . 𝑡3
𝑠 𝑠

A função da velocidade instantânea será:

𝑑𝑥 8𝑚 2𝑚
= + 3𝑠. 3 . 𝑡 2
𝑑𝑡 𝑠 𝑠

E aos 3 segundos, a velocidade instantânea será:

𝑑𝑥 8𝑚 2𝑚 𝑑𝑥 62𝑚
= + 3𝑠. 3 . 3²𝑠² → =
𝑑𝑡 𝑠 𝑠 𝑑𝑡 𝑠

2.2.1. Aceleração

A velocidade é o deslocamento em relação ao tempo, ou seja, a quantidade


de distância que variou ao longo de um tempo, se a velocidade variar ao longo
do tempo, o que se denomina isso? Isso é a aceleração da partícula. Ou seja, a
aceleração é a taxa de variação da velocidade no tempo.

Se um corpo estava com uma velocidade instantânea de 3𝑚/𝑠 e após 4


segundos vai para 8𝑚/𝑠, qual a aceleração?

8𝑚 3𝑚
( + ) 8𝑚 + 3𝑚
𝑠 𝑠
𝑎𝑚𝑒𝑑 = →𝑎=
4𝑠 𝑠. 4. 𝑠

11𝑚 2,75𝑚
𝑎𝑚𝑒𝑑 = → 𝑎 =
4𝑠 2 𝑠2

Sendo essa a aceleração média do corpo.


Pensando de forma análoga, se a velocidade é a taxa de variação da
distância em relação ao tempo (a derivada) e a aceleração é a taxa de variação
de velocidade em relação ao tempo, então a aceleração instantânea é a
derivada da velocidade. Tal que:

𝑥 (𝑡)

𝑑𝑥 (𝑡)
𝑉𝑥 (𝑡) =
𝑑𝑡

𝑑²𝑥(𝑡) 𝑑𝑉𝑥 (𝑡)


𝑎𝑥 (𝑡) → 𝑜𝑢
𝑑𝑡² 𝑑𝑡

Podemos chegar a algumas conclusões então:

1- Se a velocidade for zero, a distância não varia ao longo do tempo (a


distância será uma constante, e a derivada de uma constante é zero);
2- Se a aceleração for zero, a velocidade não varia ao longo do tempo
(velocidade constante, porém a distância não);
3- A gravidade é um tipo de aceleração (9,81𝑚/𝑠 2 ), afinal tem as mesmas
unidades de medida, e um corpo solto em uma determinada altura
adquire uma velocidade (se acelera) até cair no chão, percorrendo
determinada distância. Porém, essa aceleração é con stante;
4- O tempo inicial pode ser sempre considerado zero, se o tempo final for a
diferença de tempo entre o inicio e o final.
3. Movimento com aceleração constante

O movimento com aceleração constante é um dos casos mais simples de


movimento que ocorre na natureza. Considerando a resistência do ar nula,
pode-se dizer que o movimento de um corpo caindo em queda livre é um
movimento com aceleração constante, afinal a aceleração da gravidade não
varia. Da mesma forma, se um carro se movimentar com aceleração
constante, as funções de distância e velocidade serão iguais, mudando apenas
os valores das grandezas.

Vamos deduzir equações para o movimento com aceleração constante.


Quando a aceleração 𝑎𝑥 é constante, a variação de velocidade em qualquer
momento será a mesma (afinal a aceleração É a variação de velocidade, e se
ela é constante, a variação de velocidade também), então a aceleração pode
ser descrita através da aceleração média (se ela não varia, a média deve ser
igual à ela). Então:

𝑉2 − 𝑉1
𝑎𝑚𝑒𝑑 = 𝑎𝑥 =
𝑡2 − 𝑡1

Vamos considerar o tempo incial como zero (𝑡1 = 0) e o final apenas como
tempo (𝑡2 = 𝑡) vamos considerar 𝑉2 como a velocidade em um tempo qualquer
(𝑉2 = 𝑉𝑥 ) e 𝑉1 como a velocidade inicial (𝑉1 = 𝑉𝑜𝑥 )., então:

𝑉𝑥 − 𝑉𝑜𝑥
𝑎𝑥 =
𝑡

Isolando a velocidade, então:

𝑉𝑥 = 𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑥 + 𝑎𝑥 . 𝑡

Sendo essa a equação de velocidade em função do tempo apenas para


acelerações constantes. Essa equação quer dizer que, a velocidade
instantânea em qualquer momento (𝑡) é igual à soma da velocidade inicial do
corpo (𝑉𝑜𝑥 ) com a aceleração (𝑎𝑥 ) vezes o tempo (𝑡) (ou seja, se a aceleração
é a variação de velocidade a cada segundo, ela vezes o total de tempo, é o
aumento de velocidade).

