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APARECIDA DE GOIÂNIA
2018
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS - IFG
CAMPUS APARECIDA DE GOIÂNIA
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
Aparecida de Goiânia
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M379 Martins, Cleber Guimarães
Geogrelha como reforço de subleito: estudo de caso em Goiânia - GO /
Cleber Guimarães Martins, Rafael Bueno Fortes. – Aparecida de Goiânia,
2018.
89 f. : il.
CDD 624.15
Catalogação na publicação:
Thalita Franco dos Santos Dutra – CRB 1/2186
Aos pais do Cleber, Heber e Beniuzia, com
todo amor.
Agradecemos primeiramente a Deus, nosso pai que nos guiou e orientou durante todos os anos
da graduação, e permitiu que esse trabalho fosse concluído com sucesso, superando nossas
expectativas.
Ao nosso professor e orientador Dr. Arlam Carneiro Silva Júnior, por primeiramente aceitar e
abraçar a ideia do trabalho e nos orientar da melhor forma possível, por sua dedicação e
conhecimentos compartilhados, pelas críticas e elogios, além da confiança nos nossos esforços
e nossa capacidade.
Aos pais do Cleber, que não mediram esforços para ajudá-lo perante as dificuldades
encontradas, pelos conselhos e ensinamentos e principalmente pelo amor incondicional, que
sempre será o motivo de todo seu esforço.
Aos pais do Rafael, que estiveram ao seu lado lhe dando apoio independentemente das
circunstancias e dificuldades, apoiando suas decisões e incentivando sempre a ser uma pessoa
melhor.
Ao professor Wanderley Azevedo de Brito por toda a contribuição prestada ao nosso trabalho,
pelos conselhos, orientação, dedicação e competência típica do excelente profissional que é.
A Engenheira Civil Ana Carolina Guimarães Mendes de Sousa Rodrigues Lima, pela atenção
dedicada a este trabalho, pelo incentivo e sugestões valiosas que tornaram sua participação
efetiva e indispensável.
“Faça com que cada pensamento, cada fato que
surgir em sua mente lhe traga proveito. Faça
que trabalhem e produzam para você. Pense
nas coisas não da forma como são, mas como
poderiam ser. Não pare nos sonhos, crie!”
Robert Collier
RESUMO
MARTINS, C.G.; FORTES, R.B. Estudo de caso da utilização de geogrelha como reforço
de subleito em obra situada em Goiânia – Goiás. 2018. 88p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Áreas Acadêmicas, Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia, 2018.
MARTINS, C.G.; FORTES, R.B. Estudo de caso da utilização de geogrelha como reforço
de subleito em obra situada em Goiânia – Goiás. 2018. 88p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Áreas Acadêmicas, Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia, 2018.
.This work presents the study of the influence of the geogrids reinforcement on the performance
of pavements with low compaction capacity soils. First, a brief study is presented on the
different types of geosynthetics that are used in geotechnical engineering, as well as their
interaction with the soil, thus, relating the main principal methods of road sizing on soft soils.
The Giroud and Noiray(1981) method studied, was applied to determine the necessary height
to compose a landfill of unpaved roads. In sequence, the Meyer and Elias method (1999) was
used to verify the stability of the sizing and it calculated the security method for each case.
These study is also composed for the analysis of operational cost benefit, that simulated the
implementation cost of each proposed sizing, considering the spend materials, the labor, the
necessary equipments and the verification of soil tensions and deformations, with the aid of the
GeoStudio computer program. The object of these study is a road stretch that was scaled by
calculating different heights of landfill layers for each type of previously selected geosynthetic,
situated in a construction work in Goiânia – Goiás. The analysis of the results sought to
highlight the projects that presented the best results and to study the possibility of implementing
each case in relation to cost, feasibility and stability. It was verified that the design with the
lowest possible implementation cost did not present better results than the case of design in the
studied work as stability. However it is a possible solution to reduce the operational cost of
execution of the reinforcement.
Keywords: Reinforcement of subleito; Geogrid; Giroud and Noiray; Meyer and Elias.
LISTA DE FIGURAS
Figura 12 – Sequência de cálculo dos métodos de Giroud e Noiray (1981) e Meyer e Elias
(1999). ...................................................................................................................................... 47
Figura 14 – Valor total gasto com geogrelha x valor total gasto com material de jazida. ....... 62
Figura 15 – a) Perfil do solo (Caso natural sem reforço e pavimentado). b) Legenda de materiais.
.................................................................................................................................................. 66
Figura 16 – a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Caso natural sem reforço e
pavimentado). b) Legenda de tensões....................................................................................... 67
Figura 19 – a) Perfil do solo (Caso real utilizado na obra objeto de estudo). b) Detalhe do
posicionamento da geogrelha. c) Legenda dos materiais. ........................................................ 70
Figura 20 – a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Caso real utilizado na obra objeto
de estudo). b) Legenda de tensões. ........................................................................................... 71
Tabela 2 – Altura da camada de base granular caso estático sem geogrelha ........................... 50
Tabela 3 – Altura da camada de base granular caso dinâmico sem geogrelha ......................... 51
Tabela 4 – Parâmetros para o cálculo da camada granular que não mudam ao variar o tipo de
geogrelha .................................................................................................................................. 51
Tabela 5 – Altura da camada de base granular caso estático com geogrelha ........................... 52
Tabela 6 – Redução da espessura da camada de aterro a medida que a geogrelha varia ......... 53
Tabela 7 – Altura da camada de base granular caso dinâmico com geogrelha ........................ 54
Tabela 16 – Valor total gasto com geogrelha x valor total gasto com material de jazida ........ 62
FS Fator de segurança
Nc Fator de carga
Np Tráfego estimado de projeto
S Flecha correspondente
π Constante matemática
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 20
1. OBJETIVOS ................................................................................................. 23
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 24
3. METODOLOGIA ........................................................................................ 45
4. RESULTADOS ............................................................................................. 50
4.1.1 Altura total necessária para uma estrada sem reforço, caso estático ......................... 50
4.1.2 Altura da camada de agregado para uma estrada sem reforço, caso dinâmico .......... 50
4.1.3 Altura da camada de base granular, caso estático com geogrelha ............................. 51
4.1.5 Altura da camada de base granular, caso dinâmico com geogrelha .......................... 53
4.2.6 Altura crítica de aterro, segundo a teoria de execução de aterro sobre solos moles .. 58
4.3.2 Valor total gasto com geogrelha x Valor total gasto com material de jazida ............ 61
5. CONCLUSÃO .............................................................................................. 83
APÊNDICES ...................................................................................................... 88
APÊNDICE A .......................................................................................................................... 88
APÊNDICE B ........................................................................................................................... 89
INTRODUÇÃO
O transporte sempre foi uma das grandes necessidades humanas, estando diretamente ligada à
expansão dos povos e conquista de territórios, assim sendo, a história da pavimentação está
atrelada ao desenvolvimento da sociedade. Atualmente, com o advento da globalização e
consequente expansão urbana e econômica, evoluções tecnológicas são constantes, e os meios
de construir acessos também participa deste fenômeno, suprindo cada vez mais as necessidades
humanas e minimizando manifestações patológicas que afetam o tráfego de pessoas e
mercadorias.
