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FICHA CATALOGRÁFICA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
GRAU: Mestre
ANO: 2019
______________________________________________
José Evangelista dos Santos
Av. Parque Águas Claras nº 3745 Apto 401, Águas Claras
CEP: 71930-000 Brasília-DF
DEDICATÓRIA
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim."
Chico Xavier
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе meu
destino, o meu guia, socorro presente nа hora dа angústia e por não ter deixado eu desistir em
nenhum momento.
Ao meu orientador: Prof.º Dr. Ronni Geraldo Gomes Amorim e a minha coorientadora Prof.ª
Dr.ª Marília Miranda Forte Gomes, exemplo de profissionais, por ter me guiado pelo melhor
caminho do conhecimento para ter alcançado um final com êxito.
A banca de defesa; Prof. Dr. Leandro e Prof.ª Dr.ª Khesller, e também a minha colega:
Quero dividir a alegria desta conquista com todos e especialmente com a minha família. E que
Deus esteja sempre ao nosso lado.
RESUMO
O diabete mellitus é uma doença crônica não transmissível que atinge um número expressivo
da população. Estima-se que em 2025, alcance mais de 350 milhões de pessoas. O olho é um
dos principais órgãos lesados nesta patologia, sendo a retinopatia diabética uma das mais
conhecidas complicações microvasculares do diabetes mellitus. A pesquisa tem como objetivo
analisar os fatores de risco associados a complicações visuais na população brasileira
diagnosticada com diabetes mellitus. De acordo com as condições sociodemográficas,
utilização de serviços de saúde e estilo de vida. Estudo transversal utilizando a base de dados
da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), a partir de entrevistas com adultos (≥ 18 anos) de
64.348 domicílios brasileiros. A prevalência do diabetes autorreferido, avaliada pela pergunta
“Algum médico já lhe disse que o sr (a) tem diabetes? ”, o qual envolveu 3.838 entrevistados.
Foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences para tratamento e análise dos
dados, com emprego da regressão logística binária. Estudo mostrou que as mulheres com
67,1% apresentaram maior proporção de relato de diagnóstico de diabetes que os homens
(32,9%), em relação à idade chama atenção para os idosos acima de 60 anos com 51,7%
diagnosticados com diabetes, já os que se declaram de cor ou raça não branca (59,5%)
declaram apresentarem positivamente com diabetes mellitus. Em relação à utilização de
serviços de saúde: usou insulina (OR = 0,315; IC95% = 0,258; 387) considerando o uso de
insulina regularmente diminui as chances de agravamento do diabetes e posteriormente as
complicações visuais diminuem (31%); em relação a exame de urina reforça-se a importância
da intervenção precoce para prevenir e controlar o diabetes (OR = 1,320; IC95% = 1,091;
1,596), o exame de urina, incluído na avaliação de indivíduos com complicações visuais uma
vez que pode auxiliar a sua a avaliação sistêmica. Com base neste cenário pode-se pensar em
avanços na qualidade de vida, novas tecnologias no tratamento do diabetes mellitus e
melhorias nas ações de saúde pública.
Key words: Visual Complications, Diabetes Mellitus, Brazilian population, National Health
Survey.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
1.2 OBJETIVOS........................................................................................................................18
1.3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................19
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................25
3. METODOLOGIA...............................................................................................................47
4. RESULTADO......................................................................................................................53
5. PERSPECTIVAS FUTURAS............................................................................................64
ANEXO PUBLICAÇÕES...................................................................................................79
LISTAS DE TABELAS E QUADROS
Figura - 3. Olho normal, fotografia da retina com dilatação pupilar, (Engenharia Biomédica
– UFABC – 2014). (Pag.44)
Figura - 4. Olho diagnosticado com diabetes mellitus na circulação sanguínea, (National Eye
Institute (NEI, 2015). (Pag. 45)
DM – Diabetes Mellitus
MS – Ministério da Saúde
RD - Retinopatia diabética
RL – Regressão Logística
1 INTRODUÇÃO
A epidemia de DCNT tem afetado, sobretudo, pessoas de baixa renda, mais expostas
aos fatores de risco e com menor acesso a serviços de saúde. Além disso, a presença dessas
doenças cria um círculo vicioso, levando essas pessoas a maior estado de pobreza (Who,
2010). Há forte evidência que correlaciona os determinantes sociais, como educação,
ocupação, renda, gênero e etnia, aos fatores de risco e à prevalência de DCNT (Who,
2011). No Brasil, os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, a
urbanização e o crescimento econômico e social contribuem para um maior risco de
desenvolvimento de doenças crônicas.
