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Crónica do grupo de forcados da Touca,

Manhã muito cedo de sexta-feira 22 de Setembro, chamada para o embarque no voo


da SATA rumo à Ilha Terceira, Açores, Angra do Heroísmo, Património da UNESCO,
vale a dizer, da Humanidade.
Mais uma fam-trip da SATA desta vez com uma proposta para um challenger como
programa (a saber, uma série de actividades quase radicais em equipas). Estas
actividades têm a vantagem de fazer com que as pessoas não se familiarizem apenas
com o destino, mas também que se conheçam, relaxem e convivam de forma simples
e espontânea umas com as outras.

Pela minha sensibilidade o objectivo foi conseguido, mas passemos à história


conseguida por cerca de 24 agentes de viagens, habituados a uma profissão de
desgaste rápido, muito stress, mas não bem paga como a dos nossos Simões
Sabrosas e Nunos Gomes (que conhecemos pessoalmente a determinado ponto da
viagem).

O grupo estava separado no aeroporto, era muito cedo e, ainda procurávamos acordar
para a vida e por isso nada aconteceu digno de registo a não ser o dinheiro mal gasto
pelo representante da SATA num dos cafés do aeroporto ao perguntar a uma das
agentes o que queria beber ao que recebeu como resposta:..uma “mine” dita à
portuguesa, e levando à letra ele pagou e, a cervejinha ficou a morrer-se ali mesmo ao
balcão.
A agente é descarada, mas não a pontos de beber cerveja às 7 da madrugada. Ainda
houve umas tentativas de pedir para ser apalpada, mas a polícia de estrangeiros do
contenente é demasiado séria para alinhar em doideiras. Agora imaginem que eu
levava um “massajador” facial daqueles q se compram no Conde Redondo????!!!!!!!

Chegou-se ao avião e a descriminação começou logo ali, agentes em turística e os


representantes (que tinham que nos aturar) fugiram logo para a executiva, não fossem
os reles agentes começarem o challenger ali mesmo. E não é que começaram
mesmo?????
Logo se começaram a levantar e a socializar uns com os outros, ou seja os mais
destemidos e extrovertidos a mostrar a sua raça para não deixarem dúvidas sobre o q
se iria passar.
Visitas à cabine, galhofa com o comandante (que para além do nome ser
“impronunciável”-como é de responsabilidade, os nomes que os pais escolhem para
os filhos!!!!), era uma simpatia e teve imensa pachorra connosco.

Lá comemos obrigados, a sande gelada e bebemos aquele café de saco que ainda
nos dão a bordo da SATA, mas como já estávamos mais animaditos, aceitámos a
dádiva com um olhar de agradecimento. Mal pagos que somos, abençoamos sempre
uma refeiçãozita extra.

E lá chegámos ao destino, mas não sem a admiração de aterrarmos num aeroporto


que estando remodelação, mais parecia um aeroporto em Ouagadougou ou Argélia. A
pensar que toda a malta apenas levava bagagem de mão, dirigíamo-nos ao autocarro
que a Turangra nos tinha arranjado, quando nos damos conta de que a representante
do continente sul americano com o seu marido representante do continente
africano/asiático de nome também impronunciável (olhem a responsabilidade de dar
nomes ao filhos outra vez)!!!, levavam mala de porão e fizeram-nos esperar um bom
bocado.Para nosso azar foi a ultima mala a ser parida do ventre do airbus.
Não imaginamos o que traziam, mas calculamos que seriam pandeiros (do Brasil) e
panos e especiarias (da Índia) para serem trocadas em Angra por doces conventuais
e…. vacas.

No autocarro começou-se logo a perceber que esta ia ser uma aventura assim “pó
marado”, dada as espécies que se juntavam ali e se diziam agentes de viagens.
Começaram logo as brincadeiras e claro que a utilização da expressão amigável e
civilizada de “animais estúpidos”, foi apenas o início da conversa e aceite por todos
como a única expressão válida para aquele grupinho.

Distribuição de quartos feita e casais separados, ninguém quis ficar fechado no hotel a
cumprir o tempo livre, mas sim começar por conhecer Angra do Heroísmo. E a pé lá se
foi o grupo familiarizar com os pastos, com as vacas, com as divisões simétricas dos
terrenos de pasto, uns com os outros e com a bela cidade de casas de pedra preta e
pintada de branco.