No Brasil, país de dimensões continentais, são importantes os estudos sobre vias de transportes,
com o objetivo de buscar melhorias das rodovias e a implementação de novos métodos que
viabilizem o tráfego com segurança e redução de anomalias na pavimentação. De acordo com
os dados da Pesquisa CNT de Rodovias (2016), dos 103.259 km analisados, 58,2% se
encontram em condições regulares, ruins ou péssimas, segundo a classificação de estado geral
dos mesmos. Sendo assim, várias são as deficiências na construção das vias e estradas que
devem ser solucionadas.
Manifestações patológicas em pavimentos são problemas que necessitam de atenção para sua
solução e mobilizam esforços a fim de realizar tratamento ou até mesmo minimizar sua
incidência. No entanto, atualmente, com o crescimento constante e muitas das vezes rápido de
grandes centros urbanos, o problema envolvendo a matriz de transportes não se restringe a
resolver problemas que surgem em determinada via, e se estendem também a como tornar
viável o aproveitamento de todas as áreas possíveis, sejam elas favoráveis ou não a construção
de um pavimento. De acordo com Silva (1996), regiões com solos de baixa capacidade de
suporte, que do ponto de vista da Engenharia Civil podem apresentar problemas de solução
complexa devido às suas características de resistência e compressibilidade, tem levado
engenheiros a procurar novas alternativas que possibilitam a utilização de tais solos em seus
lugares de origem.
Existem métodos usuais para intervenção nestes casos, como retirada do solo deficiente e
substituição por material granular. Entretanto, não apenas o processo de construção dos
pavimentos é envolvido por novas tecnologias, como também métodos modernos de reforço do
20
subleito estão sendo desenvolvidos e cada vez mais empregados, visando a otimização do
processo. Segundo Teixeira (2003), dentre os métodos de melhoria de solos mais utilizados na
atualidade podem-se citar as misturas solo-cal e solo-cimento e as inclusões de fitas de aço ou
mantas de geossintéticos em meio ao solo, dentre outros.
Segundo Tupa (1994), técnica de reforço de solos por inclusões de geossintéticos tem
apresentado sucesso principalmente devido às suas grandes vantagens de economia e rapidez
na construção de obras geotécnicas. Góngora (2011), ainda defende que o emprego de tal
tecnologia como material de reforço, reduz as manutenções periódicas e diminuem-se os custos
de operação da estrada. A inclusão de um material externo ao solo, que pode provocar mudanças
em suas características e formar um aglomerado fadado com novas propriedades desejadas,
demonstra que a Engenharia está se adaptando para soluções modernas que atendam suas
necessidades.
O presente trabalho visa realizar um estudo de caso, em uma obra que empregou o reforço do
subleito de parte de uma via com a utilização de geogrelhas, buscando estudar a possibilidade
de otimização do dimensionamento utilizado, bem como a viabilidade da utilização de outros
tipos de geogrelha. A pesquisa estrutura-se em cinco capítulos. O primeiro é apresenta o
objetivo geral do estudo, as considerações e proposições genéricas que refletem uma visão
generalizada do que será abordado ao longo do texto, além dos objetivos específicos do
trabalho. No capítulo dois, é feita uma revisão bibliográfica sobre os geossintéticos, definições
e classificações e sua área de atuação na construção civil, destacando seu uso como reforço do
subleito de pavimentos. Interações do material com o solo e métodos de dimensionamento são
tópicos a serem trabalhados neste capítulo. No capítulo três, é descrita toda a metodologia
abordada ao longo da construção da pesquisa, as etapas acompanhadas na obra, os métodos de
dimensionamentos usados, os ensaios laboratoriais realizados e como será utilizado o programa
computacional GeoStudio 2016 para análise do solo reforçado. O capítulo quatro apresenta e
21
relaciona todos os resultados obtidos e analisando cada dimensionamento estudado e sua
eficiência. No capítulo cinco são descritas as conclusões obtidas ao longo do trabalho, bem
como sugestões para trabalhos futuros.
O uso dos geossintéticos como reforço de solos vem crescendo ao longo das últimas décadas,
sendo esta técnica uma solução já consolidada na prática geotécnica. O trabalho em questão
poderá contribuir para extensão da visão sobre essa tecnologia construtiva, gerando uma
possibilidade de análise produtiva no que diz respeito ao custo benefício do geossintéticos no
uso da engenharia.
22
1. OBJETIVOS
23
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo apresenta a definição de pavimento, bem como suas principais camadas,
fornecendo base para que conceitos mais específicos sejam trabalhados, além de expor os
geossintéticos acerca de suas propriedades e classificações, destacando-os como material de
reforço de solos moles. Também são apresentados dois métodos de dimensionamento de reforço
de subleito com a utilização de geossintéticos, e o programa GeoStudio 2016 é apresentado
como recurso de análise da estabilidade de solos, focando na sua aplicação no âmbito da
pesquisa.
2.1. PAVIMENTO
O pavimento urbano, de acordo com Mascaró (1987), é constituído por duas partes,
diferenciadas por suas funções: o pavimento urbano convencional, destinado ao trânsito de
veículos e ao escoamento das águas pluviais e os passeios adjacentes ao leito carroçável ou
pavimentos para pedestres, destinados ao trânsito de pessoas. Este trabalho aborda como o
pavimento urbano convencional é dimensionado quando sua camada de fundação possui uma
estrutura de solo frágil para a sobrecarga solicitada, que no caso é o transito de veículos. Para
tal relação é de suma importância o conhecimento das terminologias da estrutura de um
pavimento, uma vez que serão mencionadas no texto algumas de suas definições e
características.
Segundo Souza (1980), pavimento é uma estrutura construída após a terraplanagem por meio
de camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e deformabilidade.
Esta estrutura assim constituída apresenta um elevado grau de complexidade no que se refere
ao cálculo das tensões e deformações. Já para Santana (1993), pavimento é uma estrutura
construída sobre a superfície obtida pelos serviços de terraplanagem com a função principal de
fornecer ao usuário segurança e conforto, que devem ser conseguidos sob o ponto de vista da
engenharia, isto é, com a máxima qualidade e o mínimo custo.
24
Sub-base:, é a camada corretiva do subleito;
Figura 1: Seção transversal típica para pavimentação flexível. Fonte: Bernucci et al. (2010).
2.2. GEOSSINTÉTICOS
25
A absorção de tensões de origem térmica e de deformações das cargas de tráfego, além de
desvios e redução de severidade de trincas de reflexão e impermeabilização, são alguns efeitos
esperados conforme Obando (2012), ao se incorporar geossintéticos na área de pavimentação.
26
Geossintéticos
Geotêxteis Geogrelhas
Resinados Tecida
Termoligados Soldada
Agulhados
2.2.1. Geotêxtil
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Geotêxtil tecido (GTW): Produto oriundo do entrelaçamento de fios, mono
filamentos ou laminetes (fitas), segundo direções preferencias de fabricação
denominadas trama (sentido transversal) e urdume (sentido longitudinal).
2.2.2. Geogrelha
As geogrelhas são estruturas advindas de polímeros, com elevada resistência, sendo uma
alternativa eficaz para solucionar problemas na Engenharia Civil. De acordo com Góngora
(2011) a utilização de geogrelhas em diferentes campos de aplicação é determinada
principalmente por sua função de reforço, que é desenvolvida quando a mesma provê resistência
à tração em função da interação com o solo circundante. Dentro suas principais aplicações em
sistemas de pavimentos, encontra-se: viabilizar construções de pavimentos sobre solos moles,
melhorar ou aumentar a vida útil do pavimento e reduzir as deformações permanentes.
