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2.1 Envelhecimento
O envelhecimento populacional no Brasil está ocorrendo de modo
acelerado, com aumento relevante na prevalência de doenças crônico
degenerativas. Esta população de idosos tende a apresentar múltiplas
comorbidades que pontecializam grandes síndromes geriatricas como queda,
iatrogenia, demência, imobilismo, que comprometem a independência e a
autonomia destes pacientes, gerando incapacidades, fragilidade,
institucionalização e morte (GAZZOLA; et al, 2006).
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo,onde há
alterações morfológicas,funcionais e biomecânicas;com redução das situações
de sobrecargas funcionais (LOPES, AGUIAR, FARIA).
Assim,altera-se progressivamente o organismo tornando mais susceptível
as agressões intrínsecas e extrínsecas. Essas modificações que ocorrem no
organismo têm seu marco em torno dos 65 anos e irão influenciar estilos de vida
do idoso (LOPES, AGUIAR, FARIA).
Não existe uma maneira padrão de envelhecimento, sendo este, próprio
de cada indivíduo, independente de sua idade cronológica. Esse processo
fisiológico é um evento complexo, onde as condições biológicas e sócio-culturais
estão estritamente relacionadas. É importante diferenciaremos envelhecimento
fisiológico (senescência ou senectude), do envelhecimento acelerado por
patologias (senilidade) (SANTOS, ANDRADE 2005; SOARES, et al., 2003).
O processo de envelhecimento afeta todos os componentes do controle
postural – sensorial (visual, somatosensorial e vestibular), efetor (força,
amplitude de movimento, alinhamento biomecânico, flexibilidade) e
processamento central. A integração dos vários sistemas corporais sob o
comando central é fundamental para o controle do equilíbrio corporal. O
desempenho desses sistemas reflete diretamente nas habilidades do individuo
em realizar tarefas cotidianas, ou seja, na capacidade funcional (GAZZOLA: et
al, 2006 ).
As quedas entre pessoas idosas constituem um dos principais problemas
clínicos e de saúde publica devido a sua alta incidência, as conseqüentes
complicações para saúde e aos altos custos assistenciais (CARVALHO;
COUTINHO, 2002). Pessoas de todas as idades apresentam risco de queda.
Sabe-se que é elevado o número de idosos que caem e que mudam
radicalmente sua vida cotidiana, tanto pela queda em si, como pelo temor de
uma nova ocorrência: restrição das atividades, maior isolamento social, declínio
na saúde e aumento do risco de institucionalização, são alguns exemplos do
impacto causado na vida da pessoa idosa após um episódio de queda.
(FABRÍCIO, 2004; GUIMARÃES, 2005; PERRACINI e RAMOS, 2002).
Entre as queixas mais comuns da população idosa estão as alterações do
equilíbrio corporal, clinicamente caracterizadas como vertigem, e outras
tonturas, desequilíbrio, desvio de marcha, náuseas, instabilidade e queda. Os
distúrbios de equilíbrio compõem uns dos fatores etiológicos mais importantes
de quedas e instabilidade em idosos, sendo um dos marcadores de fragilidade e
podendo levar a incapacidade funcional e dependência ( DE CASTRO ,
PERRACINI, GANANÇA , 2006 ).
O envelhecimento compromete habilidade do sistema nervoso central
(SNC) em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e
proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, bem como
diminui a capacidade de modificações dos reflexos adaptativos (RUWER,
ROSSI e SIMON, 2005). Com o envelhecimento várias etapas do controle
postural podem ser suprimidas, diminuindo a capacidade compensatória do
SNC, levando ao um aumento da instabilidade. ( MACIEL; GUERRA , 2005 ).
Como o envelhecimento populacional está ocorrendo de modo acelerado,
consequentemente a prevalência de doenças crônico-degenerativas aumenta.
Assim os idosos tendem a apresentar múltiplas comorbidades que potencializam
grandes síndromes geriátricas como queda, iatrogenia, demência, imobilismo,
que comprometem a independência e a autonomia destes pacientes, gerando
incapacidades, fragilidade, institucionalização e óbito (GAZZOLA, et al., 2006b).
Segundo o IBGE,a projeção da população no Brasil mostra a tendência
de crescimento do número de idosos,que possivelmente alcançará a população
de mais de 25 milhões de pessoas em 2020 (LOPES, AGUIAR, FARIA).
Um dos principais fatores que limitam hoje a vida do idoso é o desequilíbrio. Em
80% dos casos não pode ser atribuído a uma causa especifica, mas sim a um
comprometimento do sistema de equilíbrio como um todo (RUWER; ROSSI ; e
SIMON , 2005) .