Grande “bagunça” logo na pastelaria (onde seguramente o Carlos Miguel recebe


comissão pelas vendas) com toda a gente a encomendar bolos, a comer a beber e a
meter-se com as empregadas.
Dali para o almoço e mais mil brincadeiras ao longo da estrada foi só um passito.

Almoço no hotel e seguiu-se a primeira grande actividade para conhecermos o que se


faz nos Açores com grandes tradições: uma guerreada! eu chamar-lhe-ia antes, uma
bezerrada ou uma vacada. Mas antes, conhecemos o leader da empresa que se
ocupa dessas actividades, o nosso Manel.
Um açoreano com muito sentido de humor, habituado a estas lides com agentes
(segundo ele, o melhor grupo até hoje). Entre protestos de alguns que são contra este
desporto violento que faz mal aos bichos, ao que ele fez ouvidos moucos, muito sono,
sobretudo depois de termos enchido a barriguinha, lá vamos nós pelo meio de
paisagens belíssimas e de brincadeiras algumas irreproduzíveis.

A Vacada tem inicio no meio de alguma chuvinha e muita gargalhada com elementos
do grupo, uma das quais vestida quase tal e qual como os forcados amadores (pelo
menos os sapatitos) e baton bem rouge (à falta da capa de toureio) os elementos de
“tratadores” ou animadores locais que se juntavam às vacas e bezerros na arena e as
tentavam tourear, ou direi antes, fugir dos coices escondendo-se nos curros
protectores????

De salientar um dos “forcados tratadores” que nos sugeriu, num dos magníficos
toureios da tarde, enquanto fugia da vaca com apenas a protecção de um chapéu de
chuva todo partido, uma imagem esplendorosa da Mary Poppins quando voava.

A acrescentar que o tratador usava um bigode farfalhudo até ao queixo e umas suíças
até aos pés. Personagem raro nos nossos dias. Este sr forcado, ainda tentou empurrar
os bezerros para dentro dos curros onde se encontravam os agentes mais
destemidos, mas sem sucesso prq eles (os bezerros) foram mais espertos e não se
quiseram misturar com as gentes do contenente.

A mais, informo que os curros mais pareciam o metro do marquês de Pombal e Rossio
em hora de ponta. Sim, prq os agentes são destemidos para descer à arena, mas não
suficientemente afoitos para se atirarem de corpo feito às vacas……para além de que
são todos gente da cidade e dos centros comerciais, não são cá dessas aventuras
campesinas……Toda esta actividade se passou no meio de gritos, palmas, fotos
deliciosas de uma boa disposição geral e situações bem hilariantes.
Mesmo ali foi-nos servido um lanche (o almoço tinha sido apenas há 2 horitas) e claro
que toda a gente comeu e bebeu na mesma pela energia dispendida na arena e a rir
claro!!!! Provámos um excelente verdelho (licor) que nos aqueceu ainda mais e
preparou o espírito para a viagem de regresso (nessa altura o nosso Manel já se tinha
apercebido que “aquilo” era um grupo pouco normal. Até parecia que nos
conhecíamos há décadas e que a nossa vida era andarmos juntos em fam-trips.

Pelo caminho de regresso, mandámos parar velhinhas que andavam a apanhar


amoras com as mãos gretadas e arranhadas para as trocar por queijos e chouriço de
Lisboa (sim prq a malta encarregou-se de trazer em tupperwares- caixas tipo lap tops,
com os restos do lanche (Valha-nos o Espírito Santo de Angra)!!!!
Ao que as velhotas não só anuíram, como subiram ao autocarro p fazer a troca de
amoras e frutos silvestres, pelo famoso chouriço de Lisboa (sabem onde é q se faz
este chouriço????na Top Atlântico de Alvalade)!!!!

O ramo de frutos silvestres, caiu no regaço da representante da SATA, que qual noiva
das festas do senhor Espírito Santo seguia enlevada e sempre a dizer os piores
disparates que alguma vez se ouviu na Ilha Terceira.
Aliás julgamos que irá, depois desta fam, ficar sem emprego e por amizade já recebeu
o conselho de uma das colegas agentes, de retirar os dentes todos e entregar-se à
mais velha profissão do mundo no Conde Redondo sob o nome: arleen with no teeth
best broxing in town por ser ainda uma oferta desconhecida.

Fizemos o caminho a jogar ao gesto é tudo, com agentes a mimarem o nome de um


filme p o resto da trupe adivinhar o nome. Claro que o filme mais aplaudido veio do
nosso gay, que ele queria fazer fosse como fosse com o Carlos Miguel- o filme: era
pois então o quebrar a espinha na montanha (brokeback mountain).
O nosso CM não se cansava de repetir que S.Jorge se via no nosso lado direito.
Ficámos com a certeza que foi lá que ele viveu os momentos mai lindos da sua vida
com o quiçá Jorge…..