O tratamento envolve grande custo social e econômico para diabetes, câncer, doenças
do aparelho circulatório e doença respiratória crônica pode ser de curso prolongado, onerando
os indivíduos, as famílias e os sistemas de saúde. Os gastos familiares com DCNT reduzem a
disponibilidade de recursos para necessidades como alimentação, moradia e educação, entre
outras. A OMS estima que, a cada ano, 100 milhões de pessoas são levadas à pobreza nos
países em que se tem de pagar diretamente pelos serviços de saúde (Who, 2010). No Brasil,
mesmo com a existência do Sistema Único de Saúde - SUS - gratuito e universal, o custo
individual de uma doença crônica ainda é bastante alto, em função dos custos agregados, o
que contribui para o empobrecimento das famílias. Para o sistema de saúde, os custos diretos
das DCNT representam impacto crescente. No Brasil, as DCNT estão entre as principais
causas de internações hospitalares (MS, 2011).
Recente análise do Banco Econômico Mundial estima que países como Brasil, China,
Índia e Rússia perdem, anualmente, mais de 20 milhões de anos produtivos de vida devido às
DCNT (Working, 2008). Avaliações para o Brasil indica que a perda de produtividade no
trabalho e a diminuição da renda familiar resultante de apenas três DCNT (diabetes; doença
do coração; e acidente vascular encefálico) levarão a uma perda na economia brasileira de
US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015 (Abegunde, 2007).
constante evolução, visando atender às novas demandas de cuidados médicos e de gestão; por
isso, tornou-se importante desenvolver indicadores e objetivos confiáveis para documentar o
desempenho e permitir a melhoria dos serviços em saúde prestada à população.
É importante enfatizar que sobre este assunto (Who, 2003, p.v.), destaca que países
em desenvolvimento possuem uma lacuna quanto ao acesso à dispositivos e equipamentos de
alta qualidade, adequados para as suas específicas necessidades epidemiológicas. Essa
particularidade, segundo o autor, decorre da pouca ou inexistente correta avaliação das
tecnologias em saúde e baixo controle regulatório por parte dos organismos governamentais.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
nível global. O seu impacto inclui elevada prevalência, importante morbidade decorrente de
complicações agudas e crônicas e alta taxa de hospitalizações e de mortalidade, gerando
significativos danos econômicos e sociais.
O presente estudo tem como objetivo trazer informações a respeito dessa patologia
(diabetes mellitus) que atinge milhões de pessoas em todo o mundo e, a necessidade de
conhecer as formas de evitar o crescimento da prevalência dessa doença crônica, através do
uso de novas tecnologias que já estão em uso ou em fase de desenvolvimento, gerar interesse
da comunidade cientifica para a pesquisa na busca do descobrimento das causas,
complicações visuais por causa do diabetes mellitus.
Para a fundamentação teórica deste trabalho foi realizada uma revisão das fontes por
meio de livros, teses, dissertações e artigos nas seguintes fontes especializadas: Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine National Institutes of
Health (PubMed), Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), Comissão de
Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES) e a Literatura Latino-americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).
O diabetes é uma das doenças crônicas priorizadas em nível global. O seu impacto
inclui elevada prevalência, importante morbidade decorrente de complicações agudas e
crônicas e alta taxa de hospitalizações e de mortalidade, gerando significativos danos
econômicos e sociais (Who, 2013; Schmidt, 2011).
Dados mais abrangentes para o país foi fornecido exclusivamente por informação
autorreferida. No Inquérito Nacional do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva (INCA), resultado de uma parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (MS,
2004), realizado em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal no ano de 2002, na Pesquisa
Mundial de Saúde realizada em 2003 (Szwarcwald CL, 2003) e nos suplementos da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998, 2003 e 2008, (IBGE, 2010), as
prevalências da doença variaram entre 2,0 e 7,4%, com valores mais elevados em anos
recentes.
Por outro lado, estudos prospectivos realizados com pacientes diabéticos tipo 2, no
Reino Unido (UKPDS) (American Diabetes Association, 2003) e aqueles realizados com
diabéticos do tipo1 (DCCT) (Diabetes Control, 1993), demonstraram claramente a associação
da hiperglicemia e o desenvolvimento das complicações do DM, indicando também que o
tratamento que reduz a hiperglicemia também reduz os riscos da retinopatia diabética.
A retinopatia pode progredir após alguns anos para um tipo mais sério, o
proliferativo, que ocorre quando os vasos sanguíneos ficam totalmente obstruídos e não levam
mais oxigênio à retina. Em parte da retina pode haver uma isquemia, e novos vasos começam
a crescer, para tentar resolver o problema. Esses novos vasos são frágeis e podem vazar,
causando hemorragia vítrea. Os novos capilares podem causar também uma espécie de
cicatriz, distorcendo a retina e provocando o seu descolamento, ou ainda, glaucoma (Gomes;
Cobras, 2012).