Segundo Antunes (2008), as geogrelhas são materiais planares flexíveis formados por uma rede
regular de elementos, com aberturas de tamanho suficiente para interagir com o material de
enchimento circundante. Borges (2012), em função do processo de fabricação, defende que as
geogrelhas podem ser classificadas em:
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2.3. GEOSSINTÉTICOS EMPREGADOS COMO REFORÇO
O ato de reforçar pode ser definido de maneira genérica, como uma ação substancial que visa
aumentar a probabilidade de uma situação negativa não ocorrer. Aplicando tal conceito na área
geotécnica, em especial a pavimentação, prejuízos estruturais e estéticos são as possíveis
ocorrências negativas que o reforço visa evitar. De acordo com Silva (1996), os geossintéticos,
através da melhoria continua das suas propriedades físicas e mecânicas, acabaram por preencher
a maioria dos requisitos para desempenhar a contento a função de reforço em obras geotécnicas
correntes. Conforme Góngora (2015), os geossintéticos aplicados como reforço têm a principal
tarefa de resistir a esforços aplicados e impedir deformações inadmissíveis nas estruturas.
Considerando as características físicas dos geossintéticos, Silva (1996), defende que para serem
utilizados como reforço, os mesmos devem atender os seguintes requisitos:
Figura 5: Geossintético atuando como mecanismo de reforço do solo. Fonte: Adaptado de Geosynthetic
Materials Association (2000).
29
Figura 6: Reforço de solo mole com a utilização de geogrelha. Fonte: Os autores.
De acordo com Borges (2012), a aderência solo-geogrelha se dá pelo atrito entre a superfície
da geogrelha e o solo e pela resistência passiva nos membros transversais, os quais são
dependentes do tipo e da geometria do reforço. Para Góngora (2011), os geossintéticos
apresentam três mecanismos potenciais de reforço: efeito membrana, restrição à movimentação
lateral do solo e aumento da capacidade de carga.
30
Figura 7: Efeito membrana produzido pela deformação do geossintético. Fonte: Adaptado de Geosynthetic
Materials Association (2000).
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geossintético deve-se a que o aterro reforçado pode absorver maiores cargas aplicadas, devido
a reduçãodas tensões cisalhantes instabilizadoras transmitidas ao subleito.
Figura 9: Aumento da capacidade de carga advinda do reforço com geossintético. Fonte: Adaptado de
Geosynthetic Materials Association (2000).
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reforço é medido por meio de extensômetros, sendo que no caso do ensaio de arrancamento em
geogrelhas podem ser medidos os deslocamentos individuais de cada membro transversal.
Segundo Teixeira (2003), os ensaios de cisalhamento direto, apesar de serem convenientes para
estudar a interação solo-geotêxtil, não se mostraram adequados ao estudo da interação solo-
geogrelha, devido às diferenças entre os mecanismos de interação do elemento de reforço com
o solo.
O método proposto por Giroud e Noiray (1981) permite dimensionar estradas não pavimentadas
com e sem reforço, em condições de carregamento estático e também levando em conta o efeito
dinâmico do tráfego dos veículos. Baseado no efeito membrana do reforço, esses cálculos são
um dos mais amplamente difundidos na prática da engenharia.
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desenvolvimento de uma zona plástica de ruptura, cuja resistência ao cisalhamento é
representada pela coesão não drenada, (Su). Algumas das considerações nas quais se
fundamenta a metodologia são:
Considera-se que o solo se comporta em termos de coesão não drenada (Su), ou seja, saturado
e de baixa permeabilidade como é o subleito do presente caso, o que significa dizer, que o solo
do subleito é incompressível, em termos de tensões totais, onde o ângulo de atrito é zero e a
resistência a cisalhamento é uma constante. Para o cálculo da altura total necessária, ℎ0 , para
uma estrada sem reforço, considerando uma única passagem de tráfego para a análise quase
estática, utiliza-se a Equação 1.
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Onde:
𝑃
𝑐1 = (2)
2𝜋𝑆𝑢
Onde:
π = Constante matemática;
Os parâmetros (B) e (L) são calculados pelas Equações 3 e 4 levando em consideração o tráfego
pesado:
𝑃√2
𝐵=√ (3)
𝑃𝑐
𝐵
𝐿= (4)
2
Onde:
A altura da camada de agregado, h’0, para o caso dinâmico sem reforço é obtida pela Equação
abaixo:
125,7 𝐿𝑜𝑔(𝑁)+496,52(𝑃)−294,14𝑟−2412,42
ℎ′0 = (5)
(𝑆𝑢)0,63
Para:
ℎ′0 = altura da camada de base granular, caso dinâmico sem geogrelha (m);
𝐵+2ℎ𝑇𝑎𝑛𝛼
𝑎= (6)
2
e−B−2hTanα
𝑎′ = (7)
2
Sendo:
𝑎 = é a metade da largura da corda de parábola formada pela deformação do trilho de rodas (m);
36
h = adota-se para o cálculo como sendo 0;
𝑟𝑎′
𝑠= (8)
𝑎+𝑎′
Onde
s = é a flecha correspondente;
𝑎 = é a metade da largura da corda de parábola formada pela deformação do trilho de rodas (m);
𝑃
𝑐2 = 𝑘𝜀 (9)
2[(𝜋+2)𝑆𝑢+
𝑎 𝑎
√1+( )²
2𝑆
π = Constante matemática;
ε = alongamento da geogrelha = 2 %;
𝑎 = é a metade da largura da corda de parábola formada pela deformação do trilho de rodas (m);
Em que:
∆ℎ = ℎ0 − ℎ (11)
Para:
𝐻𝑟 = ℎ′0 − ∆ℎ (12)
Para:
ℎ′0 = altura da camada de base granular caso dinâmico sem reforço (m);
38
2.5.2. Meyer e Elias (1999)
Após a determinação da altura da camada granular, com reforço de geogrelha para uma via não
pavimentada, deve-se correlacionar com a situação de via pavimentada. Para R e R`` utiliza-se
as Equações 13 e 14:
𝐹𝑝
𝑅=√ (13)
𝜋𝑃𝑐
Em que:
𝐹𝑝
𝑃𝑓 = + 𝛾𝑎 × 𝐷𝑎 (15)
𝜋(𝑅+𝐷𝑎×𝑇𝑎𝑛𝛽𝑎 )²
Onde:
39
Fp = Carga de eixo simples de roda dupla (kN);
Para a capacidade máxima de suporte da camada granular (Py), segundo Houlsby e Jewell
(1990) utiliza-se a Equação 16.
Onde:
40
Tabela 1: Fatores de capacidade de suporte para camadas granulares.
𝑃𝑦
> 1,1 (17)
𝑃𝑓
Onde:
A estimativa para tráfego de projeto (Np) é calculado de acordo com o tempo de vida do projeto
para o pavimento, pela Equação 18.