2.2 Equilíbrio
A incidência anual de quedas em pessoas com mais de 60 anos, vivendo
na comunidade e saudáveis alcançam 35 a 40%, taxas ainda mais elevadas são
observadas após 75 anos, principalmente em casas geriátricas e hospitais.
(RIGO et al, 2005).
O controle postural, denominado pelo controle da posição do corpo no
espaço, como forma de promover estabilidade e orientação, leva os seres
humanos a serem bípedes e se locomoverem com fases de apoio unipodal
(deambulação), sem nenhum contato (corrida), ou permanecer parado com o
contato de ambos os pés (ortostatismo). Criando-se assim um desafio adaptativo
aos sistemas que controlam o equilíbrio, tornando-se necessárias informações
contínuas sobre a posição e o movimento de todas as partes do corpo
(CHRISTOFOLETTI, et al., 2006).
O controle do equilíbrio requer manutenção do centro de gravidade sobre
a base de sustentação durante a situação estáticas e dinâmicas. Cabe ao corpo
responder as variações do centro de gravidade, quer de forma voluntária ou
involuntária. Este processo ocorre de forma eficaz pele ação, principalmente,
dos sistemas visual, vestibular e somato-sensorial ( MACIEL ; GUERRA ,2005 ) .
A estabilidade postural é alcançada através do repouso (equilíbrio
estático), do movimento estável (equilíbrio dinâmico) ou pela recuperação da
postura estática ( equilíbrio recuperado ) . Nestas situações, o centro de massa
do corpo deve estar projetado dentro dos limites da base de apoio e se faz
fundamental a integração das informações sensoriais com os sistemas
neuromusculares ( CHRISTOFOLETTI et al ,2006 ).
O equilíbrio também representa deterioração progressiva com o
envelhecimento. Entre os fatores que concorrem para isso, pode ser citada a
perda progressiva das células nervosas, diminuição da função proprioceptiva
das articulações, processos degenerativos de estruturas do ouvido interno
(sáculo e utrículo) e enfraquecimento muscular. O equilíbrio indica uma relação
favorável entre os níveis de força, e agilidade com a diminuição do risco de
quedas. (GUIMARÃES e FARINATTI, 2005).
Instabilidade ou diminuição do equilíbrio ocorre por meio de uma
combinação variada de perdas nos componentes do mecanismo do controle
postural. A falta de equilíbrio pode resultar não só em quedas, mas também em
inatividade e consequentemente descondicionamento físico, medo de cair,
diminuição da autoconfiança e da dependência (GAZZOLA, et al., 2006a;
PERRACINI, 1998). Assim sendo, o conhecimento dos fatores que geram ou
estão associados ao déficit de equilíbrio e, conseqüentemente, predispõem o
idoso a queda é fundamental para reduzir a freqüência delas, como também a
gravidade de suas seqüelas. O motivo pelo qual o déficit de equilíbrio se
transforma em importante risco de saúde nas pessoas idosas é uma
conseqüência da interação complexa e pouco compreendida de fatores
biomédicos, fisiológicos, psicossociais, e ambientais (MACIEL; GUERRA, 2005).
2.3 Quedas
a ) Fatores Intrínsecos:
De acordo com PEREIRA SRM et al, 2001, os fatores intrínsecos são
alterações fisiológicas do processo de envelhecimento, que pode levar o idoso
ao risco de cair, dentre eles citamos:
21. Sedentarismo;
b) Fatores extrínsecos:
Mais de 70% das quedas ocorrem em casa, sendo que as pessoas que
vivem só apresentam um aumento do risco. Fatores ambientais podem ter um
papel importante em até metade de todas as quedas. (PEREIRA SRM et al,
2001).
3.2.1 QUESTIONÁRIO
- Inventário de quedas; no qual investigaremos as circunstâncias das
quedas, as causas, os mecanismos de quedas, fatores de risco que predispõem
as quedas, bem como a prevalência de quedas. (Apêndice I).
3.2.3 AUTORIZAÇÃO
- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução 196/96 –
Apêndice IV).
4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
O desenvolvimento deste projeto de pesquisa realizar-se-á como
apresentado no quadro abaixo:
Atividades 2008 Mar Abril Maio Jun Jul Agos. Set. Out.
Levantamento X
Bibliográfico do
tema e redação
do projeto
Entrega projeto X
de pesquisa
Encaminhamento X
para Comitê de
ética
Análise dos X
dados
X
Redação da X X
Pesquisa
X
Entrega TCC a
banca
Defesa X
monografia
5 ORÇAMENTO
RIGO. et al. Trauma associado com uso de álcool em idosos. Revista Brasília
Médica, Brasília-DF, v. 42, n. ½, p. 35-40. 2005.