Segundo a Associação Brasileira de Diabetes (2015) pessoas com diabetes têm 40%
de probabilidade de desenvolver glaucoma, uma patologia caracterizada pela pressão elevada
nos olhos, quanto maior o tempo de exposição a essa patologia, maior o risco de cegueira.
Além do glaucoma, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a retinopatia
diabética atinge mais de 75% das pessoas com diagnóstico de diabetes há mais de 20 anos,
com isso, os pacientes que mais possuem a retinopatia, são os pacientes idosos. O risco de
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A retinopatia é das complicações mais comuns e está presente tanto no diabetes tipo
1 quanto no tipo 2, especialmente em pacientes com longo tempo de doença e mau controle
glicêmico. Quando culmina em perda visual é considerada trágica e constitui fator importante
de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a retinopatia diabética é a causa
mais frequente de cegueira adquirida (Rebelo, 2008).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Brasil (2009), cabe considerar que o princípio ético social de maximizar a
saúde da população parece entrar em conflito com o juramento de Hipócrates (Conselho
Regional de Medicinado) Estado de São Paulo 2006, ameaçando a autonomia dos médicos e
requerendo que eles assumam um novo paradigma. O reconhecimento de que os custos
deveriam ocupar um papel importante no processo de alocação de recursos tendo por objetivo
social maximizar a saúde da população com equidade não tem sido uma tarefa simples. Por
outro lado, as reformas do sistema de saúde deveriam estar baseadas na evidência científica e
em novos métodos de financiamento e fornecimento de cuidados necessários, os quais
deveriam ser avaliados com o mesmo rigor que as intervenções clínicas.
Em junho de 2003 a ATS ganha impulso, quando o Ministério da Saúde (MS), por
meio Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos
Estratégicos, organiza uma oficina para elaborar uma proposta para ATS no âmbito do SUS.
Como ações iniciais, segundo Brasil (2009), ficou estabelecido que se deveria: priorizar as
ações de ATS no âmbito do MS, estendendo-as posteriormente aos estados e municípios;
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Dessa forma, vale ressaltar a importância das tecnologias em saúde que estão
presentes desde a prevenção de doenças até o tratamento e recuperação da saúde das pessoas.
A utilização correta das tecnologias em saúde e a atualização constante das informações sobre
elas são imprescindíveis para um maior benefício para os pacientes e também para os seus
cuidadores e familiares.
O uso de ATS busca, portanto, fornecer critérios e subsídios, para orientar o emprego
de novas tecnologias em saúde. Com a evolução da pesquisa científica e tecnológica a
quantidade de inovações tecnológicas em saúde tem tido um grande aumento. O grande
desafio para os sistemas de saúde é que essas novas tecnologias possuem custos
consideráveis, mas, muitas vezes, produzem benefícios modestos (Daniel, 2008). Se os
recursos são escassos e as novas tecnologias são muitas, então os sistemas de saúde,
independente ser públicos ou privados, precisam achar a forma mais eficiente de incorporar
novas tecnologias, ou seja, a que produz mais benefícios a um menor custo.
Nas últimas décadas, a tecnologia tem sido um setor de destaque principalmente com
a expansão da Engenharia Biomédica e da sua subárea a Engenharia Clínica, no surgimento
de novos equipamentos e novas alternativas de tratamento facilitando a vida do paciente e
gerando uma expectativa de cura e maior sobrevida para os diabetes, surgem novas
medicações e insumos, que tentam se aproximar do funcionamento do pâncreas e permiti que
o paciente tenha praticidade, menos efeitos colaterais e controle da glicemia, evitando
episódios de hipoglicemia, bem como de complicações agudas e crônicas da doença. O
desenvolvimento desses recursos gera altos custos, que são incorporados ao preço de venda.
Dessa forma, podemos contextualizar a seguir algumas tecnologias que já estão em uso para o
diabete e outras que estão em fase de estudo, ou seja, em fase experimental (Brentani, 2010).
mais de 40 horas, remédio que alia controle glicêmico com redução de apetite,
bomba de insulina inteligente que para de funcionar em caso de hipoglicemia e
medidor de glicemia que “conversa” com Iphone e Ipod Touch e envia dados do
paciente para o e-mail do médico (IDF, 2015).