𝑁𝑝 = 𝑡 × 365 × 𝑁 (18)
Onde:
t = tempo em anos;
41
1
𝐹𝑒 = 𝐹𝑝 × (𝑁𝑝 ) 62
(19)
Onde:
𝐹𝑒
𝑃𝑒𝑠 = + 𝛾𝑎 × 𝐷𝑎 + 𝛾𝑓 × 𝐻𝑟 (20)
𝜋×(𝑅+𝐷𝑎×𝑇𝑎𝑛𝛽𝑎 +𝐻𝑟 ×𝑇𝑎𝑛(𝛽𝑓 ,𝑎𝑐)²
Para:
42
𝑅+𝐷𝑎×𝑇𝑎𝑛𝛽𝑎 +𝐻𝑟×𝑇𝑎𝑛(𝛽𝑓,𝑎𝑐 )
𝑃𝑢 = 𝑁𝑐 × 𝐶𝐵𝑅 × 30 × ( )² (21)
𝑅
Onde:
Nc = Fator de carga;
Em que:
𝑁𝑐 = Fator de carga;
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𝛾𝑎 = peso específico da camada de asfalto (kN/m³);
5,5×𝑆𝑢
𝛾
𝐻𝑇𝑎𝑑𝑚 = (23)
𝐹𝑠
2.6.1. Sigma/w
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3. METODOLOGIA
O presente trabalho focou no estudo de caso da obra da Marginal Botafogo, em Goiânia Goiás,
nas coordenadas geográficas 16° 42’ 39,0’’ S e 49° 14’ 39,7’’ W, na qual foi realizado o reforço
de parte do subleito da via com a utilização de geogrelhas. Todo o processo de reforço
executado foi acompanhado, e as etapas registradas, desde o recebimento do material, ensaios
laboratoriais e marcação topográfica até a aplicação do material de reforço. A Figura 10,
apresenta a área implementada do trecho objeto de estudo, situado no segmento compreendido
entre a continuação da Rua Ciclovia em direção à Avenida 2ª Radial em Goiânia.
Figura 10: Trecho objeto de estudo, na cidade de Goiânia – GO. Fonte: Google Earth, adaptada pelos autores.
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Análise dos
Acompanhamento
resultados dos
de todo o processo
ensaios de Revisão bibliográfica
construtivo na obra
caracterização do
objeto de estudo
solo no local
Analisar o
compartamento do
Relação custo- Resultados obtidos e
solo nos diferentes
benefício considerações finais
casos estudados no
GeoStudio.
46
Fator de
segurança do
subleito
Método Giroud
e Noiray
(1981)
Capacidade
máxima de
suporte do
subleito
Comprimento e
largura da área
de contado
pneu-solo
Pressão
equivalente no
subleito
Altura da
camada de
aterro sem
geossintético
Carga de roda
equivalente
Altura da
camada de
aterro com
geossintético
Pressão e
capacidade de
suporte
Cálculo da
redução da
altura da
camada de
aterro
Raio da área
carregada sob a
roda
Altura da
camada de
aterro sem LEGENDA:
geossintético
Métodos de dimensonamento utilizados.
Método Meyer e
Elias (1999) Caso estático (Giroud e Noiray, 1981).
Figura 12: Sequência de cálculo dos métodos de Giroud e Noiray (1981) e Meyer e Elias (1999).
Fonte: Os autores.
47
Para o dimensionamento com o método de Giroud e Noiray (1981) foi necessário o
conhecimento de dados de entrada, como o valor do CBR (Índice de Suporte de Califórnia) do
solo do subleito, obtido através de ensaio laboratorial regido pela NBR 9895/87, no qual são
moldados e compactados corpos de prova, e colocados em imersão por no mínimo 4 dias e após
serem drenados naturalmente por quinze minutos, são levados a prensa para obtenção da
resistência a penetração. Também foi preciso conhecer o número de repetições de carga de um
eixo padrão que o pavimento estará sujeito, a resistência não drenada do solo e as dimensões
do retângulo de distribuição de cargas de rodas duplas, que são variáveis obtidas por formulação
matemática apresentadas pelo referencial teórico adotado, além de dados como carga por eixo
simples de roda dupla, pressão de inflação dos pneus, ângulo de espraiamento da camada de
aterro e o módulo de rigidez secante da geogrelha, que são incógnitas conhecidas, tabeladas ou
recomendadas por outros estudos.
A aplicação do método de Meyer e Elias (1999), também foi condicionada a dados de entrada,
alguns já citados anteriormente, e demais variáveis como, a espessura da camada asfáltica e o
peso específico do material que a compõe, que foram adotados segundo o projeto da obra objeto
de estudo, além do raio da área carregada sob a roda, pressão da camada granular e seu suporte
máximo, o tráfego estimado de projeto e a pressão equivalente no subleito, bem como sua
capacidade máxima, calculadas por equações matemáticas apresentadas pelo próprio método.
A aplicação dos métodos, foi replicada para diferentes de tipos de geogrelha, especificamente
aos modelos WG 40, WG 60, WG 90, WG 120, WG150, WG 200, WG 300, WG 400, WG 500
e WG 600, escolhidos após estudo de mercado à cerca dos principais perfis de geogrelha
utilizados no mercado atualmente. Foram obtidas então as alturas máximas admissíveis da
camada de aterro para cada caso, o que possibilitou a análise de custo-benefício para diferentes
situações. Na análise de custo foram consideradas não apenas o valor dos materiais necessários
para execução do reforço, estendendo o estudo aos gastos com equipamentos e mão-de-obra,
fatores estes obtidos através do “ponto de equilíbrio” apresentado nos Apêndices A e B,
ferramenta utilizada para mensurar, quantificar e planejar os custos de determinado serviço.
Com o auxílio do programa computacional GeoStudio 2016 na sua plataforma SIGMA/W, foi
realizada uma análise de tensão total para cada condição de altura máxima admissível
considerada e o tipo de geogrelha, sendo possível estudar as tensões máximas atuantes em cada
dimensionamento e compará-los, além de obter uma visão geral de como o solo do subleito se
comporta com e sem reforço. Complementar a análise de tensão total, foi realizada também a
48
verificação da deformação, que contribuiu para visualização do possível comportamento do
solo em cada caso. Para que tal análise se tornasse possível, foi necessário o conhecimento de
dados de entrada como, o peso específico do material da camada de aterro e do tipo de
geogrelha, obtidos respectivamente pelo ensaio de frasco de areia, regido pela NBR 7185/86 e
segundo orientações do fabricante.
49
4. RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos ao longo da pesquisa, bem como as
análises propostas na metodologia. Os resultados são expostos em tópicos, de acordo com a
etapa em que os mesmos foram obtidos, tendo início nos dimensionamentos empíricos de
Giroud e Noiray (1981) e Meyer e Elias (1999), em sequência na análise de custo e por fim o
estudo com o programa computacional GeoStudio.
4.1.1. Altura total necessária para uma estrada sem reforço, caso estático
Para obtenção da altura da camada de base granular considerando o caso estático e sem reforço
com geogrelha, foi empregada a Equação 1. Os parâmetros utilizados para o cálculo estão
dispostos na Tabela 2, bem como o valor calculado da altura da camada de 1,183 metros. Como
essa altura é da base granular para o caso sem reforço com geogrelha, o seu valor não sofrerá
alteração independentemente do tipo de geogrelha utilizada para realizar o dimensionamento.
Pc Su
P (kN) B (m) L (m) α0 (rad) C1 h0 (m)
(kN/m²) (kPa)
80 717 0,397 0,199 0,464 2,188 5,820 1,183
Fonte: Os autores.
4.1.2. Altura da camada de agregado para uma estrada sem reforço, caso dinâmico
Fonte: Os autores.