Apesar do subscrito 𝑥 na equação, essa equação serve para qualquer


coordenada desde que a aceleração seja constante.

Agora vamos deduzir a equação para a distância em função do tempo.


Sabe-se que a velocidade média é o deslocamento em função do tempo:

𝑥 − 𝑥𝑜
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
𝑡 − 𝑡𝑜

Da mesma forma, vamos considerar o tempo inicial zero (𝑡𝑜 = 0), a


distância final é 𝑥 e a inicial é 𝑥 𝑜 (a diferença entre 𝑥 e 𝑥 𝑜 é o ∆𝑥).
𝑥 − 𝑥𝑜
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
𝑡

Agora, se a aceleração for constante, significa que a velocidade irá


aumentar de maneira linear, então a velocidade média também pode ser dada
simplesmente pela média aritmética entre a velocidade inicial e a final, tal que:

𝑉𝑜𝑥 + 𝑉𝑥
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
2

Onde 𝑉𝑥 é a velocidade final em determinado periodo de tempo.

Então, tem-se as duas equações de velocidade média:

𝑥 − 𝑥𝑜
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
𝑡

𝑉𝑜𝑥 + 𝑉𝑥
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
2

Igualando as duas, teremos:

𝑥 − 𝑥 𝑜 𝑉𝑜𝑥 + 𝑉𝑥
=
𝑡 2

Isolando a distância 𝑥, tem-se:

𝑉𝑜𝑥 + 𝑉𝑥
𝑥 = 𝑥 𝑜 + 𝑡. ( )
2

Sendo a velocidade 𝑉𝑥 nada mais do que a velocidade instantânea no


mesmo tempo que a distância 𝑥, a mesma definida anteriormente como:

𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑥 + 𝑎𝑥 . 𝑡

Substituindo 𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑥 , então:

𝑉𝑜𝑥 + 𝑉𝑜𝑥 + 𝑎𝑥 . 𝑡
𝑥 = 𝑥 𝑜 + 𝑡. ( )
2

(Lembrando que o 𝑥 depende do tempo, logo 𝑥 = 𝑥(𝑡)) A soma de 𝑉𝑜𝑥 com


outro 𝑉𝑜𝑥 é igual a duas vezes 𝑉𝑜𝑥 :

2. 𝑉𝑜𝑥 + 𝑎𝑥 . 𝑡
𝑥(𝑡) = 𝑥 𝑜 + 𝑡. ( )
2
Fazendo a distributiva:

2 𝑎
𝑥 (𝑡) = 𝑥 𝑜 + . 𝑉𝑜𝑥 . 𝑡 + 𝑥 . 𝑡. 𝑡
2 2

𝑎𝑥 2
𝑥 (𝑡) = 𝑥 𝑜 + 𝑉𝑜𝑥 . 𝑡 + .𝑡
2

Sendo essa a equação para posição em qualquer tempo para aceleração


constante. Apesar do 𝑥 ela vale para QUALQUER EIXO DESDE QUE A
ACELERAÇÃO SEJA CONSTANTE.

Logo, as equações de deslocamento e velocidade para aceleração


constante são, respectivamente:

𝑎𝑥 2
𝑥 (𝑡) = 𝑥 𝑜 + 𝑉𝑜𝑥 . 𝑡 + .𝑡
2

𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑥 + 𝑎𝑥 . 𝑡

E a aceleração é:

𝑎(𝑡) = 𝑎

Vamos agora deduzir, através dessas equações, quais seriam as equações


utilizadas para descrever o movimento de uma partícula qualquer lançada de
forma obliqua em uma atmosfera sem a resistência do ar. Imagine que uma
bola foi lançada diagonalmente, ela irá descrever a linha tracejada como
mostra a figura 3:

Figura 3
Percebe-se que ao lançar uma partícula (por exemplo uma bola), ela
descreverá uma parabola. Para descrever de maneira precisa seu movimento,
precisaremos analisar os dois eixos (x e y) separadamente. Primeiro vamos
analisar o eixo x.

Após a bola ser lançada, há alguma aceleração que faça a bola adquirir
velocidade no eixo x (horizontalmente)? Não, afinal não há forças qu e adicion e
velocidade à ela. Sendo assim, a aceleração em 𝑥 é zero.

