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CONCEITO
José dos Santos Carvalho Filho por sua vez, conceitua o Direito
Administrativo como sendo um conjunto de normas e princípios que,
visando sempre o interesse público, regem as relações jurídicas entre as
pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que deve servir.
Por essa razão é que os poderes estatais, embora tenham suas funções
normais (funções típicas), desempenham também funções que materialmente
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deveriam pertencer a poder diverso (funções atípicas), sempre, é óbvio, que a
Constituição o autorize.
O judiciário por sua vez, afora sua função típica, pratica atos no exercício
de função normativa quando da elaboração dos regimentos internos dos
Tribunais (art. 96, I, a, CF). Quanto ao Executivo, temos como exemplo de função
atípica a edição de medidas provisórias.
Sob outro prisma, consoante preleção de José dos Santos Carvalho Filho,
para entender a Administração Pública, é necessária se valer de dois enfoques:
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sentido objetivo, segundo o qual a administração pública (letras minúsculas)
consiste na própria atividade administrativa exercida pelo Estado, por seus
órgãos e agentes (exemplo: serviços públicos); o sentido subjetivo
(Administração Pública com letras maiúsculas), que designa o conjunto de
agentes, órgãos e entidades que exercem a função administrativa do Estado.
Pois bem, aproveitando este raciocínio, nós não podemos perder de vista
que a Administração Pública, quanto às pessoas jurídicas que integram o
aparelhamento estatal, pode ser dividida em DIRETA e INDIRETA.
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II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias
de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta
vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada
sua principal atividade.
a) patrimônio próprio;
b) autonomia administrativa (mas não tem competência legislativa);
c) necessidade de lei para existência e extinção;
Atenção! As Autarquias são criadas por lei específica, já as Fundações
Públicas, Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista terão sua criação
autorizadas por lei específica, de modo que para passarem a existir precisam ter
seus atos constitutivos registrados junto aos Cartórios de Registro de Pessoas
Jurídicas.
d) controle externo realizado pela entidade da Administração Direta que as
criou (mero controle finalístico).
Atenção! Não há que se falar em controle hierárquico, pois este só se
manifesta internamente.
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
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CENTRALIZAÇÃO → ocorre quando o Estado executa suas tarefas por meio
dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. Na centralização os
serviços são prestados diretamente pelos órgãos do Estado, despersonalizados,
integrantes de um mesmo ente político.
a) por serviço ou outorga: lei atribui ou autoriza que outra pessoa detenha
a titularidade e a execução do serviço, sendo normalmente concedida por prazo
indeterminado.
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b) por colaboração ou delegação: através de contrato ou ato unilateral
atribui-se a outra pessoa de direito privado somente a execução do serviço.
Obs* - Esse assunto não é tão pacífico quanto parece no que tange à
transferência para as pessoas da Administração Indireta regidas pelo direito
privado. Boa parte da doutrina sustenta que a transferência por outorga só
seria possível para as pessoas jurídicas da Administração Indireta de “direito
público”. Sendo assim, para as pessoas jurídicas de direito privado
(pertencentes à Administração Indireta) a descentralização se dá com a
transferência da execução, tão somente, dos serviços, por intermédio de
delegação formalizada através de “lei”.
POR CONTRATO
AOS PARTICULARES: CONCESSÃO E PERMISSÃO
ADMINISTRATIVO
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CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Em suma...
DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
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