À chegada ao hotel, ainda para aproveitar umas horas do sol magnifico e dos restos
de bom tempo que se fazia sentir, decidimos piscinar, uma vez que a piscina se nos
oferecia com uma vista maravilhosa para o Atlântico.
Aí estragou-se o caldo que já andava a marinar com os restos do verdelho e as
amoras. Tudo ao banho foi a palavra d´ordem!!!!! Com roupa, sem roupa, com
sapatos, sem sapatos, com toalhas, com lentes, óculos, e até as coitadas que se
esforçaram por ir ao cabeleireiro e pareceram lindas e esplendorosas ficaram a ver os
navios passar ao largo. Todos souberam que havia sal na água daquela piscina.

E, seguiram-se as coreografias algumas orientadas pelo rep da SATA: da floribella, ao


Noddy, acompanhadas pelas nossas canções e pela musica house que vinha do bar.
Os clientes do hotel riam a bandeiras despregadas e de repente surgiam em todas as
varandas para nos ver e tirar retratos. Hilariante.

Seguiu-se o momento das apresentações em roda dentro d´água, sim prq os reps da
SATA não se preocuparam em nos apresentar, pensaram antes: estes animais
estúpidos se quiserem que se apresentem uns aos outros. Já com a mulher com o fato
de banho mais sexy do grupo dentro d´água (soutien mesmo) e o Carlos Miguel a
quem fomos buscar (um monte de gajas em fato de banho, molhadas a saltar a
varanda do quarto do gajo e simplesmente a arrastá-lo para a água depois deste ter
tentado fugir e ter adormecido 3 minutos antes) finalizámos numa onda gigante a
pedido do gay do grupo. Tal como num estádio de futebol, obedecemos a pedido tão
querido e tão abichanado quando já ninguém se aguentava de tanto rir sem fazer xixi
(nem os clientes do hotel nem nós).

O jantar foi no meio de mta gargalhada e conversa de sexo, sim prq falar de trabalho é
para aqueles que não sabem fazer mais nada. E nós, somos diferentes. Gozámos
bastante uns com os outros e com as figuras de cada um dos elementos do grupo.

O nosso gay descobriu uma valiosa tradição africana que é a de puxarem a blika para
que esta cresça e daí que as blikas africanas sejam bem maiores do que as dos
caucasianos. Assim que ele soube deste facto, naturalmente que arranjou um conflito
com a sua própria mãe por esta nunca se ter interessado em conhecer tradições
africanas. Mas salvou-o a sabedoria da sua colega Top que depressa o informou que
no Conde Redondo existe uma loja q vende também extensões para a dita. Ficámos
todos a saber e os homens presentes animaram logo.

A noite ainda estava longe de terminar, pois ainda tínhamos um peddy paper para
fazer. E uma xarada para descodificar: o que eram blikas e xixounas com molho de
naião!!!!

Chegados a Angra encontramos junto aos Paços do Concelho, um palco e uma banda
a tocar e num instante algumas malucas das agentes juntaram-se ao grupo e
cantaram e dançaram no palco e animaram um bocadinho da noite terceirense. Depois
foi novamente a animação geral com o peddy paper em equipas de 4 a degladiarem-
se pelo 1ºprémio: a cruz do espírito santo!!!!

Ficámos a conhecer a bela cidade de Angra do Heroísmo e sobretudo ficámos a saber


que a 1ªprova da etapa, em resposta a onde está a nossa sra da Agrela, a mesma
tinha partido nessa noite antes da nossa chegada e logo prova….não superada. Era
afinal o nome de um barco que estava ancorado na marina e que zarpou antes da
nossa chegada. Por isso que ninguém fique frustrado por não ter acertado. Não, não
era a ermida do lado direito, nem era a nossa sra que tem um caso com o santo
António. Era apenas um barquinho!!!!
E ficámos a saber tb onde estão guardadas as 5 chaves e, ainda, que a maioria dos
habitantes de Angra e até a policia não conhece a cidade onde vive. Foi gargalhada
até não poder mais e terminou em cervejas num bar cuja dona, era dona tb de um
bigode e suíças parecida com a Mary Poppins da tourada. Finalmente no fim eu bebi
uma mine (à portuguesa).