A equação de movimento e velocidade para o eixo x então se resume em:

𝑥 (𝑡) = 𝑥 𝑜 + 𝑉𝑜𝑥 . 𝑡

𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑥

Agora para o eixo y. Qual a aceleração no eixo y? A aceleração é a


gravidade, que está sempre apontada para baixo, de forma que ela seja contra
o movimento, devido a isso ela é negativa, e as equações se resumem em:

𝑔 2
𝑦(𝑡) = 𝑦𝑜 + 𝑉𝑜𝑦 . 𝑡 − .𝑡
2

𝑉𝑦 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑦 − 𝑔. 𝑡

Porém, deve-se notar algo. Após a partícula alcançar o ponto mais alto da
parabola, ela começa a descer. Por que isso ocorre? Isso ocorre pois,
inicialmente há uma velocidade inicial (𝑉𝑜𝑦 ), que se desacelera até a
velocidade zero (a equação 𝑉𝑦 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑦 − 𝑔. 𝑡 descreve isso).

Sendo assim, após o ápice da parabola, a aceleração passa a adicionar


velocidade novamente ao corpo, logo:

𝑔 2
𝑦(𝑡) = 𝑦𝑜 + 𝑉𝑜𝑦 . 𝑡 + .𝑡
2

𝑉𝑦 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑦 + 𝑔. 𝑡

Sendo assim, as equações nos dois eixos que descrevem uma trajetório
bidimensional de uma partícula são:
Deslocamento Velocidade
Eixo x (horizontal) 𝑥 (𝑡) = 𝑥 𝑜 + 𝑉𝑜𝑥 . 𝑡 𝑉𝑥 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑥

Eixo y (subindo) 𝑔 2 𝑉𝑦 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑦 − 𝑔. 𝑡


𝑦 (𝑡) = 𝑦𝑜 + 𝑉𝑜𝑦 . 𝑡 − .𝑡
2

Eixo y (descendo) 𝑔 2 𝑉𝑦 (𝑡) = 𝑉𝑜𝑦 + 𝑔. 𝑡


𝑦 (𝑡) = 𝑦𝑜 + 𝑉𝑜𝑦 . 𝑡 + .𝑡
2

Algumas conclusões podem ser tiradas dessas equações:

1- Na altura mais alta (𝑦𝑚𝑎𝑥 ) a velocidade é zero (o tempo nessa


velocidade para deslocamento e velocidade são iguais);
2- Se o nível inicial da superfície horizontal for o mesmo, a velocidade
inicial (𝑉𝑜𝑦 ) será igual à final (𝑉𝑓𝑦 ), afinal a aceleração na subida e na
descida serão iguais, para a mesma distância;
3- O tempo de subida e queda (para um mesmo nível) são iguais;
4- Para um mesmo nível, no momento que a partícula alcançar velocidade
zero (𝑦𝑚𝑎𝑥 ), a distância horizontal em x será a metade da máxima;
5- Se o corpo partir do repouso, a velocidade inicial é zero (tanto para x
quanto para y, se partir do repouso dos dois).
4. Dedução através de integrais

Para quem sabe integrar, há maneiras mais fáceis de se alcançar as


equações de movimento com aceleração constante através de deduções
matematicas ao invés de físicas. Sabendo que:

𝑑𝑉
𝑎=
𝑑𝑡

𝑑𝑥
𝑉=
𝑑𝑡

Então, podemos achar primeiramente a velocidade atráves da definição da


aceleração:

𝑑𝑉
𝑎= → 𝑎. 𝑑𝑡 = 𝑑𝑉
𝑑𝑡
𝑡 𝑉
∫ 𝑎. 𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑣
𝑜 𝑉𝑜

𝑎. 𝑡 = 𝑉 − 𝑉𝑜

𝑉(𝑡) = 𝑉𝑜 + 𝑎. 𝑡

Da mesma forma, podemos achar a distância pela definição da velocidade:

𝑑𝑥
𝑉= → 𝑉. 𝑑𝑡 = 𝑑𝑥
𝑑𝑡
𝑡 𝑥
∫ 𝑉. 𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑥
𝑜 𝑥𝑜

𝑉. 𝑡 = 𝑥 − 𝑥𝑜

𝑥 (𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑉. 𝑡

Se 𝑉 é 𝑉 (𝑡) = 𝑉𝑜 + 𝑎. 𝑡, então:

𝑥 (𝑡) = 𝑥𝑜 + (𝑉𝑜 + 𝑎. 𝑡). 𝑡

𝑥 (𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑉𝑜. 𝑡 + 𝑎. 𝑡 2

Sendo as mesmas equações que deduzimos pelas definições físicas.

5. REFERÊNCIAS

FREEDMAN, Roger A. e YOUNG, Hugh D. FÍSICA I, MECÂNICA. 12.ed.


São Paulo: Addison Wesley, 2008.

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