P(y/x) =
Um fator importante que deve ser considerado é a relação não linear que deve existir
entre x e E (y), pois não se espera que, quando x aumente em uma unidade, E (Y) também
cresça indefinidamente, mas sim que se aproxime do zero lentamente de acordo com que x
fica menor e, que se aproxime de 1 lentamente à medida que x fica maior. Gujarati (2011),
cita como exemplo a tentativa de explicar o fato de uma família possuir uma casa de acordo
com a renda que possui.
Neste exemplo, o autor comprova que a medida que a renda cresce, a probabilidade
de possuir uma casa aumenta em um valor constante, mas afirma que tal fato é irrealista, pois
seria de se esperar que com um nível de renda bem baixa, uma família não possuirá uma casa,
mas com um nível de renda suficientemente alto, chamada de x*, é mais provável que
possuirá uma casa (Gujarati, 2011).
= = (3),
Assim, tem-se que é uma razão de probabilidades, representando a chance de que seja
= ln = + (4),
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onde, é linear em x e nos parâmetros, atendendo a hipótese de linearidade que o método dos
Mínimos Quadrados Ordinários (MQO).
Apesar de várias descrições na China, Japão e Índia de que em certas pessoas ocorria
poliúria com a urina doce e espessa, coube a Willis, em 1675, a observação da condição
semelhante — doce e mel —, estabelecendo o nome de diabetes mellitus (Dobbson, 1776).
O DM tipo 1 é caracterizado por destruição das células beta que levam a uma deficiência de
insulina, sendo subdivido em tipos 1A e 1B.
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Como o nome indica, não há uma etiologia conhecida para essa forma de DM.
Corresponde à minoria dos casos de DM1 e caracteriza-se pela ausência de marcadores de
autoimunidade contra as células beta e não associação a haplótipos do sistema HLA. Os
indivíduos com esse tipo de DM podem desenvolver cetoacidose e apresentam graus variáveis
de deficiência de insulina. Devido à avaliação dos autoanticorpos não se encontrar disponível
em todos os centros, a classificação etiológica do DM1 nas subcategorias autoimune e
idiopática pode não ser sempre possível.
O diabetes tipo 2 é mais comum do que o tipo 1, perfazendo cerca de 90% dos casos
de diabetes. É uma entidade heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da
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A idade de início do diabetes tipo 2 é variável, embora seja mais frequente após os 40
anos de idade, com pico de incidência ao redor dos 60 anos. Em finlandeses, 97% dos
pacientes tipo 2 iniciam o diabetes após os 40 anos de idade (Eriksson, 1992). Estudos que
aliam a obesidade à idade superior a 40 anos indicam este ponto de corte da idade como
discriminatório entre os dois tipos de diabetes (Hother-Nielsen, 1988). Por outro lado, outros
autores associam a ausência de episódio agudo de cetoacidose e idade superior a 20 anos
como indicadores da presença de diabetes do tipo 2 (Service, 1997). Portanto, a idade de
forma isolada parece não definir a classificação, mas se aliada a outras variáveis como
obesidade e ausência de cetoacidose podem sugerir o tipo de diabetes. Deve ser levado em
conta que, embora a ocorrência de cetoacidose seja característica do estado de deficiência
insulínica do tipo 1, o paciente tipo 2 pode apresentar este quadro na vigência de
intercorrências graves como infecções ou episódios agudos de doença cerebrovascular
(Kitabchi, 2001).
O critério diagnóstico para diabetes mellitus foi modificado em 1997 pela American
Diabetes Association — ADA e posteriormente aceito pela Organização Mundial de Saúde —
OMS e Sociedade Brasileira de Diabetes — SBD (CSBD, 2000). As modificações foram
realizadas com a finalidade de prevenir as complicações micro e macrovasculares do diabetes.
Atualmente, são três os critérios aceitos para o diagnóstico:
1. Sintomas de diabetes mais glicemia casual /< 200mg/dl (11,1 mmol/l). Glicemia
casual: realizada em qualquer hora do dia, independentemente do horário da última refeição.
2. Glicemia de jejum /< 126mg/dl (7,0 mmol/ l) (jejum de 8 horas, uma noite).
3. Glicemia 2 horas pós-sobrecarga com 75g de glicose. O teste oral de tolerância à
glicose (TOTG) deve ser feito como preconizado pela OMS. O diagnóstico deve sempre ser
confirmado com a realização de teste no dia seguinte (escolher um dos critérios anteriores), a
menos que a hiperglicemia e os sintomas sejam óbvios.