Terminámos a noite, estoirados mas contentes. No hotel, à medida que as equipas


chegavam reuníamo-nos no bar e apreciávamos a animação. Um pianista tão velho
quanto Matusalém tocava musicas de salão para um casal a cair da tripeça que estava
a levar a dança muito a sério. Ele vestia calças cor de rosa, e, fio dental, prq as calças
estavam bem enfiaditas na linha do rabioske as calças a meia canela, bem zangadas
com os sapatos beijes e meia branca (de certeza que eram daquelas peúgas com 2
raquetes no cós q se compram aos 5 pares na feira de Carcavelos por €2,00).
Ficámos todos estarrecidos e dobrados a rir o que fechou a noite em beleza.

Ultima etapa do nosso challenger e lá partimos de manhã muito cedinho, equipas


constituídas na véspera, cada um no seu clio para visitarmos alguns dos pontos mais
bonitos da Terceira, realizarmos algumas provas com grau de dificuldade superior e
almoço pic nic no meio das amigas vaquinhas.

No meu carro parecíamos aquelas famílias de monhés: os homens que mandam à


frente e as mulheres que obedecem atrás. Mas não foi assim até ao fim, prq as gajas
que lá iam, trataram de inverter a situação e terminar a prova ao contrário.
Lá partimos todos e tirando as maravilhosas vistas (com S.Jorge do nosso lado direito,
como nos voltaria a repetir o Carlos Miguel), começamos por visitar uma
impressionante obra da natureza: uma gruta com imensa vegetação com uma
clarabóia para o céu. De suster a respiração!!!
Seguiu-se uma prova de setas…..a minha foi a que matou o bin laden no Afeganistão,
prq o tratador que lá estava a tomar conta daquela prova, ainda lá anda à procura da
dita, tal foi a força com que a atirei.

Chegámos finalmente a um lagar com museu e provas de vinhos, queijinhos e favas.


Mas não sem antes esperarmos sentados como podíamos pela ultima equipa a chegar
e que se perdeu (imaginem perderem-se numa ilha….).
Deve aqui ficar registado que pelo menos uma equipa fez batota e não visitou
tudo….eles sabem quem são!!!!! E segundo fontes anónimas que viram, a nossa Jaqui
que guiava o seu clio, utilizou em todas as situações e circunstâncias apenas a
3ªvelocidade. As outras também lá estavam?????Serviam para quê?????claro que
todos imaginamos o estado em q esse clio foi entregue para revisão!!!!!

No lagar/museu tivemos um acolhimento de nota 20 numa escala de 0 a…10..


Aprendemos que a povoação de Bis-Coitos significa: bisar o coito e ainda ir à
terceira!!!!!!!!Grandes Açorianos!!!!!!

Ali cabia-nos ainda recolher os vários versos, que cada equipa tinha, de uma quadra
de Vitorino Nemésio, nascido no local, reescrevendo-o com sucesso que reza assim:

Meu primo Chico Maria, maioral do meu concelho. Alfinete de oiro puro, como vinho de
verdelho!
Meu primo Chico Maria, nas tuas pipas de vinho, cabia o mar dos biscoitos e o povo
do Raminho…
Meu primo Chico Maria, dono da Agualva e fontinhas! Dizei-me se lá do céu tendes
saudades das vinhas…

Seguiu-se o almocinho pic nic e mais galhofa. Parecia que estávamos furados e então
os pasteis de nata desapareceram e quase que deram origem a lutas.

E começaram as provas radicais da tarde……labirintos de cordas, paralelas por cima


de uma ribanceira onde eu encomendei a alma ao Senhor Deus, slide, onde voltei a
pensar que me finava ali, e uma subida de corda puxada pela restante equipa com o
objectivo de tocar o badalo no topo.
No meio de gritos, palavrões, e mta gargalhada concluímos esta tarde onde o nosso
Manel foi perseguido por uma maluca qualquer que tinha vontade de o matar por tanto
a ter feito sofrer.

Mas antes do dia terminar e já à porta do hotel deparamo-nos com um casamento de


emigrantes açorianos. Nunca serei capaz na vida de descrever os convidados e em
particular os noivos, figuras naturalmente centrais de tão bonita celebração:

Ela pesava mais do que todas as vacas que tinham estado na vacada da tarde da
véspera, tinha um vestido em cetim de cor champagne, cheio de folhos e cintura para
ainda se perceber mais as formas (ou falta delas). Muito pintada e com cabelos aos
canudos e o sapato….ai ai o sapato….eu vi, quando a liga caiu e o noivo foi ajudar a
subir a dita….. era uma chinela tipo havainana de sola de plástico mas com
brilhantinhos. Fantástico, melhor estragava!!!!!Lamentei que ninguém daquele grupo
trabalhasse em part-time no programa: perca peso, pergunte-me como!!
E o noivo, perguntam-me vcs? Lindo de barbicha e só tinha o peso da noiva menos 2
vacas, vestido de fraque e de gravata aos folhos…..lilás…….sim, da cor do bolo da
noiva e dos vestidos das acompanhantes…….