A altura da camada de base granular para o caso estático com o reforço de geogrelha varia
conforme o tipo de geogrelha que é adotado, isso ocorre já que a variável é dependente do
módulo de rigidez secante e alongamento que é característico de cada modelo. Conforme o tipo
de geogrelha varia, do modelo WG 40 até o WG 600, tanto o módulo de rigidez quanto o
alongamento aumentam, consequentemente a altura da camada da base granular reduz, gerando
dimensionamentos diferentes. Na Tabela 4 estão relacionados os parâmetros para o cálculo da
altura da camada da base granular que não variam conforme o tipo de geogrelha é alterado, já
a Tabela 5 relaciona os dados que variam conforme o modelo de geogrelha é alternado, bem
como a altura da camada calculada para cada modelo pela Equação 10.
Tabela 4: Parâmetros para o cálculo da camada de granular que não mudam ao variar o tipo de geogrelha.
P Pc B L α Su h0 a' S
Geogrelha e a (m) r (m)
(KN) (KN/m²) (m) (m) (rad) (Kpa) (m) (m) (m)
WG 40
WG 60
WG 90
WG 120
WG 150
80 717 0,4 0,2 0,46 5,82 1,9 1,18 0,79 0,16 0,08 0,01
WG 200
WG 300
WG 400
WG 500
WG 600
Fonte: Os autores.
51
Tabela 5: Altura da camada de base granular caso estático com geogrelha.
Fonte: Os autores.
A redução da espessura da camada granular para o caso estático com geogrelha foi obtido pela
diferença entre o valor da altura da camada de base para o caso estático sem e com reforço de
geogrelha. A medida em que o modelo varia do WG 40 até o WG 600, e consequentemente o
seu valor do módulo de rigidez secante e alongamento aumentam, a redução da camada granular
também aumenta. A Tabela 6 demonstra a redução da espessura da camada a medida que o tipo
de geogrelha varia.
52
Tabela 6: Altura da camada de base granular caso estático com geogrelha.
Fonte: Os autores.
A redução da espessura da camada de base granular para o caso dinâmico é o mesmo para o
caso estático, então a altura da camada granular para o caso dinâmico foi obtida subtraindo da
altura da camada para o caso dinâmico sem geogrelha o valor da redução da camada. A Tabela
7 relaciona a altura da camada da base granular para cada tipo de geogrelha, e demonstra que a
altura diminui a medida que o modelo varia do WG 40 para o WG 600.
53
Tabela 7: Altura da camada de base granular caso dinâmico com geogrelha.
Fonte: Os autores.
O raio da área carregada sob a roda equivalente foi calculada pela Equação 13 para todos os
tipos de geogrelha estudados, e conforme o modelo varia constatou-se a variação também do
valor do raio da área carregada sob a roda equivalente, que variou de 1,193 até 1,079 metros,
reduzindo a medida que a altura da camada granular diminui, o que pode ser identificado na
Tabela 8.
54
Tabela 8: Raio da área carregada sob a roda equivalente.
Fp Pc Da βa βf,ac
Geogrelha R (m) Hr (m) R'' (m)
(kN) (kN/m²) (m) (rad) (rad)
WG 40 1,102 0,698 1,193
WG 60 1,101 0,698 1,192
WG 90 1,098 0,698 1,190
WG 120 1,094 0,698 1,187
WG 150 1,089 0,698 1,182
80 717 0,1884562 0,08 0,785
WG 200 1,082 0,698 1,176
WG 300 1,058 0,698 1,156
WG 400 1,038 0,698 1,140
WG 500 0,983 0,698 1,093
WG 600 0,966 0,698 1,079
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
55
4.2.3. Verificação de estabilidade
O método de Meyer e Elias realiza uma verificação de estabilidade, que consiste na razão entre
a pressão e o suporte máximo da camada granular, ambos citados anteriormente. Esta razão
deve ser superior a 1,1 para alcançar a estabilidade. Como ambos a pressão e o suporte máximo
da camada são os mesmos para todos os tipos de geogrelha, consequentemente a verificação de
estabilidade é a mesma para todos os casos. O valor obtido da razão foi 1,126 o que demonstrou
estabilidade e permitiu a continuação da aplicação do método.
A pressão equivalente no subleito obtida segundo a Equação 20, varia conforme o tipo de
geogrelha e está relacionado na Tabela 11, aumentando a medida que a altura da camada de
base granular diminui. Já a capacidade máxima de suporte calculada pela Equação 21, reduz a
medida que a altura da camada de base granular também reduz, o que pode ser identificado na
Tabela 12.
Fe R βa Hr βf,ac γa Da γf Pes
Geogrelha
(kN) (m) (rad) (m) (rad) (kN/m²) (m) (kN/m²) (kPa)
WG 40 1,102 130,167
WG 60 1,101 130,212
WG 90 1,098 130,360
WG 120 1,094 130,565
WG 150 1,089 130,834
353,38 0,20 0,78 0,69 20,0 0,08 20,0
WG 200 1,082 131,206
WG 300 1,058 132,524
WG 400 1,038 133,615
WG 500 0,983 136,973
WG 600 0,966 138,065
Fonte: Os autores.
56
Tabela 12: Capacidade máxima de suporte da camada de subleito.
Da βa βf,ac
Geogrelha Ny CBR R (m) Hr (m) Pu (kPa)
(m) (rad) (rad)
WG 40 1,102 1306,297
WG 60 1,101 1304,686
WG 90 1,098 1299,437
WG 120 1,094 1292,239
WG 150 1,089 1282,911
1,5 0,8 0,2 0,08 0,785 0,698
WG 200 1,082 1270,177
WG 300 1,058 1226,910
WG 400 1,038 1193,039
WG 500 0,983 1098,597
WG 600 0,966 1070,675
Fonte: Os autores.
O fator de segurança obtido com o método de Meyer e Elias foi calculado através da Equação
22, na qual é realizada a razão entre a capacidade máxima de suporte e a e a pressão equivalente
no subleito. O valor do fator de segurança diminuiu a medida que foi alternada o tipo de
geogrelha, variando desde o modelo WG 40 até o WG 600. A Tabela 13 correlaciona o valor
obtido do fator de segurança com a respectivo modelo adotado.
57
Tabela 13: Fator de segurança.
FSsubleito
Geogrelha (Fator de
segurança)
WG 40 10,036
WG 60 10,020
WG 90 9,968
WG 120 9,897
WG 150 9,806
WG 200 9,681
WG 300 9,258
WG 400 8,929
WG 500 8,021
WG 600 7,755
Fonte: Os autores.
4.2.6. Altura crítica de aterro, segundo a teoria de execução de aterro sobre solos moles
A altura crítica da camada de aterro foi calculada pela Equação 23, que determinou qual a altura
máxima poderá ser adotada no trabalho. Foram constatados que alguns dimensionamentos
tiveram a altura superior a altura máxima, de forma que não é recomendável a sua
implementação. O valor obtido foi de 1,067 m, e a Tabela 14 demonstra quais os possíveis tipos
de geogrelha e seus dimensionamentos poderão ser adotados.
58
Tabela 14: Altura máxima da camada de aterro.
Altura máxima da
Altura da camada
Geogrelha camada de aterro Implementação
de aterro (m)
(m)
WG 40 1,102082
WG 60 1,101197
WG 90 1,098307
Não recomendada
WG 120 1,094335
WG 150 1,089172
1,067
WG 200 1,082093
WG 300 1,057770
WG 400 1,038429
Possível
WG 500 0,98300
WG 600 0,96616
Fonte: Os autores.