Para estudos epidemiológicos, a estimativa de diabetes deve se basear em glicemia de jejum
/< 126mg/dl. Essa recomendação é feita com o objetivo de padronizar e também de facilitar o
trabalho de campo, particularmente quando o TOTG é de difícil execução e excessivamente
dispendioso. É reconhecido um grupo intermediário de indivíduos em que os níveis
glicêmicos não preenchem os critérios para o diagnóstico de diabetes, mas são, no entanto,
muito altos para serem considerados normais. As categorias de “glicemia de jejum alterada” e
“tolerância à glicose diminuída” são apresentadas a seguir: (Quadro 1).
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Quadro - 1 valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-
clínicos
CATEGORIA JEJUM* 2 H APÓS 75 G DE CASUAL**
GLICOSE
Glicemia normal ˂ 100 ˂ 140
Tolerância à glicose ˃ 100 a ˂ 126 ≥ 140 a ˂ 200
diminuída
Diabetes mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200(com sintomas clássicos) ***
***
Fonte: Diretrizes SBD 2014-2015
De acordo com estudo realizado pela PNS de 2013, foi investigado dentre as pessoas
que referiram diagnóstico médico de diabetes e que apresentaram complicações de saúde por
causa do diabete, qual foi o tipo de complicação apresentada, segundo o tempo em que
apresentam a doença. Para os que possuíam diagnóstico há 10 anos ou mais, as complicações
mais frequentes foram complicações visuais. Sendo assim, a pesquisa tem como o seu foco
principal analisar complicações visuais, pois foi o que apresentou maior percentual de acordo
com o tamanho da mostra que é de 3.838.
Tabela - 1 Baseada na Classificação Internacional para a RD, diagnósticos, tratamento e orientações aos
doentes.
Fonte: GER – Grupo de Estudos de Retina e Grupo Português de Retina e Vítreo da Sociedade Portuguesa de
Oftalmologia Dezembro 2009. (*) Adolescentes, Insuficientes Renais, Hipertensos e doentes metabolicamente
muito descompensados (HbA1c ≥ 10%) terão esquema de avaliação diferente, eventualmente, com menos tempo
de intervalo de acordo com critério clínico.
(**) A chegada à consulta de Diabetes Ocular tem subjacente a realização de um Plano de Estudo e Tratamento
bem como a realização do tratamento do doente em causa, no mesmo dia ou no máximo, dentro de um período
de uma semana, se existir ameaça eminente de perda de visão como na RDP com neovasos do disco ou um
período mais alargado em caso de evolução mais lenta da perda de visão como no EMD (III).
Nível II - Estudos controlados não randomizados de elevada qualidade
Nível III – Opinião de autoridades respeitadas, baseadas na experiência clínica, estudos descritivos ou relatórios
de comissões especializadas (Consenso no GER).
A fotografia da retina com dilatação pupilar é o método mais eficaz para detecção,
em larga escala da retinopatia diabética, mas entre 3% e 14% das fotografias são impossíveis
de serem graduadas, obtendo-se melhores resultados com aparelhos digitais (SBD, 2009). O
exame de oftalmoscopia indireta associada à biomicroscopia com lâmpada de fenda é
realizado pode ter sensibilidade igual ou superior ao exame fotográfico, porém com utilidade
restrita em larga escala (Porta e Bandello, 2002). A RD está associada a 90% dos casos de
cegueira dos pacientes, destes 40% estão entre os 25 e 74 anos de idade. Pode ser evitada
através de medidas adequadas, que incluem desde o controle da glicemia e da pressão arterial,
à realização do diagnóstico em uma fase inicial passível de intervenção (Bsgga et al., 1998;
Ryder, 1998). Essas medidas diminuem a progressão das alterações retinianas, não revertendo
os danos já estabelecidos. Portanto, é imperativo que seja feito o diagnóstico da RD em seu
estágio inicial para evitar que lesões comprometedoras da visão possam ocorrer (Gross e
Nehme, 1999; Corrêa e Eagle, 2005). Retinopatia diabética é um termo genérico que designa
todas os problemas de retina causados pelo diabetes. Há dois tipos mais comuns – o não-
proliferativo e o proliferativo.
Depois de alguns anos, a retinopatia pode progredir para um tipo mais sério, o
proliferativo. Os vasos sanguíneos ficam totalmente obstruídos e não levam mais oxigênio à
retina. Parte dela pode até morrer, e novos vasos começam a crescer, para tentar resolver o
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problema. Esses novos vasos são frágeis e podem vazar, causando hemorragia vítrea. Os
novos capilares podem causar também uma espécie de cicatriz, distorcendo a retina e
provocando seu descolamento, ou ainda, glaucoma. (Figuras 3 e 4).
OLHO NORMAL
Catarata
Glaucoma
OCT, além de ser usado para o estudo inicial, deverá ser usado também para a avaliação da
evolução clínica. Classificação do edema macular tabela – 2.