Um dos meninos das alianças convidado da noiva (porque era um menino e vestia
calças de cetim pela canela cor de champagne igual ao vestido da noiva…daí a minha
dedução…..)ainda veio brincar com uma das agentes convencido que esta era uma
menina da idade dele….porque a nossa agente mede apenas 1 metrito bem
medido…….daí a confusão e tristeza do menino quando a nossa agente declinou o
convite para ir correr lá fora à volta dos carros a fazer bolinhas de sabão.

Seguimos da recepção do casamento para a piscina. A proposta era relaxar em


hectolitros de água, e, eis senão quando à piscina chegam as doidas das agentes,
encabeçadas pelo animal estúpido representante da SATA , de fato de banho, com as
toucas da banheira na cabeça e de pochette debaixo do braço. Foi talvez a cena mais
genial desta fam-trip!!!! indescritível!!!! E tudo ao banho foi de novo a palavra de ordem
+ coreografias.

Estavam já na piscina, alguns alemães, turismo sénior, e assim que esta trupe chegou,
eles pensaram que deveria ser a norma do hotel entrar para a água da piscina com as
toucas das banheiras e obedientes e seguidores de regras que são, era ver as
velhotas entrar para a água com as ditas na cabeça.
Novamente uma cena indizível e do mais hilariante que se possa imaginar!!!!! Algumas
toucas com cabelos de fora e cheias de água….. Pudera são de uso exclusivo nas
banheiras……enfim do melhor!!!!

Quase que nem conseguimos descansar as barrigas de tanto riso porque os noivos
decidiram ir para lá tirar os retratos da praxe (mão no ombro, olhares lânguidos por
cima do banco de jardim……tudo o q é normal e piroso foi ali retratado).

Continuamos a nossa fam para a visita a uma Quinta de Turismo Rural. À chegada
recebemos a oferta de uns canudos, que eram nem mais nem menos do que as
ementas, repletos de fava e milho fritos.

Entretanto logo à nossa espera estava também uma equipa de filmagens a realizar um
filme para a Grécia e nós logo ali. Apanhados!!!! O realizador era o Nuno Gomes (eu
não disse que o íamos encontrar?!!!, claro um sósia) e a actriz era uma figura misto de
Roberta Close com Miss Piggy com 250 kg, feia como uma noite de trovões (o Gordon
e o Ellen que passaram nos Açores não foram tão feios)ou então esta actriz grega foi
lá deixada pelo furacão.

Foram uns “pain in the asses” com tanta filmadura a pontos de não nos deixarem ver
bem o espectáculo de cantorias açorianas, no qual se destacava um cantor com um
chapéu enorme e novamente um bigode imenso à tuga, que se chegava à frente para
cantar andando muito devagar e, na mão transportava um chapéus de chuva preto e
uma sacolinha de pão em pano.

Típico e de chorar até ás lágrimas. Pelos versos de tristeza, de saudade tão típicos do
cancioneiro português a juntar o realizador chato que era no fundo o pau mandado da
ditadora soviética da actriz grega e q achava que era encantador ter ali aqueles
autóctones tão giros e que se riam tanto…..tão típicos para ela mandar filmar!!!!!!E o
Nuno Gomes…..obedecia e ainda lhe faltava ir cumprir o ultimo papel da noite o
de……garanhão!!!!!!!!Pobrezito, digno da nossa pena.O filme deve ser muito mau
mesmo com aquela protagonista. Tipo novela mexicana de 5ªcategoria.
Bem, resumindo, provamos, comemos, comemos, e voltamos a comer e a beber os
licores todos que havia, servidos por um irmão da Mary Poppins da vacada e por um
empregado com um enorme sentido de humor e que apanhou esta que vos escreve a
atirar sementes de trigo aos convivas e apenas fez um olhar de censura……

E a Quinta perguntam vocês? Os produtos todos biológicos, as casas todas


tradicionais e muito bem restauradas, com lojas relativas a cada uma das actividades
económicas desenvolvidas na Terceira desde as primeiras comunidades residentes.
Tudo para servir o turismo no seu sentido mais autêntico. Vale a pena. Julgamos que
uma das casas veio abaixo nessa noite. Não, não foi o tufão, foi mesmo a casa onde
estava a actriz grega!!!!!

