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Ministério da Educação

Universidade Federal de São Paulo


PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

UNIFESP – Baixada Santista. Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia


do Mar; Departamento de Ciência do Mar

Atividade 3 - Educação Ambiental

Gerson Roberto de Souza Junior, 140.978

Santos - 2021
1) Parte 1: revisitando os encontros anteriores: o que eu entendo por educação
ambiental, o que eu sinto mais próximo 'do meu estilo', o que me agrada ou não, o que
penso que é ser um bom educador ambiental?

Por ser uma área multi e transdisciplinar, não é necessário uma formação específica e
ao contrário seria muito mais interessante ter várias áreas dialogando sobre o assunto.
Biólogos, Engenheiros, Pedagogos, Antropólogos talvez sejam as formações predominantes
entre as(os) educadoras(es) ambientais. Na verdade, a formação no ensino superior não é
obrigatória, mas é sempre valorizada no mercado de trabalho.
Para ser um bom profissional ou educador ambiental deve-se preparar e
ministrar aulas sobre educação ambiental, desenvolver planos de ensino e implantar projetos
em instituições de ensino, indústrias e comunidades, a fim de garantir a conscientização à
preservação do meio ambiente e sustentabilidade.
No setor privado, com o mesmo cronograma porém atuando em indústrias, em
empresas na área da cultura e da educação, em consultorias ambientais, ou até como
empreendedores.
E ainda tem o terceiro setor, com as ONGs, OSCIPs, Institutos e Associações que
também são responsáveis por muitos projetos de educação ambiental.
O meu “estilo” de Educação Ambiental seria proporcionar condições melhores às
classes mais baixas, e não culpabilizá-las das catástrofes que elas pouco contribuem. Seria
mais voltada às indústrias que soltam rejeitos em rios utilizados por comunidades ribeirinhas,
empresas de aterros sanitários que geralmente se instalam em locais de renda baixa, ou perto
de populações que moram perto de mananciais e a utilizam como esgoto.
Contudo, traz também uma preocupação com a qualidade do trabalho. Isso porque a
Educação Ambiental nos exige muitos conhecimentos em áreas bem diferentes umas das
outras.
Precisamos de uma formação consistente, ampla, crítica, aberta ao novo, ao diálogo e
aos diferentes saberes para que possamos construir esse mundo diferente, sustentável e justo
para todos os seres.
2) Parte 2: Estou em meio a um cenário de pensamento para a próxima Década,
onde estarei no mercado de trabalho e onde, como cidadão, meu papel de educação
ambiental associado à cultura oceânica é essencial. O que eu espero? O que eu desejo? o
que eu receio? Como posso contribuir neste processo em formação que alinha educação
ambiental e cultura oceânica?

Cultura oceânica seria o papel do oceano na nossa vida e a influência das nossas ações
sobre o oceano. Se pararmos para pensar, o oceano está presente em todos os momentos da
nossa vida, mesmo para quem mora longe do mar. Neste exato instante, mais de 50% do ar
que respiram vem dos oceanos. 20% de todo oxigênio atmosférico através de um micro
bactéria chamada procolocrocos como dito na palestra disponibilizada em vídeo. A maior
parte dos cosméticos que usamos tem componentes vindos do oceano, assim como boa parte
dos remédios. A maior parte do pescado vem do oceano.
Outra situação, é a do saneamento básico no Brasil, é alarmante e tem grande
influência da ação da população no oceano. O Brasil é um país que tem baixíssimo tratamento
de esgoto. Esse esgoto todo vai parar, de alguma forma, nos oceanos. A purpurina que alguém
usa no carnaval, e que sai pelo esgoto depois do banho, vai parar no oceano e demora
dezenas, centenas de anos para se degradar.
Se quisermos continuar usufruindo da “generosidade oceânica”, precisamos conhecer
os Oceanos, protegê-los e conservá-los. E a educação não formal é uma importante ferramenta
para ajudar a alcançar esse objetivo nesse sentido.
Os oceanos são fontes de oxigênio (metade de todo o oxigênio que vamos respirar em
nossa vida é produzida pelos oceanos), alimentos, energia, minerais, medicamentos. Regulam
o clima da Terra e abrigam a maior diversidade de vida e ecossistemas. São provedores de
serviços econômicos e sociais para a humanidade. Conhecer e entender a influência dos
oceanos em nós, e nossa influência nos oceanos, é crucial para viver e agir de forma
sustentável. Esta é a essência da cultura oceânica que foi formada para aumentar a
conscientização sobre a conservação, restauração e uso sustentável dos oceanos e seus
recursos, e para construir uma base de conhecimento público sobre os oceanos.
A iniciativa tem como objetivo conscientizar a população global sobre a importância
dos oceanos e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações
que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
Gostaria e o que acho que posso fazer é seguir os ensinamentos do educador ambiental
seguindo os princípios elaborados na Primeira Conferência Intergovernamental de Tbilisi, na
Geórgia (ex-URSS), em 1977. E assim utiliza-lá em tratamentos de efluentes e esgotamento
sanitário.
Mais voltada para recomendações, princípios, características e conteúdos, discutidos e
aprovados no encontro que orientaram estratégias de desenvolvimento da educação ambiental
no mundo. Na educação ambiental esse processo é contínuo e permanente.
Os objetivos fundamentais seriam:
1 - Sensibilização - Contribuir para que a sociedade, o setor privado e as instituições
adquiram consciência e sensibilidade em relação ao ambiente e a cultura oceânica e aprendam
a identificar problemas.
2 - Conhecimento - Aspecto importante seria a transmissão e o aprendizado de
conhecimentos.
3 - Formação de atitudes - Outro fundamento importante se refere a formação de
atitudes favoráveis à relação com o meio ambiente e a motivação para participar na sua
proteção e melhoria. Ou seja, estimular e motivar uma intervenção positiva. Essa
predisposição, porém, é subjetiva, influenciada pelos valores pessoais, crenças,
conhecimentos e experiências anteriores.
4 - Habilidades - Propiciar condições para que as pessoas adquiram habilidades para a
solução dos problemas ambientais. De acordo com as circunstâncias, ensinar como aproveitar
partes dos alimentos que são jogados no lixo (casca, folhas, etc.) ou mostrar como fazer
compostagem e separação do lixo inorgânico para a reciclagem e coleta seletiva.E também
frisar o problema do consumismo (de supérfluos, é claro), o desperdício, o papel da
publicidade que incentiva o consumo, os interesses econômicos etc.
5 - Participação - Motivar as pessoas e assim elas serão incentivadas a assumirem
responsabilidades em escolas, no bairro, no edifício onde mora, na cidade, no país e no
planeta em prol da melhoria da qualidade de vida das gerações futuras e atuais.
Por fim, quero melhorar as condições das pessoas através do saneamento básico, nos
tratamentos de efluentes e no esgotamento sanitário. Sigo minha formação nessa área e
pretendo na pós-graduação fazer pesquisas relacionadas ao assunto, para que assim educação
ambiental, meu futuro e cultura oceânica se relacionem.

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