59
Tabela 15: Altura máxima da camada de aterro.
WG 40 R$ 12,80
WG 60 R$ 13,95
WG 90 R$ 17,76
WG 120 R$ 20,29
WG 150 R$ 21,71
WG 200 R$ 27,70
WG 300 R$ 39,00
WG 400 R$ 54,54
WG 500 R$ 64,37
WG 600 R$ 70,81
Estudo de caso R$ 38,46
Fonte: Os autores.
Ao mesmo tempo em que o valor da geogrelha aumenta, a altura da camada de aterro reduz,
como pode ser observado na Figura 13. Com a redução da altura da camada o valor gasto com
esse material diminui na mesma proporção, bem como o valor com mão de obra e
equipamentos, já por outro lado é acrescido o valor da geogrelha, responsável esta pela redução
da camada de aterro. Na presente pesquisa foi estudada essa relação, buscando analisar qual a
melhor opção, visto que cada tipo de dimensionamento possui pontos positivos e negativos.
60
Figura 13: Altura da camada de aterro x custo unitário da geogrelha. Fonte: Os autores.
4.3.2. Valor total gasto com geogrelha x Valor total gasto com material de jazida
61
Tabela 16: Valor total gasto com geogrelha x valor total gasto com material de jazida.
Fonte: Os autores.
Figura 14: Valor da total gasto com geogrelha x valor total gasto com material de jazida. Fonte: Os autores.
62
4.3.3. Valor gasto com CBUQ
A camada de pavimento constituído por Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), foi
dimensionado segundo o método de Meyer e Elias com a espessura mínima de 8 cm, valores
menores tornaram o dimensionamento instável. A espessura da capa asfáltica utilizada no
dimensionamento utilizado na obra objeto de estudo é da ordem de 5 cm. A diferença entre o
que foi dimensionado no trabalho e o que de fato foi executado é 3 cm , que pode parecer
aparentemente pouco. Porém, quando considera-se uma área de estudo total de 2060 m² gera
um custo considerável, que faz grande diferença no valor de implementação da obra e é um
ponto favorável do dimensionamento utilizado na obra estudada. A diferença de valor obtida
com a espessura da capa asfáltica é de R$ 20.096,12 e pode ser observada na Tabela 16.
Fonte: Os autores.
Considerando o valor total gasto com materias, mão de obra e equipamentos, a Tabela 17
fornece o valor total gasto para uma área de 2060 m². Está incluso no valor dos materiais os
gastos com material de jazida, brita 2 e capa asfáltica, utilizados na quantidade prevista em cada
dimensionamento. O valor da mão de obra e equipamento foi alcançado através do ponto de
63
equilíbrio de cada serviço, ferramenta utilizada para mensurar o custo de implementação de do
mesmo. O valor total foi obtido com a soma de todos os gastos previstos e através dele é possível
analisar qual a melhor opção financeira a se adotar.
Fonte: Os autores.
64
da camada de aterro, que é satisfeita apenas pelos dimensionamentos com as geogrelhas WG
300, WG 400, WG 500 e WG 600. Sendo assim, o dimensionamento com a geogrelha WG 300
apresenta o custo de execução inferior a todos os outros possíveis, até mesmo ao
dimensionamento utilizado na obra objeto de estudo, e levando em consideração apenas o fator
custo-benefício é a alternativa mais interessante.
Fonte: Os autores.
65
geometria dimensionada. Os parâmetros adotados estão relacionados na Tabela 19 abaixo.
Fonte: Os autores.
Foi considerado o caso do solo natural sem reforço na primeira análise de tensões, representado
na Figura 15, para obter os resultados sobre como o solo se comporta inicialmente sem reforço
ao ser solicitado devido uma tensão externa. O solo é composto basicamente por dois tipos de
solo, o silte arenoso e a argila arenosa, e o perfil estudado considera a profundidade até 4 m. A
camada de pavimento é composta por CBUQ, com espessura de 8 cm.
a)
b)
Figura 15: a) Perfil do solo (Caso natural sem reforço e pavimentado). b) Legenda de materiais. Fonte: Os
autores.
66
A Figura 16 demonstra que ao ser aplicada uma tensão de 70 kPa na superfície do pavimento é
gerada uma tensão de aproximadamente 90 kPa no solo do subleito a 4 m de profundidade, que
é composta parte pela tensão oriunda do peso próprio do solo e parte pelo acréscimo de tensões
gerada pela tensão externa aplicada. As maiores tensões superficiais estão concentradas abaixo
da aplicação das tensões externas, e apresentam valores próximos a 70 kPa, o que demonstra
que o solo sem reforço não apresenta nenhum mecanismo capaz de aliviar as tensões aplicadas
em sua superfície.
a)
b)
Figura 16: a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Caso natural sem reforço e pavimentado). b) Legenda
de tensões. Fonte: Os autores.
67
4.4.2. Caso reforço sem geogrelha com pavimentação
a)
b)
Figura 17: a) Perfil do solo (Caso reforço sem geogrelha e pavimentado). b) Legenda de materiais. Fonte: Os
autores.
68
a)
b)
Figura 18: a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Caso reforço sem geogrelha e pavimentado).
b) Legenda de tensões. Fonte: Os autores.
69
4.4.3. Caso real utilizado na obra objeto de estudo
O dimensionamento do caso real utilizado na obra objeto de estudo se diferencia um pouco dos
demais estudados nesse trabalho. São utilizados dois modelos diferentes de geogrelha, uma com
o nome de MacGrid NET, e a outra WG 200 estudada no trabalho. A camada de aterro que
compõe o reforço é formada por duas camadas de Brita 2, ambas de 15 cm de espessura e
envolvidas respectivamente pelos dois modelos de geogrelha supramencionados. Acima da
camada granular é formada a base e sub base do pavimento com as espessuras somadas no valor
de 33 cm, e camada de 5 cm de pavimento constituído por CBUQ. O perfil do solo reforçado e
o detalhe de posicionamento das geogrelhas estão representados na Figura 19.
a)
b) c)
Figura 19: a) Perfil do solo (Caso real utilizado na obra objeto de estudo). b) Detalhe do posicionamento da
geogrelha. c) Legenda dos materiais. Fonte: Os autores.
Quanto à análise de tensões o caso de reforço utilizado na obra estudada é o que apresentou
resultados mais satisfatórios e se comportou de maneira mais eficiente quando comparados com
70
os demais. A tensão aplicada no solo do subleito a 4 m de profundidade apresentou valores
próximos a 70 kPa, sendo que parte considerável deste valor é composto pelo peso próprio do
solo e apenas uma parcela é de fato um acréscimo de tensões gerado pela solicitação externa.
Na superfície os resultados são ainda mais positivos, demonstrando uma redução considerável
das tensões superficiais quando comparadas com os outros casos, apresentando valores
máximos próximos a 50 kPa. A propagação da tensão superficial no valor de 70 kPa é baixa, e
o reforço atua minimizando a atuação desta tensão, tanto na superfície quanto no solo
subjacente.
a)
b)
Figura 20: a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Caso real utilizado na obra objeto de estudo).
b) Legenda de tensões. Fonte: Os autores.
71
4.4.4. Dimensionamento com a geogrelha WG 40
a)
b) c)
Figura 21: a) Perfil do solo (Dimensionamento com a geogrelha WG 40). b) Detalhe do posicionamento da
geogrelha. c) Legenda de materiais. Fonte: Os autores.