Tabela – 2. Baseada na Classificação Internacional para a EMD, diagnósticos, tratamento e orientações aos
doentes.
Fonte: GER – Grupo de Estudos de Retina e Grupo Português de Retina e Vítreo da Sociedade
Portuguesa de Oftalmologia Dezembro 2009.Nível III – Opinião de autoridades respeitadas, baseadas na
experiência clínica, estudos descritivos ou relatórios de comissões especializadas (Consenso no GER).
2. METODOLOGIA
momento da entrevista, um morador com 18 anos ou mais de idade foi selecionado para
responder ao questionário específico (Barros, 2006). A amostra sorteada foi de 81.357
domicílios, sendo 69.994 considerados elegíveis para a pesquisa (domicílios ocupados). Ao
final, foram realizadas entrevistas em 64.348 domicílios.
As variáveis escolhidas para explica a variável desfecho para esse estudo foram
retiradas do modulo “Q” da pesquisa nacional de saúde a PNS, doenças crônicas não
transmissíveis especificamente o diabetes mellitus
De posse destes dados, realizou-se a inserção no software Statistical Package for the
Social Science (SPSS) versão 20 para então rodar os dados no programa. O software é
preparado para gerar a RL, no qual descreve a relação matemática entre variável dependente e
as variáveis explicativas.
Sociodemográficas
Sexo
Idade
Cor/Raça
Educação
Estado civil
Região
Utilização de serviços médicos
Mediu Glicemia
Consulta medica diabetes
Exame de urina
Usou Insulina
Recomendação do peso adequado (obesidade)
Exame do Fundo do Olho
Doença crônicas não transmissíveis e estilo de vida
Tabagismo
Hipertensão Arterial
Fonte: tabela elaborada pelo autor, 2018.
49
Legenda:
50
Devido a várias considerações, a maior parte dos estatísticos concorda que a logística
é um modelo opcional para a regressão com uma medida dependente dicotômica (Field,
2009).
Contudo o uso RL nesse trabalho foi vantajoso, pois sua abordagem é probabilística,
e acompanhado dos dados do PNS tornaram o estudo naturalmente mais claro e eficaz
A análise dos dados foi realizada com o software SPSS que levou as considerações as
ponderações impostas pelo delineamento amostral do estudo. Foi realizado uma análise
descritiva das variáveis independentes como sociodemográficas e utilização de serviços de
saúde, estilo de vida e doenças crônicas não transmissíveis, para explicar a variável
dependente verificando se os resultados encontrados estão de acordo com os pressupostos
apresentados no referencial teórico (regressão logística).
em cinco anos. Ela foi beneficiada pela Amostra Mestra da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) contínua, com maior espalhamento geográfico e ganho de precisão das
estimativas. Foi desenhada para coletar informações de saúde e planejada para a estimação de
vários indicadores com precisão desejada e para assegurar a continuidade no monitoramento
da grande maioria dos indicadores do Suplemento Saúde da PNAD (Malta et al., 2015;
Damacena et al., 2015; Rzewuska et al. 2017; IBGE, 2014).
A PNS realizou no ano de 2013 a sua primeira pesquisa domiciliar, com a finalidade
de entender a real situação da saúde da população brasileira, abrangendo os estilos de vida,
acesso aos serviços, ações de prevenção, atenção à saúde, continuidade dos cuidados e
financiamento da assistência médica. A pesquisa entrevistou efetivamente 64.348 domicílios,
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A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi elaborada contendo vários módulos, dentro
desses módulos foram elaboradas várias perguntas e para analisar fatores associados a
complicações visuais entre a população brasileira com diabetes mellitus, com a base de dados
da PNS, abordou-se a questão pertencente ao módulo Q do questionário relacionado a
doenças crônicas não transmissíveis, questão Q.030. Essa pergunta queria saber dos
entrevistados:
1. Sim 2. Não
Dentre todas as questões elencadas na PNS, essa foi escolhida como objeto da
pesquisa porque se pretende, analisar fatores de risca associados a complicações visuais da
população brasileira com diabetes mellitus, com isso, os dados analisados foram obtidos no
banco de dados da PNS realizada em 2013, cujas informações e dados estão disponíveis em
http://www.pns.icict.fiocruz.br/ e também na referência do caderno de percepção do estado de
saúde, estilos de vida e doenças crônicas do IBGE, 2014.
