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Santos, 2021
1. O que você entende por Educação Ambiental? Faça este registro agora, de início,
como um marco do seu momento atual.
Educação Ambiental em seu primeiro momento ao meu ponto de vista, seria elevar o
senso crítico e o repensar a sociedade frente às atitudes cotidianas, identificando seus efeitos
para com a natureza e sociedade. Portanto cabe às relações individuais, sociais e institucionais
mediar a construção da sensibilização ambiental mobilizando toda a sociedade com o intuito
de formar pessoas dispostas a mudar o quadro de crise ambiental e viver de modo responsável
e sustentável preocupado com a humanidade e o ecossistema.
Porém esse meu pensamento acaba privilegiando uma dessas partes, o ser humano,
sobre as demais, natureza, estabelecendo uma diferença hierarquizada que constrói a lógica da
dominação.
Portanto, gostaria de ir a uma Educação Ambiental conservadora à crítica, e dentro
desta concepção, a desvelar esses embates presentes, para que numa compreensão complexa
do real se identifique os atores sociais para intervir nessa realidade. E que a reflexão subsidie
uma prática criativa (ou até mesmo Utópica) e essa prática dê elementos para uma reflexão e
construção de uma nova compreensão de mundo, assim como vimos em outras UC’s com
artigos de Edgar Morin e Milton Santos.
Então creio eu, no começo desta UC que Educação Ambiental seja mais do que
compreender a problemática ambiental e apenas esperar que isso vá transformar nosso
comportamento e a sociedade.
A partir dos textos lidos foi possível compreender que historicamente já defendiam a
ideia da necessidade da proteção dos recursos naturais e também a importância do contato
com a natureza para a formação humana. Dessa forma a educação ambiental foi criada
primeiramente como uma forma para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente,
por meio de enfoques interdisciplinares e de participação ativa e responsável de cada
indivíduo e da coletividade. Sua tendência seria reforçar o sentido dos valores, contribuir para
o bem-estar geral e preocupar-se com a sobrevivência da espécie humana.
A partir disso, a Educação Ambiental identifica que os indivíduos e a coletividade
compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural e do meio criado pelo homem,
resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais.
Sendo assim temos responsabilidade individual e coletiva, em nível local, nacional e
planetário, logo temos que visar a formação de sociedades socialmente justas e
ecologicamente equilibradas na conservação do meio ambiente, cujas preocupações não se
concentram apenas na crise ambiental, em compreender as causas estruturais que a provocam
e sustentam, mas também em construir formas alternativas de enfrentá-la.
Por fim, minha dúvida se a educação ambiental tem um viés antropocentrista pode ser
explicada em uma perspectiva Biocêntrica (ao qual desconhecia), que visa contribuir às
mudanças de valores frente a vida que venham a concretizar a proteção ambiental, tendo
como base para a referida discussão a análise dos resultados de pesquisas que versam acerca
da gestão de Unidades de Conservação, que coloca a vida como centralidade ética e
ecológica. Assim, esse tipo de educação pode contribuir para as mudanças necessárias à
sustentabilidade, uma vez que promove a integração humana, a renovação orgânica e a
reeducação afetiva, alterando valores e com isto, atitudes.