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Reforma Caldo
Reforma Caldo
Universidade Rovuma
Nampula
13 de Janeiro de 2022
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Benedito Mário
Universidade Rovuma
Nampula
13 de Janeiro de 2022
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Modalidades de ensino......................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
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Introdução
Interessa nesta nossa abordagem, o Ensino Geral especificamente o nível primário, aqui
entendido como Ensino Básico.
O nível primário é considerado no SNE como sendo aquele que “prepara os alunos para
o acesso no ensino secundário e compreende as sete primeiras classes que são
subdivididas em 2 graus”. (Lei 9/92, p. 9).
SACRISTAN (1997) citado por MOREIRA (1999, p.31), afirma que “reformar denota
remoção e isso dá certa notoriedade perante a opinião pública e perante os docentes
[….] cria-se a sensação de movimento, geram-se expectativas, o que parece provocar,
por si mesmo, as mudanças se propõem reformas”. Nesta frase, pode-se considerar no
âmbito desta análise um aspecto importante de que a reforma curricular ou a reforma
educativa denota uma remoção das práticas que anteriormente eram vigentes e que esse
processo cria no público-alvo um conjunto de expectativas.
Diz-se que houve uma reforma do sistema, quando se registaram mudanças justificadas
por princípios. Assim, os princípios que justificaram a reforma curricular no Ensino
Básico, foram:
Desta forma, o MEC reconhecia que o anterior currículo não se adequava com as
exigências sociais na vertente da formação integral do indivíduo.
Um dos aspectos que podemos tirar ilação desta reforma curricular no Ensino Básico é
facto de ter sido desenhado de forma centralizada e vertical em que os conteúdos são
apresentados de forma homogénea e central para todo o país, embora ao longo do plano
curricular se privilegie a consideração dos aspectos locais. Ora, esta forma de conceber
os curricula pode limitar a iniciativa do professor na operacionalização dos programas,
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uma vez que ele (professor) pode estar a pensar que a sua margem de “manobra” apenas
se situa naqueles limites estabelecidos pelos programas ou pelo projecto curricular.
O professor deve criar condições para que o ensino esteja centrado no aluno e nas
aprendizagens, providenciando a recuperação daqueles que tenham dificuldades de
aprendizagem e garantir que todos atinjam as competências previstas no ciclo, através
de uma avaliação predominantemente formativa.
Modalidades de ensino
a) Ensino Monolingue
- Na 4ª e 5ª classes – de nove (9) para seis (6) e sete (7) disciplinas, respectivamente;
b) Ensino Bilingue
- Na 4ª e 5ª classes – de dez (10) para sete (7) e oito (8) disciplinas, respectivamente;
a) Proporcionar uma formação inicial nas áreas da (i) Comunicação e Ciências Sociais,
(ii) Ciências Naturais e Matemática e (iii) Actividades Práticas e Tecnológicas;
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Segundo PEREIRA (2011), a inovação curricular tem de ser entendida como sendo
“introdução de mudanças de forma planificada visando produzir uma melhoria da ação
educacional”. A inovação curricular parte de uma intenção deliberada de modificação
de uma dada situação com a crença de que esta ação pode ser ousada de outra forma. A
inovação curricular pode envolver a uma parte do processo de ensino-aprendizagem.
Assim, por inovação curricular, pode ser percebida como sendo a criação de respostas
novas aos desafios oferecidos por um dado contexto educacional, a partir da análise e 5
reflexão que se faz da actual situação, verificando avaliativamente as efectivas
contribuições que tais inovações podem oferecer para enfrentar os desafios e produzir as
melhorias esperadas.
Diz-se que houve uma reforma do sistema, quando se registaram mudanças justificadas
por princípios. Assim, os princípios que justificaram a reforma curricular no Ensino
Básico, foram:
reforma curricular de 2004, compreende três ciclos: 1º ciclo (1ª a 2ª classes); 2º ciclo (3ª
a 5ª classes) e 3º ciclo (6ª a 7ª classe).
• o Currículo Local;
• a promoção semi-automática;
Segundo MOREIRA (2003, p.40), “a educação não pode ser reduzida à formação de
consumidores competentes. Ela supõe a formação de sujeitos históricos, activos,
criativos e críticos, capazes de não apenas se adaptar à sociedade em que vivem, mas de
transformá-la e de reinventa-la”. Na óptica deste autor, a educação tem que
responsabilizar em formar cidadãos capazes de com os seus conhecimentos serem auto-
sustentáveis, assim como capazes de resolver problemas que podem apoquentar a sua
família e a comunidade que lhe rodeia. Esta visão de educação, só é possível se optar
numa formação virada para o desenvolvimento de competências.
Uma das questões que se pode discutir nos meandros científicos é a necessidade da
introdução da disciplina de Ofícios neste currículo. A respeito dessa questão, convém
explicarmos aqui alguns aspectos que justificam o surgimento de uma disciplina. Um
dos aspectos que justifica o surgimento de uma disciplina num currículo é “a ideia do
conhecimento escolar para vida quotidiana dos alunos”, MOREIRA (2003). Isto quer
alertar que ao se introduzir uma disciplina num currículo, ela deve visar a resolução de
um problema imediato relacionada com a vida diária dos alunos. Dessa forma, a maior
parte das disciplinas estabelece-se no currículo não por constituir áreas científicas
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Curricular do Ensino Básico, referência que o aluno deve ser capaz de “construir
algumas ferramentas simples e processar correctamente a secagem”, (INDE/MINED,
2004: 515). Por ferramenta pode-se entender aqui por qualquer utensílio que pode
ajudar na realização de diversas actividades, como por exemplo, a feitura de panelas de
barro, que pode servir para confeccionar alimentos, a feitura de vassouras através de
palhas para a limpeza, etc.