E essa noite era a ultima, tínhamos de fazer qq coisa para nos animarmos. Chamamos
táxis(a propósito, a quem devo eu dinheiro? Não paguei nenhuma das viagens) e
fomos para as festas de S.Carlos.

Ficámos a saber a propósito que há festas na Ilha Terceira desde a noite de S.


Silvestre até…..à noite de S.Silvestre….. no ano seguinte.

Desapontou-nos a festa porque apenas a fanfarra tocava Passo Dobles e não era isso
que queríamos. A festa de S.Carlos, fecha uma das artérias mais imponentes da
Povoação. É uma espécie de Lapa/Estoril lá do sitio, com solares e casas antigas,
lindas e enormes, quais Paços Reais. E ali naquelas ruas marcam encontro com a
população, as bandas, as tasquinhas com petiscos locais e mta bebida, um tenda de
plástico com musica house e groovy para os mais “groovies” e ainda, os ricos tapetes
colocados nas janelas. Tudo muito bonito, mas nós queríamos era festa……

Fomos dali prá Marina de Angra num bar com karaoke, onde se reúnem as gentes
mais jovens da cidade e aí encontramos o também ilhéu Olavo Bilac, mas de outras
ilhas igualmente no Atlântico, rodeado de miúdas a cantar com aquela voz tão pura e
única que lhe conhecemos. Finalmente, deixem-me dizer-vos, VI UM PRETO!!!!!!!e
fiquei feliz. Até ali só tinha visto brancos por todo o lado, musica de brancos, e de
repente para minha surpresa e maior alegria, um preto à minha frente e logo dos
exemplares mais bonitos!!!!!!! Já valeu a viagem para mim, que isto para os pretos não
ouvir musica da sua terra nem ver gente da sua cor, fica-se com um sabor amargo.
Mas eu depois bati no peito e murmurei baixinho num mea-culpa: isto é uma fam-trip
de agentes de viagens tugas a uma ilha portuguesa!!!!!!e conformei-me!!!!!

De volta ao hotel…..ainda a noite era uma criança como se usa dizer……e resolvemos
ir acordar o gay que tinha ficado a dormir por não se sentir bem(como é óbvio comeu
demais!!!!!) e fazer de seguida uma festa na piscina. Assim pensámos, melhor
fizemos. Transportamos os restos do chouriço e do queijo + uma garrafa de angélica e
passado algum tempo, damos por falta de um elemento precioso: o CM, aquele traidor
tinha-nos deixado p ir dormir!!!!Não há que pensar 2 x, vamos todos para a varanda
dele, transportamos o catering para lá e fazemos barulho até ele acordar.

Assim foi, não sem antes termos sido chamados à atenção por um cliente do andar de
cima. Parecíamos putos de liceu a fugir da varanda do CM de volta à piscina, mas já
com ele debaixo do braço e com o catering debaixo do outro braço. Foi risada até às
quinhentas e até começarmos a cair (a idade já não perdoa à maioria), para além do
facto da malta da Satã nos querer prontos dali a 3 horitas……para o embarque de
regresso a Lisboa. O hotel fez uma enorme festa quando nos viemos embora……
E aí foi o dia da falta de juízo final……estes caramelos, agentes de viagem,
embarcaram todos de touca de banho…..da banheira!!!!!Tudo louco e mesmo cheios
de sono nada impediu estes vadios de se portarem desta maneira e ainda pediram +
apalpanços à policia açoriana que cumpriu o seu papel de apalpar, não fossem estes
turras ter algum material explosivo (só havia explosivos nas cabeças das malucas)!!!

Voo e chegada tranquilos, não sem antes se cantar no autocarro a quadra da morte da
Lira, que foi aliás a canção que seguiu o grupo para toda a parte. E mais uma
promessa de reencontro entre este novo grupo de amigos, se uns não se esquecerem
dos outros. Da parte que toca a esta, adorei e peço que se houver mais alguma fam-
trip e me quiserem lá, é só convidarem….eu vou!!!!!

Até breve e divirtam-se com a leitura desta crónica. Espero ter cumprido a minha
parte.
Gostei de vos conhecer a todos e de fazer parte desta equipa de malucos.

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