4. RESULTADOS
Em relação à idade pode-se verificar uma associação relevante para os idosos a partir
dos 60 anos, com uma prevalência autorreferido de 51,6% com complicações visuais por
causa do diabetes. Para utilização de serviços médicos destaca-se a variável uso de insulina,
ou seja, indivíduos com diabetes e não faz uso desse medicamento aumenta as suas chances
(OR: 2,81; IC95% = 2,353; 3,372) para ter complicações visuais. Em relação ao exame de
urina 82,6% disseram que foram solicitados, para a recomendação do peso adequado
(obesidade) 71,1% dos entrevistados que responderam sim para complicações visuais estavam
acima do peso. Já para os entrevistados que sofrem com hipertensão arterial as suas chances
para ter complicações visuais é de (OR = 3,43; IC95% = 2,408; 4,901), ou seja, três vezes
superior em relação para os que não sofrem (Tabela 4)
55
Tabela – 4 Apresenta-se a distribuição da amostra, segundo variáveis explicativas selecionadas para a análise
com o tamanho da amostra (n =3.182), diagnosticadas com diabetes mellitus, sendo (n = 1.080) com
complicações visuais e (n = 2.102) sem complicações visuais.
Tabela - 5 Análise univariada das variáveis candidatas a apresentar complicações visuais, segundo variáveis
sociodemográficas, utilização de serviços médicos, doenças crônicas associadas ao diabetes e estilo de vida
PNS.
RC* p-valor
VARIÁVEIS E CATEGORIAS (β)
(Exp. β1) (Sig)
SEXO
Masculino(Ref)
Feminino 0,154 1,166 0,520
IDADE*
De 18 à 24 anos (Ref)
DE 25 à 59 anos 0,779 2,179 0,118
De 60 à 95 anos - 0,091 0,913 0,225
COR/RAÇA*
Branca (Ref)
Não/Branca 0,219 1,245 0,004
ESTADO CIVIL*
Casado (Ref)
Separado/Divorciado 0,139 1,150 0,145
Viúvo 0,254 1,289 0,065
Solteiro - 0,048 0,953 0,663
EDUCAÇÃO*
Alfabetizado (Ref)
Ensino/Fundamental - 0,601 0,548 0,001
Ensino/Médio - 0,508 0,602 0,002
Graduação/Pós - 0,357 0,700 0,020
REGIÃO
Norte (Ref)
Nordeste - 0,419 0,658 0,003
Sudeste - 0,228 0,798 0,067
Sul 0,015 1,015 0,906
Centro – Oeste 0,029 1,029 0,844
MEDIU GLICEMIA*
Até 2 anos (Ref)
Mais de 2 anos 0,315 1,370 0,130
CONSULTA/M.DIABETES*
Não (Ref)
Sim - 0,338 0,713 0,033
USOU INSULINA*
Não (Ref)
Sim -1,036 0,771 0,001
TABAGISMO*
Já fumou (Ref)
Nunca fumou - 0,260 0,771 0,023
EXAME/FUNDO DO OLHO*
Nunca fez (Ref)
< de 1 ano 0,227 1,255 0,027
> de 1 ano - 0,062 0,940 0,459
Cont. tabela - 5
VARIÁVEIS E CATEGORIAS (β) RC* p-valor
(Exp. β1) (Sig)
EXAME DE URINA *
Não (Ref)
Sim 0,285 1,329 0,003
HIPERTENÇÃO
ARTERIAL*
Não (Ref)
Sim 1,234 3,436 0,001
OBSIDADE*
Não (Ref)
Sim 1,392 4,023 0,001
Fonte: Tabela elaborada pelo autor, utilizando o nível de significância de 5%. (2018).
( *) variaveis escolhidas para entrar no modelo multivariada com grau se significância menor ou igual a 0,20.
Para o indivíduo diabético e que faz uso da insulina a chance de ter complicações
visuais diminui em (31,5%); (OR = 0,315; IC95% = 0,258; 0,387); para o tabagismo que é
considerado estilo de vida os indivíduos que nunca fumaram em relação aos que já fumaram e
ambos são portadores de diabetes mellitus, as chances diminuem (25%); (OR = 0,743; IC95%
= 0,572; 0,966), para o indivíduo que nunca fumou ter complicações visuais. Recomendação
do peso adequado (obesidade) o gradiente de associação, sendo a complicações visuais cerca
de três vezes entre pessoas obesas com (OR = 3,228; IC95% = 2,566; 4,055); em relação a
exame de urina reforça-se a importância da intervenção precoce para prevenir e controlar o
diabetes (OR = 1,320; IC95% = 1,091; 1,596) sugerem que o exame de urina, relativamente
simples e de baixo custo, seja incluído na avaliação de indivíduos com complicações visuais
58
uma vez que pode auxiliar a sua avaliação sistêmica e no planejamento do acompanhamento
clínico oftalmológico.
