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Comercial
O Projeto
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
O Projeto
Objetivo
• Conhecer os conceitos ligados ao projeto comercial e suas aplicações no projeto.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
O Projeto
Contextualização
O Design de Interiores Comercial é uma etapa fundamental no curso de Design de In-
teriores. Entende-se por ambiente comercial, a loja, portanto este será o foco da disciplina.
Para um melhor entendimento sobre o tema, segue o link para o vídeo de um projeto
comercial. Nele, o profissional explica o passo a passo para a realização de um projeto
para Design de Interiores Comercial:
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O Projeto
Nessa Unidade, abordaremos o tema “O projeto”. O principal objetivo aqui é conhecer
os conceitos ligados ao projeto comercial e suas aplicações no projeto. Assim, entende-se
por ambiente comercial a loja, foco da disciplina.
O ambiente comercial é aquele utilizado para gerar trabalho, e cada tipo de possibili-
dades desse ambiente (loja de móveis, de roupas etc.) vai gerar um programa de necessi-
dades diferente.
São locais com uma boa iluminação geral fria e de tarefa nos caixas, sem desta-
ques, trazendo uma atmosfera clara. Apresentam circulação fácil e fluida por corredo-
res bem demarcados e expositores simples para destacar a mercadoria, que aparece
bem sinalizada (Figura 1).
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O Projeto
A marca de calçados Melissa lançou uma campanha, “Verão que derrete na boca”,
que traduziu a tropicalidade para dentro da Galeria Melissa em São Paulo, na Rua
Oscar Freire – loja conceitual. A coleção remeteu ao cheiro de tutti-frutti já conhecido
e associado ao produto. A fachada foi um convite para descobrir os detalhes da coleção
(Figuras 3 e 4).
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As lojas de shoppings e de rua seguem uma linguagem diferenciada da Loja-Con-
ceito (Figura 5).
No século XIX até meados do século XX, a arquitetura ou design de interiores prati-
camente não existia, os ambientes comerciais eram decorados por seus proprietários.
Era comum ver casas antigas sendo transformadas em lojas, abrindo-se uma janela
como vitrine na fachada (Figura 6). Somente nos anos 1970 com a construção dos
shoppings, sentiu-se a necessidade de contratação de profissionais especializados em
interiores para cuidar desses ambientes (MANCUSO, 2014).
São ambientes, os comerciais, que devem ser estudados para gerar retorno ao seu
empreendedor. Os detalhes são fundamentais, nesse processo de projeto de Design de
Interiores Comerciais, como iluminação, cor, materiais, estilo etc. “Uma mercadoria
bem iluminada e uma sinalização estratégica posicionada mudam todo o ambiente!”
(MANCUSO, 2014, p. 98).
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O Projeto
Assim como o projeto de caráter residencial, o comercial deve ser precedido de:
• Estudos Preliminares: pode-se usar a planta baixa com definição de ideias princi-
pais, cores e materiais e acabamentos para apresentação ao cliente;
• Anteprojeto: definição do conceito de projeto;
• Projeto Executivo: detalhamento dos projetos complementares fundamentais – pa-
ginação de pisos, iluminação, ar condicionado, elétrico, mobiliário etc;
• Obra: execução do projeto com aprovações legais necessárias.
Observamos, ainda, na fase preliminar, o fluxo de pessoas nesses locais que deve
ser levado em conta (link a seguir). Os acessos e a vitrine devem ter sinalizações espe-
cíficas (Figura 7).
O livro “Vitrina: veículo de comunicação e venda”, de Fátima Lourenço e José Oliveira Sam,
traz orientações técnicas e conceituais a fim de auxiliar o profissional especializado no pro-
cesso de criação, elaboração e montagem de vitrinas dos mais diferentes segmentos do
mercado varejista.
Figura 7 – Vitrine
Fonte: Divulgação
Sendo assim, “Todo ambiente dito comercial é utilizado para gerar trabalho, o pro-
prietário é aquele que nos contrata, mas não é somente ele o nosso cliente, são tam-
bém aqueles a que ele pretende atingir.” (MANCUSO, 2014, p. 99). Com o Design de
Interiores Comercial bem trabalhado, a chance de o projeto ser bem-sucedido é maior.
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Podemos fazer uma relação com a arquitetura ou projetos efêmeros, pois algumas
lojas/marcas são renovadas de tempos em tempos, seu conceito muda, e, assim, seus
interiores, como na imagem da loja que segue (Figura 8).
Arquitetura Efêmera: Segundo Paz (2008), é aquela que se caracteriza pela sua imperma-
nência no espaço, possibilitando ao homem abrigar-se minimamente, podendo incluir-se
nesse contexto desde as barracas de camping até um galpão industrial.
Franquia é uma loja que usa uma matriz de projeto e ramifica suas atividades em diversas
lojas. Difere da filial, visto que as lojas franqueadas pertencem a proprietários diferentes
que pagam por explorar a operação. Em geral, franquias possuem lojas formatadas que, ao
serem repassadas a terceiros, recebem dessas guias de projeto (MANCUSO, 2014).
Um exemplo de franquia conhecida no Brasil é O Boticário (Figura. 9), que foi funda-
do em 1977, quando Miguel Krigsner abriu uma farmácia de manipulação em Curitiba.
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UNIDADE
O Projeto
Com o público-alvo composto por mulheres, focou seus esforços em fazer cremes faciais
de forma artesanal à base de algas marinhas e colágeno. Fazia tudo em uma batedeira de
bolos no fundo da farmácia.