A análise do reforço quanto as tensões, demostraram que no solo do subleito a tensão máxima
obtida possui valores próximos a 70 kPa a 4 m de profundidade, de modo semelhante a alguns
casos já mencionados. No entanto, no solo superficial o valor máximo de tensão obtido é de 80
kPa, valor superior ao da tensão externa aplicada, o que pode vim a acarretar problemas ao
72
pavimento se o dimensionamento for implementado. A análise de tensões demonstrou que a
camada de aterro ao superar a altura máxima calculada segundo a teoria de execução de aterros
sobre solos moles, não apresenta resultados positivos quanto as tensões totais geradas no solo.
a)
b)
Figura 22: a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Dimensionamento com a geogrelha WG 40).
b) Legenda de tensões. Fonte: Os autores.
73
a)
b) c)
Figura 23:a) Perfil do solo (Dimensionamento com a geogrelha WG 300). b) Detalhe do posicionamento da
geogrelha. c) Legenda de materiais. Fonte: Os autores.
De maneira semelhante aos outros casos de dimensionamento de reforço com geogrelha, o valor
máximo de tensão atuante no solo do subleito a 4 m de profundidade é 70 kPa, formada na sua
maioria pelo peso próprio do solo. No solo da superfície o valor da tensão máxima encontrada
é igual ao valor da tensão externa aplicada de 70 kPa, e a propagação se comporta de maneira
uniforme, contudo não possui seus valores reduzidos como ocorre no caso real dimensionado
na obra. A implementação deste dimensionamento é condicionada a um estudo mais detalhado
sobre a camada de pavimento em si, para avaliar se a mesma resistiria a atuação das tensões
atuantes em sua superfície, que caso ocorra será obtido uma redução considerável do custo de
implementação da obra.
74
a)
b)
Figura 24: a) Análise realizada pelo programa GeoStudio (Dimensionamento com a geogrelha WG 300).
b) Legenda de tensões. Fonte: Os autores.
75
apresentando fatores de segurança altos e próximos. A tabela 20 relaciona o tipo de
dimensionamento aos valores da tensão máxima observada em cada um.
Fonte: Os autores.
A análise das deformações dos solos não deve levar em conta apenas as tensões originadas por
cargas aplicadas externamente, visto que também devem ser consideradas as tensões
decorrentes do peso próprio, ou seja, do peso das camadas de solo sobrejacentes. Os valores a
4 metros de profundidade, das tensões oriundas do peso próprio de cada caso estudado está
presente na Tabela 21.
Fonte: Os autores.
A tensão considerada na superfície do solo para realizar a pesquisa foi no valor de 70 kPa, valor
próximo ou igual aos valores máximos de tensão obtidos em cada caso. No entando,
conhecendo o valor da tensão oriunda do peso próprio do solo é possível perceber que a tensão
aplicada na superfície não é a mesma que atua no solo do subleito, ou seja, a tensão de 70 kPa
aplicada na superfície provoca um acréscimo de aproximadamente 10 kPa no solo a 4 m de
76
profundidade. Ao analisarmos a efetividade do reforço dimensionado é interessante considerar
as tensões geradas na superfície do pavimento, visto que a quatro metros de profundidade o
resultado é bastante próximo em todos os casos. A análise gerada pelo programa GeoStudio
demonstrou que em camadas mais superficiais a redução de tensões geradas pelo
dimensionamento real implementado na obra objeto de estudo é superior a todos os outros
dimensionamentos analisados, sendo mais eficiente.
As análises realizadas com o programa GeoStudio além de verificar as tensões totais atuantes
no solo estudado, também calculou as deformações ocasionadas por essas tensões,
complementando o estudo pois proporcionou uma visão geral de como o solo poderá se
comportar ao ser solicitado por determinado carregamento. Foram escolhidas três situações
diferentes para essa análise, que formou uma visão geral e quantitativa de como o reforço
trabalha reduzindo não apenas as tensões atuantes mais também a deformação do solo.
A análise quanto as deformações geradas pelas tensões totais ao longo do solo, realizada no
programa GeoStudio e considerando o caso do solo natural sem reforço, está representada na
figura 25.
77
a)
b)
Figura 25: a) Análise de deformações realizada pelo programa GeoStudio (Caso do solo natural sem
reforço). b) Legenda de deformações. Fonte: Os autores.
Para o caso do solo natural sem reforço foi obtida uma deformação máxima de 2,6 cm,
deformação localizada a aproximadamente 4 m de profundidade no solo. As maiores
deformações superficiais se concentraram abaixo de onde a tensão está sendo aplicada e
apresentaram valores baixos ou nulos na região compreendida nas bordas e no centro do perfil
de solo estudado, fato decorrente do alívio de tensões nessas áreas.
78
4.5.2. Caso real dimensionado na obra objeto de estudo
a)
b)
Figura 26: a) Análise de deformações realizada pelo programa GeoStudio (Caso real dimensionado na obra).
b) Legenda de deformações. Fonte: Os autores.
79
Os resultados apresentados pela análise do dimensionamento real implementado na obra,
evidenciou como o reforço atuou para manter o solo mais estável. O valor máximo de
deformação obtido foi de 2 cm, reduzindo 0,6 cm em relação ao caso anterior, além do solo se
comportar de maneira mais homogênea, não havendo deformações maiores na região
compreendida abaixo de onde as tensões estão sendo aplicadas. Dentre as vantagens geradas
pelo reforço em questão, destaca-se a distribuição uniforme das tensões aplicadas na superfície
ao longo do solo do subleito, tal fato é percebido ao analisar a Figura 26, na qual apresenta o
perfil do solo e as deformações atuantes sendo praticamente simétricas em relação ao eixo do
pavimento.
Considerando o reforço do subleito com a geogrelha WG 300, que apresenta o menor custo de
implementação viável, a análise de deformações obtidas está representada na Figura 27.
80
a)
b)
Figura 27: a) Análise de deformações realizada pelo programa GeoStudio (Caso dimensionado com
geogrelha WG 300). b) Legenda de deformações. Fonte: Os autores.
81
4.5.4. Comparação dos dimensionamentos quanto a deformação
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Ao analisar as deformações nos casos estudados, de semelhante modo a análise das tensões, o
dimensionamento real implementado na obra objeto de estudo se destaca dos demais,
apresentando valores menores de deformação, tanto a quatro metros de profundidade quanto
superficialmente, o que proporciona benefícios e vantagens para o pavimento, possivelmente
reduzindo manifestações patológicas ao longo dos anos e prolongando a vida útil da obra.