Tabela - 6 Análise das variáveis independentes, modelo final da análise multivariada utilizando a regressão
logística, modelo ajustado para explicar as complicações visuais por causa do diabetes mellitus, PNS 2013.
VARIÁVEIS E (β) (OR) (IC 95%) p-value
CATEGORIAS
TERMO CONSTANTE 1,322 3,750 ------ 0,001
COR/RAÇA
Branca(Ref)
Não/Branca 0,192 1,212 (1,020; 1,439) 0,029
EDUCAÇÃO
Alfabetização(Ref)
Ensino/Fundamental - 0,601 0,548 (0,405; 0,741) 0,001
Ensino/Médio - 0,484 0,616 (0,444; 0,856) 0,040
Graduação/Pós - 0,381 0,683 (0,501; 0,931) 0,016
USOU INSULINA
Não (Ref)
Sim - 1,153 0,315 (0,258; 0,387) 0,001
TABAGISMO
Já fumou (Ref)
Nunca fumou - 0,297 0,743 (0,572; 0,966) 0,026
OBSIDADE
Não(Ref)
Sim 1,172 3,228 (2,566; 4,055) 0,001
EXAME DE URINA
Não (Ref)
Sim 0 ,277 1,320 (1,091; 1,596) 0,004
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Não (Ref)
Sim 0,993 2,701 (1,866; 3,940) 0,001
Fonte: tabela elaborado pelo autor, nível de significância de 5%. (2018).
59
A hipertensão arterial é duas vezes mais frequente na população com DM, e parece
desempenhar um papel importante na patogênese da RD (Laakso, 1999). Em pacientes
portadores de DM existe hiperperfusão do leito capilar em vários tecidos (Forrester, 1997). O
aumento da pressão arterial aumenta a pressão intraluminar piorando o extravasamento da
rede vascular favorecendo a filtração de proteínas plasmáticas através do endotélio e a sua
deposição na membrana basal do capilar, contribuindo para o dano vascular e a isquemia
retiniana aumentando o risco do aparecimento e progressão da RD (Janka, 1989).
Neste estudo, foi encontrado associação pequena entre diabetes não fumante com os
fumantes mostra que o não fumante existe uma possibilidade de (25%) de não ter
61
O presente estudo traz no seu contexto informações da PNS, por ser representativa da
população brasileira, serão úteis para subsidiar a formulação das políticas públicas nas áreas
de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde, alinhadas às
estratégias do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis, no Brasil, no período 2011-2022 (MS, 2013) e ao Plano Global de
Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da OMS em 2013 (Who, 2013),
estabelecendo metas para a redução da carga dessas doenças.
Com base na hipótese e objetivos específicos desse estudo pode-se afirmar que a
gestão de tecnologias em saúde é um tema de relevância, que importa a toda a sociedade
organizada principalmente, por considerar que no sistema de saúde público brasileiro carente
de recursos, é necessário orientar o gasto segundo estudo de avaliação tecnológica e
protocolos clínicos que indiquem a melhor forma de orientar e compor a gama de serviços
incorporada em cada tipo e cuidado à saúde (Ugá; Porto, 2008). Dessas acepções, pode-se
ressaltar que a articulação de produção de saberes na área entre universidades, institutos de
pesquisas, setor regulado, nas organizações da sociedade é o desafio para uma atuação mais
presente e consistente desta política de proteção (Vecina Neto; Marques; Figueiredo, 2009).
assim, o diabetes mellitus pode ser considerado um importante problema de saúde pública
devida aos altos índices epidemiológicos e ao impacto negativo trazido para sociedade.
A diabetes mellitus pode ser considerada um grande fator de risco para a visão,
numa análise estatística com a utilização do programa SPSS e com os dados da PNS, com uso
da regressão logística, pode-se verificar que 1.080 pessoa tinha complicações visuais e 2.102
tinham outras complicações (infarto, acidente vascular cerebral, problema nos rins, úlcera/ou
feridas nos pês, coma diabete e problema circulatório), mostrando que o olho é órgão mais
afetado pelo diabete, esse resultado vem constatar com outros resultados encontrados em
outros trabalhos divulgados nos meios científicos e acadêmico e citados nesse estudo.
A epidemia de DCNT tem afetado, sobretudo, pessoas com idade acima dos 45 anos,
os alfabetizados de baixa renda em regiões menos assistidas, ficando mais expostas aos
fatores de risco e com menor acesso a serviços de saúde.
64
5. PERSPECTIVAS FUTURAS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO
PUBLICAÇÕES
RESUMO