Em pouco tempo, os produtos se tornaram um sucesso e a história do Boticário se iniciou.
No ano de 1982, foi aberta a primeira fábrica, em São José dos Pinhais, Paraná. A partir daí,
O Boticário se tornou um verdadeiro sucesso de vendas e implementou as vendas diretas
através das consultoras. Disponível em: http://bit.ly/2M1Dt7i
“Uma marca, na maioria das vezes, procura traduzir um estilo de vida, um estado
de espírito, um status social.” (GURGEL, 2005, p. 21). É necessário que todas as ativi-
dades desenvolvidas no ambiente sejam bem compreendidas para a realização de um
bom projeto comercial.
Marketing
Merchandising
Visual Merchandising
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De acordo com a arquiteta Miriam Gurgel (2005, p. 25):
O design será percebido pelos usuários do espaço ou do objeto de
duas maneiras diferentes, ou seja, segundo uma percepção visual e
segundo uma impressão visual. A primeira está relacionada com o
desejo do profissional de transmitir uma ideia pelo uso especifico
de determinadas formas, materiais, etc. A segunda está relacionada
com o modo como design será “sentido”, ou seja, se o resultado do
projeto é dinâmico, se favorece a introspecção, se atrai silêncio, etc.
Como vimos, o design de espaços comerciais é uma área rica, competitiva e popu-
lar, pois muitos designers atuam nesse setor. Por exemplo, as formas curvas do forro
ajudam a orientar os clientes no interior da loja, além de chamar a atenção para os
produtos (Figura 11).
Figura 11 – Interior da loja Miss Sixty Figura 12 – Interior da loja Miss Sixty
– NY, 2002 – Studio 63 – Los Angeles, 2003 – Studio 63
Fonte: Divulgação Fonte: Divulgação
As imagens das Lojas Miss Sixty trazem a mesma marca com conceitos diferentes.
A loja de NY mostra um interior mais intimista, com uso de cortinas, forro e formas
curvas para determinar o espaço. Já a loja de Los Angeles (Figura 12) apresenta mais
produtos expostos (identidade popular), ainda que tragam semelhanças no uso de mó-
veis de designers conhecidos e sinuosidade no forro, por ser a mesma marca, segue a
mesma linguagem formal em alguns pontos.
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UNIDADE
O Projeto
Miss Sixty é uma marca de moda italiana fundada em 1991, por Wicky Hassan. Especiali-
zada em pronto para vestir e acessórios, a marca foi uma das primeiras marcas a lançar o
jeans feminino internacionalmente e a marca agora é mais conhecida por oferecer roupas
femininas com um toque sedutor. Disponível em: http://bit.ly/2LZhzBp
Após 46 anos de estratégia com foco na venda direta, a Natura inaugurou sua primeira loja
física no Brasil, localizada no Shopping Morumbi, em São Paulo.
Com um espaço de 68 metros quadrados, a loja disponibilizará os produtos ao alcance da
mão, o que até então não era possível. O projeto foi assinado pelo arquiteto Ricardo Cam-
pos, do escritório Santa Irreverência. Os materiais utilizados são todos sustentáveis e de
origem brasileira – a madeira que reveste as paredes, por exemplo, é reutilizada a partir do
trabalho de artistas plásticos mineiros, enquanto o piso de madeira de demolição vem das
fachadas de casas do sul do Brasil. Disponível em: http://bit.ly/2El8pcr
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Escritório de Design e Arquitetura
Este escritório de design e arquitetura tem projetos de lojas que vale a pena conferir.
http://bit.ly/2Epe8hq
Como um Espaço Comercial se Utiliza do Design de Interiores para Atrair Consumidores
Este texto mostra como um espaço comercial se utiliza do Design de Interiores para
atrair consumidores.
http://bit.ly/2X1E8qb
Livros
Vitrinas e Exposições
A história da vitrina e apresenta qualidades, habilidades e responsabilidades que fazem
parte do cotidiano do profissional da área. Comenta os tipos de comércio existentes e
as novas formas de vender em lojas efêmeras e pop-ups, e orienta quanto à tipologia e
a razão de cada cenário criado. Propõe reflexões sobre qual o melhor ângulo de visão,
como valorizar o espaço a partir da utilização de ferramentas adequadas, técnicas de
iluminação e disposição de manequins e displays, entre outros.
Vídeos
Loja de Doces - Arquitetura Comercial - Etapas de projeto
https://youtu.be/lPQTBHaEK_k
Leitura
Arquitetura Efêmera ou Transitória
PAZ, Daniel J. Mellado. Arquitetura efêmera ou transitória. Esboços de uma caracteriza-
ção. Arquitextos, São Paulo, 09.102, Vitruvius, nov 2008.
http://bit.ly/2VSHDmx
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UNIDADE
O Projeto
Referências
ARRUDA, M. Decora. Rio de Janeiro: Globo Estilo, 2019.
CHING, F. D. K. Arquitetura, forma, espaço e ordem. 3. ed. São Paulo. Martins Fontes, 2012.
GIBBS, J. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais: guia útil para
estudantes e profissionais. São Paulo: Gustavo Gili, 2010.
MANCUSO, C. Guia prático do design de interiores. 4 ed. Porto Alegre: Sulina, 2014.
Sites visitados
<https://www.melissa.com.br/>. Acesso em: 20/04/2019.
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