82
5. CONCLUSÃO
As principais conclusões obtidas a partir da análise dos resultados apresentados neste trabalho,
foram as seguintes:
a) De acordo com a teoria de execução de aterro sobre solos moles, para que o pavimento
possua viabilidade estrutural o mesmo terá que possuir uma altura máxima admissível
de 1,067 m. Portanto, esse aterro é classificado como classe III, que é caracterizado por
possuir alturas menores que 3 metros e afastadas de estruturas sensíveis.
b) Quanto a análise de custo, o dimensionamento que apresentou melhores resultados foi
o que utiliza geogrelha WG 300, que possui fator de segurança confiável e
economicamente resulta na redução de R$13.263,37 quando comparado ao
dimensionamento implementado na obra objeto de estudo. O dimensionamento possui
0,08 metros de revestimento em CBUQ e 1,057 metros de altura de aterro.
c) O reforço da camada de subleito com a geogrelha WG 300, além de permitir a execução
do pavimento atendendo todas as exigências geotécnicas, gerou uma economia de 7,7
% em um trecho de 2.060 m² de obra. Vale ressaltar que o projeto total do estudo de
caso compreende uma extensão de 29.589 m², o que potencializa a economia gerada.
d) Quanto ao dimensionamento das geogrelhas, ficou evidente que existe um ponto de
equilíbrio ótimo entre o suporte de carga de um determinado geossintético e o volume
de aterro necessário para a composição do pavimento. Não necessariamente, a geogrelha
com maior capacidade de carga e menor altura de aterro é a melhor solução. A recíproca
também é verdadeira, uma geogrelha com menor capacidade de carga e maior altura de
aterro não é uma alternativa considerada ideal.
e) A análise de tensões gerada pelo programa GeoStudio destacou o dimensionamento real
implementado como sendo a melhor alternativa, visto que no solo superficial apresentou
menores valores de tensão total, e no solo a quatro metros de profundidade gerou
resultados semelhantes aos outros casos dimensionados, que praticamente é reflexo do
peso próprio do solo.
f) Quanto a análise da deformação provocada no solo, o dimensionamento real
implementado na obra novamente se destaca, apresentando valores menores não apenas
na superfície mais também a quatro metros de profundidade, proporcionando maior
estabilidade ao pavimento.
83
O dimensionamento da obra estudo de caso apresentou resultados positivos quanto a redução
de tensões e deformações no solo, somando consequentemente a esse fato uma série de
benefícios a médio e longo prazo para o pavimento. No entanto, visto a redução considerável
do custo de implementação do reforço com a geogrelha WG 300, torna-se importante um estudo
de projeto para uma possível adequação ao novo modelo proposto no presente trabalho.
Como sugestão para trabalhos futuros, seria interessante a pesquisa sobre métodos que
considerem o dimensionamento de reforço de subleito com a associação de geogrelhas, e a
análise dessas associações quanto as tensões totais e deformações, buscando otimizar os
resultados.
O estudo sobre o tipo da camada de pavimento a ser considerada no dimensionamento do
reforço é uma análise interessante que complementaria os resultados obtidos neste trabalho. Foi
considerado a capa asfáltica formada por CBUQ, outro material como, por exemplo, o concreto
poderia alterar de maneira significativa tanto o comportamento do solo, quanto os valores de
implementação.
84
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, B.S. Estudo da Interação Solo-Geogrelha pelo Método dos Elementos Discretos.
2012. Dissertação de Mestrado. Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília,
Brasília, 2012. 178p.
85
GIROUD, J.P.; NOIRAY, L. Geotextile-Reinforced Unpaved Roads. In: Journal of the
Geotechnical Engineering Division. American Society of Civil Engineers. 1981.
MEYER, N.; ELIAS, J. M. Design methods for reinforced roads with multifunctional
geogrid composites. 1999. Universidade Técnica de Munique, Munique, 1999.
86
TUPA, N. Estudo da Aderência e Interação Solo-Geossintético. 1994. Dissertação de
Mestrado. Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, Brasília, 1994. 188p.
87
APÊNDICES
Prod
Serviço: Dias Trabalhados: 24
Produção Marginal Norte Sul - Microgeogrelha m² 600,00
Equipe: 1
Turno de Trabalho: 1
RECEITA TOTAL 25.747,20
CUSTOS DIRETOS 18.530,25
MATERIAL (-) 70,91% 18.258
MÃO DE OBRA (-) 1,06% 272
CUSTOS INDIRETOS (Adm Central + Adm Local + Impostos) 12,00% 3.089,66
SALDO FINAL DO SERVIÇO (Resultado) 16,03% 4.127,29
Item Descriçao Coef. Unidade Qtd Un Qtd Total Custo Unitário Custo Total
RECEITA DOS SERVIÇOS (+) R$ 25.747,20
90143 Microgeogrelha MacGrid NET 1,00 m² 1,00 600,00 9,19 R$ 5.514,00
90144 Geogrelha MacGrid WG 65x65 1,00 m² 1,00 600,00 25,46 R$ 15.276,00
90147 Lastro de areia média 0,06 m³ 1,00 36,00 137,70 R$ 4.957,20
Material de Desgaste 0% R$ -
CUSTO COM MÃO DE OBRA (-) 9,14 R$ 272,25
1001 Ajudante dia 3,00 90,75 R$ 272,25
88
Apêndice B - Ponto de equilíbrio: custo x receita (serviço de terraplanagem).
Prod
Serviço: Dias Trabalhados: 24
Produção Marginal Norte Sul - Terraplanegem m³ 600,00
Equipe: 1
Turno de Trabalho: 1
RECEITA TOTAL 46.942,64
CUSTOS DIRETOS 36.411,87
EQUIPAMENTOS (-) 7,01% 3.292
MATERIAL (-) 23,16% 10.871
MÃO DE OBRA (-) 4,57% 2.145
EMPREITEIRO (-) 42,83% 20.105
CUSTOS INDIRETOS (Adm Central + Adm Local + Impostos) 12,00% 5.633,12
SALDO FINAL DO SERVIÇO (Resultado) 10,43% 4.897,66
Item Descriçao Coef. Unidade Qtd Un Qtd Total Custo Unitário Custo Total
RECEITA DOS SERVIÇOS (+) R$ 46.942,64
1 Carga e descarga mecanizadas de entulho em caminhao basculante 6 m3 0,02 m3 1,00 13,16 1,18 R$ 15,53
7 Escavacao e carga material 1a categoria, utilizando trator de esteiras 1,38 m3 1,00 827,12 4,55 R$ 3.763,38
8 Transporte comercial com caminhao basculante 6 m3, rodovia pavimentada 41,36 m3xKm 1,00 24.813,47 1,04 R$ 25.806,01
9 Argila ou barro para aterro/reaterro (retirado na jazida, sem transporte) 0,82 m3 1,00 492,85 18,18 R$ 8.960,10
11 Compactacao mecanica a 95% do proctor normal - pavimentacao urbana 0,15 m3 1,00 91,61 3,66 R$ 335,28
12 Compactacao mecanica a 100% do proctor normal - pavimentacao urbana 0,74 m3 1,00 442,95 5,63 R$ 2.493,82
13 Base para pavimentacao com brita corrida, inclusive compactacao 0,11 m3 1,00 65,44 85,09 R$ 5.568,54
Material de Desgaste - R$ -
CUSTO COM MÃO DE OBRA (-) 9,14 R$ 2.144,84
Ajudante 8,00 dia 8,00 90,75 R$ 725,99
Operador de Trator 1,00 dia 1,00 123,08 R$ 123,08
Operador de Pá Carregadeira 1,00 dia 1,00 123,08 R$ 123,08
Motorista Caminhão Basculante 2,00 dia 2,00 123,08 R$ 246,15
Operador de Escavadeira 2,00 dia 2,00 217,12 R$ 434,24
Operador de Trator de Grade 1,00 dia 1,00 123,08 R$ 123,08
Operador de Rolo Compactador 3,00 dia 3,00 123,08 R$ 369,23
CUSTO COM EMPREITEIRO (-) R$ 20.104,61
Transporte de Material 66,48 m3 1,00 39.890,11 0,50 R$ 20.104,61
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