Conclusão
Bibliografia
MOREIRA, António Flávio Barbosa (org.). Currículo: Políticas e Práticas, 7ed. SP,
Papiros Campinas, 1999.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo: uma reflexão sobre a prática, 3ed. Porto Alegre,
Artmed, 2000.
Jan Amos Comenius foi uma significativa liderança religiosa no contexto em que viveu, de 1592
a 1670. Ele era devotado seguidor de Jan Huss e, predecessor do filósofo Jean Jacques
Rousseau, foi o criador da Pedagogia Moderna. Seu ideal pedagógico era movido pelo preceito
"Ensinar tudo a todos", o qual resumia as bases e as normas que regem o Homem no seu
desempenho na esfera terrena, como criador de sua trajetória.
Este educador tinha como principal meta trazer o ser para perto do Criador, transformando os
indivíduos em cristãos exemplares, dotados do poder de exercitar suas virtudes potenciais,
que devem irradiar na direção de todos, independente do status econômico, de gênero ou de
condições físicas e mentais. Para ele, a didática podia ser definida como a prática de educar e
também enquanto ofício de ensinar.
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Dotado de um humanismo ímpar e de uma visão globalizante, Comenius era atraído por todas
as esferas do conhecimento; assim, sonhava em construir uma pansofia, ou seja, uma
sabedoria que abrangesse a totalidade. Ele acreditava, portanto, que o saber verdadeiro
deveria incorporar a filosofia orientada pela razão, a ciência com suas inclinações empíricas e a
religião, se realmente aspirasse a edificar a humanidade.
Sua intenção era que o Homem fosse educado para a vida eterna porque, como ele acreditava,
ele era espírito destinado à imortalidade; desta forma, seu aprendizado tinha que ir além dos
desejos e ideais materiais. Daí a necessidade vital de buscar não somente bens terrenos, mas
acima de tudo a sabedoria e as qualidades que o conduzissem para o Criador.
Sua pedagogia preconiza que se deve iniciar o aprendizado pelos sentidos, pois é através deles
que se percebe os estímulos exteriores e, portanto, o que se considera real; assim, as
percepções sensoriais seriam impressas no interior do ser e, depois, analisadas pelos
instrumentos racionais.
A Pedagogia de Comenius
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Jan Amos Comenius foi uma significativa liderança religiosa no contexto em que viveu, de 1592
a 1670. Ele era devotado seguidor de Jan Huss e, predecessor do filósofo Jean Jacques
Rousseau, foi o criador da Pedagogia Moderna. Seu ideal pedagógico era movido pelo preceito
"Ensinar tudo a todos", o qual resumia as bases e as normas que regem o Homem no seu
desempenho na esfera terrena, como criador de sua trajetória.
Este educador tinha como principal meta trazer o ser para perto do Criador, transformando os
indivíduos em cristãos exemplares, dotados do poder de exercitar suas virtudes potenciais,
que devem irradiar na direção de todos, independente do status econômico, de gênero ou de
condições físicas e mentais. Para ele, a didática podia ser definida como a prática de educar e
também enquanto ofício de ensinar.
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Dotado de um humanismo ímpar e de uma visão globalizante, Comenius era atraído por todas
as esferas do conhecimento; assim, sonhava em construir uma pansofia, ou seja, uma
sabedoria que abrangesse a totalidade. Ele acreditava, portanto, que o saber verdadeiro
deveria incorporar a filosofia orientada pela razão, a ciência com suas inclinações empíricas e a
religião, se realmente aspirasse a edificar a humanidade.
Sua intenção era que o Homem fosse educado para a vida eterna porque, como ele acreditava,
ele era espírito destinado à imortalidade; desta forma, seu aprendizado tinha que ir além dos
desejos e ideais materiais. Daí a necessidade vital de buscar não somente bens terrenos, mas
acima de tudo a sabedoria e as qualidades que o conduzissem para o Criador.
Sua pedagogia preconiza que se deve iniciar o aprendizado pelos sentidos, pois é através deles
que se percebe os estímulos exteriores e, portanto, o que se considera real; assim, as
percepções sensoriais seriam impressas no interior do ser e, depois, analisadas pelos
instrumentos racionais.
Os fundamentos de sua didática são o entendimento, a conservação e a práxis; por meio deles
o indivíduo atinge três qualidades elementares – a aquisição de vastos conhecimentos,
virtudes e religiosidade, que estão intimamente vinculadas aos dons do intelecto, da vontade e
da memória.
O educador crê que todas as pessoas são igualmente portadoras de uma condição humana,
embora manifestem inteligências distintas, para ele produtos de um grau elevado ou de uma
carência de harmonia própria; por essa razão as mentes devem ser moldadas logo cedo, para
que os intelectos se desenvolvam sem tantas discrepâncias.
A doutrina pedagógica de Comenius convida a mente racional a adotar diante do Cosmos uma
postura inquiridora e inclusiva de todas as esferas do conhecimento. Sua obra, fruto de
intensos diálogos com filósofos como Bacon e Descartes, visa contribuir para que o Homem,
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desde a infância, passando pela juventude, complete sua evolução rumo à perfeição espiritual
e intelectual.