RUWER, S.L.; ROSSI, A.G.; SIMON, L.F. Equilíbrio no idoso. Revista Brasileira
Otorrinolaringologia, São Paulo, v.71, n.3, p. 298-303, mai./jun. 2005.
Nome:______________________________________________________
Endereço:___________________________________________________
Telefone:________________ Bairro:________________________
Cidade:_____________________________________________________
Data Nascimento:_____________________________________________
Estado Civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) divorciado ( ) viúvo ( )
_________________
Profissão atual: _______________________ anterior _______________
Altura: _____________ IMC:____________________
Tempo de escolaridade (em anos estudados) ______________________
Mora com quantas pessoas: ( ) 1; ( ) 2; ( ) 3; ( ) 4; ( ) 5; ( ) + 5;
( ) sozinho ( ) outros (ex: passa temporada na casa da família)
Quanto tempo freqüenta o CCI ( ) menos de 1 ano; ( ) mais de 1 ano; ( ) mais
que 5 anos ( ) mais de 10 anos ( ) desde o inicio.
Com que freqüência freqüenta o CCI? ( ) 1 x semana; ( ) 2 x semana; ( ) 3 x
semana; ( ) 4 x semana ( ) diariamente
Faz atividades no CCI com que freqüência? ( ) 1 x semana; ( ) 2 x; ( ) 3 x ; ( )
4 x ( ) diariamente.
Quais? Descrever ________________________________________________
12. Caso sim, deixou de realizar ou reduziu alguma atividade de vida diária
que anteriormente fazia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe relatar
Caso respondeu sim, foi: ( ) apenas uma ( ) mais de uma ( ) várias ( ) Não
sabe relatar
Instrução: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos como apoio.
Graduação: Favor marque a menor categoria que se aplicar.
(4) consegue ficar de pé, sem ajuda das mãos e estabiliza sozinho;
(3) fica de pé sozinho usando a ajuda das mãos;
(2) fica de pé sozinho usando as mãos após inúmeras tentativas;
(1) necessita de ajuda mínima para ficar de pé ou estabilizar-se;
(0) necessita de ajuda máxima ou moderada para ficar de pé.
44. Transferências:
Instruções: Eleve seus braços com abertura de 90°. Alongue seus dedos e vá
para frente o máximo que conseguir. (o examinador deverá colocar uma régua no final
das pontas dos dedos quando os braços esta a 90°). Os dedos não deverão tocar a
régua enquanto estiver alcançando a frente. A medida tomada é a distância à frente que
os dedos alcançam quando o indivíduo está no seu máximo de inclinação à frente.
Graduação: Favor marcar a menos categoria que se aplicar.
(4) Alcança à frente com segurança > 10 polegadas (25,4cm);
(3) Alcança à frente com segurança > 5 polegadas (12,7cm);
(2) Alcança à frente com segurança > 2 polegadas (5,08cm);
(1) Alcança à frente, mas necessita de supervisão;
(0) Necessita de ajuda para evitar a queda.
Instrução: Pegue este sapato ou chinelo que está em frente dos seus pés.
Graduação: Favor marque a menor categoria que se aplicar.
(4) Pega o sapato com facilidade e segurança;
(3) Pega o sapato, mas necessita de supervisão;
(2) Incapaz de pegar o sapato, mas alcança 1-2 polegadas (2,54-5,05 cm) do
sapato e mantém o equilíbrio independente;
(1) Incapaz de pegar e necessita de supervisão enquanto está tentando;
(0) Incapaz de tentar / necessita de supervisão para evitar a queda.
49. Virando-se para olhar para trás/sobre ombros direito e esquerdo:
Instrução: Vire-se para olhar para trás sobre o ombro esquerdo. Repita agora
para o direito.
Graduação: Favor marque a menor categoria que se aplicar.
(4) Olha para trás dos dois lados com boa transferência de peso;
(3) Olha para trás somente de um lado, o outro lado mostra uma menor
transferência de peso;
(2) Vira-se para o lado somente, mas mantém o equilíbrio;
(1) Necessita de supervisão quando se vira.
(0) Necessita de supervisão para evitar a queda.
FAPI
FACULDADEDE PINDAMONHANGABA
FACULDADE DE PINDAMONHANGABA
SOPEC – Sociedade Pindamonhangabense, Educação e Cultura S/C Ltda
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TERMO DE CONSENTIMENTO